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MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
https://www.conjur.com.br/2020-ago-31/streck-giannakos-porta-fechada-pior-chave-dentro#:~:text=No%20dia%2024%2F08%2F2020,20.540.947.778%20na%20segunda%20coloca%C3%A7%C3%A3o 
No dia  24/08/2020 foi publicado o Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chamado de Justiça em Números. A despesa total do Poder Judiciário totaliza R$ 100.157.648.446, sendo a Justiça Estadual a mais cara, custando R$ 57.330.927.222 e a Justiça do Trabalho custando R$ 20.540.947.778 na segunda colocação.
Comparado com o Relatório de 2019 (referente ao ano de 2018), houve um aumento considerável do custo total do Poder Judiciário, tendo em vista que a despesa indicada no Relatório do ano passado perfaz a quantia de R$ 93.725.289.276.
Quanto ao número de ações judiciais, o ano de 2019 finalizou com 77,1 milhões de processos em tramitação, sendo 14,2 milhões suspensos e 62,9 milhões ações em tramitação. Desde 2017, iniciou a séria de redução do acerto de ações, que vinha crescendo desde 2009. No ano de 2019, em todo o Poder Judiciário, foram ajuizadas 30,2 milhões de processos.
Em média, a cada grupo de 100.000 habitantes, 12.211 ingressaram com ao menos uma ação judicial no ano de 2019. No mesmo ano, 10% do total das ações ajuizadas foram no formato físico, totalizando um percentual de 90% de utilização pelas plataformas de processos eletrônicos.
O Estado, em todas as suas formas (Estados, União, Municípios, Autarquias e Empresas Públicas) é o grande responsável pelo abarrotamento do Poder Judiciário. As execuções fiscais, por exemplo, representam 39% do total dos casos pendentes e 70% das execuções pendentes no Poder Judiciário.
Porém, quais são (ou seriam) os motivos que levam a um Poder Judiciário tão caro e abarrotado? Claro que, para chegarmos neste nível de judicialização, diversos fatores são determinantes. Dentre eles, nos ateremos a analisar um dos mais relevantes: o ativismo judicial, entendido aqui, para além do conceito tradicional, em outras palavras, a ausência de uma uniformização de jurisprudência.
Os autores já se debruçaram sobre o tema em outros artigos publicados [1] na ConJur, alertando sobre os perigos e problemas do ativismo judicial até mesmo para a nossa Democracia. Além do ponto de vista do Direito, a existência de respostas não fragmentadas — afinal, o que gera tantos embargos de declaração no Brasil? — é crucial para as escolhas dos cidadãos em seu dia-a-dia. O homem moderno necessita de segurança para conduzir, planificar e conformar autônoma e responsavelmente a sua vida.
Peguemos um caso específico como exemplo: o debate sobre a possibilidade de penhora do bem de família em contrato de locação. Recentemente, em julgamento do RE 605709/STF, houve uma indicação de mudança de entendimento do STF de que, antes, possibilitada a penhora do bem de família do fiador em contratos comerciais, nos termos do art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 [2]. Assim, a lei prevê como exceção à impenhorabilidade a possibilidade de penhora do bem de família do fiador em contrato de locação. No entanto, o RE 605709/STF se posicionou em sentido contrário, manifestando-se contra a possibilidade de penhora do bem de família do fiador nestes casos [3]. Porém, já em momento posterior, o TJ/SP, por exemplo, entendeu que tal decisão é isolada, sem o condão de modificar o entendimento já existente [4].
· NEGOCIAÇÃO
- Meio de solucionar conflitos que ganhou holofotes com a pandemia (método mais barato de todos)
- As partes em cooperação (auxiliadas por advogados ou não) podem negociar e barganhar entre si observando os critérios apresentados pela lei, a continuidade da sua relação
Ex. primeira onda da pandemia, lojas fechadas em razão do lockdown, lojas ancoras que ocupam grandes espaços do shopping e que pagam aluguel. Houve uma negociação nos alugueis – as próprias partes cooperam – com ele não tem acordo. Os dois lados fazem uma proposta. Tudo que não for ilegal pode fazer parte do acordo. 
