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ATENDIMENTO PSICOLÓGICO A REFUGIADOS EM SÃO PAULO

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Ana Carolina Galvanini de Freitas RA B457EA-7
Gisele S. S. Teixeira RA T11307-5
Patricia Murtinho Fernandes RA B20029-4
Vanusa Cardoso Vieira RA B21038-9
ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS REFUGIADOS NA CIDADE DE SÃO PAULO
Campus Marquês
 2016
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Ana Carolina Galvanini de Freitas RA B457EA-7
Gisele S. S. Teixeira RA T11307-5
Patricia Murtinho Fernandes RA B20029-4
Vanusa Cardoso Vieira RA B21038-9
ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS REFUGIADOS NA CIDADE DE SÃO PAULO
Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado como requisito de aprovação no Curso de Psicologia na disciplina: Relatório do Projeto de pesquisa na Universidade Paulista UNIP.
 					 Orientador: Profº Drº Luiz Roberto Paiva
Campus Marquês
 2016
	SUMÁRIO	
31. INTRODUÇÃO	�
61.1 Problema	�
71.2 Objetivo Geral	�
71.2.1 Objetivo Específico	�
71.3 Justificativa	�
81.3.1 Relevância Social	�
91.3.2 Relevância científica	�
92. MÉTODO	�
92.1 Sujeitos	�
102.2 Local	�
102.3 Instrumentos	�
102.4 Aparato	�
102.5 Procedimentos de Coleta de Dados	�
112.5.1 Desenvolvimento de Pesquisa	�
112.5.2 Procedimentos Análise de Dados	�
122.5.3 Descrição dos resultados	�
132.5.4 Análise de Dados	�
162.5.5 Ressalvas Éticas	�
173. 	CONCLUSÂO	�
18REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	�
20ANEXO A: MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO	�
23ANEXO B: ROTEIRO DE ENTREVISTA	�
24ANEXO C: TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTAS	��
	
�
1. INTRODUÇÃO
Refugiados são grupos de pessoas que, devido à perseguição por questões religiosas, étnicas, políticas, econômicas, entre outras situações de violência e conflitos, são obrigados a fugir de seus países. Fogem a procura da sobrevivência deixando para trás tudo que construíram ao longo da vida. Seus bens, empregos, escolas, familiares e amigos. Além da sua dignidade, autoestima, sua língua nativa, suas raízes, e seus costumes. Em busca por asilos em terras estrangeiras a fim de preservar sua liberdade, sua segurança e, muitas vezes, sua vida. (ROCHA; MOREIRA, 2010).
Outra grande barreira que o refugiado precisa transpor é o acesso efetivo aos seus direitos, que são dificultados pela burocracia, por falta de conhecimento da população, pela xenofobia, que é a aversão a pessoas ou coisas estrangeiras, e também pelo racismo.
Os refugiados muitas vezes são vistos como fugitivos, ou como concorrentes na busca de emprego, moradia, escola e saúde, além disso, sofrem o impacto do choque de cultura e de adaptação. O termo refugiado nem sempre é de conhecimento da população, que muitas vezes os confunde com fugitivos. Vejamos abaixo:
Será reconhecido como refugiado todo individuo que:
 I – devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
 II – não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes tece sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstancias descritas no inciso anterior; 
III – devido à grave e generalizada violação de direito humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refugio em outro país (JUBILUT, 2007, p. 233).
	
Breve perspectiva histórica sobre os refugiados.
A perspectiva histórica sobre o tema de refugiados aponta para o período da Segunda Guerra Mundial, naquela época, onde cerca de 40 milhões de pessoas, em sua maioria da Europa se deslocaram em virtude da guerra. (HOBSBAWN, 1995).
Segundo Maciel e Mousquer (2013), o número de migrações internacionais voluntárias e/ou involuntárias teve um grande aumento nas últimas décadas, e, esse grande crescimento, podendo-se dizer até desordenado, gerou grandes preocupações aos governantes, que precisaram pensar em condições para lidar com esse aumento do fluxo de pessoas. Os desafios impulsionaram além dos governantes, todos os órgãos que de alguma forma estão diretamente ou indiretamente ligados à questão. As ONGs, as entidades, e todos os envolvidos no processo e que buscam soluções efetivas para a problemática.
Para uma melhor condução e gestão dos fluxos de refugiados, se fez necessário o diálogo e a efetiva negociação entre as autoridades governamentais, operações e programas de assistência a refugiados. Também são parceiros nessa gestão as ONGs locais e internacionais, com destaque para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), reconhecido como a Agência da ONU para Refugiados, que tem o objetivo de acompanhar e coordenar a ação internacional para proteger e ajudar qualquer cidadão que se vê obrigado a fugir de seu país. (ACNUR, 1996).
O ACNUR atua diretamente em situações caracterizadas pela agência como emergenciais, tais como territórios em guerras civis ou regiões em que ocorreram desastres naturais. Nas situações consideradas como não emergenciais, em alguns territórios de recepção de refugiados, por exemplo, a atuação é feita por meio de trabalhos de cooperação com as agências e governos locais, recorrendo principalmente à cooperação com ONGs que estejam mais próximas da realidade local. Estas se tornam suas agências implementadoras, que por meio da coordenação e do financiamento do ACNUR vão desenvolver seus três programas: proteção, assistência e integração. (PERIN, 2014)
Legislação e Políticas Públicas.
O Brasil possui hoje uma das legislações mais moderna e inovadora para refugiados, possibilitando aos mesmos: registro de estrangeiro, trabalho, estudo e direito a cidadania.
A lei 9.474/97, além de ser um avanço na internalização do Direito Internacional dos Refugiados, constitui-se também numa política pública de amplo significado nesta causa. Com o amadurecimento da temática e o debate sobre a importância do acesso dos refugiados à educação, ao trabalho, à saúde, à moradia, ao lazer, o Brasil vem reconhecendo, em termos legais e teóricos, a necessidade de implementação de políticas públicas especificas e a possibilidade de acesso dos refugiados ás políticas existentes, ao amparo, como já dissemos, da disposição constitucional de tratamento paritário entre nacionais e estrangeiros residentes no país. (CARLET; MILESI, 2006, p.134)
A Lei n. 9.474/97 também criou um órgão responsável para analisar e julgar o pedido de refúgio: O Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), composto por representantes dos Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, do Trabalho, da Saúde, da Educação e do Desporto, do Departamento da Polícia Federal (DPF) e da Cáritas. O CONARE está atrelado ao Ministério da Justiça, que o preside. (BRASIL, 1997).
Proteção, Assistência e Integração
A proteção de certa forma está interligada com a atual situação jurídica dos refugiados, dessa forma são submetidos a seguir procedimentos a fim de receber documentos e serem reconhecidos como refugiados.
