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COMO APRESENTAR PÔSTERES EM CONGRESSOS Autora: Eliane Gonçalves de Freitas UNESP – Universidade Estadual Paulista Laboratório de Comportamento Animal, Dep. de Zoologia e Botânica, IBILCE e Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP) R. Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth, CEP 15054-000 São José do Rio Preto, SP – e-mail elianeg@ibilce.unesp.br O que é uma apresentação em pôster Uma apresentação em forma de pôster é um tipo de apresentação de trabalho científico muito comum em vários tipos de reuniões científicas. Há um tempo atrás, eram mais comuns as apresentações orais. Devido ao progressivo aumento do número de trabalhos enviados a congressos (incluindo o Encontro Anual de Etologia) nas últimas décadas, as sessões de apresentações orais diminuíram, dando lugar a sessões de pôsteres, a forma encontrada para que um maior número de trabalhos fossem exibidos num curto espaço de tempo. A consequência foi um grande aumento do número de pôsteres apresentados, de forma que nem conseguimos ver todos eles: visitamos os pôsteres relacionados à nossa linha de pesquisa e/ou aqueles que nos chamam mais a atenção. O ser humano é um ser visual e é através da percepção visual que selecionamos muitas coisas em nossa vida. Aceitamos aquilo que nos é visualmente agradável e nos afastamos do visualmente desagradável. Isso acontece com os pôsteres. Escolhemos pelo visual, em meio a um mar de informações veiculadas num congresso. Por isso, é essencial que apresentemos trabalhos visualmente atrativos, por 3 motivos básicos. Primeiro, para chamar a atenção dos pesquisadores para o nosso trabalho. Segundo, para tornar fácil e agradável o entendimento de nossa pesquisa. Terceiro, porque um trabalho bem apresentado é facilmente associado a uma pesquisa bem conduzida. Este último fator é mais psicológico do que lógico, mas afeta o julgamento dos pares. 2 Conteúdo Obviamente, mais importante do que qualquer apresentação bem feita é o conteúdo que o trabalho traz. Assim, é essencial que apresentemos trabalhos bem feitos, com originalidade e rigor, revistos várias vezes para a detecção e correção de possíveis falhas. Hoje em dia, infelizmente, verificamos que vários trabalhos científicos apresentados em congressos são de baixa qualidade. Atribuo isso a alguns fatores, dentre eles a idéia de que o que conta é melhorar o currículo. Já ouvi alunos comentando: - esse trabalho vai dar pelo menos uma nota em congresso [traduzindo: esse resultado pode não ser importante, mas terei mais um trabalho apresentado em meu currículo]. Esse pensamento reflete outro fator de baixa qualidade dos trabalhos, que é a informação equivocada sobre o que é Ciência. Ora, se um trabalho serve para ser apresentado em congresso, também deve servir para ser publicado em revistas especializadas. Aliás, é com esse espírito que um trabalho deve ser feito e, posteriormente apresentado. Apresente um trabalho que você fez, não faça qualquer coisa para apresentar. Um trabalho bem feito deve apresentar o problema que se está estudando e no qual o trabalho está inserido. Deve apresentar claramente as hipóteses que foram testadas, a metodologia utilizada para testá-las, os resultados analisados e as conclusões. Por que apresentar trabalho em congressos? Os trabalhos são apresentados para que sejam submetidos à crítica antes de serem submetidos à publicação. Muitas pessoas temem as críticas, mas o conhecimento e a qualidade do trabalho crescem com elas. Apresentar um trabalho em congresso também divulga nossos grupos de pesquisa, atrai mais pessoas para trabalhar com determinado assunto e pode gerar parcerias entre pesquisadores e Instituições. Por isso, mais uma vez enfatizo que devemos zelar pela qualidade do trabalho que será apresentado. É o seu grupo de pesquisa que está sendo exposto. 