- As partes contratantes não devem impor suas posições, as quais serão sempre divergentes, mas encontrar soluções e alternativas que atendam aos interesses de ambas, de forma imparcial 
- Ocorre que muitas vezes não é possível conciliar interesses convergentes, seja pelo oportunismo, ou porque as partes simplesmente não conseguem encontrar qualquer interesse convergente que pudesse resultar em uma solução eficiente ao contrato.
- A negociação envolve troca e tem como meta principal fazer com que os objetivos pessoais ou profissionais sejam concretizados e que as diferenças sejam resolvidas. É uma conversa direta entre as partes, sem a presença de um terceiro, onde os envolvidos lidam diretamente com o conflito.
· LINHA DO TEMPO
- Olho por olho, dente por dente; o agressor pagava com o próprio corpo, justiça com as próprias mãos
- A vontade do imperador/do rei; tinha o poder de decisão e de julgar os conflitos.
- Jurisdição estatal ( o Estado organizado como hoje o conhecemos); composto dos três poderes, harmônicos.
· QUESTIONAMENTOS JÁ DE ALGUM TEMPO
- O processo judicial é sempre o método mais adequado para se produzir justiça?
- A jurisdição estatal é a única competente para tanto?
- Determinadas disputas seriam resolvidas com mais justiça mediante outros tipos de mecanismo?
- A resolução consensual e comunitária de disputas é historicamente mais antiga do que o processo judicial conduzido pelo estado (a maneira comunitária de solucionar consensualmente as disputas é bem antes que o homem é homem)
- Mecanismos privados e informais de justiça já eram praticados quando o estado e a jurisdição oficial ainda ganhavam corpo e é razoável supor que nunca deixaram de ser praticados e sempre estiveram em desenvolvimento (informais quando combinavam as coisas eles usavam as palavra e não faziam nada escrito)
- A expressão “meios alternativos de solução de conflitos “ ( MASC), correspondente à harmonia em língua inglesa Alternative dispute resolution (ADR), representa uma variedade de métodos de resolução de disputas.
- A expressão é atribuída a Frank Sander em apresentação feita na década de 1970, em congresso organizado para se discutir as causas da insatisfação popular com a justiça norte americana;
- Enfrentamento de muita resistência: “justiça de segunda classe”
· ORDEM MAIS USUAL NA ESCRITA E NA FALA 
- CONCILIAÇÃO: da sugestões para chegar a um acordo
- MEDIAÇÃO: reestabelece o contato, e aproxima as partes, para que elas próprias cheguem a solução 
- ARBITRAGEM: parecida com poder judiciário. E chamada de justiça privada; não entra no poder judiciário e resolver suas pendências com um juiz privado
· NO BRASIL
Começa- se pela arbitragem, para mais tarde disseminar para a conciliação e mediação 
· ARBITRAGEM
lei n 9.307/1996- alterada pela 13.129/2015
- 1996 instituiu-se como um método diferente do poder judiciário. 
Pendencia por 5 anos de impugnação de constitucionalidade junto ao supremo tribunal federal (CF, art.5º, XXXV). DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Inciso XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
- Em 2001, a constitucionalidade foi confirmada por 7 a 4. Desde então, amplo espaço para a solução de disputas comercial, avançando para as de cunho doméstico. Quebra de um 1º nível de resistência cultural ao uso de  MASC´s 
-1996 instituiu como um método diferente do poder judiciário. 
- JUSTIÇA CONCENSUAL: Expressão cunhada por Ana Grinover contra a morosidade da justiça e a esperança de que acordos reduzissem o volume de processos nos tribunais. 
· CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
- Menor resistência em comparação à Arbitragem 
- Veio em 96 e parou por 5 anos e voltou em 2001.