Para ser regulamentado como um refugiado se faz necessário seguir as seguintes etapas: a solicitação de refúgio; a instrução do processo e a decisão proferida pelo CONARE. (MOREIRA, 2007).
A assistência abrange direitos aos solicitantes de refúgio e aos refugiados, saúde, alimentação e moradia. São fornecidos atendimentos em hospitais públicos, medicamentos adquiridos por verbas do ACNUR e fornecidos pela Cáritas. A alimentação é oferecida a partir de um convênio firmado entre a Cáritas e o SESC, e por fim os abrigos, que são mantidos pela prefeitura Municipal e pelo Governo. (O ESTADO DE S. PAULO, 2007).
Entre as organizações da sociedade civil, reconhecidas como principais responsáveis pela manutenção e integração na sociedade dos refugiados no Brasil, podemos destacar a Cáritas, da Igreja Católica, que, em convênio com ACNUR, são responsáveis por acolher, logo em sua chegada, os que precisam de auxílio, antes mesmo do reconhecimento como refugiado e da concessão de proteção.(MOREIRA, 2007).
O SESC e a Cáritas se unem para oferecer aulas de português aos solicitantes e refugiados. Além dessas instituições contam também com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), que oferecem cursos profissionalizantes para os refugiados. A Cáritas procura incentivar a inserção dos refugiados no mercado de trabalho, através do programa do Centro Arquidiocesano do Trabalhador. (MOREIRA, 2007).
Os desafios encontrados pelos refugiados no Brasil
A mudança de país gera um grande desconforto ao indivíduo, que obrigatoriamente deverá construir uma nova vida. Os indivíduos que se encontram nesta situação, geralmente sofrem de ansiedade devido a perda do sentimento de pertencimento, assim como apresentam sentimento de falta de segurança, proteção e orientação.  
Segundo ARAÚJO (2013), as dificuldades e os problemas dos refugiados abrangem diversos aspectos, como serem aceitos pela sociedade, a xenofobia é um problema social, muitas vezes caracterizada por preconceito contra uma pessoa estrangeira. Outro desafio encontrado pelos refugiados é a intolerância religiosa, muitos encontram dificuldade de manter seus hábitos religiosos. Manter-se independente financeiramente, requer enfrentar muitos obstáculos como providenciar documentos que permitam sua condição como temporário, permanente, asilado ou refugiado, acesso ao progresso educacional e oportunidades de trabalho.
1.1 Problema
A problemática desse tema é que atualmente é um dos fenômenos mais complexo da atualidade, necessitando de apoio das Politicas Públicas para garantir a inserção social dos indivíduos que estão em condição de refúgio. Desta forma nos perguntamos quais seriam as dificuldades psicossociais encontradas pelos refugiados ao chegarem ao Brasil? 
Para isso buscou-se aprofundar na condição do refugiado quando da chegada deles ao Brasil, a fim de entender como e quando se inicia a concretização das Políticas Públicas e suas leis no que se refere à proteção e assistências aos refugiados. 
1.2 Objetivo Geral
O presente trabalho de conclusão de curso pretende conhecer a atuação dos psicólogos que atendem aos refugiados no Brasil, bem como o funcionamento da Instituição que fornece assistência psicológica a essa população.
1.2.1 Objetivo Específico
Especificamente este trabalho pretende compreender como é realizado os atendimentos psicológicos aos refugiados nas instituições que lidam com esse público. Entender em qual momento o refugiado é encaminhado para o atendimento psicológico e quais são as diretrizes seguidas. 
1.3 Justificativa 
		
O tema refúgio e migrante vem sendo amplamente divulgado e comentado na mídia. Noticias de acontecimentos são amplamente divulgados e comentados pela sociedade, porém entendemos que divulgação de informação nem sempre é sinônimo de transmissão de conhecimento, e a falta de conhecimento gera muito preconceito. Faz-se necessário, maiores discussões envolvendo a população, os órgãos envolvidos assim como a escuta ao próprio refugiado, para que possamos entender as várias questões que envolvem o tema.
O assunto tem tomado grandes proporções e se faz necessário um entendimento mais amplo sobre esse processo de refúgio e migração, considerando-se os diferentes pontos de vistas.
 Compreendemos também que devido ao grande crescimento de solicitações de refúgios, as Políticas Públicas e as parcerias de Instituições podem não estar sendo suficiente para atender as principais necessidades desse público, que necessitam ser inseridos na sociedade, uma vez que devido à saída forçada de seu país, muito provavelmente estão com o psicológico afetado. 
Desta forma consideramos importante construir conhecimentos que tragam melhor compreensão desse fenômeno e com abertura de possibilidades para atendimento a realidade dos refugiados.
	
1.3.1 Relevância Social 
Pesquisar o tema e adquirir maior conhecimento sobre esse processo de refúgio e de migração se faz necessário para conhecimento geral, para minimizar preconceitos, para um maior suporte ao público e para a manutenção e criação de melhores Políticas e novas formas de atendimento a esses indivíduos que chegam ao país com necessidades diferentes da população aqui já existente.
As pesquisas voltadas ao tema não é importante apenas para os indivíduos que estão nessa condição de refúgio, mas sim a todos que são de alguma forma seja afetado com a relação que se estabelece com outras culturas e outros costumes, ou seja, a toda sociedade.
Portanto é necessário ampliar o conhecimento para que sejam promovidas discussão, escuta e reflexão junto sociedade para que a compreensão e o entendimento se estabeleçam e as necessidades atendidas.
1.3.2 Relevância científica
A importância ou relevância de um estudo mais detalhado em relação aos refugiados poderá favorecer a criação de novos conhecimentos e novos significados a partir desse tema trabalhado, abrindo novas perspectivas para a área da psicologia no que se refere a intervenções psicológicas a essa população, ou seja, a pesquisa cientifica tem muita importância, já que tem o objetivo de buscar solução ou desfecho de um problema que hoje está tomando proporções a nível mundial. Sendo assim, todo o projeto é relevante quando tem a intenção de contribuir de alguma forma com o desenvolvimento da ciência para melhorar as condições de vida do ser humano.
2. MÉTODO
Os referenciais teóricos e o metodológico utilizados no presente projeto de pesquisa, foram embasados na psicologia social, que visa às relações, interações, articulações e conexões realizadas entre a população e a sociedade onde os indivíduos estão inseridos, bem como nas políticas públicas existentes para refugiados. Foram lidos artigos de psicologia sobre o tema, assim como a leitura de matérias que nos forneceram dados estatísticos atualizados, leis disponíveis, e levantamento de informações através de uma das maiores instituições que hoje tratam com os refugiados no Brasil e no estado de São Paulo.
2.1 Sujeitos
Foram entrevistados 3 psicólogos que atuam em duas instituições no estado de SP, e que tratam diretamente com os refugiados que são atendidos por essas instituições. A escolha por psicólogos destes locais decorreu da experiência que eles possuem nos atendimentos realizados, em decorrência da Instituição ser hoje o principal órgão de assistência a esse público. 
