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Laboratório de Educação Sexual Adolescer a diversidade sexual em foco

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Prévia do material em texto

¹
 Docente na Universidade Estadual do Oeste do Pa
e Sociedade (GEDUS) e professora orientadora ped
²Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadu
da UNIOESTE - Laboratório de Educação Sexual Ado
³ Especialista em Supervisão, Orientação e Gestão E
Campus de Francisco Beltrão e pedagoga da Prefeit
Adolescer, ligada ao GEDUS. rosangelaroza@hotma
4 Graduanda do terceiro ano do Curso de Pedagogi
Municipal de Francisco Beltrão, atua no projeto de 
5 Graduanda do quarto ano do Curso de Pedagogia
Municipal de Francisco Beltrão, atua no projeto de 
alanaskibinski@hotmail.comCly_negri@hotmail.co
⁶Graduanda do quarto ano do Curso de Pedagogia 
Municipal de Francisco Beltrão, atua no projeto de 
LABORATÓRIO D
a diversidade se
Grupo Temático nº: GT8 
SEXUALIDADE 
 
RESUMO 
O artigo apresenta o trabalh
no projeto de extensão Labo
pela UNIOESTE – Universida
prefeitura Municipal de Fran
promoção e garantia do res
materialismo histórico dialé
escola deve ser um espaço d
todos os que a constituem.
poder que produzem e r
heteronormatividade. Nele
expressa através do despr
instituições de ensino não s
em nossa sociedade e defe
alunos e das alunas é prob
homossexuais dentro da esc
valores heteronormativos q
empírico-bibliográfico e te
o Paraná (UNIOESTE), Campus de Francisco Beltrão. Doutora em Educação. Membro e
 pedagógica do projeto NEDDIJ.giseligagliotto@ig.com.br
 
tadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Pedagoga da Prefeitura Municipal de Francisc
l Adolescer, ligada ao GEDUS.xlpimentel@hotmail.com.br
 
tão Escolar
 
e graduada em pedagogia. Professora Colaboradora na Universidade Estad
efeitura Municipal de Francisco Beltrão, atua no projeto de extensão da UNIOESTE - 
otmail.com.br
 
gogia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)Campus de Francisc
 de extensão da UNIOESTE – Laboratório de Educação Sexual Adolescer, ligada ao GED
ogia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)Campus de Francisco
 de extensão da UNIOESTE – Laboratório de Educação Sexual Adolescer, ligada ao GED
il.com
 
gia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)Campus de Francisco B
 de extensão da UNIOESTE – Laboratório de Educação Sexual Adolescer, ligada ao GED
IO DE EDUCAÇÃO SEXUAL ADOLESCER: 
e sexual em foco 
Giseli 
Gis
 
8 - DIVERSIDADE SEXUAL: DIFERENTES FO
balho realizado com adolescentes da Escola Ofi
Laboratório de Educação Sexual Adolescer. O pr
rsidade Estadual do Oeste do Paraná e financiad
 Francisco Beltrão – PR. Esse trabalho prevê açõe
 respeito à diversidade sexual e adota como b
dialético, a fim de efetivar uma educação sexu
aço de promoção da igualdade, de valorização d
m. Porém, o cotidiano escolar se encontra perm
e reproduzem o preconceito e a política 
ele, as inter-relações omitem, consentem e en
esprezo à homossexualidade. O que deve se
ão sejam apenas meras reprodutoras do preco
efendidas ao extremo pelo poder hegemônico
problema da escola? E o preconceito e discrim
 escola? Como o professor pode contribuir para
os que classificam e excluem indivíduos? A p
e tem por objetivo propor reflexões sobr
 
bro efetivo do Grupo de Pesquisa Educação 
cisco Beltrão, atua no projeto de extensão 
stadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), 
 Laboratório de Educação Sexual 
cisco Beltrão. Estagiária da Prefeitura 
 GEDUS. Val.devina.costa@hotmail.com
 
isco Beltrão. Estagiária da Prefeitura 
 GEDUS. 
sco Beltrão. Estagiária da Prefeitura 
 GEDUS. alanaskibinski@hotmail.com
 
 
iseli Monteiro Gagliotto 1 
Gisele Arendt Pimentel² 
Rosangela Roza ³ 
Valdevina da Costa 4 
Nathiele Negri 5 
Alana Skibinski 6 
 FORMAS DE VIVER A 
 Oficina Adelíria Meurer 
O projeto é desenvolvido 
nciado, atualmente, pela 
 ações que possibilitam a 
o base metodológica o 
sexual emancipatória. A 
ão das singularidades de 
ermeado de relações de 
ica educacional para a 
e ensinam a homofobia 
 ser feito para que as 
econceito tão presentes 
nico? A sexualidade dos 
criminação sofridos por 
 para a superação desses 
A pesquisa é de cunho 
sobre os limites e as 
possibilidades de uma açã
homofobia na escola. Apre
princípios da dignidade, da 
mais, especificamente, os d
ações voltadas para a forma
que valoriza a democratizaçã
 