- Ganharam espaço junto aos expedientes forenses mais rapidamente com menos resistência do que aarbitragem. Sob a premissa ideológica da “cultura da pacificação”. Diversas iniciativas de promoção da conciliação em juízo foram implantadas em todo o pais, isoladamente ou com amplo apoio institucional
- Perspicaz analise teórica identificou na formação jurídica brasileira  uma exagerada dependência da resolução de conflitos pela decisão judicial estatal- o que foi chamado de “cultura de sentença”, em oposição à “cultura da pacificação” que fomenta os meios de resolução consensual 
- A mediação não foi instituída por lei, mas por politica judiciaria administrativa.
- O conselho nacional de justiça (cnj), órgão de cúpula para a gestão do judiciário brasileiro, incluiu o apoio à conciliação como pauta prioritária e, em 2010, firmou as bases para uma politica nacional de resolução de conflitos, centrada na integração entre os mecanismos formais e decisionais e os mecanismos baseados em consenso
- Mais do que um marco legal, a resolução n. 125/2010 do CNJ inaugurou uma política pública judiciaria de instituição da resolução consensual a partir do Poder Judiciário
- Depois dela, os tribunais organizaram os seus setores de conciliação judicial e, em alguns casos, capitanearam a organização de núcleos comunitários de solução de conflitos
· TEXTOS ORIGINAIS	X	TEXTOS COMPILADOS
- Em regra, há dois tipos de textos nos sites “legais: os textos originais/completos e os textos compilados. A diferença entre eles é que os originais/completos possuem textos que não estão em vigor, já os textos compilados possuem textos que estão em vigor.
- Em 2014, o projeto de novo Código de Processo Civil (CPC), elaborado em 2010, foi retomado e se transformou na Lei 13.105, de 2015. Em paralelo, a mediação ganhou um diploma legislativo próprio – a Lei n. 13.140, de 2015 (LEI DE MEDIAÇÃO)
- Juntos esses diplomas oferecem um caminho propício para o “sistema multiportas” de Sander, ao institucionalizarem dois sistemas oficiais autônomos de solução de disputas: os métodos consensuais e os julgamentos, ambos no âmbito do Pode Judiciário
- O CPC, logo nas suas “normas fundamentais”, inclui a mediação, conciliação e arbitragem como exceções admitidas à inafastabilidade da jurisdição (CPC,3˚), evitando obstáculo que a arbitragem enfrentou
· CPF: FIM DA DISCUSSÃO SOBRE A DIFERENÇA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
- O conciliador atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculos anterior entre as partes e poderá fazer sugestões de soluções, ao passo que o mediador atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes e terá por incumbência auxiliar os interessados a compreender as questões e interesses em conflitos de modo que eles, por si mesmos, identifiquem as soluções mais adequadas (CPC, 165)
ATIVIDADE
1. O que “nasceu” antes: o processo judicial, a negociação, a mediação ou a arbitragem? O que há de comum e quais as diferenças gerais entre esses quatro tipos? 
R: No BR a arbitragem (SLIDE 7). Porém no geral foi a negociação (SLIDE 4), antes do Estado existir os conflitos eram resolvidos entre os envolvidos por negociação. Todos possuem o mesmo objetivo: solucionar disputas. As diferenças gerais o conciliador não julga e opina, mediador não opina, arbitragem é uma justiça privada e processo judicial há ataque, defesa e (36min)
2. Por que os “meios alternativos de resolução de conflitos” são assim chamados? O que significa ser um método de resolução de conflitos “alternativo”? E o que seria ser chamado de método “apropriado” ou “adequado”? 
R: São chamados assim pq são meios alternativos em relação ao meio judiciário, que é o mais usual. Alternativamente ao judiciário há mais 3 opções para resolução de conflitos. 
SETOR DE CONCILIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL
AULA 05 (24/03/2021)
· TRIBUNAL DE JUSTIÇA APRESENTANDO CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
https://www.tjsp.jus.br/Conciliacao
SETOR DE CONCILIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL
O setor de conciliação pré-processual dos Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania atende conflitos que inda não foram ajuizados na forma de processos perante o Poder Judiciário.