2.2 Local
	
 Foram escolhidas duas Instituições que atuam com o público dos refugiados e migrantes oferecendo trabalho de saúde mental. 
2.3 Instrumentos
O levantamento de informações foi feito por meio de um roteiro de entrevista (Anexo B) com questões semiestruturadas que foram aplicadas junto aos psicólogos das Instituições, com acréscimo de perguntas que se faziam necessárias no momento para maior esclarecimento de questões e conhecimentos.
2.4 Aparato
 Foram utilizados gravadores e computadores para registros das informações, papel com questões impressas e com os termos de livre consentimento.
2.5 Procedimentos de Coleta de Dados
Foram feitos contato com as instituições apresentando a proposta do projeto, solicitando agendamento para apresentação dos objetivos da pesquisa, esclarecimentos e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE e (Anexo A), agendamento na Instituição para realização de entrevista com gravação de áudio, junto aos psicólogos que atuam diretamente com os refugiados atendidos nessa Instituição.
2.5.1 Desenvolvimento de Pesquisa
Esse projeto teve por objetivo o contato direto com os psicólogos que atuam nas instituições ligadas ao trabalho com refugiados. Sendo assim foram realizados contatos com Instituições que atendem este público, analisando se existiam psicólogos no corpo de funcionário da Instituição e levantados possibilidade de efetuarmos entrevistas com estes psicólogos. 
O contato foi feito através de uma breve síntese sobre nosso projeto, sobre o que desejamossaber e sobre a vivência do psicólogo com os refugiados.
Localizamos duas Instituições em São Paulo que atendem as nossas necessidades e comparecemos a data marcada em cada Instituição, onde pudemos conversar com os psicólogos.
No início de cada entrevista foi repassado e explicitado com os psicólogos sobre nosso projeto de pesquisa, nossa formação e universidade de estudo. Antes de começar as entrevistas entregamos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, informamos que iriamos gravar o áudio da entrevista para que fosse possível efetuar a transcrição posteriormente.
Cada pesquisadora desempenhou um papel na entrevista ficando uma de posse do gravador, uma responsável por fazer as perguntas, outra efetuando breves anotações e a última observando e pontuando algumas questões que achava importante ser abordada.
2.5.2 Procedimentos Análise de Dados
Os dados foram organizados em categorias de temas comuns e nas falas dos entrevistados foram transcritos, lidos e compilados, de acordo com o objetivo do presente Projeto.
2.5.3 Descrição dos resultados
Esta análise de dados foi realizada através da compilação das entrevistas realizadas, selecionando informações valiosas para o desenvolvimento do Projeto. O procedimento de análise envolveu uma categorização das entrevistas que resultou em uma estrutura capaz oferecer um panorama das respostas e poder compará-las. Abaixo descrevemos os principais pontos coletados:
Os refugiados que chegam ao programa de saúde mental oferecido por estas instituições são encaminhados através de setores que possuem maior vínculo e proximidade com o refugiado, sendo esse setor nomeado de facilitadores sociais na Instituição A. e nomeado como setor de integração na Instituição C. Sendo público com maior incidência na busca por atendimento as mulheres ficando em segundo lugar a família e em último os homens.
As queixas trazidas por eles ao atendimento são diferentes nas instituições entrevistadas, a Instituição A. nos colocou que as questões são de ordem financeira, já a Instituição C., nos colocou que as questões trazidas são de violência enquanto ao deslocamento e vulnerabilidade na permanência no país. Tendo como maior dificuldade na estadia a diferença de língua e cultura.
Observando o lado mais burocrático dos atendimentos, as instituições demonstraram ter um fluxo diferente de atendimentos, ambas possuem atendimento agendado e por plantão, porém a Instituição A., possui em atendimentos contínuos menos de 10 famílias, sendo que alguns dias passam em média 2 pessoas e em outros dias nenhuma. Já na Instituição C, os atendimentos giram em torno de 8 atendimentos diários.
Questionados sobre a eficácia dos atendimentos as Instituições respondem que conseguem ter uma noção de eficácia, quando em algumas vezes os próprios refugiados dizem ter sido ajudados em suas questões.
Abordamos o tema das políticas públicas e como as instituições veem a atuação destas com os refugiados. A Instituição A. focou na existência de políticas públicas que atendem a população geral e com isso atinge também a população dos refugiados, mas que não são específicas para este público, enquanto a Instituição C, disse que existem ONGs e empresas da sociedade civil que atual com esse público em especial, porém não em forma de políticas públicas.
Disseram ainda que suas instituições atendem grande parte das necessidades dos refugiados, mas que ambas acreditam que não devem atender a tudo, possibilitando que o refugiado crie uma maior rede de contatos possibilitando uma maior independência.
2.5.4 Análise de Dados
Conforme informação da Polícia Federal até o ano de 2015 não existiam registros de estrangeiros detidos no aeroporto de Guarulhos. De 2015 à 06/2016, 1667 estrangeiros foram encaminhados ao setor “coletor” para averiguações e destes 339 foram detidos, o que demonstra a crescente entrada de imigrantes ao país e o aumento da fiscalização. Diante dessa demanda crescente, o projeto buscou conhecimentos a cerca de especificidades ligadas a essa população que passa a fazer parte do país.
O presente estudo tem limitações, pelo fato da pesquisa ser feita em apenas duas instituições que trabalham diretamente com esse público. Mesmo com o aumento dessa massa que buscou refugio no Brasil, foi possível encontrar apenas duas instituições que oferecem atendimento a saúde mental. Essa limitação nos faz pensar na necessidade de criações de políticas públicas voltadas para os refugiados, norteando novas possibilidades de existência fora de seu país de origem e com cuidados adequados.
Ainda com todas essas limitações o trabalho traz informações atuais e precisas para a sociedade sobre refugiados, políticas públicas, processo psicológico que acontecem com os migrantes, entre outros. As informações levantadas por meio das entrevistas trouxeram alguns pontos em comum entre instituições em relação ao atendimento dos refugiados em São Paulo e trouxeram informações novas, ainda não contempladas na teoria.
A literatura trás alguns pontos que condiz com a prática realizada nas instituições entrevistadas, como a disponibilidade do atendimento aos refugiados, no atendimento à saúde mental assim como os demais trabalhos para subsidio de alimentação, saúde, moradia entre outros a partir da chegada ao Brasil. 
Outras literaturas apontam que o Brasil tem sido o país da América Latina que mais recebeu refugiados Sírios, porém, isso não garante que o país possui condições adequadas para atender essa demanda.
O país encontra-se em meio a uma crise econômica e ela reflete em toda a população, bem como nos refugiados que chegam e encontram dificuldades para lidar com as burocracias, para conseguir moradia e emprego para manter o sustento e necessidades básicas.
