Buscar

CCJ0052-WL-A-RA-01-TP Redação Jurídica-Tipos de Raciocínio-Silogismo Dedução e Indução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

� INCLUDEPICTURE "http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTlzEsfAOs7FECPBSYbP4fZ1u_R0PVj8ClaiZWCstsE3GSAzZYC" \* MERGEFORMATINET ����Curso de Direito
Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Redação Jurídica
Prof.: Carlos Kley Sobral�Disciplina:
CCJ0052��Aula:
001�Assunto:
Tipos de raciocínio; silogismo: dedução e indução�Folha:
�PAGE \* MERGEFORMAT �1� de �NUMPAGES \* MERGEFORMAT �11��Data:
23/07/2013��
� INCLUDEPICTURE "http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTlzEsfAOs7FECPBSYbP4fZ1u_R0PVj8ClaiZWCstsE3GSAzZYC" \* MERGEFORMATINET ����Curso de Direito
Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Redação Jurídica
Prof.: Carlos Kley Sobral�Disciplina:
CCJ0052��Aula:
001�Assunto:
Tipos de raciocínio; silogismo: dedução e indução�Folha:
�PAGE \* MERGEFORMAT �11� de �NUMPAGES \* MERGEFORMAT �11��Data:
23/07/2013��
	Plano de Aula: Teoria e Prática da Redação Jurídica
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Título
Teoria e Prática da Redação Jurídica.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
1.
Tema
Tipos de raciocínio; silogismo: dedução e indução.
Objetivos
●- Identificar a relação entre fato e norma;
●- Diferenciar dedução de indução;
●- Produzir parágrafos argumentativos por meio das duas formas de raciocínio.
Estrutura do Conteúdo
1. Tipos de raciocínio:
1.1. Dedução.
1.2. Indução.
2. Silogismo:
2.1. Premissas Maior e Menor.
2.2. Dedução.
2.3. Indução.
3. Raciocínio Argumentativo.
4. Ponderação de interesses.
Aplicação Prática Teórica
O Direito caracteriza-se por ser um conjunto de regras que visam à organização da vida social e pacificação dos conflitos de interesse eventualmente existentes. Portanto, na área jurídica, fato social e norma são elementos indissociáveis.
É relevante que um advogado, ao produzir suas peças processuais, considere a necessidade de convencer seu auditório (1) da tese que pretende sustentar. Para tanto, esse profissional tem à sua disposição dois métodos por meio dos quais poderá desenvolver seu raciocínio e, assim, persuadir seu interlocutor. São eles o método dedutivo e o indutivo.
A dedução, própria do silogismo, é uma inferência que parte do universal para o particular. Considera-se que um raciocínio é dedutivo quando, a partir de determinadas afirmações (premissas) aceitas como verdadeiras, o advogado chega a uma conclusão lógica sobre uma dada questão discutida no processo.
Dito em outras palavras, a dedução parte de uma verdade geral (premissa maior), previamente aceita, para afirmações particulares (premissas menores). A aceitação da conclusão depende das premissas: se elas forem consideradas verdadeiras, a conclusão será também aceita. Por isso, toda informação da conclusão deve estar contida, pelo menos implicitamente, nas premissas.
Assim, considere o caso de uma mulher cujos dois filhos, gêmeos, recém-nascidos, morreram em uma maternidade, no Pará, por infecção hospitalar, onde, em apenas uma semana, mais 17 crianças faleceram pelo mesmo motivo. Qual o raciocínio que essa mãe? ou o advogado que a representa - deveria seguir para chegar à conclusão de que faz jus à indenização por danos morais?
Tabela 01
PREMISSA MAIOR
(Norma)
O Código de Defesa do Consumidor estabelece, em seu art. 14, que “o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços”
PREMISSA MENOR
(Fato)
Os dois filhos da autora e mais 17 crianças morreram em decorrência de infecção hospitalar.
CONCLUSÃO
(Junção das Premissas)
A clínica tem o dever de indenizar a autora, mesmo que não tenha agido com culpa, porque houve defeito na prestação de seus serviços.