Podem ser objeto de conciliação ou mediação pré-processual as causas cíveis em geral (acidentes de trânsito, cobranças, dívidas bancárias, conflitos de vizinhança) e causas de família, tais como divórcio, pedido de pensão alimentícia, guarda de filhos, regulamentação de visitas entre outras.
Se for obtido um acordo, será homologado pelo Juiz e terá eficácia de título
Executivo judicial.
· FLUXOGRAMA 
- SETOR DE CONCILIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL (apostila)
O setor de conciliação pré-processual dos Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania atende conflitos que inda não foram ajuizados na forma de processos perante o Poder Judiciário.
Podem ser objeto de conciliação ou mediação pré-processual as causas cíveis em geral (acidentes de trânsito, cobranças, dívidas bancárias, conflitos de vizinhança) e causas de família, tais como divórcio, pedido de pensão alimentícia, guarda de filhos, regulamentação de visitas entre outras.
Se for obtido um acordo, será homologado pelo Juiz e terá eficácia de título Executivo judicial.
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO NA INICIATIVA PRIVADA
AULA 06 (07/04/2021)
· CÂMARAS PRIVADAS DE CONCILIAÇÃO
- Como habilitar uma Câmara Privada: As Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação, criadas pelo Provimento nº 2.348/16, do Conselho Superior da Magistratura, são credenciadas perante o Tribunal de Justiça mediante requerimento do responsável, endereçado ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec). É preciso indicar os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) que a Câmara tem interesse na vinculação e, na sua falta, o Centro da Região Administrativa Judiciária local. Também é preciso instruir o pedido com documentos indicados no provimento
· TABELA MEADIAÇÃO
https://www.camesbrasil.com.br/resolucao-de-disputas/mediacao/tabela-mediacao/
· TABELA ARBITRAGEM
NATUREZA DA DISPUTA E O MÉTODO MAIS ADEQUADO PARA RESOLVÊ-LA AULA 07 (28/04) COMENTÁRIO SOBRE A AVALIAÇÃO 1
· Nota 8,0 de 8,0
· Comparação entre os MASC’s 
- Todos são manifestações de justiça menos formal do que a jurisdição estatal, mas têm origem e características distintas para servir a interesses específicos
- Segundo a literatura especializada, a arbitragem nascei para resolver conflitos mais complexos (e é o que se pretende – e precisa – mudar), verificáveis em uma camada específica da sociedade, que já utilizava os serviços da justiça, mas estava insatisfeita com seus resultados
- A mediação E a conciliação foram inicialmente oferecidas a uma clientela com pouco acesso ao sistema de justiça; estão mais comunitárias do que estatal
- A arbitragem está mais para estatal do que comunitária
· Os MASC’s ocupam-se primeiramente de solucionar o conflito, não tanto de aplicar a lei
· Jurisdição: visa a justa composição da lide (conflito de interesses qualificados por uma pretensão resistida – por Carnelutti). Este processualista se refere ao conflito judicializado, não ao conflito social de que se incubem os MASC’s
· Os mecanismos direcionados ao acordo dependem basicamente da convergência de vontade dos envolvidos. Já os mecanismos baseados em decisão dependem principalmente de legitimidade do terceiro (que pode advir do poder de impor a decisão – por ex. a jurisdição) ou do consenso das partes em se submeter à decisão do árbitro
· MÉTODOS QUE VISAM CHEGAR A UM 
- CPC, 16, inciso 1º e 2º: regras e caminhos diferentes
- Não são regras de procedimento, mas etapas preparatórias das tentativas de acordo
· MÉTODOS QUE VISAM CHEGAR A UMA DECISÃO
- Alegações das partes: apresentação dos argumentos
- Demonstração: comprovação dos fatos e razões apresentadas
- Decisão
· MÉTODO ESTATAL: UM DOS MÉTODOS DESTINADOS À RESOLUÇAO DE CONFLITOS
- Desempenhado pelos Estados por meio da jurisdição e do processo judicial, em que o conflito é resolvido pela aplicação da lei e a justiça reside na expectativa de que a lei fora regularmente aplicada
- Método formal,centrado no Estado, baseado na imposição de uma decisão, fundada em lei (antes dele, houve outros métodos)
- Nos cursos de direito, este método compõe o conteúdo das disciplinas de direito processual (civil, penal, trabalhista, etc)
· MASC’s: SEMPRE ESTIVERAM PRESENTES
- Disseminação a partir do final do século XX, nos Estados Unidos
- No Brasil, com mais intensidade, no início dos nos 2000
· Alguns tribunais brasileiros organizam oportunidade para tentativas de acordo, por meio de sessões de mediação ou conciliação, após o proferimento da sentença e interposição de recurso (o nº de acordos é maior do que se pensou inicialmente)
UM DOS PRINCIPAIS TÓPICOS DA TEORIA GERAL DO CONFLITO:
INTERESSES 	X 	POSIÇÕES 	AULA 08 (12/05)
Posições
Interesses
Necessidades/valores
· O QUE SÃO AS POSIÇÕES?