Segundo entrevista realizada pela BBC Brasil em Londres, um refugiado Sírio diz que em seu país ele era “alguém”, tinha carro e ganhava cerca de R$15 mil por mês e hoje na situação de refugio no Brasil ele é pobre. Essa é uma queixa que aparece nas entrevistas realizadas em ambas as instituições, além das queixas de diferença de cultura, de falta de perspectiva e de conflitos emocionais em virtude das mudanças, além de sofrer preconceito por diferenças de raça e etnia e religião, questões que fazem parte da vida dos migrantes e refugiados, bem como da população nativa do país.
Diante do cenário do Brasil, a literatura mencionou a existência de propostas de Políticas Públicas voltadas à saúde, trabalho, educação, integração social, e existe uma postura de integração e acolhida em relação aos refugiados, confirmando o que ambas as instituições pontuaram, que existem políticas, mas que ainda com fragilidades e falta de especificidade para o público alvo. 
Porém, um fator positivo ocorrido nesse ano foi que a cidade de São Paulo agora conta com a lei própria sobre a migração que foi aprovada pela Câmara dos Vereadores e assinado e aprovado pelo prefeito Fernando Haddad em julho deste ano (2016) garantindo ao refugiado aos serviços públicos da Capital, bem como sua proteção contra a xenofobia e racismo, aspectos esses mencionado nas entrevistas em relação ao preconceito, quando chegam ao brasil.
Vale ressaltar que São Paulo é a pioneira, sendo a primeira cidade no Brasil a adotar uma lei de imigração, que contém uma política inovadora, e que pode influenciar experiências em outras cidades, não só do País, mas também do mundo, afirmação essa dada pela representante da Agencia da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil, Isabel Marques. A princípio a nova legislação e sua regulamentação se dará de forma gradual com base em diálogo com os refugiados e interessados para que entre na prática de ações.
As ações contidas nessa Lei já eram oferecidas pela Prefeitura, mas agora são margeadas pela obrigatoriedade e direcionadas por uma Lei. Entre outros beneficios voltado aos refugiados está a obrigatoriedade da Prefeitura em preparar seus agentes públicos para receber os refugiados, evitando abusos ou omissões. Outra melhoria é acriação do canal de denúncia para que possam denunciar casos de discriminação ou violação dos direitos.
Porém ainda é grande a condição de fragilidade dessa população, e isso é demonstrado quando centenas de refugiados são inclusos no programa Bolsa Família que oferece uma renda média mensal de R$ 167,00, e precisam se manter com esse valor, em virtude da não existência de políticas públicas apropriadas e voltadas para os refugiados que chegam no país sem meios para se sustentar e manter uma vida e família de forma digna ou mesmo próxima da que tinha em seu país de origem.
 Não encontramos na teoria temas que confirmem o alívio trazido aos refugiados com os atendimentos psicológicos, possibilitando mostrar a eficácia do trabalho de saúde mental com esse público. 
Neste palco de situações novas que a mídia traz, o campo da saúde evidencia um novo olhar para essa população, um deles é dos profissionais de saúde, inclusive dos psicólogos, onde a demanda cresce conforme chegam ao Brasil. Outro fator importante é o trabalho para essas pessoas, segundo o site Caminho de Refúgio, citado pela Acnur,12/07/2016 a contratação de refugiados traz uma efeito positivo quanto ao seu empoderamento e sua auto estima. As empresas estão ciente da crescente demanda, e principalmente das mulheres, hoje existe um programa “Apoderando Refugiadas” que está em prática desde 2015 e que encerrou com um saldo positivo de 30 mulheres capacitadas por 120 representantes de empresas sensibilizadas pela mobilização e contratação dos refugiados. Esta foi uma parceria entre a Agência das Nações Unidas para refugiadas (ACNUR), a Rede Brasil do Pacto Global, a Onu Mulheres, a Caritas Arquidiocesana de são Paulo entre outros parcerias. 
Uns dos assuntos abordados com os psicólogos das instituições, foi referente ao trabalho para o refugiado, citado como uma das dificuldades apontadas por eles, por não saberem o português, o que impossibilita muitas vezes a contratação. Portanto ainda que as Instituições disponibilize voluntários/educadores para ensinar a lingua portuguesa para os refugiados ainda é essencial que haja empresas voltadas a atender esses refugiados promovendo sua inserção no mercado de trabalho.
Para o refugiado o acesso ao trabalho é uns dos principais recursos para sua integração à sociedade e a reconstrução da vida, levando em conta seus conflitos e violações de direitos em seu país de origem, atenta se aqui preservar sua autoestima, autossuficiência, empoderamento e um olhar para novas possibilidades em um novo país e preservação da sua família. 
A questão do refugiado é atualmente um dos desafios do século, onde países estão fechando suas portas, ou selecionando quem entra e quem não entra no país, outros, como o Brasil, estão criando leis para atender essa população. E ainda, acontecem ações individuais como a de um milionário norte-americano que doou metade da sua fortuna para a aquisição de um navio que resgata refugiados a deriva no mar. O empresário criou o MOAS (Migrant Offshore Aid Station), essa iniciativa com a ajuda da Cruz Vermelha e de voluntários já salvou cerca de 33 mil vidas.
Porém, é visto que a muito a se fazer por essa questão. É necessário diálogo entre os governos dos paises, criação e efetivação de ações e politicas voltadas a essa população, assim com entender que a responsabilidade é de todos.
2.5.5 Ressalvas Éticas
O presente Projeto teve como referência ética e como diretriz a Resolução CNS Nº 466/12. Entre outros temas, a Resolução aborda a autonomia dos indivíduos participantes da pesquisa, podendo estes solicitar sua retirada a qualquer momento do projeto, indica também o compromisso de sigilo dos dados pessoais dos participantes do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE. (Anexo A).
A pesquisa contou ainda com um termo que foi apresentado aos participantes para esclarecimento sobre os objetivos do projeto, e assinatura com permissão para realização da entrevista e sua gravação, o qual se encontra anexado ao término do projeto.
3. 	CONCLUSÂO 
São Paulo é uma das maiores referências quando se trata de acolher os refugiados quando chegam ao Brasil, entretanto mesmo com uma legislação sobre refugiados, não existe estrutura e programas definidos para acolhê-los de maneira adequada, pois os programas existentes são baseados em caridade e nas ações comunitárias como ONGs, e na participação da sociedade civil, sendo que as políticas públicas surgem ao redor dessa população. 
O atendimento psicológico, bem como a ajuda dos assistentes sociais e instituições compromissado com os refugiados não se limita apenas na dinâmica, ou nas suas limitações, mas vai de encontro com outras possibilidades, ou seja, a adaptação, a autonomia e bem-estar. Sabendo se que essas instituições possuem limitações, quanto a abrangência de sua atuação, compreenderia que a inserção da parte política e suas ações, resultaria numa atuação mais denominada e comprometida com a causa do refúgio. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARAÚJO, W. O desafio de ser refugiado. Carta maior. 2013. Disponível em: <http://cartamaior.com.br/?/Opiniao/O-desafio-de-ser-refugiado-/28716>. Acesso em: 26 out. 2015.
