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Maias - TRABALHO

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Maias
Povos - Os povos maias constituem um conjunto diverso de povos nativos americanos do sul do México e da América Central: setentrional. O termo maia é abrangente e ao mesmo tempo uma designação colectiva conveniente que inclui os povos da região que partilham de alguma forma uma herança cultural e linguística; porém, esta designação abarca muitas populações, sociedades e grupos étnicos diferentes, cada um com as suas tradições particulares, culturas e identidade histórica.
Estima-se que no início do século XXI esta região seja habitada por 6 milhões de maias. Alguns encontram-se bastante integrados nas culturas modernas dos países em que residem, outros continuam a seguir um modo de vida mais tradicional e culturalmente distincto, muitas vezes falando uma das línguas maias como primeiro idioma.
A península de Yucatán - O maior grupo de maias modernos pode ser encontrado na península de Iucatã no México. Geralmente identificam-se a si mesmos como maias sem qualquer tribo (ao contrário dos habitantes das terras altas da Guatemala), e falam uma língua designada maia iucateco, designada pelos seus falantes e iucatecos simplesmente maia. Entre os falantes de maia é também falado o castelhano quer como primeira quer como segunda língua.
A população indígena do Iucatã conheceu os europeus pela primeira vez após um grupo de náufragos espanhois ter dado à costa em 1511. Um dos marinheiros, Gonzalo Guerrero de seu nome, terá formado família e obtido um lugar num conselho num povoado próximo de Chetumal. As expedições espanholas posteriores (Francisco Hernández de Córdoba em 1517, Juan de Grijalva em 1518 e Hernán Cortés em 1519) resultaram em numerosos conflitos e numa guerra aberta. Os conflitos com os espanhois e a vulnerabilidade que apresentavam às doenças trazidas por eles, reduziram os números da população maia iucateca para menos de 10 000 em 1850. Os que se encontravam mais para leste nas selvas de Quintana Roo, permaneceram mais isolados dos espanhois, o que lhe permitiu que sobrevivessem mais facilmente. Historicamente, a população na metade oriental da península foi menos afectada e menos integrada pela cultura hispânica que aquela da metade ocidental.
Uma grande rebelião de indígenas maias de Iucatã ocorrida no século XIX, conhecida como a guerra de castas de Iucatã, foi uma das mais bem sucedidas revoltas modernas de indígenas americanos; como resultado desta revolta aconteceu o estabelecimento temporário do estado maia de Chan Santa Cruz, reconhecido como nação independente pelo Império Britânico.
Chiapas - Durante muitos anos, Chiapas foi uma das regiões do México menos tocada pelas reformas decorrentes da Revolução Mexicana. O Exército Zapatista de Libertação Nacional, que iniciou uma revolta contra o estado mexicano em Chiapas em Janeiro de 1994, declarou-se um movimento indígena e obteve o maior e primeiro apoio dos maias chiapanecos, alguns dos quais continuam ainda a apoiar o EZLN. Os grupos maias de Chiapas incluem os tsotsil e os tseltal nas terras altas do estado, os tojolabal nas terras baixas próximo de Las Margaritas e o povo chol na selva. O mais tradicional dos povos maias é o dos lacandões, uma pequena população que evitou os contactos com pessoas exteriores até muito tarde no século XX, viveno em pequenos grupos na Selva Lacandona.
Tabasco - O estado de Tabasco é a terra natal dos maias chontal.
Belize - A população maia concentra-se nos distritos de Cayo e Toledo, mas encontram-se espalhados por todo o pais. Falam as línguas iucateca, queqchi ou mopan.