- Os discursos fechados
- O que se diz querer
- As exigências as finalizações e as condições
- O que se diz que vai fazer
- O que se diz que não vai fazer
· O QUE SÃO INTERESSES?
- As preocupações
- Os temores
- Os desejos
- As expectativas
· QUAIS SÃO AS NECESSIDADES BÁSICAS?
- Segurança
- Bem-estar econômico
- Controle sobre a própria vida
· ADMINISTRAÇÃO DO CONFLITO
ADVERSARIAL			NÃO ADVERSARIAL
- Enfrentam				- cooperam
- Terceiro decide				- pessoas decidem
- Processo formal 				- informal
- Um/dois perdem				- todos ganham
ETAPAS DA CONCILIAÇÃO AULA 09 (12/05)
· Apresentação
- Boas vindas (na porta)
- Colocação na mesa (redonda, de preferência)
- Apresentação do conciliador: não sou juiz; minha função é de facilitar a comunicação. Sou imparcial. Não imponho solução
- Apresentação das partes, dos advogados, dos estagiários e do escrevente
- Como gostaria de ser chamado (a)?
- Agradece a presença de todos e enfatiza o papel dos advogados
- Já conhecem a Conciliação?
- Informa como será o procedimento da sessão: informal, respeitoso, todos falarão na sua vez (papel e caneta à disposição), conciliador pode interromper e fazer sessões individuais. Tudo é confidencial –busca a adesão de todos. Coloca sua expectativa na boa fé, voluntariedade, explanação das informações, preocupações, escuta respeitosa, vontade de querer resolver o problema e não acentuá-lo. Confirma a disposição de todos os presentes (todos concordam?)
- Pergunta se tem alguma dúvida
- Começa a ouvir uma das partes informando o critério e que depois ouvirá a outra parte e, em seguida, os advogados
· Esclarecimento
- Escuta com atenção, paciência, respeito, postura ativa, sem julgamento e preconceitos
- Traz o advogado para o processo
- Busca compreender o conflito objetivo e subjetivo
- Separa as posições (pedidos) dos interesses (razões dos pedidos – desejos, temores, necessidades) EX DO ICEBERG
- Trabalha: percepção –emoções -comunicação
· Momentos para se conhecer a complexidade da inter-relação
- Coordena o procedimento/intervém
- Facilita (não julga)
- Investiga
- Escuta ativa
- Perguntas abertas (como, o que, onde, quando) esclarecedoras para ampliar o campo de observação e compreensão
- Leitura da comunicação verbal e não-verbal
- Uso de técnicas: resumo / repetição
- Procura manter o equilíbrio e harmonia entre as partes
- IDENTIFICAR E SEPARAR PESSOAS DO PROBLEMA
· Criação de opções
- Momento criativo de ideias sem avaliações, críticas e julgamentos: possibilidades 
- Ordenamento
- Verificação dos interesses: o que tentaram, o que ainda não tentaram e o que gostariam de tentar
- Prioridades
- Expectativas
- Valores (formas de pagamentos plausíveis e práticas)
- Opções de ganho mútuo: legítimas e justas EX VALOR DE MERCADO
· Prioridades
- O que querem
- Importância
- Urgência
· Fechamento
- Costurar o acordo, ponto por ponto, de forma objetiva, clara e simples
- O acordo é passível de execução (se necessário)?