BRASIL. Lei n. 9.474, de 22 de julho 1997. In: ARAUJO, Nadia; ALMEIDA, Guilherme Assis de (Coord.). O Direito Internacional dos Refugiados: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. 
CRISPIM, D. Direitos Humanos: São Paulo aprova lei municipal que garante acesso a serviços públicos para refugiados e migrantes. Portal ONUBR. São Paulo. 21, jul. 2016.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). 2 ed. Tradução Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
JUBILUT, Liliana. O Direito Internacional dos Refugiados: e sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro. São Paulo: Editora Método, 2007. p. 233.
MACIEL, R; MOUSQUER. J. Refugiado, Apátrida e Estrangeiro dentro da ideologia Estatal. Revista Paradigma, Ribeirão Preto. V.18, n. 22, p. 179-196, 2013.
MIGRA MUNDO, Após consulta pública, lei que cria política municipal para a população migrante em São Paulo vai a câmara. São Paulo, 22 abr. 2016. Disponível em: http://migramundo.com/apos-consulta-publica-lei-que-cria-politica-municipal-para-a-populacao-migrante-em-sao-paulo-vai-a-camara/ Acesso em 14 de novembro de 2016.
MILESI.R; SCARLET. F. Refugiados e políticas públicas: pela solidariedade, contra a exploração. IMDH. 2006. Disponível em: http://www.migrante.org.br/index.php/refugiados-as2/154-refugiados-e-politicas-publicas-pela-solidariedade-contra-a-exploracao . Acesso: 06/11/2016
MOREIRA, Julia Bertino. O acolhimento dos refugiados no Brasil: políticas, frentes de atuação e atores envolvidos. Campinas: NEPO/ UNICAMP, 2007.
O ESTADO DE S. PAULO. Cresce o número de refugiados no Brasil. 20 jun. 2007. Disponível em: Acesso em: 20 jun. 2007.
ORTEGA, Aline Kadelina. Atuação do psicólogo em serviço de migração: um estudo em São Paulo (brasil) e Moscou (Rússia). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2015.
PERIN, V. “Um campo de refugiados sem cercas”: etnografia de um aparato de governo de populações refugiadas. Fundação Casa de Rui Barbosa – Porto Alegre, 2014 
ROCHA, R.; MOREIRA, J. Regime Internacional para Refugiados. Revista de Sociologia e Politica. Curitiba. V. 18, 2010.
SILVA, César Augusto S. da (org.) Direitos humanos e refugiados: refugiados e políticas públicas. Ed. UFGD, 2012.
ANEXO A: MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CURSO DE PSICOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro Participante: 
Gostaríamos de convidá-lo a participar como voluntário da pesquisa intitulada “Atendimento psicológico aos refugiados na cidade de São Paulo” que se refere a um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos Ana Carolina Galvanini de Freitas, Gisele S. S. Teixeira, Patricia Murtinho Fernandes eVanusa Cardoso Vieira, do curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP. 
O objetivo deste estudo é entender como é a demanda dos atendimentos psicológicos realizados com os refugiados que chegam na cidade de São Paulo. Os resultados contribuirão para proporcionar um maior conhecimento sobre os possíveis atendimentos a serem realizados com esta população que vem crescendo nos últimos anos. Saber a melhor forma de lidar com esta demanda, podendo assim através da disseminação do conhecimento levantado, informar o maior número de pessoas que possam ajudar de alguma forma nos atendimentos prestados aos refugiados. 
Resumidamente, a pesquisa será realizada da seguinte forma: Contato com as Instituições, conhecer os processos realizados por essa instituição que tem um trabalho já reconhecido com o publico alvo da pesquisa. Conhecer os psicólogos e através de entrevistas, entender como é realizado os atendimentos e seus desdobramentos. Após a entrevista os dados serão compilados e os resultados serão divulgados na pesquisa. Sua forma de participação consiste em dar uma entrevista.
Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu anonimato, e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. 
Não será cobrado nada, não haverá gastos e não estão previstos ressarcimentos ou indenizações. 
Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como: mínimo.
Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá recusar-se a participar ou retirar o seu consentimento, ou ainda interromper sua participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu cuidado. Nos casos em que se utilizar questionário ou entrevista, você poderá recusar-se a responder as perguntas que causem eventuais constrangimentos de qualquer natureza a você. 
Desde já, agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à disposição para maiores informações. Se você desejar, poderá ter acesso a este trabalho do qual participou. 
Você ficará com uma cópia deste Termo e em caso de dúvidas ou necessidade de outros esclarecimentos sobre esta pesquisa, você poderá entrar em contato com o pesquisador principal: Luiz Roberto Paiva, Av. Marquês de São Vicente, 3001, telefone: 3613-7052.
 
........................................................................................................................................ 
Eu ____________________________________________________________ (nome do participante e número de documento de identidade) confirmo que Ana Carolina Galvanini de Freitas, Gisele S. S. Teixeira, Patricia Murtinho Fernandes e Vanusa Cardoso Vieira explicaram-me os objetivos desta pesquisa, bem como a forma de minha participação. As condições que envolvem a minha participação também foram discutidas. Autorizo a gravação em áudio da entrevista que porventura venha a dar e sua posterior transcrição pela equipe de alunos-pesquisadores responsáveis, para fins de ensino e pesquisa. Autorizo a publicação deste material em meios acadêmicos e científicos e estou ciente de que serão removidos ou modificados dados de identificação pessoal, de modo a garantir minha privacidade e anonimato. 
Eu li e compreendi este Termo de Consentimento; portanto, concordo em dar meu consentimento para participar como voluntário desta pesquisa. 
São Paulo, 16 de Novembro de 2015 
_____________________________ 
(Assinatura do participante) 
Eu,______________________________________________________________ 
(nome do membro da equipe que apresentar o TCLE) 
obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do participante da pesquisa ou seu representante legal. 
______________________________________________ 
(Assinatura do membro da equipe que apresentar o TCLE) 
____________________________________________ 
(Identificação e assinatura do pesquisador responsável)
ANEXO B: ROTEIRO DE ENTREVISTA
Público 
1) Como os refugiados são encaminhados para o atendimento psicológicos na Instituição? 
2) Qual é o perfil do público atendido?
3) Quais são as principais queixas trazidas ao chegar no pais?
4) Quais são as dificuldades encontradas pelos refugiados durante o atendimento psicológico?
Atendimento
5) Como funciona o processo de atendimento? E quantos são atendidos diariamente?