3 O que um pôster deve conter 1. Título Crie um título atrativo e fidedigno. Por exemplo, um título como “Estudo do gasto energético decorrente do desenvolvimento gonadal, construção de ninho, corte e acasalamento em machos de tilápia-do-Nilo, Oreochromis niloticus (L.) (Teleostei, Cichlidae)” é longo e pouco atrativo. Todo trabalho científico é um estudo, portanto, essa palavra é redundante e pode ser excluída. Podemos substituir esse título, com vantagem, por “Investimento reprodutivo e crescimento em machos de tilápia-do-Nilo”. Informações taxonômicas podem ser excluídas do título, mas devem estar no material e métodos. Não use termos vazios. Por exemplo: “Aspectos do comportamento de anu branco”. Esse título não informa nada. Aspectos do comportamento? O que é aspecto? De qual comportamento estamos falando? “Dados preliminares sobre o comportamento de arara canindé”. Se os dados são conclusivos, não são preliminares. Podem fazer parte de um estudo maior e, por isso, ser considerado preliminar. Mas, os dados apresentados devem ser completos. Não há como apresentar meia conclusão. O título geralmente está associado ao objetivo do trabalho ou à sua conclusão. Portanto, um título bem apresentado é uma consequência de objetivos bem definidos e dados adequadamente interpretados. 2. Nome dos autores e Instituição Indique claramente a(s) instituição (ões) envolvidas com o trabalho. Divulgue o seu grupo de pesquisa. Indique honestamente os autores (em sua ordem honesta). Não vou discutir aqui critérios para autoria de trabalhos, mas gostaria de ressaltar que a busca por currículos pode gerar autorias espúrias. Combata essa prática. 3. Caracterização do problema Não é necessário, num pôster, escrever uma introdução como em artigos científicos. Não há espaço para isso. Mas, se houver espaço mostre qual é o problema que está sendo investigado. Indique a relevância e a originalidade do problema investigado. Quem lê o pôster tem que ficar convencido que o problema investigado é importante e, consequentemente, ficar curioso sobre os resultados. 4 4. Objetivos e hipóteses O objetivo é o ponto norteador de qualquer atividade, incluindo a pesquisa científica e, portanto, todo trabalho científico é guiado pelo objetivo. Assim, é importante que ele seja muito claro, pois é o ponto de partida para todo o trabalho. O objetivo pode ser teórico, o qual corresponde à parte mais geral do trabalho, ou operacional, que corresponde à operação que será realizada para se chegar ao objetivo teórico. Por exemplo, o objetivo teórico pode ser “encontrar indicadores comportamentais de estresse na arara canindé”, enquanto o operacional seria “testar se o tempo de emissão de auto-limpeza aumenta em condições estressantes nessa espécie”. Este último é o parâmetro que será de fato registrado e analisado. Se o trabalho testar hipóteses, essas devem estar concatenadas com o problema estudado e também devem ser claramente apresentadas. Se for um trabalho descritivo (sem teste de hipótese), ainda assim ele deve estar associado a um problema. Uma hipótese é uma conclusão que ainda não foi confrontada empiricamente ou, a resposta mais provável para sua pergunta. Portanto, é uma frase afirmativa. Por exemplo: Hipótese: “O estresse aumenta a emissão do comportamento de auto-limpeza em arara canindé”. 5. Material e métodos Deve ser adequado para testar a hipótese e cumprir os objetivos. É uma das partes mais importantes de seu trabalho, pois um delineamento equivocado leva a conclusões equivocadas e não resolve o problema proposto. Apresente-o de forma sucinta, porém completa. 6. Resultados coerentes com os objetivos Apresente apenas os resultados importantes para a resolução do problema e suficientes para sustentar suas conclusões. Não apresente nada que não tenha a ver com esses 2 tópicos. Portanto, verifique se os resultados são suficientes para responder à pergunta formuladainicialmente. Indique os testes estatísticos utilizados junto com os resultados. 