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EL.2016.2.I.A

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Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Campus Pau dos Ferros
Ética e Legislação – I UNIDADE
Prof. Dr. Wildoberto B Gurgel (Ayala Gurgel)
A resolução da prova é responsabilidade individual de cada aluno(a) e será convertida em nota. A prova deverá ser 
respondida com caneta azul ou preta, de tinta permanente, sem rasuras, com um X sobre a letra da alternativa correta. 
Questões rasuradas ou respostas fora das especificações anteriores não serão consideradas. Só serão aceitas provas 
devolvidas dentro do horário delimitado. Será permitida a consulta. Provas e folha de resposta sem a devida assinatura 
do(a) aluno(a) não serão computadas.
aluno(a) nota
A Objetividade da Ética
O pensamento moral não diz respeito à descrição e 
explicação do que acontece, mas a decisões e à sua 
justificação. É sobretudo porque não temos métodos 
para pensar sobre a moralidade que sejam por 
comparação incontroversos e bem estruturados que 
uma posição subjetivista é aqui mais credível do que em 
relação à ciência. Mas tal como não havia garantia, nos 
princípios da especulação cosmológica e científica, de 
que nós, seres humanos, tínhamos a capacidade para 
chegar à verdade objetiva para além do que a percepção 
sensorial nos fornecia — não havia garantia de que essa 
demanda era mais do que o tecer de fantasias coletivas 
-, também não pode haver uma decisão prévia quanto à 
questão de saber se estamos ou não a falar de um 
assunto real quando refletimos e discutimos sobre a 
moralidade. A resposta tem de vir dos próprios 
resultados. Só o esforço de raciocinar sobre a 
moralidade nos pode mostrar se isso é possível — só 
esse esforço nos pode mostrar se, ao pensar sobre o 
que fazer e como viver, poderemos encontrar métodos, 
razões e princípios cuja validade não tenha de ser 
subjetiva ou relativisticamente restringida.
Thomas Nagel
A Linguagem da Moral
[...] todos os juízos morais são veladamente de caráter 
universal, o que é o mesmo que dizer que se referem e 
exprimem a aceitação de um padrão aplicável a outras 
ocasiões similares. Se censuro alguém por ter feito algo, 
considero a possibilidade de ele, outra pessoa ou mesmo 
eu, ter de fazer uma escolha semelhante novamente; do 
contrário não faria sentido censurá-lo. […] Quando 
aprovamos um objeto, nosso juízo não é unicamente 
sobre aquele objeto particular, mas, inevitavelmente, 
sobre objetos semelhantes a ele. Dizer algo, sobre algum 
objeto particular, não seria aprovar. Aprovar é orientar 
escolhas. Sempre que aprovamos, temos em mente algo 
sobre o objeto aprovado que é a razão da nossa 
aprovação.
[…]
(1) Todas as ações para as quais existem motivos 
(reasons), envolvem máximas. 
(2) Estas máximas podem ser do tipo E (particular) ou 
tipo U (universais).
(3) Certos argumentos os quais estão sendo usados para 
mostrar que todas as valorações atualmente são do tipo 
E estão baseados em confusão. Eu agora desejo 
argumentar que todos os valores morais são do tipo U.
Richard Hare
Leia atentamente os textos a seguir e depois responda o 
que se pede:
Alguma(s) assertiva(s) a seguir pode(m) ser 
considerada(s) verdadeira(s), considerando os 
textos citados. Leia-as e responda o que se pede.
01010101
1
Ética e moral são duas realidades distintas. Ética 
é uma ciência universal, ao passo que a moral é o 
objeto dessa ciência, portanto, particular.
2
De acordo com Hare, só podemos falar de uma 
linguagem moral em primeira pessoa, como uma 
narrativa autobiográfica, um testemunho, uma 
aprovação.
3
Na ótica de Nagel, a ética é uma ciência porque 
os seus resultados comprovam isso, cuja validade 
é além da subjetividade e do relativismo restrito.