- Contraria os bons costumes e as normas de ordem pública?
· Acordo
- É o momento ou termo final: expressão fiel da vontade das partes
- Por escrito (o que é para fazer, como fazer, quem vai fazer, em que prazo)
- Compreensível 
- Realista
- Legal
- Duradouro?
- Inadimplemento: consequências
- Homologação/título executivo judicial
ARBITRAGEM AULA 10 (19/05)
· Histórico da Arbitragem no Brasil
- Constituição do Império de 1824: Artigo 160
- Decreto nº737, de 25/11/1850: Artigos 411 e seguintes
- Código Comercial: artigos 245, 294, 348 e 739
- Código Civil de 1916: Artigos 1.037 e 1.048
- Código de Processo Civil de 1973: Artigos 1.072 a 1.102
- Lei Brasileira de Arbitragem (LBA): 9.307/1996, com as modificações introduzidas pela Lei nº 13.129/2015
- Código de Processo Civil/2015: Art. 3º §1º
· CURIOSIDADE: Arbitragem na Bíblia
- A Bíblia Sagrada, no Livro de Deuteronômio, Capítulo 16, versículo 18, cogita a organização judiciária acessível a todos, pronunciando: “Constituirás juízes e escribas para tuas tribos, em todas as cidades que o Senhor, teu Deus, te concedes; e eles exercerão com justiça sua jurisdição sobre o povo. ”
· A Saga da Constitucionalidade da LBA – 8 Anos
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1624362 
- STF: Agravo Regimental em Sentença Estrangeira nº 5206-8. Min. Sepúlveda Pertence (arts. 6º, 7º e 41). Pano de fundo: Comissão por representação comercial. Origem: Espanha
- Julgamento: dez. /2001 – Pleno – m.v.
- Publicação: abril/2004
- Trânsito em julgado: 28/06/2004
- LBA em vigor: nov. /1996
ARBITRAGEM AULA 11 (26/05)
· LBA – Lei Brasileira de Arbitragem
- Inexigibilidade de homologação judicial da sentença arbitral doméstica
- Fortalecimento da clausula compromissória (LBA, 7º)
- CPC
· Conceito
É a instituição pela qual as partes confiam a terceiro, livremente designado por elas, a missão de solucionar suas controvérsias (Matthieu de Boisséson)
· Natureza Jurídica
- Contrato? Poder do árbitro limitado à vontade das partes
- Jurisdição? Atividade do árbitro legitimada pela lei
- Ambas? Vontade das partes + jurisdição = contrato + devido processo legal + sentença arbitral equiparada à judicial
- Força imperativa da sentença arbitral; cooperação entre árbitro e juiz
· Princípio da Autonomia da Vontade
· Vontade das partes
- Escolher a arbitragem como Masc
- Disciplinar o procedimento arbitral
· Limites
- Ordem pública e leis imperativas
- Observância ao devido processo legal
· Autonomia da Vontade
- Capacidade para contratar
- Direitos patrimoniais disponíveis: de exercício livre pelo seu titulas. Bens que podem ser livremente alienados ou negociados por encontrarem-se desembaraçados (CC, 852)
· Cláusula Compromissória
- Conflitos no tempo futuro
*Cláusula inserta no contrato; em anexo a ele ou em momento posterior a sua celebração
· Compromisso Arbitral (puro)
- Pode ser judicial ou extrajudicial. No último caso, só por escritura pública ou instrumento particular assinado por duas testemunhas
· Compromisso Arbitral impuro (da cláusula compromissória vazia)
- LBA 6º: “Não havendo acordo prévio sobra a forma de instituir...” – cláusula vazia
- Reunião das partes: onde? Quando? (dentro da Comarca em que seria proposta a demanda – evitar abusos)
- Intervenção dp Pode Judiciário (LBA, art. 7º)
· Compromisso Arbitral
- Atentar para os elementos obrigatórios e facultativos (LBA, 10 e 11)
- A qualquer tempo, até o trânsito em julgado
	
· Cláusula compromissória, a desprezada 
- Acessoriedade ou autonomia em relação ao contrato? LBA, 8º
· Espécies de cláusulas compromissórias
- Vazia – LBA, arts. 6º e 7º
- Cheia
- Escalonada: a chamada Med-Arb
· Efeito da Cláusula Compromissória e do Compromisso Arbitral
- Afastabilidade do Estado Juiz
- É o chamadi “efeito negativo da convenção arbitral”
- O QUE FAZER SE UMA DAS PARTES SE RECUSAR A CUMPRIR A CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA?