Você deve ter percebido que houve, no gráfico anterior, a subsunção do fato à norma, ou seja, buscaram-se os fatos que se "encaixassem" à norma "adequada" para defender a tese escolhida. Esse procedimento é dedutivo. Mas será que esse método é sempre o mais apropriado para redigir parágrafos argumentativos? Veremos que não.
Suponha que um advogado pretendesse sustentar, em juízo, no ano de 2002, que seu cliente - com 75 anos de idade e com grau de escolaridade elevado - foi ludibriado ao assinar um contrato de concessão de crédito em um banco que faz propagandas na televisão, oferecendo altas taxas de juros, com facilidade de crédito para os aposentados. O advogado pretende conseguir a anulação do contrato, sem o pagamento dos juros pactuados no momento de sua assinatura.
Por que deve o negócio jurídico ser desfeito? Que tipo de vício foi observado? A proposta argumentativa do advogado é sustentar que, em decorrência da idade do contratante, ele era mais vulnerável que outra pessoa mais jovem. Lembre que o Estatuto do idoso (2) somente foi sancionado pelo Presidente da República em outubro de 2003 (3).
A argumentação seguiria o seguinte raciocínio:
Tabela 02
a) O Estado protege de maneira peculiar as mulheres nas relações de trabalho (4) porque há situações específicas em que ela está em desvantagem em relação aos homens.
b) O Estado protege, com maiores garantias, as crianças e os adolescentes (5) porque são mais fracos que os adultos.
c) O Estado protege os consumidores (6) nas relações de consumo porque há situações específicas em que eles estão em desvantagem relativamente às empresas.
Então....
É papel do Estado proteger os mais fracos, tal como é o caso dos idosos.
(1) Sobre esse assunto, leia FETZNER, Néli Luiza Cavalieri; TAVARES Jr., Nelson Carlos; VALVERDE, Alda da Graça Marques. Lições de argumentação jurídica: da teoria à prática. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
(2) Estudo interdisciplinar: após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da República no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto impõe penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade. Disponível em: <http://www.serasa.com.br/guiaidoso/20.htm> Acesso em: 03 fev. 2008.
(3) Estudo interdisciplinar: leia sobre a questão da aplicação da lei no tempo.
(4) Estudo interdisciplinar: leia, a esse respeito, o artigo 7º da Constituição e seus incisos; a CLT também reúne dispositivos no mesmo sentido.
(5) Estudo interdisciplinar: a melhor fonte para verificar essa afirmação é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
(6) Estudo interdisciplinar: o Código de Defesa de Consumidor brasileiro ainda é visto por muitos como a legislação mais completa e bem produzida, no mundo, para tutelar os interesses do consumidor e evitar os abusos dos prestadores de serviços e fornecedores de produtos.
QUESTÃO
Agora que você já compreendeu o que caracteriza a dedução e a indução, leia o caso concreto que se segue e produza um texto argumentativo por indução, de cerca de quinze linhas, que se posicione sobre se houve ou não publicidade enganosa.
Caso Concreto
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou ação civil pública em face de Bebidas S/A, com objetivo de impedir a comercialização dos seguintes produtos, sem a adequação das informações em seus rótulos:
Cerveja com a mensagem "Sem Álcool", já que contém álcool em sua composição, o que viola a informação adequada;
Bebida energética denominada Sorte com a mensagem "Beba Sorte e pratique Esportes!", por se tratar de propaganda abusiva;
Caipirinha em lata, destinada ao mercado exterior, com a mensagem "A Melhor do Brasil", por se tratar de propaganda enganosa.