4
A aprovação de um objeto qualquer é semelhante 
à aceitação de que existe um padrão aplicável, 
essa tese de Hare é uma defesa de que a 
linguagem moral recorre a fórmulas ou 
argumentos universais.
5
Descrever ou explicar algo que acontece no 
mundo ou na linguagem moral, sem se posicionar, 
deixando para que cada um decida seu ponto de 
vista moral, é a verdadeira tarefa da ética como 
ciência para esses autores
Assinale a alternativa abaixo que contenha o número de 
assertivas verdadeiras relativas aos textos anteriores:
a b c d e f
00 01 02 03 04 05
Carecemos de uma ciência da moral, segundo 
Nietzsche, porque… (marque a alternativa correta)0202
a
foi diante de bem e de mal que pior se filosofou, e, 
consequentemente, diante da moral a filosofia 
tem-se calado, obedecido e, no máximo, pregado.
b
bem e mal sempre foram do interesse da filosofia, 
assim, transformá-los em um objeto da ciência é 
algo que a filosofia já faz desde sua origem.
c
a moral tem se tornado na Circe dos filósofos, na 
sua grande paixão, no seu verdadeiro motivo para 
filosofar.
d
a ciência da moral ainda não se tornou o estímulo 
discriminativo para o programa de pesquisa da 
moral contemporânea, daí a razão que 
necessitamos de novos pregadores de uma nova 
moral.
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Campus Pau dos Ferros
Ética e Legislação – I UNIDADE
Prof. Dr. Wildoberto B Gurgel (Ayala Gurgel)
Conferência Sobre Ética
Permitam-me explicar: suponham que alguém de vocês 
fosse uma pessoa onisciente e, por conseguinte, 
conhecesse todos os movimentos de todos os corpos 
animados ou inanimados do mundo e conhecesse 
também os estados mentais de todos os seres que 
tenham vivido. Suponham, além disso, que este homem 
escrevesse tudo o que sabe num grande livro. Então tal 
livro conteria a descrição total do mundo. O que quero 
dizer é que este livro não incluiria nada do que 
pudéssemos chamar juízo ético nem nada que pudesse 
implicar logicamente tal juízo. Conteria, certamente, 
todos os juízos de valor relativo e todas as proposições 
científicas verdadeiras que se pode formar. Mas, tanto 
todos os fatos descritos como todas as proposições 
estariam, digamos, no mesmo nível. Não há 
proposições que, em qualquer sentido absoluto, sejam 
sublimes, importantes ou triviais. Talvez agora alguém 
de vocês esteja de acordo e invoque as palavras de 
Hamlet: "Nada é bom ou mau, mas é o pensamento que 
o faz assim". Mas isto poderia levar novamente a um 
mal-entendido. O que Hamlet diz parece implicar que o 
bom ou o mau, embora não sejam qualidades do mundo 
externo a nós, são atributos de nossos estados mentais. 
Mas o que quero dizer é que um estado mental 
entendido como um fato descritível não é bom ou mau 
no sentido ético. Por exemplo, em nosso livro do mundo 
lemos a descrição de um assassinato com todos os 
detalhes físicos e psicológicos e a mera descrição nada 
conterá que possamos chamar uma proposição ética. O 
assassinato estará exatamente no mesmo nível que 
qualquer outro acontecimento como, por exemplo, a 
queda de uma pedra. Certamente, a leitura desta 
descrição pode causar-nos dor ou raiva ou qualquer 
outra emoção ou poderíamos ler acerca da dor ou da 
raiva que este assassinato suscitou em outras pessoas 
que tiveram conhecimento dele, mas seriam 
simplesmente fatos, fatos e fatos e não Ética. Devo 
dizer agora que, se considerasse o que a Ética deveria 
ser realmente - se existisse uma tal ciência -, este 
resultado parece-me bastante óbvio.