7. Conclusões Não cabe num pôster a discussão de seus dados como em um artigo científico. Basta que sejam apresentadas as conclusões, pois você estará junto de 5 seu trabalho, em algum momento, para discutir seu trabalho com outros pesquisadores. As conclusões devem ser claras e sustentadas pelos resultados. Mais uma vez, elas devem ser coerentes com o problema e devem ser uma generalização decorrente dos dados. Por exemplo: Resultado: “O estresse de visitação aumentou significativamente o tempo de auto-limpeza durante a presença de visitantes no zoológico estudado”. Conclusão: “O comportamento de auto-limpeza em arara canindé é um bom indicador comportamental de estresse”. Resultados são redigidos no passado e as conclusões são redigidas no presente, pois trata-se de uma generalização sobre o problema pesquisado. 8. Referências Evite usar citações bibliográficas em pôsteres. Use se for estritamente necessário. 9. Agradecimentos É importante reconhecer o apoio das pessoas que ajudaram no desenvolvimento da pesquisa e que não são co-autoras do trabalho. Mas, agradeça a quem ajudou de alguma forma no trabalho. Não inclua a família, os amigos pelo apoio moral. Isso não cabe nas divulgações científicas, menos ainda em pôsteres. 10. Órgãos Financiadores. No final, inclua os órgãos financiadores. Não é preciso incluí-los em forma de agradecimento. Porém, não se esqueça de citá-los. O DESIGN DO PÔSTER Como é o seu comportamento quando se interessa por um trabalho apresentado em forma de pôster? O que você lê no pôster? Quantas vezes um pôster cheio de texto o atraiu? A regra básica para confeccionar um bom pôster é “não faça aquilo que você não gosta de ver nos pôsteres de outras pessoas”. Divida adequadamente os espaços no pôster e identifique corretamente o que é resultado, material e métodos etc., ordenando adequadamente tais seções, para que o leitor possa seguir com facilidade de uma a outra. Deixe claro para onde o leitor deve ir (para a esquerda, para a direita, para cima ou para baixo). Se o espaço 6 para os tópicos estiver bem organizado, o leitor não irá perder tempo, nem desistir de ler seu pôster. Textos - Os textos devem ser sintéticos e objetivos. - Utilize frases curtas e evite a construção de parágrafos longos. - Utilize a forma de itens. - Utilize letras uniformes e de tamanho grande. Ex. PREFIRA LETRAS UNIFORMES A LETRAS COM PARTES FINAS E PARTES LARGAS OU MUITO DESENHADAS. As primeiras são mais visíveis à distância. Utilize letras grandes (tamanhos acima de 30). Introduções longas e textos longos são ignorados. Poucos lêem. Um pôster cheio de textos afugenta os leitores. Então, procure outra solução. Esquemas Abuse dos esquemas para situar o problema, para o material e métodos ou mesmo para as conclusões. Às vezes, uma ou 2 palavras resumem a idéia Ex. O parágrafo: “Se você deseja fazer uma boa apresentação não faça o que não o agrada nas apresentações de outras pessoas. Não utilize textos longos e confusos. Utilize esquemas e figuras simples, que apresentem a principal idéia a ser discutida.” ...pode ser trocado pelo esquema: POUCO TEXTO BOAS FIGURAS ESQUEMAS ORGANIZADOS 7 Lembre-se Outro exemplo INTERAÇÃO AGONÍSTICA (estressor natural) CONFINAMENTO (estressor artificial) O NÍVEL DE ESTRESSE É DIFERENTE? TEXTOS LONGOS ESQUEMAS CONFUSOS DESINTERESSE LEITOR 8 Esquemas e figuras são excelentes no apoio às descrições do comportamento. Com desenhos, a descrição pode ser bem resumida. Às vezes nem é preciso a descrição. Fotos São ótimas para chamar a atenção, mas se forem muitas, podem poluir visualmente o pôster. Use fotos da maneira correta, evitando a utilização apenas decorativa. Utilização de fotos do animal estudado deixa o pôster mais bonito, mas você pode usar apenas um pequeno espaço para isso. Não utilize fotos como papel de parede (ou plano de fundo), pois a figura irá competir com o texto por cima dela e