Guatemala - Na Guatemala, as maiores e mais conservadoras populações maias encontram-se nas terras altas do ocidente do país. Na Guatemala, o padrão colonial espanhol de manter a população indígena legalmente separada e subserviente continuou até bastante tarde no século XX. Um dos resultados desta situação foi a manutenção de muitos costumes tradicionais. Continua a existir uma identificação considerável com afinidades locais e linguísticas, muitas vezes correspondentes a estados-nação pré-colombianos, e muitos continuam a envergar trajes tradicionais que mostram a sua identidade local específica. Entre os povos maias das terras altas da Guatemala contam-se os quiché, mam, pocomam, caqchiquel, ixil, queqchi, tsutuil e jacaltecas. A região sudeste da Guatemala (na fronteira com as Honduras) é habitada por outros grupos como os chorti
Linguas - As línguas maias formam uma família linguística e são faladas na Mesoamérica e no norte da América Central por mais de seis milhões de indígenas maias, sobretudo na Guatemala, México e Belize. Em 1996 a Guatemala reconheceu formalmente 21 línguas maias1 e o México reconhece outras oito.
A família das línguas maias é uma das mais bem documentadas e estudadas nas Américas.2 As línguas maias actuais descendem do protomaia, uma língua que se pensa ter sido falada há pelo menos 5 000 anos e parcialmente reconstruída usando o método comparativo.
As línguas maias fazem parte da área linguística mesoamericana, uma área de convergência linguística desenvolvida ao longo de milénios de interação entre os vários povos da Mesoamérica. Todas elas exibem os traços básicos identificadores desta área linguística. Por exemplo, todas utilizam substantivos relacionais em vez de preposições para indicarem relações espaciais. Possuem também características gramaticais e tipológicas que as diferenciam de outras línguas da Mesoamérica, como a ergatividade no tratamento gramatical dos verbos e seus sujeitos e objetos, categorias específicas de inflexão para os verbos, e uma classe gramatical especial de posicionais que é típica de todas as línguas maias.
Durante a época pré-colombiana da história mesoamericana, algumas línguas maias eram escritas usando a escrita hieroglífica maia. O seu uso foi particularmente generalizado no período clássico da civilização maia (250 - 900 d.C.). O conjunto de mais de 10 000 inscrições individuais maias que chegou até aos nossos dias (em edifícios, nas obras de olaria e nos códices maias),3 combinado com a rica literatura pós-colonial das línguas maias escrita utilizando o alfabeto latino, fornecem uma base para a compreensão moderna da história pré-colombiana sem paralelo nas Américas.
Sociedade - A sociedade maia foi organizada em torno de uma rígida estrutura hierárquica, na qual, desde seu início e, através de seu desenvolvimento, a classe nobre, os almenehoob, encontravam-se no topo da pirâmide social e detinham todo o poder político e religioso. Os laços entre as castas dirigentes eram sempre hereditários, o que fez com que o governo fosse mantido nas mãos de famílias nobres e seus descendentes. A única exceção era o caso dos comerciantes, que, pelo fato de conhecerem caminhos e cidades distantes, alcançavam um status social de nobreza, por fornecer informações estratégicas ao imperador. No geral, a civilização maia era uma sociedade teocrática, onde o poder correspondia aos sacerdotes e ao imperador, que era tido como um deus na terra.
 De modo geral, os estados maias foram organizados como províncias independentes. Cada província era governada por apenas um governante, chamado Ahau, que concentrava o poder político,religioso e militar. Cada povoado da província era governado pelo Batab, o chefe local, subordinado ao Ahau da província. Em seguida, cada bairro, de cada povoado, era dirigido por um Ah Cuch Cab, o chefe menor. Durante a época de guerra, as milícias eram comandadas pelo Nacom, o chefe militar supremo, que, como qualquer outro funcionário, também respondia ao Ahau da província. Na mesma classe social do chefe Batab estava o sacerdote, chamado Ahkin; o superior máximo do poder sacerdotal era o Ahuacán, supremo sacerdote, encarregado de todos os templos, rituais e sacrifícios, assim como responsável pela astronomia,  escritura e os cálculos dos calendários. Na base da pirâmide social estavam os artesãos, os camponeses e os escravos.
 Durante o período clássico, o governante de uma província era chamado Ahau Te’ e os senhoresgovernantes dos povos da província, eram chamados Sahl. No final deste período, já adentrando a era pós-clássica, existiu um governo de províncias confederadas chamado Multepal. Sob este sistema político existiam duas grandes hegemonias localizadas, primeiramente na cidade de Chichén Itzá e em Mayapán, tempos depois. O comando estava a cargo de vários chefes ligados por um conselho de governo.