Citada, a ré oferece contestação alegando, preliminarmente, queo MP não possui legitimidade para o pleito, por se tratar de direitos disponíveis, e que, caso os consumidores se sintam lesados, devem ajuizar ações individuais. No mérito, argumenta, em síntese, que:
a legislação vigente (art. 1.º e 2.º da Lei n.º 8.918/94 e 38, III, "a", do Decreto n.º 6.871/2009), diz expressamente que não é obrigatória a declaração, no rótulo, do conteúdo alcoólico para definir a cerveja em que o conteúdo de álcool se apresente em patamar igual ou inferior a 0,5% do volume e, portanto, não a impede de fazer constar do rótulo da cerveja a expressão "sem álcool", mesmo porque esta é a expressão empregada pela legislação de regência, sendo que a cerveja comercializada possui 0,30 g/100g e 0,37g/100g de álcool em sua composição;
o nome e slogan da bebida energética é uma estratégia de propaganda para difundir sua ideologia de que a bebida energética melhora o desempenho nos esportes e, consequentemente, captar clientes;
sua caipirinha industrializada foi considerada a melhor por pesquisa de satisfação feita pela própria ré em diversos Estados do Brasil. Além disso, a ré considera seu produto o melhor do Brasil, sendo inegável que gosto não se discute.
Se você fosse o juiz da causa, como decidiria?
Para facilitar sua compreensão sobre a discussão, leia as fontes a seguir:
"Não se confundem publicidade e propaganda, embora, no dia-a-dia do mercado, os dois termos sejam utilizados um pelo outro. A publicidade tem um objetivo comercial, enquanto a propaganda visa um fim ideológico, religioso, filosófico, político econômico ou social. Fora isso, a publicidade, além de paga, identifica seu patrocinador, o que nem sempre ocorre com a propaganda." (BENJAMIN, Antônio Herman de Vasconcelos. Código de Defesa do Consumidor Comentado pelos autores do Anteprojeto. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 270).
Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.
Art. 30 do CDC: Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
RESPOSTA: A Propaganda veiculada pela empresa Bebidas S/A da sua Cerveja com a mensagem "Sem Álcool", já que contém álcool em sua composição, é Enganosa pois viola a informação adequada. Embora a já referida Empresa tenha baseado sua defesa na legislação vigente (art. 1.º e 2.º da Lei n.º 8.918/94 e 38, III, "a", do Decreto n.º 6.871/2009), diz expressamente que não é obrigatória a declaração, no rótulo, do conteúdo alcoólico para definir a cerveja em que o conteúdo de álcool se apresente em patamar igual ou inferior a 0,5% do volume e, portanto, não a impede de fazer constar do rótulo da cerveja a expressão "sem álcool", mesmo porque esta é a expressão empregada pela legislação de regência, sendo que a cerveja comercializada possui 0,30 g/100g e 0,37g/100g de álcool em sua composição. Tal Norma não deva ser levada em consideração, haja visto, conforme a nova Legislação de Trânsito, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado onde a tolerância de álcool é zero, e dirigir sob efeito de qualquer nível de concentração de álcool pode ser considerado crime, acarretando ao motorista infrator pena de 6 a 12 anos de prisão, além de multas e da proibição de dirigir, se o acidente resultar em lesão corporal. No caso de morte, o infrator será condenado à prisão pelo prazo de 8 a 16 anos, ficando igualmente proibido de obter habilitação para conduzir veículos.
Com relação à Bebida energética denominada Sorte com a mensagem "Beba Sorte e pratique Esportes!". Sua propaganda é enganosa e abusiva. Embora a já referida Empresa tenha baseado sua defesa alegando que o nome e slogan da bebida energética é uma estratégia de propaganda para difundir sua ideologia de que a bebida energética melhora o desempenho nos esportes e, consequentemente, captar clientes. Tal Alegação não deva ser levada em consideração, haja visto, que pode induzir o consumidor ao consumo deste produto sem as necessárias informações de sua composição, o que fere o Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor:
Em seus incisos: “III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem” e “IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços”.