Palavras-chave: Sexualidade
 
RESUMEN 
El artículo presenta el trabaj
proyecto Laboratorio Adol
UNIOESTE - Universidad Esta
Prefectura Municipal de Fra
promover y garantizar el re
histórico dialéctico metodol
La escuela debe ser un lugar
lo constituyen. Sin embargo
poder que producen y 
heteronormatividad. En e
homofobia expresada a trav
que las instituciones educ
omnipresente en nuestra so
de los estudiantes y los a
discriminación que sufren 
maestro para la superación 
las personas? La investigaci
reflexiones sobre los límites
vulnerabilidad a la violencia
maestro pueda trabajar con
igualdad para garantizar l
sexuales. Los resultados apu
las personas y la construcci
conocimiento y la
 
Palabras clave: Sexualidad, E
 
 
 
 
 
 
 ação educativa na redução da vulnerabilida
presenta caminhos para o professor trabalha
da liberdade e da igualdade que garantam os
os direitos sexuais. Os resultados apontam a r
rmação integral dos indivíduos e construção de 
ização do conhecimento e da existência e relaçõ
ade, Educação Sexual, Diversidade Sexual, Escol
abajo con los adolescentes de la Escuela Taller A
dolescer Educación Sexual. El proyecto es 
 Estadual del Oeste de Paraná y actualmente con
 Francisco Beltrán - PR. Este trabajo ofrece acc
el respeto a la diversidad sexual y adopte la ba
dológico con el fin de efectuar una educación s
ugar de la igualdad, la valoración de la singularid
argo, la rutina de la escuela está permeado p
y reproducen los prejuicios y la política
n ella, las interrelaciones omiten, consenti
 través de desprecio por la homosexualidad. ¿Qu
ducativas no sean sólo las reproductoras de
ra sociedad y corroborado por el poder hegemó
s alumnos de las escuelas es un problema?
en los homosexuales en la escuela? Qual es 
ión de estos valores heteronormatividad que cl
igación es la naturaleza empírica y bibliográfica
ites y posibilidades de una acción educativa e
ncia y la homofobia en las escuelas. Presenta
r con los estudiantes, los principios de la digni
ar los derechos humanos y más específicam
 apuntan la posibilidad real de acciones para la f
ucción de una ciudadanía plena que valora la 
la existencia de las relaci
ad, Educación Sexual, Diversidad Sexual, Escuela
 
2 
 
ilidade à violência e à 
alhar com os alunos, os 
 os direitos humanos e 
a real possibilidade de 
 de uma cidadania plena 
lações humanas. 
scola. 
ller Adelíria Meurer en el 
es desarrollado por la 
con la financiación de la 
 acciones que permitan 
la base del materialismo 
ón sexual emancipadora. 
laridad de cada uno que 
do por las relaciones de 
lítica educativa de la 
entimiento y enseñan 
 ¿Qué debe hacerse para 
de los prejuicios tan 
emónico? La sexualidad 
ma? Y el prejuicio y la 
l es la contribuición del 
e clasifican y excluyen a 
áfica y pretende ofrecer 
va en la reducción de la 
nta formas para que el 
ignidad, la libertad y la 
ficamente los derechos 
 la formación integral de 
a la democratización del 
elaciones humanas. 
uela. 
1 LABORATÓRIO DE EDUCA
e garantia do respeito à d
 
Maravilha é saber que s
outro. (...) Maravilha é 
la em mim mesmo(a), 
mente. (NAUMI DE VAS
 
O Laboratório de E
Universidade Estadual do O
Beltrão/PR. Implementado 
2012, esse projeto atende a
e 17 anos de idade. Os integ
temas diversificados dentro
proporciona um ambiente a
a escuta de crianças e ado
sexualidade e busca interven
psicanalítica e emancipatória
 O local destinadop
Adolescer foi cedido pela p
Escola Oficina Adelíria Me
pedagógicos, materiais para
sexuada, kit de planejame
próteses de silicone das gen
custeados com recursos da
Prefeitura Municipal de 
adolescentes e as temáticas
interação entre os professor
vez que além do ambient
emancipatória, o que traz si
O conceito emancipa
Aparecido Nunes e Sonia 
educação sexual. Nesse s
compreensão da sexualidad
saudável. Realizar uma edu
adolescentes autonomia atr
na transformação, com o 
sexualidade humana, tornan
A prática pedagógica
dos adolescentes por meio
aprendizagem, a sociabilida
lúdica, envolvendo filmes, ví
 
