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CCJ0053-WL-A-PP-TGP - Aula 4 - Rodrigo Duarte

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Teoria Geral do Processo – Prof. Rodrigo Duarte
AÇÃO (Material - 04)
DIREITO À PRESTAÇÃO JURISDICIONAL (DIREITO DE AÇÃO)
Até agora vimos que o Estado busca a resolução dos conflitos, através da prestação jurisdicional (buscando a pacificação social);
Neste momento, iremos analisar quem possui o direito à prestação jurisdicional e contra quem é dada a prestação jurisdicional.
Conceito do direito de ação: “É o mais fundamental dos direitos fundamentais, uma vez que é garantia de realização concreta de todos os outros direitos fundamentais”. 
Ação como sendo uma pretensão a um direito. (Público, Subjetivo e Abstrato)
Tais direitos fundamentais podem ser classificados em:
1 – DIREITOS DE LIBERDADE; 
- Consiste em não fazer por parte do Estado.
2 – DIREITOS DE PRESTAÇÃO.
- Consiste em uma ação positiva por parte do Estado.
- O direito de ação se enquadra numa prestação por parte do Estado (proteção dos direitos violados ou ameaçados)
O direito de ação é extensivo a todas as pessoas incondicionalmente!
O direito de ação não se resume ao fato de pleitear a atividade jurisdicional, mas também corresponde ao poder de participar da atividade processual até o fim.
Principais características do direito de ação:
Acesso aos órgãos jurisdicionais;
- Primeiro passo para que seja solucionado o conflito. “Não podemos conseguir a proteção jurisdicional se não temos acesso a juízos e tribunais”.
Acesso ao devido processo legal;
- Não adiante ter acesso aos órgãos jurisdicionais se não temos direito as garantias constitucionais.
Decisão sobre o mérito motivada e fundada no ordenamento jurídico;
- Em regra todas as decisões judiciais devem analisar o mérito com a devida fundamentação. (art. 93, IX, CF)
 
Execução e medidas cautelares;
- A tutela jurisdicional dos direitos só tem sentido para as partes se for efetiva, isto é, capaz de produzir os efeitos práticos. Podendo o jurisdicionado se valer de todos os meios admitidos no direito para alcançar seu objetivo de forma eficaz.
Recurso.
- Todos possuem o direito de recorrer de decisões contrárias as suas pretensões. Trata-se do direito ao contraditório, ampla defesa, devido processo legal e etc...
DIREITO ABSTRATO X DIREITO CONCRETO DE AÇÃO
 
O RÉU E O DIREITO DE AÇÃO
- Costumemos utilizar o “direito de ação” apenas para o autor. Nessa situação como fica a figura do réu? Como este pode exercer o seu “direito de ação”?
- Trata-se do direito de ação de caráter negativo.
- O réu possui os seguintes direito: a) O direito de pedir a rejeição da demanda; b) Produzir suas razões e provas; c) Direito à citação, intimação, provas, publicidade dos atos processuais, decisões fundamentadas, recursos, proibição do reformatio in pejus e etc...
ELEMENTOS DA AÇÃO
Situação que diferencia uma ação da outra.
1 – PARTES
- As partes da aça são: AUTOR E RÉU. (Sujeito ativo e sujeito passivo)
- Autor é a pessoa que pede em seu próprio nome, ou em cujo nome é pedida a prestação jurisdicional – Art. 2º, CPC.
- Já o réu é a pessoa contra quem, ou em face de quem, se pede essa prestação.
2 – PEDIDO
- Pode ser dividido em:
a) Pedido Imediato / direto
É a espécie de tutela jurisdicional requerida, ou seja, pode ser pleiteado ao Estado juiz uma ação declaratória, condenatória, constitutiva, executiva ou cautelar.
b) Pedido Mediato / indireto
É o bem da vida pretendido. O que realmente o autor pleiteia. (ex: determinado valor, entrega de uma coisa e etc...)
Com base no art. 282, IV do CPC, o pedido deve ser feito com precisão, para que não haja dúvida.
3 – CAUSA DE PEDIR
São os fundamentos/argumentos que o autor pretende demonstrar o alegado.
-Pode ser dividida em:
a) Causa de pedir próxima
São os fundamentos jurídicos
b) Causa de pedir remota
Narração dos fatos (o que de fato aconteceu)
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Deve conter requisitos mínimos que tornem possível o pronunciamento judicial.
As condições da ação são os requisitos de viabilidade, em tese, do provimento jurisdicional.
São condições da ação:
1 – POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
Só pode ser objeto de um processo aquilo que um direito tutela (protege).
Ex: Dívida de jogo (art. 814, CC), Agiotagem e etc...
2 – LEGITIMIDADE DAS PARTES
Legitimidade Ordinária:
Busca saber quem pode promover a ação, e contra quem, ou em face de quem, pode ser movida.
Em regra, o sujeito legitimado para promover a ação é o titular do direito que se faz valer em juízo.
Já o legitimado para ser réu, é o violador desse direito.
Legitimidade Extraordinária:
Excepcionalmente a legislação permite que alguém participe de uma ação em seu próprio nome, seja como autor, seja como réu, mas para defesa de direitos alheios – art. 6º, CPC. (substituição processual)
Ex: Sindicatos, Ministério Público...
3 – INTERESSE DE AGIR
O indivíduo que busca a proteção jurisdicional deve demonstrar um interesse.
O interesse nasce quando o seu pretenso direito é violado, ou ameaçado de violação, e da proibição de fazer justiça com as próprias mãos.
Interesse de agir: NECESSIDADE, UTILIDADE e ADEQUAÇÃO.

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