Com relação à Caipirinha em lata, destinada ao mercado exterior, com a mensagem "A Melhor do Brasil". Sua propaganda é enganosa e abusiva. Embora a já referida Empresa tenha baseado sua defesa alegando que, sua caipirinha industrializada foi considerada a melhor por pesquisa de satisfação realizada pela mesma em diversos Estados do Brasil. Além disso, a mesma considera seu produto o melhor do Brasil, sendo inegável que gosto não se discute. Tal Alegação não deva ser levada em consideração, haja visto, que sua pesquisa pode não refletir a realidade, como a própria relatou ter sido realizada pela mesma, e não por uma fonte confiável, conforme dita o Art. 30 do CDC: Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
==XXX==
E-mail:
carlosksobral@gmail.com
Livros Recomendados:
01- FETZNER, Néli Luiza, Cavalieri; TAVARES JUNIOR, Nelson Carlos; VALVERDE, Alda da Graça Marques. Lições de Argumentação Jurídica: da teoria à prática. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
02- FETZNER, Néli Luiza, Cavalieri; PALADINO, Valquíria; Et. All. Argumentação Jurídica. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,2006.
03- FETZNER, Néli Luiza, Cavalieri; TAVARES JUNIOR, Nelson Carlos; MACEDO, Iraélcio. Lições de gramática aplicadas ao texto jurídico. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	1ª AULA – Parecer Jurídico
	
	Parecer Jurídico
Ementa: ATO ILÍCITO (3 a 5 conectivos).
Relatório: Narrativa Simples (Cronológica).
Fundamentação: Embasamento Normativo.
Conclusão:
Autenticativa:
Raciocínio Dedutivo e Indutivo
Dedutivo: => Quando existe a norma. Fazer o Raciocínio na ordem da Hierarquia das Normas.
P. Maior = Norma.
P. Menor = Fato.
Conclusão = Aplicação da Norma ao Caso.
Indutivo: => Quando não existe a norma, existe uma Lacuna da Lei, uso de Analogia. Fazer o Raciocínio na ordem da Hierarquia das Normas. Hipóteses de aplicação: Lacunas na Lei e Contestação de Norma.
P. Maior = Indutivo Particular.
P. Menor = Geral.
Conclusão = Aplicação do Geral ao Particular.
URGENTE:
COBRAR INDICAÇÔES BIBLIOGRÁFICAS E WEB AULA DO PROFESSOR.
Ponderação de interesses:
O coletivo acima do individual, escolha de qual vai beneficiar mais a sociedade.
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	1ª AULA – Tipos de raciocínio: silogismo - dedução e indução
	
	Teoria e Prática da Redação Jurídica
Professora Alda da Graça Marques Valverde
Aula 01
Tipos de raciocínio: silogismo - dedução e indução.
BIBLIOGRAFIA PARA A DISCIPLINA
LIÇÕES DE ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA: Néli Cavalieri, Alda Valverde, Nelson Tavares.
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA: Néli Cavalieri, Valquíria Paladino, Outrosautores.
LIÇÕES DE GRAMÁTICA APLICADAS AO TEXTO JURÍDICO: Néli Cavalieri, Nelson Tavares, Iraélcio Macedo.
Objetivos da aula:
- Identificar a relação entre fato e norma;
- Diferenciar dedução de indução;
- Produzir parágrafos argumentativos por meio das duas formas de raciocínio.
Caso concreto
Considere o caso de uma mulher cujos dois filhos, gêmeos, recém-nascidos, morreram em uma maternidade, no Pará, por infecção hospitalar, onde, em apenas uma semana, mais 17 crianças faleceram pelo mesmo motivo. Qual o raciocínio que essa mãe – ou o advogado que a representa - deveria seguir para chegar à conclusão de que faz jus à indenização por danos morais?
PREMISSA MAIOR
(norma)
PREMISSA MENOR
(fato)
CONCLUSÃO
(junção das premissas)
O Código de Defesa do Consumidor estabelece, em seu art. 14, que “o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços”.
Os dois filhos da autora e mais 17 crianças morreram em decorrência de infecção hospitalar.
A clínica tem o dever de indenizar a autora, mesmo que não tenha agido com culpa, porque houve defeito na prestação de seus serviços.