 
UCAÇÃO SEXUAL ADOLESCER: ações que poss
o à diversidade sexual 
ue sou dono da minha sexualidade, que ela está semp
a é ter fé em si e em sua própria sexualidade. Isso me
(a), a brincar com ela, a permitir que ela se mostre e
 VASCONCELOS, 1993, p.345 caput FIGUEIRÓ, 2001, p.1
e Educação Sexual Adolescer é um projeto d
o Oeste do Paraná - UNIOESTE e Prefeitura Mu
do e coordenado pela Profª Dra. Giseli Monte
de atualmente 120 crianças e adolescentes com
ntegrantes participam de encontros semanais em
ntro da perspectiva da educação sexual emancip
te acolhedor, formativo, informativo em educaç
 adolescentes sobre suas curiosidades e inter
rvenções para esclarecimentos acerca da mesm
tória. 
do para a execução do projeto Laboratório d
la prefeitura municipal de Francisco Beltrão-
 Meurer. O espaço dispõe de uma televisão
para planejamento como vídeos, coleções de liv
amento familiar, álbum de sexualidade, mod
 genitálias feminina e masculina, entre outros. E
s da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensin
de Francisco Beltrão e possibilitam uma 
ticas abordadas. É importante considerar que a 
ssores e os alunos constitui-se como uma prop
iente diferenciado faz-se necessário uma abo
z significado ao espaço e à proposta do projeto.
cipatório está fundamentado na pedagogia freir
nia Maria Martins de Melo na construção d
e sentido, a educação sexual emancipatóri
lidade humana e o seu exercício de forma n
educação sexual emancipatória significa propor
 através de um trabalho articulado entre escola
 o intuito de construir ações, saberes e hab
rnando-a plena e libertadora. 
gica promove a participação, a cidadania e a res
meio de atividades que possibilitam a expres
ilidade e a proteção social. As atividades são 
s, vídeos educativos, música, teatro, literatura e
 
3 
 
ossibilitam a promoção 
empre comigo e não com o 
 me leva a querer descobri-
tre em meu corpo e minha 
, p.103) 
to de integração entre 
 Municipal de Francisco 
onteiro Gagliotto desde 
com faixa etária entre 10 
is em que são abordados 
ancipatória. Esse projeto 
ucação sexual. Possibilita 
nteresses no campo da 
esma numa abordagem, 
rio de Educação Sexual 
-PR e está situado na 
visão, multimídia, jogos 
e livros, família colchete 
modelo pélvico acrílico, 
. Esses materiais foram 
nsino Superior (SETI) e 
a interação entre os 
a própria dinâmica de 
roposta inovadora, uma 
abordagem pedagógica 
jeto. 
freiriana e inspirou César 
o de uma proposta de 
tória contribui para a 
a natural, consciente e 
oporcionar às crianças e 
scola e família, centrado 
 habilidades, acerca da 
a responsabilidade social 
pressão, a interação, a 
são realizadas de forma 
ra e dinâmicas de grupo. 
Todas as ações contribuem 
nos estudos em psicanálise.
A equipe que atende
Sexual-Adolescer é constituí
da UNIOESTE. Entendemos
parceria os caminhos possív
construção. Os professores q
no Laboratório Adolescer 
valores e conhecimentos cie
compreender as manifesta
psicanalítica. Assim sendo, 
Grupo de Estudos e Forma
teórico - metodológica para
coordenado pela professora
O trabalho realiza
continuamente auxiliar as 
sexualidade, numa perspe
educação sexual emancipat
outras temáticas. Todas as d
refletir e fazer a diferença n
pautados no respeito ao out
plena, repleta de prazer e 
direitos humanos e sexuais p
As ações realizadas 
violência e ao preconceito, 
que independente das carac
merecemos ter nossos dire
outro, possibilitando assim
discriminações. 
 