Mitologia - A mitologia maia se refere às extensivas crenças politeístas da civilização maia pré-colombina. Esta cultura mesoamericana seguiu com as tradições de sua religião há 3.000 anos até o século IX, e inclusive algumas destas tradições continuam sendo contadas pelos maias modernos.
São só três textos maias completos que sobreviveram através dos anos. A maioria foi queimada pelos espanhóis durante sua invasão da América. Portanto, o conhecimento da mitologia maia disponível na atualidade é muito limitado.
Mito da criação segundo os maias 
Na mitologia maia, Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) são referidos como os criadores, os fabricantes, e os antepassados. Eram dois dos primeiros seres a existir e se diz que foram tão sábios como antigos. Huracán, ou o ‘coração do céu', também existiu e se lhe dá menos personificação. Ele atua mais como uma tempestade, da qual ele é o deus.
Tepeu e Gucumatz levam a cabo uma conferência e decidem que, para preservar sua herança, devem criar uma raça de seres que possam adorá-los. Huracán realiza o processo de criação enquanto que Tepeu e Gucumatz dirigem o processo. A Terra é criada, junto com os animais. O homem é criado primeiro de lama mas este se desfaz. Convocam a outros deuses e achem ao homem a partir da madeira, mas este não possui nenhuma alma. Finalmente o homem é criado a partir do milho por uma quantidade maior de deuses e seu trabalho é completo.
A mitologia dos maias tem o seguinte panteão.
Deuses notáveis 
Três primeiros deuses criadores 
Estes realizaram a primeira tentativa da criação do homem a partir da lama, no entanto em breve viram que seus esforços desembocaram no fracasso, já que suas criações não se sustentavam por ser um material muito suave.
Gucumatz: Na mitologia maia, Gucumatz é o deus das tempestades. Achou vida por meio da água e ensinou aos homens a produzir fogo. É conhecido também por: Gucamatz, Cuculcán ou Kukulkán.
Huracán: Em linguagem maia, Huracan significa "o de uma só perna", deus do vento, tempestade e fogo. Foi também um dos treze deuses criadores que ajudaram a construir a humanidade durante a terceira tentativa. Além disso provocou a Grande Inundação depois que os primeiros homens enfureceram aos deuses. Supostamente viveu nas neblinas sobre as águas torrenciais e repetiu "terra" até que a terra emergiu dos oceanos. Nomes alternativos: Hurakan, Huracán, Tohil, Bolon Tzacab e Kauil.
Tepeu: Na mitologia maia, foi deus do céu e um dos deuses criadores que participou das três tentativas de criar a humanidade.
Os sete segundos deuses criadores - Estes deuses que realizaram a segunda tentativa de achem ao homem a partir da madeira, mas este não possuía nenhuma alma
Alom
Bitol - Deus do céu. Entre os deuses criadores, foi o que deu forma às coisas. Participou das duas últimas tentativas de criar a humanidade.
Gucamatz
Huracán
Qaholom
Tepeu
Tzacol
Os treze últimos deuses criadores - Se podem encontrar referências aos Bacabs nos escritos do historiador do Século XVI Diego de Landa e nas histórias maias colecionadas no Chilam Balam. Em algum momento, os irmãos se relacionaram com a figura de Chac, o deus maia da chuva. Em Yucatán, Chan Kom se refere aos quatro pilares do céu como os quatro Chacs. Também acredita-se que que foram deuses jaguar, e que estão relacionados com a apicultura. Como muitos outros deuses, os Bacabs eram importantes nas cerimônias de adivinhações, e eram consultados a respeito de grãos, clima e até a saúde das abelhas, uma vez que eram deuses da apicultura também.
Sacrifício Humano - Um sacrifício humano consiste no ato de sacrificar um ou mais seres humanos para algum fim, usualmente de cunho religioso. Tal prática remonta desde a Antiguidade, quando matavam-se pessoas ritualmente de forma que agradasse algum deus ou força espiritual. Apesar das tentativas de se eliminar tais práticas, ainda há alguns grupos ou culturas que praticam sacrifícios humanos nos dias atuais.
