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CCJ0053-WL-A-APT-07-Teoria Geral do Processo-Respostas Plano de Aula

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria Geral do Processo
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo�Disciplina:
CCJ0053��APT:
007�Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior
Matrícula: 2012.01.140749�Folha:
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03/09/2013��
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Prof.: Rodrigo Duarte de Melo�Disciplina:
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007�Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior
Matrícula: 2012.01.140749�Folha:
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03/09/2013��
Trabalho para AV1
	
	Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-07
	
	1ª Questão
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC).
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
RESPOSTA: SIM. O caso em questão trata-se de um conflito que foi resolvido pelo instituto da arbitragem, a qual segundo o Comitê Brasileiro de Arbitragem (CBAr-2012): É um meio extrajudicial de solução de controvérsias, onde as partes contratantes escolhem um terceiro (árbitro) para resolver o litígio. Com a promulgação da Lei 9.307 de 23 de setembro de 1996, a arbitragem encontrou o respaldo legal necessário para se desenvolver no Brasil. A partir de 1996, a arbitragem tem evoluído de maneira crescente e se firmado como uma opção para resolver questões litigiosas envolvendo direito patrimonial disponível.
Sobre a mesma escrevem Cintra, Grinover e Dinamarco (2007, p.35).
A arbitragem, tradicionalmente regida pela lei material e pelo Código de Processo Civil (CC-16, arts. 1.037 e 1.048; CPC, arts. 1.072-1.102 CC-02, arts. 851-853), era um instituto em desuso no direito brasileiro. Depois, com a Lei das Pequenas Causas (atualmente, Lei dos Juizados Especiais – lei n. 9.099, de 26.9.95) e com a Lei da Arbitragem (lei n. 9.307, de 23.9.96), ela ganhou nova força e vigor e, em alguma medida, vai passando a ser utilizado efetivamente como meio alternativo para a pacificação de pessoas em conflito. Como se verá mais adiante, ela só se admite em matéria civil (não-penal), na medida da disponibilidade dos interesses substanciais em conflito. Ou seja, regulamentada pela lei n. 9.307/96 a arbitragem surge como uma alternativa à Jurisdição, segundo o art. 1º da referida lei “as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis”.
Ocorre que no conflito acima citado, após as partes terem chegado a um compromisso arbitral sobre o litígio existente, o mesmo foi levado por alguma das partes à jurisdição estatal para um novo julgamento, contudo, ao analisar os autos, o magistrado verifica que as partes já haviam chegado a um acordo por meio da arbitragem e extingue o processo sem resolução do mérito com base no art. 267, VII do CPC.
Sobre este tema escreve Barroso (2011, p.138).
Por força da Lei n. 9.307/96, a expressão “convenção de arbitragem” passou a abranger tanto o compromisso arbitral como a cláusula compromissória (pacto pelo qual os contratantes acordam submeter à arbitragem eventual litígio que possa surgir). Portanto, ambos servem para afastar a competência do juiz togado, gerando a extinção do processo de qualquer das partes contratantes que busque a jurisdição estatal, antes de submeter sua pretensão à arbitragem.
Dessa forma, entende-se que o magistrado procedeu de forma correta, obedecendo ao que esta estabelecido no art.267, VII do CPC, segundo o qual o processo será extinto sem resolução de mérito pela convenção de arbitragem e também o que versa o art. 27, caput da Lei n. 9.099/95, de acordo com este proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento quando não é instituído juízo arbitral entre as partes, o que não é a situação do caso abordado, já que o juiz constatou que houve compromisso arbitral ajustado entre as partes.
Confira-se, a propósito, a tranqüila jurisprudência respeito do tema: ou / A corroborar este entendimento insta citar a decisão do TJDFT:
PROCESSO CIVIL. JUÍZO ARBITRAL. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ART. 267, VII, DO CPC. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. DIREITOS DISPONÍVEIS. EXTINÇÃO DA AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA POR INOBSERVÂNCIA DO PRAZO LEGAL PARA A PROPOSIÇÃO DA AÇÃO PRINCIPAL.
1. Cláusula compromissória é o ato por meio do qual as partes contratantes formalizam seu desejo de submeter à arbitragem eventuais divergências ou litígios passíveis de ocorrer ao longo da execução da avença. Efetuado o ajuste, que só pode ocorrer em hipóteses envolvendo direitos disponíveis, ficam os contratantes vinculados à solução extrajudicial da pendência.
2. A eleição da cláusula compromissória é causa de extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso VII, do Código de Processo Civil.
2ª Questão
Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e, ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura:
Autotutela;
Autocomposição;
Mediação;
Arbitragem.
RESPOSTA: A. Autotutela. A hipótese em comento configura uma “autotutela”, que é um dos três métodos de solução de conflitos bem primitivo, que consiste na prevalência da vontade do mais forte sobre o mais frágil. Com evolução da sociedade e a organização do Estado ela foi sendo expurgada da ordem jurídica por representar sempre um perigo para a paz social. Contudo, a mesma até é possível em caráter excepcional, como ocorre no desforço possessório. As características da autotutela são em síntese: Ausência de um julgador distinto das partes; e a imposição da decisão de uma parte (geralmente o mais forte) em detrimento da outra.
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES)
1ª Questão
Carlos Alberto promove demanda em face do Estado do Rio de Janeiro, perante um juízo fazendário da Comarca da Capital, objetivando o fornecimento de medicamentos para tratamento de uma determinada doença. Requereu, na inicial, a antecipação dos efeitos da tutela. O juiz, ao analisar a petição inicial, indefere motivadamente este requerimento. Foi interposto recurso de agravo, na modalidade de instrumento, perante o TJ-RJ, que, por meio de um dos seus Desembargadores, concedeu efeito ativo (art. 527, inciso III, CPC), determinando o imediato fornecimento do medicamento. O Estado, além de interpor recurso de agravo inominado (art. 557, par. 1º, CPC), poderia adotar ainda alguma outra providência?
RESPOSTA: SIM. Além do agravo inominado, o Estado também poderia se valer de um incidente, previsto no art. 4º da Lei nº 8.437/92, que cuida da possibilidade de a Fazenda Pública requerer, ao Presidente do Tribunal, a suspensão de decisões liminares que lhes são desfavoráveis. Trata-se de incidente bastante criticado, eis que somente pode ser manejado pela Fazenda Pública e, eventualmente, porparticulares que tenham recebido delegação de algum serviço público (concessionárias de serviço público, como é o caso da COELBA), conforme entendimento do STF. Além disso, é de se destacar que, se a decisão do Tribunal violar o que foi decidido na ADC nº 4, que reputou a Lei nº 9.494/97 como constitucional, caberá também uma reclamação ao STF.
2ª Questão
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, assinale a alternativa correta:
A lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na atividade jurisdicional;
A lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda Pública viola o princípio da isonomia;
Para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional, pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória;
A lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.
RESPOSTA: C. Para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional, pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória.
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Waldeck Lemos de Arruda Junior
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MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP

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