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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM Comunicação e Marketing Digital Fichamento de Estudo de Caso José Wladimir Vieira Vivo Trabalho da disciplina - Direito do consumidor e propriedade intelectual, Tutor: Ana Cristina Augusto Pinheiro. Fortaleza 2016 Estudo de Caso : Caso de Harvard DIREITO DO CONSUMIDOR E PROPRIEDADE INTELECTUAL SOPA (Lei de combate à pirataria online) A indústria midiática combate a violação dos direitos autorais REFERÊNCIA: Harvard Business e outros Os lobistas, para a Disney e seus aliados na indústria de filmes e gravação, trabalharam ativamente com os legisladores por meses para avançar com sua causa. Em 2011, dois projetos similares foram introduzidos no Congresso – a Lei de Combate à Pirataria Online (SOPA) na Câmara dos Deputados (em Outubro) e a Protect IP [Intellectual Property] Act (Lei de Proteção da Propriedade Intelectual- PIPA) no Senado (em Maio). Os projetos de lei obtiveram grande apoio bipartidário. Os projetos de lei abordaram o fato da DMCA (Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital - Digital Millennium Copyright Act), não obrigar empresas a prevenir ativamente que materiais protegidos de serem postados (ou redirecionados) em seus sites, assim como o problema dos sites estrangeiros. A SOPA e a PIPA procura combater violações online (incluindo sites estrangeiros) ao focar na interação entre empresas americanas e o site infrator. Christopher Dodd, CEO da MPAA e ex-senador, “A indústria de roubo online apoia-se nas anunciantes, processadores pagos, provedores de serviço de internet e plataformas de pesquisa – negócios legítimos, que a meu ver, os corrompe quando sabiamente agem como cúmplice para o roubo digital”. Os projetos de lei permitem que o Departamento de Justiça e os donos de direitos, que suspeitarem de violação de direito autoral, pedirem ajuda judicial para forçar todas as empresas americanas a cortar comunicações com o site acusado, efetivamente eliminando o site e seu negócio. Se a empresa não parar de interagir com o site acusado, eles serão subjugados a ação legal. A linguagem da SOPA define um site como “dedicado ao roubo da propriedade americana”, se ele (ou qualquer outro site) “possibilitar ou facilitar” atividade ilegal. Isso abrangeria um escopo muito além de sites cuja existência é baseada em distribuir cópias sem autorização de material protegido, como os sites de compartilhamento de arquivos. Qualquer site que permitisse seus usuários de transferir dados, postagens ou comentários, como novos sites, YouTube, Twitter, Facebook, Wikipedia ou Khan Academy, poderiam gerar conflito com a SOPA. Alguém poderia fazer um comentário numa página da Internet e incluir material protegido ou um link para o material protegido, levando o site a ser classificado como “dedicado ao roubo da propriedade americana”. Uma única postagem, de qualquer usuário, poderia potencialmente pôr todo o site em risco, submetido ao fechamento baseado numa queixa do dono do conteúdo – até mesmo se o material ofensivo for uma parte pequena do site. Isso foi uma mudança radical da DMCA, quando os sites eram apenas responsáveis por retirar o material ofensivo assim que notificado pelo dono do conteúdo. O poder do governo em fechar sites legais foi demonstrado em Novembro de 2010, quando vários sites americanos foram enquadrados na DMCA, depois de alegações de violação dos direitos autorais. Um deles, Dajazl.com, era um site popular de hip hop. Os donos do site não receberam direito de defesa e nem foram informados do andamento do caso durante um ano. Ultimamente, o caso foi derrubado devido a falta de um caso sólido – não houve violação, uma vez que o material presumivelmente ofensivo foi dado ao site pelos criadores para fins de publicidade! 27 Mesmo que eles tenham conseguido recuperar o site, permanecer fechado por um ano pode causar danos substanciais, muitas vezes irreparáveis, aos negócios do site. Outra consequência da possibilidade de fechar sites antes de provada alguma atividade ilegal, foi o potencial para ser interpretado como violação dos direitos de liberdade de expressão. SOPA declarou que: “Um site da Internet é dedicado ao roubo da propriedade americana se...[tenha feito]ações deliberadas para evitar a confirmação” que o site é ilegal. 28 Em outras palavras, SOPA tornaria ilegal projetar um site de uma maneira que dificultasse para o governo atestar se o site estava fazendo alguma atividade ilegal. Isso iria tornar fora da lei ferramentas usadas por ativistas em países opressores para evitar a censura – ferramentas que são importantes para ativistas dos direitos humanos e dissidentes. Ao eliminar essas ferramentas, coloria em risco e interferiria no trabalho deles – trabalho que o governo americano apoia. A SOPA expõe empresas a responsabilidades legais duvidosas, e potencialmente opressivas e caras. Uma empresa estabelecida e de grande capital, como o Google, pode facilmente defender-se de ameaças legais surgidas de alegações de material ofensivo em seus sites, mas uma empresa pequena e nova, não conseguiria. Pode haver questões sobre seu impacto relativo em empresas bem intencionadas comparadas com infratores dedicados. Sites dedicados à violação podem apenas fechar e reabrir com nomes diferentes, assim que se tornarem alvos da SOPA. Os reais infratores podem não ser substancialmente dissuadidos, mas empresas legais podem sofrer danos significantes. “(SOPA é) um esquema compreensivo de ordem de sufocamento da inovação de tecnologia e vigilância dominante, tão absoluto como fazer o povo da China parecer com Burning Man”Julian Sanchez, Assistente de Pesquisa, Cato Institute “A indústria de roubo online apoia-se nas anunciantes, processadores pagos, provedores de serviço de internet e plataformas de pesquisa – negócios legítimos, que a meu ver, os corrompe quando sabiamente agem como cúmplice para o roubo digital” Christopher Dodd, CEO da Motion Picture Association of America “Pirataria digital quase destruiu completamente a profissão de compositor, e está lentamente destruindo a indústria da música.” Rick Carnes, Presidente do Songwriters Guild of America Conclusão: Direitos autorais deveriam ser plenos, sem que o governo intervisse, pois, quem deveria ter direito sobre a obra, invenção, e outros bens são os próprios autores e inventores, ou quem desenvolvesse o produto em si. Acho um absurdo, se aprovada a lei, qualquer site poderá ser fechado apenas por ter uma conexão com outro site suspeito de pirataria, imaginemos o gasto que as empresas teriam para fiscalizar sua conexão, a GOOGLE, FACEBOOK, WIKIPÉDIA, WORDPRESS dentre outros. Teriam que investir um somatório enorme de capital para ser eficiente para não sofrerem punições. Juntando tudo isso, ainda teria o problema da liberdade de expressão, se aceito este projeto de lei diminuiria a liberdade de expressão que automaticamente haveria um movimento contra o governo e sabemos que isso não é viável para um governo que se diz Democrático. Caucaia, 23 de agosto de 2016
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