Ludwig Wittgenstein
0202
Nem todas as sentenças que buscam regulamentar 
o comportamento são morais. Algumas são jurídicas, 
outras religiosas, outras estéticas, outras científicas 
etc. Cada uma utiliza seus próprios marcadores 
(adjetivos, advérbios, substantivos e verbos 
próprios). Associe as sentenças abaixo com M para 
as frases morais, R para as frases religiosas e J para 
as frases jurídicas, de acordo com os marcadores 
utilizados: 
0404
1 A corrupção é um mau contra a sociedade justa.
2 Não se deve desejar a mulher do próximo.
3 Abortar é um crime contra a sacralidade da vida.
4
Não é permitido matar, salvo em legítima defesacomprovada.
5 Matar é pecado.
Assinale a alternativa correta para a sequência que 
corresponda à associação anterior:
a b c d e
JRRJR MRRJJ MRJJR JRJMR MRJMR
O texto ao lado (Conferência Sobre Ética) faz 
algumas afirmações sobre a relação narrativa 
moral/narrativa factual. Analise as sentenças abaixo e 
responda o que se pede
0303
Assinale a alternativa cuja numeração corresponde ao 
número de assertivas verdadeiras:
a b c d e f
00 01 02 03 04 05
1
A tese de Wittgenstein é a de que sobre fatos do 
mundo não é possível implicar fatos morais, embora 
frases morais possam ser ditas sobre fatos do 
mundo.
2
Os fatos morais não podem ser descritos porque a 
sua razão é obedecê-los. Eles não são verdadeiros 
ou falsos, mas bem ou mal sucedidos.
3
Os proferimentos relativos, como são os 
proferimentos da física, fazem referências a 
condições de possibilidades, ao passo que os 
proferimentos absolutos, como os proferimentos 
morais, não.
4
Apesar de que se possa mostrar que todos os juízos 
de valor relativos são meros enunciados de fatos, 
nenhum enunciado de fato pode ser nem implicar 
um juízo de valor absoluto.
5
Proferimentos morais não estão baseados em fatos 
nem sobre estados mentais, são meros enunciados 
linguísticos, porém, nos jogos de linguagem, esses 
proferimentos qualificam os fatos, de forma a dar-
lhes novas significações.
0505
a Enunciados factuais morais
b Enunciados judicativos morais
c Enunciados assertóricos morais
d Enunciados adjetivos extra-morais
e Enunciados sobrepujativos morais
Considerando o modelo das ciências modernas, 
cujo positon é um estado de coisas que existe no 
mundo, se a ética for considerada uma ciência da 
moral, qual deve ser o seu objeto?
Assinale X na letra da coluna ao lado da alternativa 
correta:
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Campus Pau dos Ferros
Ética e Legislação – I UNIDADE
Prof. Dr. Wildoberto B Gurgel (Ayala Gurgel)
As sentenças abaixo estão relacionadas com os 
textos apresentados. Leia-as atentamente, em 
seguida responda o que se pede:
0707
Assinale a alternativa cuja numeração corresponde ao 
número de assertivas verdadeiras:
a b c d e f
00 01 02 03 04 05
1
A tese de Nagel é a de que em qualquer situação 
moral sempre existirá uma decisão certa e outra 
errada, de modo que o juízo moral correto nos 
obrigaria a fazer a escolha pela decisão certa e 
evitar a errada, mesmo que não procedamos 
sempre assim.
2
De acordo com Wittgenstein, se a ética existir, ela 
será um evento sobrenatural.
3
A objetividade da ética, de acordo com Nagel, não 
pode ser pensada como a objetividade das ciências 
modernas, em que se exigem fatos do mundo que a 
comprovem. Ao contrário, o que garante a 
objetividade da ética, segundo esse pensador, é o 
tipo de raciocínio que a justifica: o raciocínio prático.
4
Apesar das discordâncias, Hare concordaria com 
Wittgenstein e Nagel sobre a inexistência de 
discursos morais absolutos: existem apenas 
discursos que se pretendem absolutos e não 
discursos absolutos, de fato.