Outro caso concreto
Suponha que um advogado pretendesse sustentar, em juízo, no ano de 2002, que seu cliente – com 75 anos de idade e com grau de escolaridade elevado - foi ludibriado ao assinar um contrato de concessão de crédito em um banco que faz propagandas na televisão, oferecendo altas taxas de juros, com facilidade de crédito para os aposentados. O advogado pretende conseguir a anulação do contrato, sem o pagamento dos juros pactuados no momento de sua assinatura.
Por que deve o negócio jurídico ser desfeito? Que tipo de vício foi observado? A proposta argumentativa do advogado é sustentar que, em decorrência da idade do contratante, ele era mais vulnerável que outra pessoa mais jovem. Lembre que o Estatuto do idoso somente foi sancionado pelo Presidente da República em outubro de 2003.
A argumentação seguiria o seguinte raciocínio:
O Estado protege de maneira peculiar as mulheres nas relações de trabalho porque há situações específicas em que ela está em desvantagem em relação aos homens.
O Estado protege, com maiores garantias, as crianças e os adolescentes porque são mais fracos que os adultos.
O Estado protege os consumidores nas relações de consumo porque há situações específicas em que eles estão em desvantagem relativamente às empresas.
Então...
É papel do Estado proteger os mais fracos, tal como é o caso dos idosos.
CASO CONCRETO PARA DISCUSSÃO E PRODUÇÃO DE PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO
Quinta-feira, fevereiro 12, 2009.
Se consentida, não configura estupro relação sexual constante e com pré-adolescente de 12 anos. Com esse entendimento, a 6ª Câmara Criminal do TJRS manteve sentença que absolveu da acusação o namorado de 20 anos da jovem.
Inconformado com o juízo da Comarca de Lavras do Sul, o Ministério Público recorreu ao tribunal.
Argumentou que houve crime, cometido por violência presumida, e que a vítima não possuía condições de “autodeterminação de seu comportamento sexual”.
O caso foi exposto quando a família percebeu atraso no ciclo menstrual da pré-adolescente e desconfiou de uma possível gravidez.
Segundo o Desembargador Mario Rocha Lopes Filho, houve provas incontestáveis das diversas relações sexuais entre os jovens, por outro lado não se encontrou nos depoimentos da menina qualquer denúncia de coação física ou psicológica. Ela admitiu, inclusive, que o rapaz era seu namorado, situação conhecida e aceita pela mãe e pelo padrasto.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.015, DE 7 DE AGOSTO DE 2009.
Art. 4o - O art. 1o da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, Lei de Crimes Hediondos, passa a vigorar com a seguinte redação:
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
Art. 217 – A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Algumas questões
Conforme o raciocínio dedutivo, o fato ocorrido deveria sofrer sanção penal?
RESPOSTA: VER. VER.
O juízo da Comarca de Lavras do Sul adotou tal raciocínio? Justifique.
RESPOSTA: VER. VER.
O raciocínio que prevaleceu, na hipótese analisada foi o dedutivo ou o indutivo? Justifique.
RESPOSTA: VER. VER.
Proposta:
Com base no caso concreto apresentado, adotem uma tese. Em seguida, formulem um parágrafo argumentativo, defendendo sua tese.
Defina se fez uso do raciocínio dedutivo ou indutivo. Depois, expliquem por que o escolheu.
Tarefa de casa
Agora que você já compreendeu o que caracteriza a dedução e a indução, leia o caso concreto que se segue e produza um texto argumentativo por dedução, de cerca de quinze linhas, em que se realize uma ponderação entre os seguintes interesses:
“Proteção da segurança do consumidor na prestação de serviços” versus “interesse público na concessão e na manutenção do serviço de transportes”.
Caso concreto
Mariana Costa encontrava-se dentro de coletivo da empresa Transporte Amigo S/A que faz o trajeto Centro-Campo Grande. Assim que entrou na Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro, um passageiro daquele ônibus anunciou o assalto e subtraiu, de todos os passageiros, carteiras, relógios, bolsas e aparelhos celulares.
