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Giardia Lamblia

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GIARDÍASE
Giardia lamblia
	Ordem – Diplomonadida (simetria bilateral)
	Gênero – Giardia (parasitas flagelados do intestino delgado de mamíferos, aves, répteis e anfíbios) 
 
 Provavelmente o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido;
 
 Um dos principais parasitas do homem;
Giardia lamblia
	 Relacionado com má nutrição e retardo do desenvolvimento;
 Encontrada em todo o mundo com maior prevalência entre crianças de oito meses a 10-12 anos;
 Brasil – prevalência de 4 a 30%.
BIOLOGIA
Flagelos anteriores
Flagelos posteriores
Flagelos ventrais
Flagelos caudais
2 núcleos
Corpos parabasais
Axonema
 Trofozoíto – formato de pêra com simetria bilateral medindo 20m de comprimento e 10m de largura. Face dorsal lisa e convexa e ventral côncava assemelhando-se a uma ventosa.
BIOLOGIA
Corpos parabasais
 Cistos – ovais ou elipsóides, medindo cerca de 12m de comprimento e 8m de largura. Quando corado pode mostrar uma delicada membrana. Presença de 2 a 4 núcleos.
Axonema
Núcleos
TRANSMISSÃO
 Contaminação oro-fecal – ingestão de cistos maduros;
 Águas sem tratamento, alimentos contaminados (mal lavados ou contaminados por insetos), de pessoa a pessoa por mãos contaminadas, hábito de roer unhas. 
 
CICLO BIOLÓGICO
Trofozoítos também passam às fezes mas não sobrevivem neste ambiente
E. Infectante
E. diagnóstico
 Desencistamento 
no intestino delgado
Cisto
 Trofozoíto
Encistamento
Fissão binária longitudinal. Trofozoítos livres ou presos à mucosa
Transmissão pela via oro-fecal através do consumo de água ou comida contaminada 
PATOGENIA
 
 Mudanças na arquitetura da mucosa (normal ou com atrofia parcial ou total das vilosidades);
 Trofozoítos aderidos ao epitélio intestinal;
 Processo inflamatório desencadeado pelo parasita, devido à reação imune do hospedeiro;
 Intensidade da infiltração linfocitária x intensidade de má-absorção;
	
SINTOMAS
 
 Pacientes sintomáticos ou assintomáticos;
 Diarréia aguda e auto-limitante ou persistente;
 Evidências de má-absorção e perda de peso;
 Cistos liberados por um período de até 6 meses;
Em crianças: irritabilidade, perda de apetite, esteatorréia, e emagrecimento;
Primoinfecção: grande número de cistos leva a diarréia aquosa, odor fétido, gases com distensão e dores abdominais;
DIAGNÓSTICO
Clínico: em crianças de oito meses a 10-12 anos, sintomatologia indicativa é a diarréia com esteatorréia, irritabilidade, insônia, náuseas e vômitos, perda de apetite e dor abdominal;
 Laboratorial: 
 
Parasitológico: identificação de cistos ou trofozoítos nas fezes. 	Observação da consistência e do aspecto para se saber qual forma evolutiva deve ser pesquisada.
	
DIAGNÓSTICO
	Fezes formadas – cistos detectados a fresco pelo método direto ou por técnicas de concentração. 
	Fezes diarréicas – trofozoítos que morrem em 15 a 20 minutos, melhor usar método direto. Usar 3 amostras em dias alternados. Intervalos de 7 dias entre cada amostra aumenta positividade.
	Fluido duodenal – pacientes com diarréia crônica. 
EPIDEMIOLOGIA
 Cistos resistentes no ambiente, podendo permanecer viáveis por dois meses no meio exterior;
 
 Temperatura e umidade, bem como a água a 4 – 10°C podem manter os cistos viáveis por muitos meses;
 Cloração da água insuficiente para destruir os cistos;
EPIDEMIOLOGIA
Eliminação não contínua dos cistos;
Regiões com condições sanitárias precárias e tratamento de água inadequado;
Prevalente em países subdesenvolvidos e emergente em países desenvolvidos. 
PROFILAXIA
Higiene pessoal;
Proteção dos alimentos;
Tratamento da água;
Resistência ao cloro, mas destruídos em água fervente;
Tratamento precoce do paciente com diagnóstico da fonte de infecção e seu tratamento. 
TRATAMENTO
Furazolidona (Giarlam) – resistência;
Metronidazol (Flagil), Tinidazol (Fasigyn), Ornidazol (Tiberal), Secnidazol (Secnidazol);
Albendazol - poucos efeitos colaterais;
Casos de resistência - Intervalo de 5 dias;
Baixa aceitação pelas crianças;
Efeitos colaterais – sintomas gastrointestinais e raramente, vômito.

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