Ocasiões em que se sacrificavam homens:
Para a criação de um novo templo ou ponte;
Quando da morte de um rei ou membro do alto clero, para que o sacrificado servisse ao morto na próxima vida;
Em tempos de desastres naturais. Secas, terremotos, erupções vulcânicas, maremotos, etc, seriam sinais de fúria dos deuses - sacrifícios eram a forma de acalmá-los.
Algumas civilizações da atual América Central praticavam o sacrifício humano. Os Astecas eram um caso especial pois praticavam tal sacrifício em grande escala; um sacrifício humano seria feito todos os dias para ajudar o Sol a nascer, em homenagem ao grande templo de Tenochtitlán, entre outros.
Na antiga religião da Escandinávia também se praticavam sacrifícios humanos.
Existem vestígios de que a Civilização Minoica praticava sacrifícios humanos. Corpos sacrificados foram encontrados em numerosos locais na cidadela de Cnossos em Creta. Um achado na Casa Norte em Cnossos numerou 337 ossos de crianças aparentemente chacinadas. É possível que o tenham sido para consumo humano, na tradição de oferendas da civilização helênica. Não há prova de ter sido uma prática disseminada pela Civilização Minoica. É possível que os sacrifícios humanos em Creta sejam casos especiais, pois em Cnossos, naquela época, ocorreu um tremendo desastre natural tectônico no local onde se acharam, preservados. Assim, tais sacrifícios humanos poderiam ser explicados pelo desespero Minoico em face da catástrofe e não como rotina. O templo de Anemospília em Cnossos exemplifica tal opinião. Nele se encontraram vestígios do sacrifício de um adolescente, interrompido pelo colapso do templo sobre os participantes por um sismo ocorrido no momento.
O mito de Teseu e do Minotauro (situado no labirinto de Cnossos) evidencia que o sacrifício humano era comum. No mito, diz-se que Atenas enviou sete rapazes e sete raparigas para Creta como sacrifício ao Minotauro. Os achados arqueológicos evidenciam que a maioria dos sacrifícios era de jovens ou crianças. Tal corrente de opinião contrasta com a corrente utópica dos minoicos divulgada pelo arqueólogo Arthur Evans.
O sacrifício humano ainda acontece atualmente como prática secreta em certas religiões tradicionais, por exemplo nas matanças Muti. O sacrifício humano hoje já não está tipificado em nenhum código penal do mundo, pois tais casos são considerados assassínio.
Muitas pessoas na Índia são fiéis de uma religião chamada Tantrismo; pequena percentagem de praticantes Tantricos sem escrúpulos induzem pessoas ao sacrifício humano, com a promessa de provocar a gravidez em casais estéreis (ver Leituras Adicionais). Na Eneida de Virgilio a personagem Sinon declara que estava destinado a ser um sacrifício humano a Poseidon para acalmar os mares (claro que Sinon mentia). O Sacrifício humano é um assunto comum nas religiões e mitologia de diversas culturas.
O Cristianismo e o Judaísmo Messiânico acreditam-se que a morte de Jesus(Yeshua) foi o perfeito sacrifício que pode nos purificar de pecados.
Arquitetura - A arquitetura da civilização maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da arquitetura maia são uma chave importante para o entendimento da evolução de sua antiga civilização.
Enquanto os maias ocuparam o norte da península de Yucatán construindo váriascidades-santuários, os astecas estabeleceram-se nas ilhotas do lago Texcoco, edificando a capital do seu império: México-Tenochtitlán. Os maias eram mais desenvolvidos cientificamente, na escrita hieroglífica e na astronomia e matemática.
As construções de ambas as civilizações, principalmente sob a forma de templos demonstram sofisticadas e ainda desconhecidas técnicas, gerando diversas interpretações e teorias para explicar e justificar sua viabilidade fora do comum. Os templos maias, principalmente os do período clássico demonstram influência dos toltecas, sendo que estes últimos sincronicamente absorveram os conhecimentos dos maias e astecas em outras áreas.