Mariana, que passou por grande susto, teve crise nervosa que lhe levou a ser atendida em hospital próximo ao local do roubo. Dessa passageira, o agressor levou R$ 1.500,00 que seriam usados para pagamento de crediário na Loja Mais Mais; carteira com todos os documentos; aparelho de telefone celular avaliado em R$ 800,00.
Na semana seguinte ao evento, Mariana Costa ajuizou ação indenizatória. Pediu ressarcimento pelos danos patrimoniais, calculados em R$ 2.300,00, e pelos danos morais – R$ 20.000,00. Assevera que ficou na mira de um revólver por cerca de 15 minutos e correu risco de morte. Afirma que a prestadora de serviço de transporte não lhe garantiu um direito básico do consumidor, qual seja, a segurança. Diz ainda que os assaltos naquele ponto do itinerário são frequentes.
A ré, em resposta, sustenta tratar-se de caso fortuito a ocorrência de assalto. Não há como prever onde e quando atuarão os assaltantes, o que impede a empresa de atuar de forma repressiva. Aliás, tal obrigação é do Estado, único responsável pela segurança pública.
A ré anexou também diversos julgados do Tribunal de Justiça Fluminense, em que se reflete sobre a possível inviabilidade da atividade econômica e a função social que prestam essas empresas de transporte.
Em tabela demonstrativa, indica que a Segurança Pública do Estado registrou, no mês anterior à propositura da ação. 323 assaltos naquela cidade. Considera que, em média, 30 passageiros são vitimados por cada evento. Pondera, enfim, que se todos esses passageiros ajuizarem ação judicial em face das empresas, o gasto com indenizações supera, em muito, os lucros da atividade.
Sustenta que haveria desinteresse geral pela concessão do direito de transportar e isso geraria um caos urbano que precisa ser considerado pela nocividade evidente.
Consultado sobre a questão, consultor especializado garante que cada Tribunal de Justiça vem se posicionando de maneira distinta, ou seja, há aqueles que reconhecem o direito à indenização nesses casos e aqueles que negam tal direito.
Não há uma resposta “fechada” para a questão, mas é importante que, na ponderação de interesses, a argumentação sopese qual o prejuízo menor, ou seja, limitar o direito de os consumidores receberem indenização por uma prestação de serviços deficiente (os assaltos eram frequentes, razão pela qual não eram tão imprevisíveis) ou viabilizar a viabilidade de transporte público (interesse econômico das empresas) sem a qual seria observado um caos urbano.
RESPOSTA: VER. VER.==XXX==
Leitura Complementar - 01
	
	Como elaborar um Parecer Jurídico
	
	http://rdagostin.blogspot.com.br/2011/04/como-elaborar-um-parecer-juridico.html
	
	Elaborando um Parecer Jurídico
��
Não existe forma obrigatória, pré-definida, mas a estrutura apresentada a seguir é um modelo indicado para todos os casos.
Elementos que o Parecer Jurídico deve comportar:
1. Endereçamento
Não é obrigatório, todavia, é melhor fazer para tornar o parecer mais técnico. É direcionado à autoridade ou à pessoa que contratou os serviços de quem irá fazer o parecer. É chamada de consulente a pessoa jurídica de direito privado, pessoa física ou autoridade administrativa que contrata um jurista para dar sua opinião sobre certa tese ou problema. Exemplo de endereçamento:
Ilustríssimo Senhor Diretor do Departamento de Gestão de Pessoas
Obs.: O termo Excelentíssimo se utiliza somente para magistrados. Para outras autoridades administrativas utiliza-se o termo Ilustríssimo. No caso de pessoa jurídica de direito privado ou pessoa física serem os consulentes, usar somente o termo à empresa... a fulano de Tal.
2. Ementa
Demonstra a técnica profissional do advogado, do consultor jurídico. Para tanto é necessário possuir ótima noção de direito. A grande dica é que a ementa deve ser o último tópico a ser desenvolvido na elaboração do parecer, até porque a ementa é o resumo do que consta do parecer inteiro. Não utilizar mais do que 5 linhas na sua elaboração, da qual deve constar de 10 a 15 palavras-chaves do que foi tratado no parecer. Exemplo de ementa:
Direito Administrativo (descrever o ramo do direito objeto da consulta). Contrato de Concessão (tema específico trazido). Artigo 35, “caput”, Lei 9.074/95 (dispositivo legal tratado no parecer que fundamenta a opinião). Criação de benefícios tarifários por Decreto. Impossibilidade. Ressarcimento ao concessionário. Possibilidade (Conclusões do parecerista).