dificultar a leitura (veja o exemplo abaixo). Mais uma vez, haverá poluição visual e a foto, ao invés de chamar a atenção irá afastar o leitor. Evite fotos desnecessárias e deixe lugar para outras coisas importantes do trabalho. Compare as situações abaixo e conclua qual é a melhor forma de apresentação. OO aappaaiiaarrii éé uumm ppeeiixxee ddaa ffaammíílliiaa CCiicchhlliiddaaee oorriiggiinnáárriioo ddooss rriiooss aammaazzôônniiccooss O apaiari é um peixe da família Cichlidae originário dos rios amazônicos Astronotus ocellatus Família: Cichlidae Origem: Amazônia Confronto frontalConfronto frontalAtaque Lateral 9 Gráficos É a melhor forma de apresentar os resultados. Aprenda a fazer gráficos bem feitos, pois eles falam por si, sem a necessidade de textos (ou com muito pouco texto). Evite gráficos em “pizza” e tridimensionais. Quanto mais simples for o gráfico, mais fácil será a compreensão. Ex. Aumente os intervalos na escala do eixo Y para tornar o gráfico mais “limpo” PORCENTAGEM DE ITENS COMPORTAMENTAIS EMITIDOS A B C D E F 0 5 10 15 20 25 30 PO R CE N TA G EM A B C D E F ITENS COMPORTAMENTAIS 0 10 20 30 40 A B C D E F ITENS COMPORTAMENTAIS PO RC EN TA G EM (30 m in ) 0 5 10 15 20 25 30 35 A B C D E F ITENS COMPORTAMENTAIS PO R C EN TA G EM (30 m in ) 10 Outro exemplo RESULTADOS A frequência de escavação de ninhos foi maior para as fêmeas (n = 15) Veja que foi utilizada apenas uma frase e, nesse caso, a legenda da figura nem é necessária. Também podem ser utilizadas tabelas para expressar os resultados. Só utilize se for necessário e sempre utilize tabelas simples e sem poluição visual. Antes de construir uma tabela, verifique se não é possível transformá-la em gráfico. Hailman & Strier (1997), sugerem que seja utilizada uma regra para textos, mas que podemos utilizá-la também na apresentação de figuras e tabelas. É a regra KISS (“keep it simple. SIMPLE”) Postura Não fique “encolhido” na frente de seu pôster. Afinal, se o trabalho foi bem feito e você gastou tempo nele, não queira escondê-lo por timidez. Mostre-se disponível para conversar sobre seu trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 Male Female Fr e qu e n c y o f d ig gi n g n e s t . 15 m in - 1 p = 0.03 Fr eq u ên ci a de es ca v a çã o (15 m in ) macho fêmea Wilcoxon p = 0,03 0 1 2 3 4 5 6 7 Male Female Fr e qu e n c y o f d ig gi n g n e s t . 15 m in - 1 p = 0.03 Fr eq u ên ci a de es ca v a çã o (15 m in ) macho fêmea Wilcoxon p = 0,03 11 Muito importante. Esteja na frente do pôster na hora marcada. É muito deselegante, talvez até anti-ético, ignorar as pessoas interessadas em seu trabalho e que esperam poder conversar com você. Além disso, você pode perder a oportunidade de trocar idéias interessantes e importantes para o seu desenvolvimento intelectual e profissional. É sempre você que sai perdendo. Não concordo com a postura de alguns autores, que não vãoaos Congressos, mas expõem seus pôsteres por meio de algum colega. O trabalho está lá, mas o autor não irá discuti-lo. A apresentação deixa de ter a função que é discutir diretamente (e criticamente) a pesquisa com seus pares. Use a criatividade Apesar de haver algumas regras formais para apresentação de trabalhos, podemos e devemos utilizar a criatividade para chamar a atenção e proporcionar uma leitura fácil e agradável. Por exemplo. Já vi um pôster no Encontro de Etologia confeccionado na forma de história em quadrinhos sem, no entanto, deixar de apresentar claramente as hipóteses, metodologia, resultados e conclusões. Gaste um tempo na forma da apresentação para valorizar seu trabalho. O conteúdo é a parte mais importante do conjunto, mas em meio a tantos trabalhos, se não for atrativo não será conhecido. Uma última dica Apresente seu pôster na versão preliminar a colegas e/ou orientador para ouvir sua opinião a respeito da clareza e rigor da apresentação. Discuta todos os pontos do trabalho, aproveitando as críticas