Os templos astecas e maias eram sempre retangulares e escalonados, gerando pirâmides coroadas por uma plataforma, onde se supõe que sejam locais de sacrifício. Os baixo-relevos representavam freqüentemente suas divindades antropomórficas, em todas as construções. 
Calendário - O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização maia da Mesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas dos planaltos da Guatemala.
Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos adicionais mais extensos. Os fundamentos dos calendários maias baseiam-se em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Tem muitos aspectos em comum com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os zapotecas e olmecas, e algumas civilizações suas contemporâneas ou posteriores, como o dosmixtecas e o dos astecas. Apesar de o calendário mesoamericano não ter sido criado pelos maias, as extensões e refinamentos por eles efetuados foram os mais sofisticados. Junto com os dos astecas, os calendários maias são os melhores documentados e compreendidos.
Pela tradição da mitologia maia, como está documentado nos registros colonais iucatecas e reconstruído de inscrições do Clássico Tardio e Pós-clássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários aos maias ancestrais, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia.
Com o desenvolvimento do calendário da contagem longa e sua notação posicional (que se acredita herdada de outras culturas mesoamericanas), os maias tinham um sistema elegante no qual os eventos podiam ser registrados de forma linear uns relativamente aos outros, e também com respeito ao próprio calendário ("tempo linear"). Em teoria, este sistema pode ser estendido para delinear qualquer extensão de tempo desejado, simplesmente aumentando o número de marcadores de maior ordem usados (gerando assim uma sequência crescente de múltiplos de dias, cada dia na sequência identificado univocamente por seu número da contagem longa). Na prática, a maioria das inscrições maias da contagem longa limitam-se em registrar somente os primeiros 5 coeficientes neste sistema (uma contagem b'ak'tun), que era mais do que adequado para expressar qualquer data histórica ou atual (20 b'ak'tuns são equivalentes a cerca de 7885 anos solares). Mesmo assim, existem inscrições que apontavam ou implicavam sequências maiores, indicando que os maias compreendiam bem uma concepção linear do tempo (passado-presente-futuro).
Contudo, e em comum com outras sociedades mesoamericanas, a repetição dos vários ciclos calendáricos, os ciclos naturais de fenômenos observáveis, e a recorrência e renovação da imagética de morte-renascimento em suas tradições mitológicas eram influências importantes e ominpresentes nas sociedades maias. Esta visão conceitual, em que a "natureza cíclica" do tempo é destacada, era preeminente, e muitos rituais estavam ligados à conclusão e recorrência dos vários ciclos. Como as configurações particulares do calendário eram novamente repetidas, também o eram as influências "sobrenaturais" a que elas estavam associadas. Desta forma, cada configuração particular do calendário tinha um "caráter" específico, que influenciaria o dia que exibia tal configuração. Divinações poderiam então ser feitas a partir dos augúrios associados com uma certa configuração, uma vez que os eventos em datas futuras seriam sujeitos às mesmas influências conforme as datas correspondentes de ciclos prévios. Eventos e cerimônias eram marcados para coincidir com datas auspiciosas, e evitar as inauspiciosas.6
O final de ciclos de calendário significativos ("finais de período"), como um ciclo k'atun, geralmente eram marcados pela ereção e dedicação de monumentos específicos (principalmente inscrições em estelas, mas algumas vezes complexos de pirâmides gêmeas como as de Tikal eYaxha), comemorando o final, acompanhado por cerimônias dedicatórias.
Uma interpretação cíclica também é notada nos mitos de criação maias, em que o mundo atual e os humanos nele foram precedidos por outros mundos (de um a cinco outros, dependendo de onde vem a tradição) que foram feitos de várias formas pelos deuses, mas subseqüentemente destruídos. O mundo atual teria uma existência tênue, requerendo súplicas e ofertas de sacrifícios periódicos para manter o equilíbrio de existência continuada. Temas similares fazem parte dos mitos de criação de outras sociedades mesoamericanas.