6) É possível perceber que os atendimentos psicológicos trazem um alivio aos refugiados?
7) Em sua visão as politicas públicas contribuem no atendimento psicológico aos refugiados?
8) Você acredita que o serviço oferecido pela Instituição atende a todas as necessidades dos refugiados?
ANEXO C: TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTAS
 INSTITUIÇÃO A. Psicóloga B.
 Pergunta: Como os refugiados são encaminhados para a A. para atendimentos psicológicos?
Entrevistado: Na sua grande maioria, os refugiados são encaminhados ao atendimento psicológico através dos facilitadores sociais e pelos professores de português, voluntários da Instituição. 
A A. conta com um quadro de voluntários que atende os refugiados em diversas áreas como aulas de português, informática, além do projeto de trabalho e renda que visa à integração profissional dos refugiados. Esses atendimentos são executados basicamente por voluntários.
O facilitador social é um colaborador que visa tirar o refugiado do isolamento social, responsável por buscar atendimento às necessidades básicas do refugiado, como casa, trabalho, abertura de conta bancária, documentos e outras necessidades que possam surgir. Além desses atendimentos o facilitador social, por estar sempre muito próximo do refugiado acaba por atendê-lo na escuta dos seus problemas, dando-lhe por vezes aconselhamentos e oferecendo o atendimento psicológico ou encaminhando quando necessário ao atendimento psicológico.
Os facilitadores são orientados para indicar o serviço de atendimento psicológico, explicando que é um acolhimento feito por psicólogos, que os atenderão via plantão ou agendamento, e que os psicólogos falam algumas das línguas de origem dos refugiados, como, árabe, francês e inglês, o que facilita a comunicação.
E importante que a indicação do atendimento psicológico não seja de cunho obrigatório, até porque quando são encaminhados apenas porque o facilitador social percebeu a necessidade, porém o refugiado não quer o atendimento, ou desconhece o trabalho do psicólogo acaba por apresentar certa resistência ao atendimento o que é natural, visto os traumas que provavelmente já passaram até chegar a Instituição. Muitas vezes o refugiado quer apenas ajuda financeira, e quando se depara com o psicólogo é frustrante para ele. 
Pergunta: Explique como é a questão da recusa. Pode acontecer por questões culturais?
 Entrevistado: Existe o preconceito sim, o tabu sobre o desconhecimento do trabalho do psicólogo, assim como acontece com os brasileiros. Os refugiados nos apontam achar importante a possibilidade do atendimento, mas na maioria das vezes não se sentem à vontade para procurar, ou não querem ou talvez não vejam como primeira necessidade, e muitas vezes justificam a falta de meios de transporte para não ir aos atendimentos. 
A A. Está pensando em mudar a estratégia e além do atendimento individual, atender os refugiados em grupos tanto na instituição como nos abrigos, onde eles moram. 
Pergunta: Essa ideia de grupo pode quebrar um pouco esse receio pela terapia?
Entrevistado: Sim, quando você oferece em grupo, você não se apresenta como profissional da saúde mental, e já quebra algumas barreiras. A ideia e trabalhar diversos temas: violência contra a mulher e a criança, sobre trabalho e cultura, entre outros. Algumas instituições parceiras já fazem este tipo de trabalho e convidou a A. para trabalharem juntos.
Pergunta: Hoje vocês têm um perfil do público que é atendido na A. no atendimento psicológico, ou seja, homem, mulher criança?Entrevistado: Apesar de o atendimento psicológico ser ofertado a todas as pessoas análogas ao refúgio, a procura e maior pelas mulheres. E mesmo os homens quando procuram, acabam por não dar continuidade ao acompanhamento.
As psicólogas voluntárias já se questionaram se os homens desistem por conta de os atendimentos serem feitos por mulheres, ou por ser mesmo um atendimento psicológico. Apesar do questionamento ainda não foi pensando em formas de tratar essa questão.
Pergunta: É percebido na nossa cultura que o homem não tem o mesmo cuidado com a saúde mental que a mulher, em se tratando de outras culturas é possível perceber a mesma postura?
Entrevistado: Não podemos afirmar que seja cultural, ou que seja por uma postura machista, onde a mulher olha para si e é mais sensível, e o homem é mais durão, e também não podemos afirmar que esse modo seja igual em todas as culturas. O fato é que temos pouquíssimos homens passando por atendimento e que nem todos continuam. Alguns chegam pedindo remédio para dormir. Outro ponto e que o projeto existe há dois meses com pouco tempo para avaliações e afirmações.
Pergunta: Hoje tem uma predominância de etnia que procura o atendimento psicológico?
 Entrevistado: A A. Tem um cadastro com 1300 refugiados, e apesar dos sírios serem a maioria dos cadastrados ele não é o público que mais procura atendimento. As procuras maiores são refugiadas do Congo e Angola. 
 Pergunta: Quais são as principais queixas trazidas pelos refugiados ao chegar ao Brasil?
Entrevistado: A maior queixa é a questão de trabalho, pois é uma necessidade imediata, e a demora de documentação para aprovação do refúgio. A preocupação maior é sair da ilegibilidade, porque ela os deixa a margem e não podem trazer suas famílias. Atualmente os prazos para renovação os protocolos aumentaram de três meses para cinco anos, o que facilitou bastante para os refugiados.
As queixas dependem muito do momento em que a pessoa está. Num primeiro momento buscam atendimento das suas necessidades básicas, como casa, escola e emprego. Depois conseguem olhar e falar de outras queixas. 
 Pergunta: Quando estão numa condição mais estável, quais as queixas que eles apresentam?
Entrevistado: Como o projeto é novo, as demandas ainda estão sendo descobertas, não é possível fazer um levantamento pontual, mas percebemos que quando estão mais estáveis os refugiados buscam atendimento para questões individuais.
Alguns conseguem trazer a questão do refúgio, da tortura, da violência que sofreram, mas sem muitos detalhes. Algumas mulheres trazem a questão do cuidado com os filhos e sobre a gravidez indesejada.
O projeto tinha expectativa de promover eventos pré e pós-traumáticos e de depressão e não foi o que os refugiados procuraram. Talvez outras Instituições, mais antigas consiga apontar melhor essa procura.
 A realidade atual da A. é de pessoas que vem aos atendimentos falando pouco e trazendo mais as questões de estabilidade dentro do país. Pode ser que daqui um ano tenhamos um outro cenário.
Pergunta: Você percebe em atendimento alguma dificuldade com o público refugiado?
Entrevistado: A maior dificuldade é a língua, e algumas questões culturais. Perguntamos na negativa, exemplo você não esta com fome né, e alguns dizem sim quando quer responder que não. 
Quando o refugiado e atendido por um voluntário que entende sua língua, ele consegue se expressar melhor e com mais liberdade.
Pergunta: Como funciona o processo de atendimento e quantos são os atendimentos diários?