para melhorar sua apresentação, pois qualquer trabalho só fica bom depois de várias revisões. Lembre-se que a apresentação de pôsteres em Congressos e reuniões científicas é uma das formas de Comunicação Científica. Pense no significado do termo COMUNICAÇÃO e bom trabalho. Veja alguns exemplos de pôsteres nas páginas 13 a 15. Leitura importante As referências abaixo são livros que discutem a essência do que é fazer ciência, além de esclarecer como devem ser elaborados os projetos de pesquisa, artigos científicos, apresentações orais e em forma de pôster. Nesses livros também são 12 encontradas discussões críticas sobre o que deve conter uma introdução, material e métodos etc. e a melhor forma de apresentar figuras e tabelas em trabalhos científicos. HAILMAN, J.P. & STRIER, K.B. (1997) Planning, Proposing, and Presenting Science Effectively. (A Guide For Graduate Students and Researches in the Behavioural Sciences and Biology). Cambridge University Press, Cambridge, UK. VOLPATO, G.L. (2007) Ciência: da Filosofia à Publicação. 5ª. ed. Cultura Acadêmica Editora, São Paulo, SP. VOLPATO, G.L. (2007) Bases Teóricas da Redação Científica. Cultura Acadêmica Editora, São Paulo, SP. VOLPATO, G.L. (2008) Publicação Científica. 3ª. ed. Cultura Acadêmica Editora, São Paulo, SP. 13 Exemplos de pôsteres apresentados no International Ethological Conference 2003, em Florianópolis,SC. Tamanho original do pôster: 0,95 X 1,15 m Menor tamanho de letra = 30 Nile tilapia (Oreochromis niloticus) - Some cichlid females establish Dominance Hierarchy, and dominants take priority over subordinates to mate. - Dominants are also biggest females - size being an important feature in male mate choice in fishes. - What is is choosing by male: size or social rank? DOMINANCE DOES NOT ALLOW MATING PRIORITY IN FEMALE NILE TILAPIADOMINANCE DOES NOT ALLOW MATING PRIORITY IN FEMALE NILE TILAPIA ELIANE GONÇALVES DE FREITAS & ALINE CHIMELLO FERREIRA Dep. Zoologia e Botânica, IBILCE, UNESP - CAUNESP, São José do Rio Preto, SP, Brazil elianeg@zoo.ibilce.unesp.br METHODSMETHODSMETHODSMETHODS 60x60x40 cm MALE SL: 12.92 ± 1,21 cm weight: 77.79 ± 25.20 g n = 13 - Three matched-size females were grouped during 3 days to hierarchical settlement. - Video recording: 12 min/day. - Dominance was determined by means of a dyadic matrix. - A male was introduced in the 4th day. - Group was kept during 12 days to spawning. FEMALE SL: 10.68 ± 1.26 cm weight: 45.63 ± 17.13 g n = 39 RESULTSRESULTSRESULTSRESULTS 1. Females exhibited linear dominance. N = 13 GROUPS Dyadic matrix with mean (± SD) of wins and losses in female Nile tilapia. Total time of records: 36 min (12 min/day). N = 13. 2. Spawning occurred in 8 out of 13 groups. 3. Spawning was not associated to dominance. CONCLUSIONCONCLUSIONCONCLUSIONCONCLUSION Dominance itself does not allow mating priority in female Nile tilapia. NEW HYPOTHESISNEW HYPOTHESISNEW HYPOTHESISNEW HYPOTHESIS - Biggest females have priority to mate. - Dominant females grow faster than subordinates, and become the biggest one. Alpha Alpha Gamma Beta GammaBeta LOSSES WINS 18.77 ± 10.95 20.69 ± 7.65 2.15 ± 3.08 1.38 ± 2.96 13.31 ± 5.53 2.46 ± 3.50 Water temperature: 27°C Light: 12 L: 12 D Food: in excess Frequency of females that reproduced first (n = 8). [Multinomial Test, p > 0.05] ALPHA - 4 (50%) BETA - 3 (37.5 %) GAMMA - 1 (12.5 %) PROBLEMPROBLEMPROBLEMPROBLEM AIMAIMAIMAIM We tested whether dominance per se allows priority to mate in female Nile tilapia. 14 O pôster abaixo poderia ter menos informações na introdução. Mas, a forma de apresentação dos resultados e conclusões é criativa e eficiente. Note que as conclusões são destacadas logo após os resultados. 15 Apresentado no Encontro de Etologia, em 2008 MAIOR FOTOPERÍODO AUMENTA A AGRESSIVIDADE EM Tilapia rendalli Thaís Billalba Carvalho1, Eliane Gonçalves-de-Freitas2, Rui F. Oliveira3 1,2 UNESP, Universidade Estadual Paulista, IBILCE, São José do Rio Preto, SP – Laboratório de Comportamento Animal, CAUNESP, RECAW(CNPq). 