5
Na ótica de Nagel e Wittgenstein, bem e mal são 
relativos aos estados mentais de cada um, assim, a 
ética é subjetiva, pertence a uma moral privada.
1
A defesa irrevogável da vida está explícita na 
atitude da agente, como uma ética baseada em 
princípios, do tipo princípios de ação.
2
A atitude da agente é justificada como uma ética 
baseada em princípios, motivada por um ato 
superrogatório, mesmo que forçada.
3
A ação, motivada pela armadilha do Coringa, 
ainda assim pode ser julgada e valorada como 
uma ação moral, desde que se tome como base 
a ética baseada em consequências.
4
O egoísmo ético explica a ação da agente: ela 
não iria conseguir ficar bem consigo mesmo 
caso deixasse a criança sofrer algum dano.
5
O cálculo de magnitudes, de Scheffler, explica a 
ação da agente e a considera como uma ação 
nobre, correta.
Na História em Quadrinhos intitulada “Terra de Ninguém”, 
lançada em 1999, pela DC Comics, o Coringa (Joker) 
sequestra dezenas de bebês e os mantém no porão da 
delegacia. A esposa do Comissário Gordon, Essen 
Gordon, segue os passos dele e acaba confrontando o 
vilão. O resultado? A imagem abaixo explica.
Considerando a narrativa do desenho acima e 
tomando-a como uma possível situação moral, na 
qual a atitude de Essen Gordon corresponde a de 
um agente moral, leia atentamente cada assertiva e 
depois responda o que se pede:
0808
Devemos dar até atingirmos o nível da utilidade 
marginal – isto é, o nível em que, ao darmos 
mais, provocaríamos tanto sofrimento em nós 
próprios ou aos nossos dependentes como 
aquele que preveniríamos com o nosso donativo. 
Isto implicaria, obviamente, passarmos a viver em 
circunstâncias materiais parecidas com as de um 
refugiado bengali.
Peter Singer, Famine, Affluence, and Morality, 
1972.
a Ética baseada em princípios de ação
b Utilitarismo negativo
c Ética baseada em ações
d Ética baseada em princípios do sujeito
e Egoísmo ético
f Altruísmo ético
0606
Essa frase, examinada dentro das tradições éticas 
contemporâneas, se refere a uma argumentação bem 
específica. Assinale-a dentre as opções ofertadas a 
seguir aquela que se aplica ao caso:
Assinale a alternativa cuja numeração corresponde ao 
número de assertivas verdadeiras:
a b c d e f
00 01 02 03 04 05
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Campus Pau dos Ferros
Ética e Legislação – I UNIDADE
Prof. Dr. Wildoberto B Gurgel (Ayala Gurgel)
0909
Acerca do método na ética, como ciência da moral, 
Richard Hare escreveu a seguinte argumentação:
1
A proposta de Hare, pelo menos no texto acima, o 
aproxima do consequencialismo (ética baseada 
em consequências), pois a argumentação sugere 
que os juízos morais sejam compreendidos em 
função das consequências ou implicações lógicas 
que eles produzem.
2
A propriedade lógica de um ato de fala moral (um 
juízo moral) está descrita como uma apropriação 
empírica dos fatos do mundo que fundamentam 
esse ato, de tal e qual modo.
3
A tese de que atos de fala morais condicionam a 
argumentação a ser feita a respeito dos fatos do 
mundo não faz de Hare (pelo menos nesse 
trecho) um objetivista (cuja crença é a de que 
existem fatos morais no mundo).
4
A força ilocucionária de um juízo moral não pode 
ser destacada na análise desse mesmo juízo. 
5
A análise lógica dos juízos morais implica a 
análise das propriedades semânticas desse 
mesmo juízo.
