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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM SEGURANÇA DO TRABALHO DISCIPLINA INTRODUÇÃO À HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO INVESTIGAÇÃO DAS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO ANANINDEUA 2017 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM SEGURANÇA DO TRABALHO DISCIPLINA INTRODUÇÃO À HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO HARLESON SIDNEY ALMEIDA MONTEIRO – 20161095647 RODRIGO DOMINGUES DE SOUZA – 20161095642 SINARA DE NAZARÉ SANTANA BRITO – 20161095629 TATIANA NAUAR BRITO – 20161095649 ANANINDEUA 2017 1. INTRODUÇÃO O acidente de trabalho é um evento indesejável que resulta em danos parciais ou integrais ao(s) acidentado(s); Segundo Pereira (2012), a obrigatoriedade de informar à Previdência Social a ocorrência de acidentes de trabalho foi instituída por lei em 1967; Para que a investigação seja confiável e sem alterações é necessário a intervenção da empresa e apoio dos profissionais qualificados que utilizam o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A função de investigar e analisar os fatores que influenciarão no acidente de trabalho (AT) que causem lesões parciais e fatais é dos Auditores- Fiscais do Trabalho (AFT), vinculados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); As análises de acidentes do trabalho, realizadas por auditores-fiscais do MTE, tem mostrado progresso valorosos em suas pesquisas; 2. AMPARATO LEGAL DOS TRABALHADORES O primeiro motivo é o fato de se tratar de um requisito legal, estabelecido pela Portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, nas NR’s 4 e 5. A NR-4 diz: “4.12. Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (...) e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; (...) h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s).” NR-5, diz: O segundo motivo é o fato da investigação de acidentes ser um processo imprescindível à gestão da segurança do trabalho (e, como veremos, à gestão ambiental). A OHSAS 18.001/2007 dedica o item 4.5.3.1 a este tema: “5.16 A CIPA terá por atribuição: (...) l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidente. “A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para registrar, investigar e analisar incidentes, a fim de: a) determinar deficiências da Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) subjacentes e outros fatores que possam estar causando ou contribuindo para a ocorrência de incidentes; b) identificar a necessidade de ação corretiva; c) identificar oportunidades de ação preventiva; d) identificar oportunidades para melhoria contínua; e) comunicar os resultados de tais investigações. As investigações devem ser executadas no momento oportuno. Qualquer necessidade identificada de ação corretiva ou oportunidades de ação preventiva deve ser tratada em conformidade com as partes interessadas relevantes de 4.5.3.2. Os resultados das investigações de incidentes devem ser documentados e mantidos. Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho – STIF. O Sistema Federal de Inspeção do Trabalho (SFIT),surgiu como uma solução da Secretaria de Inspeção do Trabalho; Serve de suporte nas ações de fiscalização das empresas brasileiras; Possibilita um melhor monitoramento para o alcance das metas da fiscalização trabalhistas; O Brasil foi pioneiro no estabelecimento de um sistema informatizado desse tipo. Atualmente há informação da existência de outros, semelhantes, em funcionamento em Portugal, Espanha e Chile (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2012). 3. COMO REALIZAR A INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES 1- Analisar o ambiente de trabalho e as condições de trabalho; 2- Quantificar o número de trabalhadores; 3- realiza-se as entrevistas com as testemunhas oculares 4- Quantidade de pessoas é de acordo com o critério que o investigador julgar necessário. 5- O detalhamento de informação deve ser mantido em toda a conversa; 6- Em caso de altura, envolvendo queda da vítima e o peso de materiais é importante estimar tais massas. 7- Verificar a gravidade da lesão e o agente causador. 8- Elaboração de um relatório do acidente, de fácil compreensão. 3.1. COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT É um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. Acidente de trabalho ou de trajeto: É o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução (permanente ou temporária) da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte. Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. A CAT inicial irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato; A CAT de reabertura será utilizada para casos de afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho; A CAT de comunicação de óbito, será emitida exclusivamente para casos de falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial MODELOS DE FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO E CAT 4. COLETA DE DADOS Indivíduo: qualificação, treinamento recebido, função ou posto de trabalhos habituais e por ocasião do acidente. Tarefa: diz respeito ao que os trabalhadores executam em condições habituais de trabalho e por ocasião do acidente. Material: máquinas e equipamentos, matérias-primas utilizados na execução da tarefa, o meio de trabalho,, forma de organização do trabalho, treinamentos ministrados, etc. 5. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES - Tirar fotos ou filmar e fazer esquemas no cenário; - Descrever instalações físicas, condições de iluminação, nível de ruído e etc; - Verificar o tipo de energia utilizada, se for o caso, descrever máquinas e ou Equipamentos; - Descrever a forma habitual de execução da atividade, no momento do acidente; - Investigar e identificar as origens das alterações, mudanças, variações ocorridas. 6. CONCLUSÃO Com isso percebe-se que o processo de investigação e determinação das causas de acidentes é fundamental para que os erros cometidos sejam prevenidos ea saúde e a segurança do trabalhador sejam mantidas, com o intuito de não causar perdas que afetem a rentabilidade tanto do colaborador. Nesse sentido, o profissional responsável pelas investigações das causas de acidente do trabalho precisa apurar seu olhar e assim contar com ferramentas essenciais no seu dia-a-dia, com espírito investigativo sobre os esclarecimentos dos acidentes de trabalho com a finalidade de intervir, promover e prevenir a saúde do trabalhador. REFERÊNCIAS ALMEIDA, I. M. Ministério do Trabalho e Emprego: CAMINHOS DA ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO. Ed. MTE, SIT. Brasília 2003. Disponível em: <http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/caminhos- analise-acidentes.pdf> Acesso em: 10 fev 2007. BOTELHO, M.R., Investigação de acidentes de trabalho e prevenção: análise das práticas da Auditoria Fiscal do Trabalho. São Paulo 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/Aluno%2020/Downloads/dissert.Marcos_investig_acidentes_audi t_20160205171824.pdf> Acesso em: 10 fev 2017. CHAGAS, A. M. de R.; SALIM, C. A.; SERVO, L. M. S. Saúde e segurança no trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores. – 2. ed. – São Paulo : IPEA : Fundacentro, 2012. 391 p. Obrigado! INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM SEGURANÇA DO TRABALHO DISCIPLINA INTRODUÇÃO À HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO INVESTIGAÇÃO DAS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO ANANINDEUA 2017
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