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Aula 5: Famílias botânicas Angiospermas Monocotiledôneas (Arecales) e Eudicotiledôneas (Rosales) Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FLORESTAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS IF 101 - DENDROLOGIA ANGIOSPERMAS IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT Monocotiledôneas Angiospermas Eudicotiledôneas IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ANGIOSPERMAS (Monocotiledôneas) MONOCOTILEDÔNEAS Característica principais: o Um cotilédone na semente; o Feixes vasculares espalhados pelo caule; o Raiz fasciculada. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos MONOCOTILEDÔNEAS IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT Monocotiledôneas ARECACEAE Distribuição predominantemente pantropical; Inclui cerca de 200 gêneros e 2000 espécies; Brasil: cerca de 40 gêneros e 200 espécies. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ARECACEAE Palmeiras, estipe geralmente lenhoso, simples ou ocasionalmente ramificado, às vezes com caule subterrâneo ou acaule; Frequentemente com espinhos; Folhas: o Simples, às vezes profundamente pinatipartidas ou flabeliformes; o Alternas espiraladas ou raramente dísticas, paralelinérveas ou palminérveas. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ARECACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Estipe Caule subterrâneo Formando touceiras Acaule ARECACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Palminérvea dividida Folhas flabeliformes Pinatipartidas Folhas paralelinérveas ARECACEAE Flor: o Geralmente pouco vistosas; o Inflorescência do tipo espádice composto, subtendido por uma bráctea (espata) comumente lenhosa. Fruto: o Drupa ou raramente baga; o Geralmente com uma única semente. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ARECACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Espata Fruto drupa com uma semente Flores pouco vistosas Espádice ARECACEAE Ornamental: o Palmeiras-de-leque (gêneros Coccothrinax, Livistona, Pritchardia, Sabal, Schippia e Thrinax); o Palmeiras-rabo-de-peixe (Caryota); o Palmeiras-reais ou imperiais (Roystonea); o Tamareiras (Phoenix). IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ARECACEAE Alimentação: o Coqueiro (Cocos nucifera); o Dendê (Elaeis guineensis); o Açaí (Euterpe oleracea). IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ARECACEAE Alimentação: o Palmito-juçara (Euterpe edulis) • Palmito: inserido no ápice do eixo caulinar, que inclui as bainhas das folhas terminais e as folhas ainda não expandidas; • Como a espécie não se ramifica, a extração do palmito provoca a morte da planta; • Apesar de ser muito abundante na Mata Atlântica, isto tem causado declínio das populações naturais. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ARECACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos F o n te : L o re n zi , 2 0 1 0 ARECACEAE Outros destaques: o Coco-de-praia, guriri (Allagoptera arenaria) • Frequente em restingas. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos F o n te : L o re n zi , 2 0 1 0 ARECACEAE Outros destaques: o Buriti (Mauritia flexuosa) • Considerada a palmeira mais abundante do país. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos F o n te : L o re n zi , 2 0 1 0 ARECACEAE Outros destaques: o Babaçu (Attalea speciosa) • Sementes com óleo-de-babaçu. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos F o n te : L o re n zi , 2 0 1 0 F o n te : L o re n zi , 2 0 1 0 ARECACEAE Outros destaques: o Carnaúba (Copernicia prunifera) • Folhas depois de secas são matéria prima para artesanato trançado. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos F o n te : L o re n zi , 2 0 1 0 ANGIOSPERMAS (Eudicotiledôneas) IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT Eudicotiledôneas IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Rosales Fonte: MOBOT MORACEAE Distribuição predominantemente tropical e subtropical; Inclui cerca de 50 gêneros e 1500 espécies; Brasil: 27 gêneros e cerca de 250 espécies, a maioria na Região Amazônica; Diversas formações: Campinarana, Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme, Florestas Estacionais, Floresta Ombrófila, Restinga, Savana Amazônica, entre outros. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT MORACEAE Ervas, arbustos, árvores ou lianas, geralmente latescentes. Tronco: o Com raízes superficiais e adventícias. Folhas: o Alternas ou raramente opostas (Bagassa), geralmente simples; o Com estípulas terminais cônicas (amplexicaules) que deixam cicatrizes evidente; o Margem lisa; o Venação broquidódroma (fechada). IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos MORACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Latescentes Raízes estranguladoras Raízes superficiais Estípula terminal MORACEAE Flores: o Não vistosas; o Inflorescência geralmente espiciforme (aspecto de espiga), racemiforme (flores pedunculadas) ou formando um sicônio (receptáculo carnoso com flores diminutas na parte interna - gênero Ficus). Fruto: o Drupa ou aquênio, às vezes formando uma infrutescência. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos MORACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Ficus sp. Maclura sp. MORACEAE Dois gêneros introduzidos: Artocarpus e Morus. Interesse econômico: o Alimentação: Ficus carica (figo), Artocarpus heterophyllus (jaca), Morus spp. (amora); o Ornamental: algumas espécies de Ficus, embora não sejam apropriadas em algumas situações por possuírem raízes que causam danos às construções. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Ficus sp. Artocarpus heterophyllus Morus spp. MORACEAE Nos ambientes naturais: o Ficus: se destacam por serem bastante robustas. A maioria das espécies são hemiepífitas, emitindo raízes que sufocam a árvore hospedeira; o Sorocea: comum na Mata Atlântica, com folhas de margem espinescentes; o Brosium: árvore comum no cerrado. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos MORACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Brosium gaudichaudii F o n te : L o re n zi , 2 0 0 8 MORACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof.Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Sorocea bonplandii F o n te : L o re n zi , 2 0 0 8 MORACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Ficus insipida o Ocorre principalmente em matas ciliares. F o n te : L o re n zi , 2 0 0 8 ROSACEAE Distribuição cosmopolita; Inclui aproximadamente 100 gêneros e 3000 espécies; Poucas espécies nativas no Brasil: nove gêneros e cerca de 25 espécies; Diversas formações: Campinarana, Campo de Altitude, Campo Rupestre, Floresta Ciliar, Floresta Estacional Decidual e Semidecidual, Floresta Ombrófila, Floresta Ombrófila Mista, Restinga. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT ROSACEAE Ervas, arbustos, árvores ou lianas. Tronco: o Acúleos ou espinhos frequentes. Folhas: o Geralmente alternas, simples ou compostas, geralmente com estípulas, margem inteira ou mais frequentemente serreada. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ROSACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Margem serreada Acúleos ou espinhos Folha composta Folha simples Rubus Prunus ROSACEAE Flores: o Geralmente vistosas; o Inflorescência geralmente cimosa, às vezes reduzida a uma única flor. Fruto: o Folículo, aquênio, drupa ou raramente cápsula; o Frequentemente outras partes da flor desenvolvem-se na frutificação, incluindo o receptáculo ou o hipanto. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ROSACEAE Principais famílias do ponto de vista econômico; Alimentação: maçã (Malus sylvestris), pera (Pyrus communis), pêssego (Prunus persica), morango (Fragaria vesca), nêspera (Eriobotrya japonica), ameixa (Prunus domestica), cereja (Prunus avium), framboesa (Rubus idaeus); Ornamentais: rosa (Rosa spp.). IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ROSACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos ROSACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Prunus sellowii o Ocorre na floresta pluvial atlântica até a floresta estacional semidecídua; o Altura de 8 a 15 metros; o Folhas alternas espiraladas com estípulas caducas, simples; o Madeira pesada apropriada para acabamentos internos, móveis, laminados, ets; o Frutos consumido por pássaros, sendo então interessante em reflorestamento de áreas degradadas. F o n te : L o re n zi , 2 0 0 8 URTICACEAE Distribuição quase cosmopolita; Inclui cerca de 50 gêneros e 1200 espécies; Brasil: 12 gêneros e cerca de 80 espécies; Diversas formações: Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Estacional Decidual e Semidecidual, Floresta Ombrófila, Floresta Ombrófila Mista, Restinga, Savana Amazônica, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT URTICACEAE Ervas, arbustos, árvores ou lianas. Tronco: o Às vezes com raízes escoras; o Árvores com caule fistuloso (oco), associado com formigas (Cecropia); o Com seiva aquosa que escurece por oxidação. Folhas: o Alternas ou menos frequentemente opostas; o Simples, às vezes profundamente palmatífidas com nervura actinódroma, margem inteira ou serreada, com estípulas laterais ou terminais (amplexicaules, deixam cicatrizes); o Presença de triquília: dilatação na base do pecíolo, produzindo gorduras usualmente coletado por formigas (Cecropia); o Às vezes com tricomas urticantes nas folhas e ramos. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos URTICACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Triquília Folhas palmatífidas Margem serreada Estípula terminal Internós ocos Raízes escoras URTICACEAE Flores: o Flores não vistosas; o Inflorescência cimosa, frequentemente espiciforme (aspecto de espiga) e com flores congestas (flores muito próximas uma das outras). Fruto: o Geralmente aquênio; o Fruto múltiplo: infrutescência formada por vários ovários individuais que se concrescem na maturidade numa estrutura única, sendo apresentado ao dispersor como um único fruto (Cecropia). IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos URTICACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Infrutescências Inflorescências URTICACEAE Gêneros introduzidos: Broussonetia e Elatostema. Diversos interesses econômicos: o Gêneros cultivados por folhagem ornamental: Elatostema e Pilea (pílea-alumínio, brilhantina); o Cultivado pela qualidade das fibras: Boehmeria nivea. Algumas espécies dos gêneros Boehmeria e Urera são comuns em bordas de florestas, e possuem tricomas urticantes que em alguns casos podem causar dor. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos URTICACEAE Cecropia: o Gênero de maior destaque na flora brasileira; o Anteriormente inserido em Cecropiaceae; o Espécies conhecidas popularmente como embaúbas; o Típicas de formações secundárias ou clareiras no interior de florestas em todo o Brasil; o Importância ecológica devido à atração da fauna dispersora; o Indicada para recuperação de áreas degradadas; o Algumas espécies cultivadas como ornamentais. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos URTICACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Cecropia hololeuca Cecropia pachystachya CANNABACEAE Distribuição cosmopolita; Inclui 11 gêneros e cerca de 170 espécies; No Brasil ocorrem dois gêneros e cerca de 15 espécies; Diversas formações: Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila, Restinga. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: MOBOT CANNABACEAE Ervas, arbustos, árvores ou lianas. Tronco: o Ocasionalmente espinescente (coberta de estruturas pontiagudas). Folhas: o Alternas dísticas ou raramente opostas; o Simples ou compostas, com estípulas, margem inteira ou serreada; o Venação primária geralmente trinervada, nervuras secundárias terminando ou não nas “serras”; o Às vezes com superfície áspera. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos CANNABACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Folha alterna dística Margem serreada Margem inteira Venação primária trinervada Espinescente CANNABACEAE Flor: o Não vistosas; o Inflorescência cimosa, raramente reduzida a uma única flor; o Às vezes inflorescência na axila das folhas. Fruto: o Drupa ou aquênio. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos CANNABACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos CANNABACEAE Dois gêneros introduzidos: Cannabis e Humulus o Fibras têxteis: Cannabis sativa; o Lúpulo: Humulus lupulus. Dois gêneros nativos: Celtis e Trema (antiga Ulmaceae) o Celtis: gênero com maior número de espécies; o Trema micrantha (crindiúva): espécie com ampla ocorrência, comum em florestas secundárias. Madeira empregada localmente; Valor ecológicodevido a atração de frugívoros. IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos CANNABACEAE Celtis IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Presente em todos os biomas, mais comum na Mata Atlântica; Arbusto, árvore; Altura de 5 a 20 metros, tronco de 20 a 40 cm de diâmetro; Folhas simples, lanceoladas, com face superior áspera, inflorescência axilar; Frutos consumidos por diversas espécies de aves; Árvore pioneira de rápido crescimento, indicada para recuperação de áreas degradadas; Uma das primeiras espécies que ocorrem em áreas abandonadas. Trema micrantha CANNABACEAE IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos Fonte: Lorenzi, 2008. Fonte: Lorenzi, 2008. Continuação do estudo das famílias botânicas o Angiospermas Boa semana!!! Próxima aula... IF 101 DENDROLOGIA – Prof. Pollyanna Rodrigues de O. dos Santos
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