Depende da espécie de cláusula (Art. 7º)
· Espécies de Arbitragem
- Intitucional (observar regulamento_
- Ad-hoc
- De direito
- De equidade
PROCEDIMENTO ARBITRAL
· Quem é o árbitro?
- Como ele é escolhido?
- Qual sua competência?
Princípio da competência: existência, validade e eficácia da convenção arbitral e do contrato que a contenha (REsp 1.302.900)
- Eleestá subordinado ao Poder Judiciário?
- Ele tem “poder de império”?
- Imparcialidade (dever de revelação)
· Árbitro e Juiz: Cooperação
- Tutelas de urgência e incidentais
A parte direciona o requerimento ao árbitro que, por sua vez, solicita ajuda do juiz, se houver resistência da parte adversa no cumprimento do mandamento (LBA, 22-A, 22-B e 22-C)
- Carta arbitral
Integra o sistema de cooperação jurisdicional regulada no Novo Código de Processo Civil (arts. 69,237,IV, 260 §3º§ ) e sua previsão, ao lado das cartas precatórias, é o reconhecimento do importante papel desempenhado pela arbitragem como coadjuvante na administração da Justiça
· Sentença Arbitral: Efeitos
- Extingue a relação jurídica processual
- Decide a causa e faz coisa julgada
- É equiparada à sentença judicial (CPC, 515, VII)
- Cabe recurso? LBA, 30 I e II
· Arbitragem e Poder jurídico
- Execução da Sentença arbitral
- Ação anulatória
· Vantagens da Arbitragem
- Celeridade
- Custo?
- Confidencialidade x Publicidade dos atos jurídicos
- Informalidade
- Especialidade/Tecnicidade do árbitro
CONFIDENCIALIDADE I 
· O sigilo ou confidencialidade na arbitragem não são impostos pela lei. Há apenas o dever de discrição do árbitro (LBA 13, § 6º) . Assim, a imposição de confidencialidade depende de expressa convenção das partes. Contudo, como a grande maioria das arbitragens ocorrem perante câmaras arbitrais e seus regulamentos contem previsão expressa nesse sentido, na prática, a confidencialidade rege quase todas as arbitragens
· Convencionado o sigilo na arbitragem, os arts. 26, 189 e 773, do CPC, e o art. 22-C, p. ún. da LBA, determinam que medidas judiciais envolvendo qualquer matéria abrangida pela respectiva convenção de arbitragem deverão tramitar sob segredo de justiça
CONFIDENCIALIDADE II
Exceção: arbitragens envolvendo a administração pública (princípio da publicidade) 
· Alguns dos mais ilustres doutrinadores da arbitragem no Brasil
- Carlos Alberto Carmona
- Selma Lemes
- Arnold Wald
- Lauro Gama Jr. 
- João Bosco Lee
- Adriana Braghetta
- Pedro Batista Martins
- Francisco José Cahali
- Carmen Beatriz de Lemos Tibúrcio Rodrigues
 
“Arbitragem e Processo – um Comentário à Lei nº 9.307/96”, do Prof. Carmona, é de leitura obrigatória

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