Comércio/Economia - 
Agricultura, caça e pesca - A agricultura era a principal atividade econômica dos maias. Os principais gêneros agrícolas cultivados pelos maias eram: milho, cacau, algodão, tomate, batata e frutas. Usavam técnicas de irrigação e mudavam constantemente seus locais de plantio. A técnica agrícola dos terraços era muito usada como forma de evitar a erosão do solo. As queimadas também eram usadas para abrir espaços na floresta para a prática da agricultura.
Como viviam em regiões de florestas tropicais, aproveitaram muito os recursos naturais oferecidos. Pescavam nos rios da região e caçavam animais de pequeno e médio porte para se alimentarem. Também domesticavam animais e criavam abelhas para a produção de mel.
Comércio
Os maias não desenvolveram sistema monetário, ou seja, não cunharam moedas. As trocas de produtos ocorriam com freqüência entre os comerciantes das cidades. Como bases de trocas eram usados produtos valorizados pelos maias como, por exemplo, sinetas de cobra, sementes de cacau, pedras de ouro e prata, plumas coloridas e conchas.
Existiam várias rotas de comércio, usadas pelos comerciantes, que ligavam várias cidades. Por elas, os comerciantes vendiam objetos de cerâmica, plumas, conchas, sal, sementes de cacau, roupas e outras mercadorias.
Propriedade e impostos
Embora a terra fosse coletiva, os nobres e grandes comerciantes usufruíam mais das propriedades. As famílias recebiam lotes de terra para plantarem e garantirem a subsistência e pagar os tributos ao Estado.
Para a construção e manutenção de estradas e templos, o governo cobrava impostos em espécie (mercadorias). O imposto arrecadado também era usado para o pagamento dos funcionários do governo. Algumas pessoas pagavam estes impostos em forma de trabalho.
Escrita - A escrita maia, também vulgarmente chamada hieróglifos maias, era o sistema de escrita da civilização maia da Mesoamérica pré-colombiana e presentemente o único sistema de escrita mesoamericano já decifrado. As inscrições mais antigas identificadas como maias datam do século III a.C.[1] e este sistema de escrita foi continuamente usado até pouco depois da chegada dos conquistadores espanhóis durante o século XVI (e até mais tarde em áreas isoladas como Tayasal). A escrita maia utiliza logo gramas complementados por um conjunto de glifos silábicos, com função semelhante à atual escrita japonesa. A escrita maia foi chamada hieroglífica pelos exploradores europeus dos séculos XVIII e XIX os quais apesar de a não compreenderem viram na sua aparência reminiscências dos hieróglifos egípcios, com os quais a escrita maia não tem qualquer relação.
A escrita maia consistia num conjunto de glifos altamente elaborados que eram laboriosamentepintados em cerâmica, paredes ou códices de papel, gravados em madeira ou pedra, ou ainda moldados em estuque. Os glifos moldados e gravados eram pintados, mas na maioria dos casos a pintura não chegou até aos nossos dias.
Cerca de três quartos ou mais dos escritos maias podem agora ser lidos com graus variáveis de certeza, o suficiente para que se tenha uma ideia abrangente sobre a sua estrutura.
A escrita maia era um sistema logossilábico. Os símbolos individuais (glifos) podiam representar quer uma palavra (mais exactamente um morfema) ou uma sílaba; de facto, o mesmo glifo podia muitas vezes ser utilizado das duas formas. Por exemplo, o glifo calendário MANIK’ era também usado para representar a sílaba chi. (Costuma-se escrever leituras logográficas em maiúsculas e as leituras fonéticas em itálico). É possível, mas não comprovado, que estas leituras conflituosas tenham surgido à medida que a escrita foi adaptada a novas línguas, como o que aconteceu com o kanji japonês. A ambiguidade existia igualmente no sentido inverso. Por exemplo, meia dúzia de glifos aparentemente não relacionados eram usados para escrever o muito comum pronome da terceira pessoa u-.
