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Macroeconomia II
 Bacharelado em Ciências Econômicas 
 2º Quadrimestre 2013 
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PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
1. Para as seguintes afirmativas, indique se VERDADEIRA ou FALSA. Explique o 
porquê de sua escolha (respostas sem explicações ou com explicações erradas NÃO 
receberão pontos): 
 
1.1. Se há restrição de crédito, um aumento na expectativa de juros futuros não 
afetará o consumo corrente. 
 
1.2. Ao incorporarmos as expectativas de renda e juros futuros à função consumo, a 
resposta do consumo a variações na renda atual torna-se menor. 
 
1.3. Na ausência de restrições ao crédito, o consumo não reage a variações 
inesperadas na renda do trabalho. 
 
1.4. Na ausência de restrições ao crédito, um aumento na taxa de juros sempre reduz 
o consumo corrente. 
 
1.5. A hipótese da renda permanente estabelece que um aumento temporário de 
impostos não afeta as decisões correntes de consumo. No entanto, se um 
indivíduo destituído não tem acesso a crédito e sua renda corrente é suficiente 
apenas para cobrir seus gastos correntes, o aumento de impostos, ainda que 
transitório, afetará suas decisões de consumo. 
 
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2. Na tabela abaixo os dados de Kuznets são apresentados. 
 
Períodos 
Y (bilhões de 
dólares) 
C (bilhões de 
dólares) 
1869-78 9,3 8,1 
1874-83 13,6 11,6 
1879-88 17,9 15,3 
1884-93 21,0 17,7 
1889-98 24,3 20,2 
1894-1903 29,8 25,4 
1899-1908 37,3 32,3 
1904-13 45,0 39,1 
1909-18 50,6 44,0 
1914-23 57,3 50,7 
1919-28 69,0 62,0 
1924-33 73,3 68,9 
1929-38 72,0 71,0 
 
2.1. Utilizando estes dados, calcule a propensão média a consumir (PMeC). 
2.2. A PMeC varia ou se mantém constante? Com base no comportamento da 
PMeC, as premissas da função consumo keynesiana são corroboradas ou não? 
2.3. O comportamento da PMeC corrobora a previsão de estagnação secular? 
2.4. Qual enigma surge da observação do comportamento da PMeC entre perídos 
longos de tempo? 
2.5. Como os economistas especializados em consumo responderam este enigma? 
 
3. Um indivíduo começa a trabalhar (t = 0) em uma empresa recebendo $10.000 por 
ano. Um plano de carreira garante que seu salário aumente para $15.000 a partir do 
décimo ano e $40.000 a partir do vigésimo ano. Após 30 anos na empresa, o 
indivíduo se aposenta e vive por mais 10 anos com uma pensão de $5.000 por ano 
da previdência social. Não há impostos sobre a renda do trabalho. Em outras 
palavras, sua renda é: 












4003 se ,000.5$
3002 se ,000.40$
2001 se ,000.15$
100 se ,000.10$
t
t
t
t
YLt 
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As taxas de juros real e nominal são nulas. Além disso, a riqueza não humana em t = 0 é 
também zero. Assuma que o indivíduo prefira que seu padrão de consumo seja o mais 
suave possível ao longo do tempo. 
 
3.1. Calcule a riqueza total do indivíduo em t = 0. Se o indivíduo deseja manter seu 
consumo constante ao longo do tempo, quando deve ser este nível de consumo? 
 
3.2. Calcule a poupança (diferença entre renda e consumo) em cada um dos 
subperíodos da vida deste agente. 
 
3.3. Assuma agora que o consumidor se defronte com uma restrição de crédito a 
qual o impeça de se endividar. Qual seria a trajetória do consumo ao longo do 
tempo neste caso? 
 
3.4. Suponha agora que o governo dê um subsídio de $5.000 por ano no segundo 
subperíodo (entre os anos 10 e 20) a ser financiado com um imposto de $5.000 
por ano no terceiro subperíodo (entre os anos 20 e 30). Como isto altera sua 
resposta das partes (a) e (c)? Você acha que o indivíduo seria favorável a esta 
política? Explique. 
 
 
4. Um indivíduo vive exatamente dois períodos, t = 1 e t = 2. Sua renda do trabalho é 
dada por: 






2 se ,100
1 se ,0
t
t
Yt
 
Não há impostos e a riqueza não humana é zero. Por simplicidade, assuma que as taxas 
de juros real e nominal são nulas. Assim, a restrição orçamentária é dada por: 
1002121  YYCC
 (1) 
Em que C1 é o consumo em t = 1 e C2 é consumo em t = 2. O indivíduo extrai utilidade 
do consumo em cada período de acordo com a seguinte função: 
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2121 lnln),( CCCCU 
 (2) 
O agente tem a sua disposição contratos de dívida com um banco. Por exemplo, se ele 
toma $1 emprestado em t = 1, deverá pagar $1 de volta em t = 2. O lucro do banco é a 
diferença entre o montante repago em t = 2 e o montante emprestado em t = 1. 
Assuma, inicialmente, que o indivíduo possa se comprometer em repagar suas dívidas 
ao banco. 
 
4.1. O indivíduo escolhe C1 e C2 de modo a maximizar (2) sujeito a (1). Resolva o 
problema do indivíduo. Calcule consumo em cada período e a dívida contraída 
em t = 1. 
 
Assuma agora que o indivíduo não consiga se comprometer em repagar suas 
dívidas. Em outras palavras, o agente tem a opção de dar calote no segundo período. 
Esta decisão de repagar ou não depende somente do consumo em t = 2. Mais 
especificamente, se C2 em caso de calote for maior que C2 em caso de repagamento, 
o indivíduo não repaga sua dívida. Caso contrário, a dívida é repaga. 
 
4.2. Para um dado nível de dívida B > 0 contraído em t = 1, compare o consumo em 
t = 2 em caso de repagamento e em caso de calote. Mostre que, para qualquer 
nível de dívida B > 0, o indivíduo prefere não repagar esta dívida em t = 2. 
 
4.3. Dado este fato, quanto o banco deve emprestar ao indivíduo em t = 1? Qual o 
padrão de consumo (C1, C2) nesta situação? Explique. 
 
4.4. Analise como a falta de comprometimento afeta o bem estar do indivíduo.