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Resenha Crítica do filme Uma Prova de Amor

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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA
FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO – FIS
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito
Prof. Me. Magno Antônio Leite
Acadêmico: Renan Walisson de Andrade
“RESENHA CRÍTICA DO FILME “UMA PROVA DE AMOR”
O filme: “Uma Prova de Amor”, conta a história de uma família que toma uma decisão precipitada para salvar a vida da filha com leucemia, a jovem Kate (Sofia Vassilieva). De imediato, para tentar salvar a filha, os pais aceitaram o que lhes foi proposto pelo médico: fazer um procedimento conhecido como “in vitro”, gerar um bebê de proveta para ser doador compatível com Kate. Sem pensar duas vezes, por querer fazer de tudo para salvar a vida da filha, eles aceitam. Assim acontece, nasce a filha doadora, Anna (Abigail Breslin), que logo ao nascer já faz uma transfusão de sangue do seu cordão umbilical para sua irmã. Depois de um certo tempo, Anna é submetida a outro procedimento, transplante de medula para Kate. Aos 11 anos de idade, Anna precisaria novamente voltar ao hospital para fazer uma transplante de um rim para sua irmã. Kate, conhece bem o sofrimento, desde cedo luta pela vida, e estar viva já é um milagre, proporcionado pela força de seus pais que abdicaram de tudo para tentar salvar a filha, e pela irmã que foi gerada para não permitir que fosse vítima da doença. 
Anna, porém, cansada dos procedimentos médicos que desde cedo passara, decide procurar o Advogado Campbell Alexander (Alec Baldwin) para processar seus pais por Emancipação Médica e ter direito sobre o que será feito do seu corpo. O Advogado pergunta se ela sabe o que poderia acontecer com sua irmã. Ela reponde: sim, ela morre. Muita calma e tranquila. Os pais, Sara (Cameron Diaz) e Brian Fitzgerald (Jason Patric) ao saberem da atitude de Anna, ficam chocados. A mãe já não tinha boa relação com a família, o filho, Jesse não ia bem no colégio, e vivia perambulando pelas ruas de Nova York.
A Querelante(Anna), foi oficialmente emancipada, pela Suprema Corte de Los Angeles. Destacou-se os relevantes princípios do interesse do menor, da liberdade de consciência, do poder de disposição do próprio corpo e da autonomia. Podemos concluir que o filme uma “Prova de Amor” traz uma mensagem que divide opiniões. É notório que os pais estavam tentando salvar a vida da filha leucêmica, mas também é considerável que em momento algum se perguntaram ou ao menos se preocuparam sobre a vida da filha que viria ao mundo para ser um canal de salvação para a irmã. Anna tem total direito à vida, à liberdade, ao decidir por não aceitar mais ser submetida, ela age com todo direito que à Lei lhe permite. Quanto vale uma vida? Podemos sair por aí gerando seres humanos “in vitro” simplesmente para tentar “salvar” alguém? E o direito à vida? Anna agiu corretamente, tentando apenas ter sua vida normal e um futuro saudável como qualquer outra criança. 
Caso o problema tivesse ocorrido no Brasil e os genitores de Anna, resolvessem realizar a inseminação In vitro para a sua concepção, com a única finalidade de adquirir órgãos da menor, para salvar a filha Kate da leucemia, isso não seria possível, sem a devida autorização judicial, e sem o devido consentimento de Anna, prevalecendo, desse modo, o princípio do direito ao controle do próprio corpo, segundo ordena o art. 15 do Código Civil ( “ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de morte, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica").

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