Em maia escrevia-se geralmente em blocos agrupados em colunas com dois blocos de largura, lidos como em seguida se explica:
Dentro de cada bloco os glifos eram organizados de cima para baixos e da esquerda para direita, um pouco como o que acontece com os blocos silábicos do hangul coreano. Porém, no caso maia, cada bloco tendia a corresponder a uma frase substantiva ou verbal como a sua fita verde. Além disso, os glifos eram por vezes fundidos em ligaturas, com um elemento de um glifo a substituir parte de um segundo. As ligaturas ocorrem em diversas escritas: por exemplo no castelhano medieval a palavra de era por vezes escrita Ð. Outro exemplo é o &, ligatura derivada do temo latino et (a conjunção e). Em lugar da configuração padrão em blocos, o maia era por vezes escrito numa única linha ou coluna, e em formas de 'L' ou 'T'. Estas variações aparecem mais frequentemente quando são as que mais bem se ajustam à superfície em que foram inscritas.
Os glifos maias era fundamentalmente logográficos. De um modo geral os glifos usados como elementos fonéticos eram originalmente logogramas que representavam palavras que eram em si mesmas sílabas individuais, terminando em vogal ou numa consoante fraca como y, w, h ou ainda numa oclusiva glotal. Por exemplo, o logograma para barbatana de peixe (em maia, [kah] - encontrado em duas formas, como 'barbatana de peixe' e como 'peixe com barbatanas proeminentes'), passou a representar a sílaba ka. Estes glifos silábicos possuíam duas funções primárias: eram usados como complementos fonéticos para desambiguar logogramas que tinham mais que uma leitura possível, tal como acontecia também nos glifos egípcios, e eram usados para escrever elementos gramaticais tais como inflexões verbais que não tinham logogramas próprios, como no japonês moderno. Por exemplo, b'alam 'jaguar' podia ser escrito como um simples logograma BALAM, foneticamente complementado como ba-BALAM, ou BALAM-ma, ou ba-BALAM-ma, ou escrito foneticamente como ba-la-ma.
Os glifos fonéticos representavam sílabas simples dos tipos consoante-vogal ou vogal simples. Porém, a fonotática maia é um pouco mais complicada que isto: a maioria das palavras maias terminam com uma consoante, não com uma vogal, e podem também existir sequências de duas consoantes no interior de uma palavra, como em xolte [?olte?] 'ceptro', que é do tipo CVCCVC. Quando estas consoantes finais eramsonoras (l, m, n) ou glotais (h, ’) , elas eram por vezes ignoradas, mas mais frequentemente as consoantes finais eram escritas, o significava que era escrita também uma vogal adicional. Tipicamente, tratava-se de uma vogal de eco que repetia a vogal da sílaba anterior. Isto é, a palavra kah 'barbatana de peixe' seria escrita na sua forma extensa ka-ha. No entanto, existem muitos casos em que uma outra qualquer vogal era utilizada, e as regras ortográficas para estas situações são compreendidas apenas parcialmente. Este é o entendimento actual:
Uma sílaba CVC era escrita CV-CV, em que as duas vogais (V) eram iguais: yo-po [yop] 'folha'.
Uma sílaba com uma vogal longa (CVVC) escrevia-se CV-Ci, a menos que a vogal longa fosse [i], caso em que era escrita CiCa: ba-ki [baak] 'cativo', yi-tzi-na [yihtziin] 'irmão mais novo'.
Uma sílaba com uma vogal glotalizada (CV'C ou CV'VC) era escrita com um a final se a vogal fosse e, o, u, ou com um u final se a vogal fosse [a] ou [i]: hu-na [hu'n] 'papel', [ba'tz'] 'macaco uivador'.
Guerras - Os Maias assim como os Incas e Astecas tinham um forte laço com a guerra, o motivo pelo qual estas civilizações tiveram destaque no mundo pré-colombiano em grande parte está ligado à expansão territorial adquirida através da submissão dos povos vizinhos. O mundo maia era dividido por cidades-estados, elas eram independentes politicamente e geralmente estavam envolvidas em conflitos para expandir seu território e subir seus status e era através da guerra que as cidades ampliavam seu poder e ganhavam prestigio social.