Entrevistado: A divulgação do projeto tem acontecido aos poucos, por e-mail, panfletos e cartazes, e infelizmente muito não tem acesso a essa divulgação, onde o mais viável é em rede.
Os atendimentos psicológicos iniciaram há três meses não foi feito nenhum levantamento de média de atendimentos. Diariamente são atendidos de duas a três pessoas no plantão e 10 atendimentos contínuos. Estamos com horários livres, mas a procura ainda e pequena.
No Brasil não tem muitas instituições que atuam com refugiados, alguns deles passam por aqui, todos passam pelo Caritas que é a Instituição que tem o cadastro de todos os refugiados.
 Pergunta: Na polícia federal é divulgado o trabalho de saúde mental?
Entrevistado: Não é de meu conhecimento essa informação, mas irei pesquisar. Acredito que a polícia federal encaminhe e indique a Caritas para os refugiados.
Pergunta: Como é o relacionamento com a Caritas e outras instituições?
Entrevistado: Com alguma Instituição tem bons contatos. Com outras não. A A. está tentando agendar visita a caritas, mas ainda não conseguiu. Sabemos das dificuldades das instituições em conseguir verba, dos cortes que acontece, ficando muitas vezes apenas os assuntos que estão na agenda política.
Pergunta: É possível perceber se os atendimentos são efetivos e proporcionam alivio?
Entrevistado: Recebemos algumas devolutivas dos refugiados que retornam aos atendimentos. Na sua maioria, foram devolutivas positivas, apesar de alguns refugiados reclamarem da questão da língua. Já tivemos feedback por e-mail informando que conseguiram tomar decisões a partir do atendimento psicológico.
Esses feedbacks nos levam a pensar que mesmo a escuta, a disposição de ouvir pode sim ajudar, trazer alivio para os refugiados que procuram o atendimento psicológico.
Pergunta: Sobre as políticas públicas você acredita que são efetivas nos atendimentos aos refugiados e aos trabalhos psicológicos?
Entrevistado: Podemos ver políticas públicas em diversas áreas da prefeitura, ela abraçou a causa do imigrante e está fazendo bons trabalhos na área da saúde, sensibilizando os profissionais, para receber o público imigrante e refugiado.
 Quanto à política para atendimento psicológico, não tem uma instituição de atendimento psicológico para refugiado ou imigrante, temos o SUS que é igual para todos. Instituição de sociedade civil não existe. Foram feitos levantamento e vista que todas as UBS recebem estrangeiros, mas o atendimento não é diferenciado para um brasileiro, um estrangeiro que está no pais por turismo e um refugiado. Mas estão sendo feita mudanças no cadastro para ter maiores dados dos usuários e assim saber a origem e necessidade de cada um.
Já ocorreram reclamações de bolivianos que disseram terem sido maltratados em UBS, e também de peruanos por conta de diferenças culturais, contando que no seu país de origem o branco e morte, e quando entram nos hospitais do Brasil tudo e branco e está estranho entrar em um local onde tudo representa a morte. Outra constatação e que não tem psicólogos em todas as UBS. Portanto e notório que em referência a saúde mental as políticas públicas estão apenas começando, mas tem grande tendência de crescimento.
Pergunta: Você acredita que os serviços oferecidos na Instituição A. atende as necessidades dos refugiados?
Entrevistado: Algumas necessidades sim. A A. e uma instituição que tem recortes, que ajudam os refugiados de diversas maneiras, com os cursos de línguas, curso de programação, projeto de renda e trabalho. Porém não se tem condições de atender todas as necessidades. 
Os refugiados trazem a instituição a necessidade de materiais como fraldas, entre outras e A. não atende com esse tipo de ajuda assistencialista, pois o foco principal da ONG e criar projetos de empoderamento dos refugiados, atendimento psicológicos, os encaminhamentos para trabalho, os diversos cursos e os primeiros atendimentos para conseguir abrigo, escola, saúde e sobre a documentação de refúgio, onde podemos fazer contato com o CONAR, mas sem nenhuma influência sobre a autorização ou não de refúgio. Sabemos que a Caritas tem voz dentro do CONAR, mas não sabemos como ocorrem os trâmites.
Pergunta: Além das perguntas que foram feitas tem algo que gostaria de acrescentar?
Entrevistado: Não. Acredito que dissemos tudo sobre a Instituição A. As perguntas foram pontuais.
INSTITUIÇÃO C. 
Pergunta: Como os refugiados são encaminhados para o atendimento psicológicos na Instituição? 
Entrevistado 1: Na instituiçãotemos diferentes setores, o de acolhida é o primeiro contato, eles fazem o levantamento de dados da história e o porquê veio para cá. Temos o setor de proteção que são os advogados; e o setor de assistência onde conseguem abrigos, higiene pessoal e saúde. 
Pergunta: Como chegam aqui na instituição? 
Entrevistado 1: Chegam pelo departamento, pela integração, através dos cursos profissionalizantes e trabalhos. Esses setores encaminham para a saúde mental se notarem que precisam de alguma necessidade. 
Pergunta: Qual é o perfil do público atendido?
Entrevistado1: Vem muitos da Síria, da África, da república democrática do Congo, Nigéria e agora muitos da Angola, vem de outros países, mais diria que de onde vem mais é da Angola. Muitos vem para o brasil devido a guerra, ditadura, perseguição religiosa ou conflito religioso, mas esse ano principalmente tem muito angolano, são 80% das pessoas que a gente atende aqui.
Entrevistado 2: Qualquer manifestação lá é duramente reprimida e a família é perseguida, eles fazem um reconhecimento das famílias de quem participou e aquelas que induzem as pessoas a fugirem. 
Pergunta: Quais são as principais queixas trazidas ao chegar no pais?
Entrevistado 1: A grande maioria sofreu extrema violência e perseguição
Entrevistado 2: Acredito que é a violência e muita vulnerabilidade.
Entrevistado 1: Ao chegarem aqui, sem ter a onde morar, sem comida, sem conhecer o país, não existe uma queixa do tipo formulada do que você está perguntando.
Pergunta: Quais são as dificuldades encontradas pelos refugiados durante o atendimento psicológico?
Entrevistado 1: É um trabalho que exige um conhecimento de línguas, muito do Congo fala francês, da Nigéria inglês, Angola português, Colômbia é o espanhol. 
Entrevistado 2: Entender um pouco é necessário mesmo aqueles que vem de Angola o português não é o mesmo, por mais que eles falem a língua, também não são a língua materna dessas pessoas, os Africanos normalmente falam dialetos específicos, o inglês é a língua da Nigéria. 
Pergunta: Como se guiam durante o atendimento?
Entrevistado 1: Se não entendemos a pessoa pedimos para repetir, vamos tentando por outros caminhos para se entender.
Pergunta: Essas pessoas tem acompanhamento de vocês ou eles passam como se fosse plantões?