Assinale a alternativa cuja numeração corresponde ao 
número de assertivas verdadeiras:
a b c d e f
00 01 02 03 04 05
1010
Leia o texto abaixo, as sentenças que o seguem e 
depois responda o que se pede:
1
A posição amplamente igualitária é a tese ética, 
tal como proposta pelos estóicos, Hare e Rawls, 
de que os interesses de todos devem ser 
considerados de forma igual.
2
A tese de insucesso de uma aceitação geral 
mostra não só o fracasso das teorias éticas 
universais, como o posicionamento de Singer 
contra esse desiderato.
3
A universalidade da ética acaba se confundindo, 
não por necessidade lógica, mas por tipicidade 
histórica, com a universalidade de uma teoria 
ética em particular.
4
Não se deve fazer ética recorrendo aos aspectos 
formais das teorias éticas.
5
O conflito de interesses (pensar a ética universal 
e atribuir a essa ética as características de 
determinada teoria ética) pode ser superado com 
a adesão à eliminação da prerrogativa de 
interesses.
Assinale a alternativa cuja numeração corresponde ao 
número de assertivas verdadeiras:
a b c d e f
00 01 02 03 04 05
[…] quando estamos discutindo a respeito de problemas 
morais, estamos discutindo se aceitamos ou rejeitamos 
certos juízos morais. Obviamente, um argumento ser 
um bom argumentopara a aceitação ou rejeição de um 
determinado juízo dependerá de qual seja esse juízo. 
Mas qual é o juízo depende do que se entende que 
significam as palavras usadas para expressá-lo. Caso 
se entendesse que elas significam algo diferente, seria 
um juízo diferente. Entretanto, uma vez que estejamos 
empenhados em discutir se vamos aceitar ou rejeitar 
esse juízo (isto é, o juízo que essas palavras 
expressam quando são entendidas dessa maneira), 
estamos comprometidos a seguir as regras de 
raciocínio que essa maneira de entendê-las determina. 
Tomar as palavras dessa maneira é aceitar que o juízo 
(com ou sem premissas adicionais) implica logicamente 
tais e tais outros juízos, é inconsistente com tais e tais 
outros juízos, e assim por diante. De modo que o 
sentido das palavras, como antes, determina quais 
argumentos a respeito das perguntas que estamos 
fazendo são corretos. Portanto, a fim de determinar se 
são corretos, temos de examinar os sentidos das 
palavras, isto é, as regras para seu uso em argumentos.
Hare (Ética: problemas e propostas.
Leia atentamente as sentenças abaixo, compare-as com o 
texto acima, depois responda o que se pede:
Seria possível usarmos esse aspecto universal da ética 
para derivar uma teoria ética que nos forneça 
orientação quanto ao certo e ao errado? Os filósofos, 
desde os estóicos, passando por Hare e Rawls, vêm 
tentando chegar a isso. Nenhuma tentativa alcançou a 
aceitação geral. O problema é que, se descrevermos os 
aspectos universais da ética em simples termos 
formais, um largo espectro de teorias éticas, inclusive 
algumas bastante irreconciliáveis, mostra-se compatível 
com essa noção de universalidade; se, por outro lado, 
construirmos nossa descrição do aspecto universal da 
ética de forma que nos leve inelutavelmente a uma 
teoria ética específica, seremos acusados de infiltrar 
nossas próprias convicções éticas em nossa definição 
do ético – e supunha-se que essa definição fosse 
suficientemente ampla e neutra para abranger todas as 
possíveis candidatas ao status de “teoria ética”. Já que, 
na tarefa de deduzir uma teoria ética do aspecto 
universal da ética, foram tantos os que não 
conseguiram superar esses obstáculos, seria 
temeridade de nossa parte tentar lográ-lo numa breve 
introdução a uma obra que visa a algo bastante distinto. 
Contudo, proponho algo um pouco menos ambicioso. 
Minha sugestão é que o aspecto universal da ética 
oferece uma razão realmente convincente, ainda que 
não conclusiva, para a adoção de uma posição 
amplamente utilitária.
Peter Singer. Vida Ética.
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