A história destas guerras esta gravada em diversos artefatos do mundo Maia e em paredes que decoram os templos, em um artigo anterior foi mostrado Bonampak em Chiapas, neste templo é possível encontrar diversas cenas de submissão e sacrifício de inimigos derrotados em guerra. Ao lado vocês podem ver outras diversas imagens que demonstram características bélicas desta civilização, muitas estatuetas são usadas para descobrirmos como era o soldado Maia, elas demonstram a vestimenta e o tipo de arma que eles utilizavam.
Um costume dos soldados era se vestir com pele de jaguar antes do combate, eles acreditavam que desta forma absorveriam a força do animal que os auxiliaria na luta, os soldados também obedeciam a sinais astronômicos para realizar a batalha, os sacerdotes eram consultados e se os planetas não estivessem em uma posição favorável o dia do ataque era adiado. As armas dos soldados consistiam basicamente em lanças de madeira, tendo em vista que os maias não utilizavam o ferro, alguns optavam por espadas de madeira com fragmentos de folha de obsidiana em ambos os lados, uma arma do período pós-classico (950 d.C. – 1500 d.C.) trazida pelos chichimecas que teve maior uso no mundo Asteca.
Uma curiosidade interessante é que existiam alguns penteados especiais para o dia de batalha, nada muito exótico, os penteados eram uma forma de diferenciar os guerreiros e também tinham relação com o ato sagrado e o comprometimento com a guerra, outra anedota é que os Maias tinham o costume de adornar o inimigo antes de entregá-lo aos seus lideres, isto demonstra uma de respeito para com o inimigo que antes de ser sacrificado realizaria um ato de submissão reconhecendo sua derrota. Neste caso vale apena ressaltar que a relação dos Maias com a morte era muito diferente da que temos em nossa cultura, eles acreditavam que uma morte em guerra ou sacrifício era algo extremamente honrado, o que explica este comportamento.
	
Muitas pessoas acreditam que a América era um continente harmônico e repleto de paz e que a chegada do europeu que profanou uma espécie de paraíso desconhecido que existia aqui, isto não condiz com a verdade, pois temos provas históricas sobre os conflitos existentes no mundo pré-colombiano, mas também não podemos pensar que os ameríndios viviam na barbárie e foram salvos pelos europeus que os cristianizaram, pois também temos provas que o processo de conquista foi algo cruel e sanguinário que dizimou uma magnífica cultura. Devemos ao invés de procurar um lado para ficar entender que o ser humano possui processos evolutivos diferentes e que cada cultura deve ser compreendida com suas particularidades, pois nada pode justificar o extermínio de uma civilização, extermínio que foi causado pela incapacidade de compreensão do “outro” e pela ganância.
Rituais - O Principal Ritual Maia era Sacrifícios Humanos a Deuses Pagãos
Osrelatos mais minuciosos sobre os ritos de sangue maia provêm do Período Pós-Clássico. Entre eles, a cena da extração do coração de um guerreiro para oferecê-lo aos deuses.
Os jovens guerreiros pertencentes às elites inimigas eram as presas mais cobiçadas. No caso de capturar um governante, ou um chefe principal, a vítima era reservada para ser decapitada durante uma cerimônia especial.
Por outro lado, quanto mais distante fosse o povo de um cativo, geográfica ou culturalmente, mais os maias o depreciavam para o sacrifício. Segundo Todorov, as vítimas preferidas deviam ser simultaneamente, estrangeiras e próximas.
Os métodos de sacrifício eram diversos. Durante o Período Clássico foi posto em prática o esquartejamento, realizado em ocasiões durante o jogo de bola.
O Templo dos Jaguares e dos Guerreiros em Chichén Itzá foram âmbitos privilegiados para a prática dos sacrifícios humanos.
Os cronistas espanhóis descrevem o equipamento dos sacerdotes: resina de copal para utilizar incenso, pintura negra e facas de sacrifício.
Segundo o pensamento maia, os ritos eram imprescindíveis para garantir o funcionamento do universo, os acontecimentos do tempo, a passagem das estações, o crescimento do milho, e a vida dos seres humanos. Os sacrifícios eram necessários para assegurar a existência dos deuses, repondo seu consumo periódico de bioenergia.

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