1Pós-Graduação em Aqüicultura; e-mail: thaisbillalba@yahoo.com.br 2Dep. Zoologia e Botânica 3 Instituto Superior de Psicologia Aplicada, ISPA, Lisboa / Portugal. INTRODUINTRODUÇÇÃOÃO - maior período de luz pode aumentar a agressividade em peixes. - resposta pode ser modulada pela melatonina que é liberada na ausência de luz e diminui o comportamento agonístico. OBJETIVOOBJETIVO Testar se a duração do fotoperíodo afeta o comportamento agonístico em machos adultos de Tilapia rendalli. INTRODUINTRODUÇÇÃOÃO - maior período de luz pode aumentar a agressividade em peixes. - resposta pode ser modulada pela melatonina que é liberada na ausência de luz e diminui o comportamento agonístico. OBJETIVOOBJETIVO Testar se a duração do fotoperíodo afeta o comportamento agonístico em machos adultos de Tilapia rendalli. auxílio financeiro: teste t independente, p< 0,04 CONCLUSÕESCONCLUSÕES - maior fotoperíodo aumenta as interações agressivas em machos de Tilapia rendalli - efeito não depende da posição social CONCLUSÕESCONCLUSÕES - maior fotoperíodo aumenta as interações agressivas em machos de Tilapia rendalli - efeito não depende da posição social Tilapia rendalli * aclimatação: 15 dias (12L:12D) 1º ao 20º dia: caixa d’ água de 250 L (dia longo ou dia curto) 20º ao 24º dia: isolamento / aquários (40 x 30 x 40 cm) 24º dia: pareamento (60 min) paradigma residente / intruso definição da interação social morte: dose letal de anestésico (benzocaína) confirmação sexo e maturação gonadal aclimatação: 15 dias (12L:12D) 1º ao 20º dia: caixa d’ água de 250 L (dia longo ou dia curto) 20º ao 24º dia: isolamento / aquários (40 x 30 x 40 cm) 24º dia: pareamento (60 min) paradigma residente / intruso definição da interação social morte: dose letal de anestésico (benzocaína) confirmação sexo e maturação gonadal RESULTADOSRESULTADOS PARALELOPARALELO LATERALLATERAL FRONTALFRONTALAMEAAMEAÇÇA A SIMULTÂNEASIMULTÂNEA PERSEGUIPERSEGUIÇÇÃO E ÃO E FUGAFUGAONDULAONDULAÇÇÃOÃO AMEAAMEAÇÇAA PARALELOPARALELOPARALELOPARALELO LATERALLATERALLATERALLATERAL FRONTALFRONTALFRONTALFRONTALAMEAAMEAÇÇA A SIMULTÂNEASIMULTÂNEA AMEAAMEAÇÇA A SIMULTÂNEASIMULTÂNEA PERSEGUIPERSEGUIÇÇÃO E ÃO E FUGAFUGA PERSEGUIPERSEGUIÇÇÃO E ÃO E FUGAFUGAONDULAONDULAÇÇÃOÃOONDULAONDULAÇÇÃOÃO AMEAAMEAÇÇAAAMEAAMEAÇÇAA 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelototal vencedor * * * *0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total vencedor * * * * 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total perdedor * * * * * * 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total perdedor * * * * * * 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total dupla * * * * 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total dupla * * * * INTERAÇÃO AGRESSIVAINTERAÇÃO AGRESSIVA dia longo dia curtodia longo dia curto freqüência da interação duração da interação (s) 0 3000 6000 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total vencedor * * * * * 0 3000 6000 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total vencedor * * * * * 0 3000 6000 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total perdedor * * * * * 0 3000 6000 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total perdedor * * * * * 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total dupla * * * * 0 600 1200 ameaça ameaça simultânea fuga lateral frontal ondulação paralelo total dupla * * * * teste t independente, p< 0,04 dia longo dia curtodia longo dia curto MATERIAL E MMATERIAL E MÉÉTODOSTODOS - dois fotoperíodos - machos adultos (n=12)dia longo (16L:08D) dia curto (08L:16D) (n=10) MATERIAL E MMATERIAL E MÉÉTODOSTODOS - dois fotoperíodos - machos adultos (n=12)dia longo (16L:08D) dia curto (08L:16D) (n=10) (n=12)dia longo (16L:08D) dia curto (08L:16D) (n=10)
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