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Unidade III – Nome Civil 1) Conceito: nome é o elemento designativo do indivíduo e fator de sua identificação na sociedade, integrando a personalidade, individualizando a pessoa e indicando a sua procedência familiar. 2) Elementos do nome: A – Prenome: constitui o primeiro elemento do nome e é popularmente conhecido como nome de batismo. Pode ser simples ou composto. B – Patronímico ou sobrenome: é o nome de família que designa sua origem familiar. C – Agnome: elemento facultativo para diferenciar uma pessoa do parente mais próximo. 3) Alteração do nome: Regra geral: o nome é imutável (garantia das relações jurídicas). Exceções: A – Alterações feitas no próprio cartório: A.1 – Casamento (art. 70, Lei 6015/73 e art. 1565, §1°, CC): trata-se de uma faculdade conferida a ambos os cônjuges. A.2 – Erro gráfico evidente (art. 110, Lei 6015/73). Se for uma questão de alta indagação será necessário propor uma ação. B – Alteração que depende de decisão judicial: B.1 – Modificação do estado de filiação (art. 47, §1° e 5°, Lei 8069/90): ocorre nas hipóteses de adoção e de reconhecimento de paternidade. Pode trocar tanto o prenome quanto o sobrenome e a partir dos 12 anos deve haver a anuência do menor. B.2 – Maioridade civil (art. 56, Lei 6015/73): devem ser preenchidos dois requisitos: Deve ser formulado um pedido até 1 ano atingida a maioridade; Deve-se respeitar os patronímicos de família já incorporados ao nome. B.3 – União estável (art. 57, Lei 6015/73): são três requisitos: Existência de impedimento para o casamento; Deve-se observar o decurso do prazo de 5 anos (tacitamente revogado); Anuência do outro companheiro. B.4 – Substituição do prenome por apelido público notório (art. 57, Caput, Lei 6015/73): permite a troca do prenome pelo apelido ou também o acréscimo do apelido com conservação do prenome. B.5 – Alteração do prenome por expor seu titular ao ridículo (art. 55, § único, Lei 6015/73): proíbe o tabelião de fazer o registro de nomes vexatórios. Caso ocorra, a pessoa quando completar 18 anos pode pedir a troca do prenome. B.6 – Acréscimo do patronímico do padrasto ou madrasta (art. 55, §8°, Lei 6015/73): três requisitos: Existência de motivo razoável; Deve-se respeitar já incorporado ao nome; Anuência do padrasto ou madrasta. B.7 – Alteração para proteção de vítimas e testemunhas de crime (art. 57, §7°, Lei 6015/73): trata-se de uma alteração provisória onde a parte pode pedir o retorno do nome quando cessar o crime. B.8 – Alteração em razão da mudança de sexo (enunciado n° 276, CJF): não está previsto na legislação, mas a jurisprudência defende a sua aplicação com base no princípio da dignidade da pessoa humana. 4) Proteção ao nome (art. 17 a 19, CC): existe restrição de uso do nome alheio em duas hipóteses: Para fins comerciais sem autorização; Colocar em situação de desprezo público, ainda que não haja intenção difamatória.
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