3. Parte Discursiva do Parecer
1 – Relatório do Parecer: É o primeiro item descritivo do parecer (equivale ao item dos fatos na peça processual): se limita a descrever os fatos objeto da consulta. Não se pode inventar dados. Só relatar os fatos trazidos pelo consulente. Exemplo de relatório:
“Trata-se de consulta formulada por (ex: empresa X, pelo prefeito, etc...), acerca de (possibilidade/legalidade/viabilidade – o que o enunciado pedir. Copiar os dados trazidos pelo consulente)”. No caso de mais de um problema, fazer assim: “Informa o consulente que (...)”. Para finalizar o relatório, fazê-lo desta forma: “É o relatório. Passa-se a opinar”.
3.2 – Fundamentação: (equivale ao item do direito de uma peça judicial e é a parte mais importante do parecer). Deve se iniciar com o chamamento da Norma que respalda a argumentação. Exemplo de início de fundamentação:
No caso de a questão trazida não ser tratada em lei, recorrer à doutrina e à jurisprudência principalmente, pois, nessa última hipótese o assunto já foi tratado por algum tribunal, cujos argumentos podem ser utilizados na fundamentação do parecer.
“Estabelece o ordenamento jurídico pátrio: “transcrever a norma (artigos da Constituição, de leis, etc.)”
Uma vez feita a transcrição da norma, ou a evocação do princípio jurídico que fundamenta a tese, vem a interpretação do ordenamento jurídico com relação ao tema que foi colocado pelo consulente. A isso se dá o nome de subsunção, isto é, o enquadramento do fato apresentado pelo cliente à situação de direito que se está demonstrando na fundamentação. Exemplo de fórmula para iniciar o dito enquadramento:
No caso sub exame (...); ou  No caso em comento (...); ou  No caso concreto (...) a situação mencionada é viável/inviável (...).
Após a subsunção, deve-se fazer o chamamento à doutrina com a respectiva transcrição. Exemplo:
A argumentação encontra respaldo no magistério do ilustre Doutrinador “transcrever a Doutrina com recuo de página e citação de fonte”
E também o chamamento à jurisprudência com a respectiva transcrição. Exemplo:
Ainda nesse diapasão, a Jurisprudência é firme nesse sentido: “transcrever o julgado com recuo de página e citação de fonte”.
A partir disto, deve se tratar do direito material envolvido na elaboração do parecer exaustivamente com base na doutrina e jurisprudência. Ainda, é importante mencionar que se no desenvolvimento da fundamentação, o problema trazido apresentar mais de uma solução é melhor dividir a fundamentação em itens a, b e c.
3.3 – Conclusão: É o posicionamento adotado pelo parecerista, o qual pode ser favorável ou contrário ao problema/tese trazido pelo consulente. Sempre deve ter a coerência com o que foi exposto na fundamentação. É um erro comum a repetição na conclusão de tudo o que foi argumentado na fundamentação.
Por isso, deve-se saber que a conclusão apenas conclui a opinião do parecerista sobre o problema/tese trazido com base na fundamentação, ou seja, a conclusão simplesmente responde o que foi questionado pelo cliente. Obs.: caso a fundamentação abordada tenha mais de um tema, pode-se fazer a conclusão por tópicos. Exemplo de conclusão:
Ante o exposto, opino pela (opina-se pelo que foi perguntado: possibilidade/legalidade/viabilidade do problema trazido pelo consulente). É o parecer, salvo melhor juízo. (sempre concluir com essa frase, porque a autoridade consulente não está vinculada ao parecer).
Local, data.
Advogado
OAB
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-001/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-001/WLAJ/DP

Continue navegando