Entrevistado 1: Tem acompanhamento sim, semanal e quinzenal.
Entrevistado 2: Não é bem um plantão, nós estamos aqui. Se surge uma demanda que acontece na terça me liga e pergunta se dá para vir na quinta feira para resolver junto, não é necessariamente um plantão, mas sim uma eventualidade. 
Pergunta: As pessoas que recebem são desde crianças a adultos?
Entrevistado 1: Sim, a maioria é de adultos, no momento com as Angolanas, são muitas famílias, mulheres com criança. Poucos Sírios passam na saúde mental. Eles resolvem na comunidade, na saúde mental só para coisas muito graves, tem uma resistência por ser uma questão cultural.
Entrevistado 2: Acho que essa é justamente uma das dificuldades encontradas, as diferenças culturais. As vezes você tem mesmo um africano no pais da África que pode nunca ter ouvido falar em psicólogo, como assim, entro numa sala e vou conversar com um branco. Não é um preconceito, mas sim um certo desencontro de realidades de culturas e vai da gente construir uma clínica que minimize esse desencontro o máximo possível, mas nem é um interesse em minimizar, desfazer o encontro, mas é fazer que o desencontro seja visto, que a gente olhe, se há alguma cosa aqui, que vá fazer parte de um novo pensamento.
Pergunta: Como funciona o processo de atendimento? E quantos são atendidos diariamente?
Entrevistado 1: Quando chegam eles vão direto para a polícia federal, ver os documentos e avisam a Instituição que já é uma referência.
Entrevistado 2: Não é um serviço público, é um serviço da sociedade civil, mas que de uma forma foi ocupando espaço vago, e isso não existe no serviço público, o centro de refugiados de acolhida é um dos primeiros lugares a serem indicados. 
Pergunta: O setor público não tem algo que seja trabalhado nesta questão, ele tem alguma contribuição, oferecem ajuda ao funcionamento à Instituição? 
Entrevistado 1: Tem uma parceria com o ministério da justiça e com a Conare. Eles que decidem se vão ter refúgio ou não, não é uma parceria financeira, a Acnur sendo um órgão maior é que cuida dos refugiados. 
Pergunta: Quantas pessoas atende hoje em média? 
Entrevistado 2: Oito pessoas por dia, somos voluntários desde dezembro, antes eram uma equipe contratada e a gente chegou, era para ser contratado, mas teve corte e seria 16 horas, mas a gente continuou por oito horas até a gente decidir que poderíamos ficar. Trabalhamos um dia por semana, as quintas feiras.
Pergunta: É possível perceber que os atendimentos psicológicos trazem um alivio aos refugiados?
Entrevistado 2: Sim, as pessoas estão sendo escutadas, de um jeito diferente do que a maioria está sendo escutadas, a saúde mental vai dar uma outra escuta. 
Pergunta: Esses atendimentos são familiares tratam a família como um todo ou individual ainda que sejam questões da família? 
Entrevistado 1: Alguns tratam como família como um todo, outros depende da demanda. A gente não trabalha em um formato fixo, trabalhamos com a questão trazida pelas pessoas, aí direcionamos o trabalho a partir disso, da demanda. 
Pergunta: Existem uma abordagem na qual vocês atuam nos atendimentos?
Entrevistado 2: Depende, trabalhamos muito com a abordagem psicanalítica aqui. Mas eu estudo também a esquizoanálise são de dois autores que se chamam Deleuze e Guattari, não sei se vocês conheceram.. Eles trazem um olhar bastante crítico nas questões políticas e sociais e isso é muito importante, é fundamental e a gente tem esse compromisso, nós dois, mas o método em si, seja familiar, individual o método é construído.
Pergunta: Como vocês veêm as questões das políticas públicas, elas são efetivas, conseguem perceber que existem realmente políticas públicas aqui no Brasil que atende as questões dos refugiados ou não?
Entrevistado 1: é uma coisa que está começando agora, as tentativas de criar políticas públicas, mais não existem ainda.
Entrevistado 2: Existem ações, mais não são públicas, tem algumas ações que é da sociedade civil para C., por exemplo um abrigo que tem aqui perto que se chama Casa nova que é um abrigo só para refugiados, é um parceria com o setor privado , não é politicas pública mas sim um equipamento que foi criado, no momento para ser um fomentador de políticas públicas a gente aqui é um fomentador de políticas públicas, mas uma política especifica para emigrante refugiados , como você tem na saúde mental, CAPS, CAPS esportivo , CAPS droga, não existem.
Pergunta: Quais a expectativas nas políticas públicas? 
Entrevistado 1: Acho que vai demora um tempo ainda é recente. 
Entrevistado 2: Dificilmente vão se criar mais coisas.
Pergunta: Vocês acreditam que o serviço oferecido pela Instituição atende a todas as necessidades dos refugiados?
Entrevistado 2: Não atende todas, mais também acho que não é para atender todas né! Já atende muito. Existe uma visão da instituição, de assistência social, mas tem coisa que escapam e tem que escapar mesmo. Como as pessoas vão desenvolver uma autonomia, se não produz a própria autonomia né, não exerce. Ter possiblidade de conhecer outros lugares, de fazer laços em outras locais.
Pergunta: Existem um período especifico de refugiado que começa aqui e tende a ficar a um ano ou mais tem esse prazo?
Entrevistado 1: Não. Pode levar até 3 anos ou mais, para uma resposta. O atendimento aqui conosco não tem essa prorrogativa. Mesmo depois que conseguirem refúgio eles continuam frequentando se quiserem. Tanto na saúde mental como nos demais serviços.
Pergunta: Existem muitos voluntários na C.? 
Entrevistado 2: Tem, mas não sei quantos.
Pergunta: Como é para vocês, prestar esse serviço voluntário, como se sentem ao prestar esse serviço voluntário,já tiveram outras experiências, qual é a motivação, qual é sentimento de poder prestar esse serviço, como aconteceu foi planejado?
Entrevistado 1: Eu já tinha um interesse, eu já tinha trabalhado com refugiados, faço trabalho de pesquisa nesta área no mestrado. É uma área bastante desafiadora e tensa, de lidar com sofrimentos muitos intensos e situações de limites. É também bastante; bastante compensador.
Entrevistado 2: Da minha parte, eu trabalho no serviço público, um bom tempo, a mais de dez anos e já tinha tido experiências pessoais, profissionais na verdade, com os refugiados no serviço de saúde que trabalhei. Me interessava pelo tema. 
Pergunta: Gostaríamos de saber o que vocês poderiam contribuir com mais alguma questão que não formulamos para o nosso TCC. Se gostaria, de acrescentar algo.
 Entrevistado 2: Pra mim, foram perguntas boas, acho que vocês não só conseguiram seguir um roteiro, mas puderam rechear a pergunta com outras.

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