 
2 O materialismo histórico
 
Segundo Figueiró (19
de uma aula pontual realiz
sistematizada em forma de
maioria dos adultos quando
 
1
 Este grupo foi criado a partir 
sexualidade e educação sex
adolescentes que frequentam
relações entre SEXUALIDADE, 
 
 
em para o processo de humanização dos indiví
lise. 
nde as crianças e adolescentes do projeto Labo
tituída por duas pedagogas e três acadêmicas do
mos a necessidade de que professores e alu
ossíveis em educação sexual, uma vez que ess
res que se propõe a trabalhar com a educação s
er precisam manter-se em constante auto-
s científicos acerca da temática, conhecer a histó
estações da sexualidade das crianças e adole
do, a formação continuada desta equipe é rea
rmação: "Sexualidade, Adolescência e Psicaná
para a educação sexual emancipatória de adol
sora doutora Giseli Monteiro Gagliotto. 
lizado no Laboratório de Educação Sexua
 as crianças e adolescentes a construírem c
rspectiva psicanalítica, possibilitando uma fo
ipatória, discutindo afetividade, diversidade sex
 as discussões têm o intuito de provocar as crian
ça na construção de sua própria personalidade
 outro, no crescimento pessoal para o exercício
r e responsabilidade. As atividades buscam ain
ais para todos os indivíduos, sem exceção. 
das no Laboratório Adolescer abarcam também
ito, principalmente no que tange a diversidade
aracterísticas individuais de cada um, todos som
direitos respeitados, bem como, necessitamos r
ssim, uma convivência mais humanitária, se
rico dialético e a perspectiva da educação sexua
 (1999), ao pensar em educação sexual, de ime
ealizada por um professor ou profissional da
a de palestra ou concentrada nas semanas fin
ndo questionados dizem não ter recebido educ
rtir da necessidade em desenvolver um trabalho teóric
sexual emancipatória como forma de intervenção n
tam o Laboratório de Educação Sexual ADOLESCER com o
DE, ADOLESCÊNCIA E PSICANÁLISE. 
 
4 
 
divíduos e são pautadas 
Laboratório de Educação 
s do curso de pedagogia 
 alunos construam em 
 essa é um processo de 
ão sexual emancipatória 
-avaliação, rever seus 
história da sexualidade e 
olescentes na vertente 
 realizado por meio do 
análise: fundamentação 
adolescentes”1, também 
exual Adolescer busca 
m conceitos acerca da 
a formação básica em 
 sexual, violência, entre 
rianças e adolescentes a 
dade, dos valores éticos 
cício de uma sexualidade 
 ainda fazer vigorar os 
bém o enfrentamento á 
ade sexual, enfatizando 
 somos seres humanos e 
os respeitar o direito do 
, sem desigualdades e 
exual emancipatória 
 imediato vem a imagem 
l da saúde, planejada e 
s finais do ano letivo. A 
ducação sexual em suas 
eórico-metodológico sobre a 
o na educação sexual dos 
m o objetivo em estabelecer 
famílias e escolas, pois ning
entre outros. 
No entanto, todos n
desde que nascemos, 
comportamentos ditos fem
repassadas durante a infânc
pela sociedade, pela mídia, 
(2000) definem educação se
regras, determinações, simb
da identidade sexual de hom
A educação sexual, p
ideológica, é todo comporta
Segundo Gagliotto (2009, p.4
 
Autores como H
afirmam que a
seguidos, ficand
seu temperame
sociedade. 
 
A educação sexual, a
sendo construídos pelas pe
específicas de cada época. 
que os mais jovens possam
sexual está presente em nos
e a todo o tempo, mesm
sexualmente, educando pa
(FIGUEIRÓ, 2009) em uma d
 
A Educação S
planejamento p
isto é, aproveit
e, ensinar a par
 
Por tanto Educação
sempre existiu, inicialment
perpassam outros grupos so
da instrumentalização quant
De acordo com os es
sala de aula: Relações de gêde respeito às diferenças
pedagógico por volta de 19
 
 
ninguém lhes falou sobre menstruação, relação 
os nós somos educados sexualmente, ao lon
 através das orientações de gênero, r
femininos e masculinos; através das normas q
fância e a adolescência. Somos educados sexua
dia, pela religião, não há como fugir a essa dim
o sexual como um conjunto de representaçõ
simbologias pessoais, existenciais, coletivas que 
 homem e de mulher. 
al, portanto, é uma construção social, histórica, p
ortamento aprendido, de modo independente d
p.41), 
mo Highwater (1992), Vasconcelos (1971), Nunes (199
ue a cultura de cada sociedade determina os pad
icando claro que não é o sexo do indivíduo que determ
amento, seu papel na sociedade, mas sua circunscrição
al, ao longo do tempo, assume formas diferen
s pessoas e correspondem às necessidades e 
. Essa educação, por sua vez, é ensinada às 
sam se apropriar da cultura e se inserir no mei
 nossas vidas e em nosso cotidiano, ela acontec
esmo quando não falamos sobre sexualidade
 para o medo, para o constrangimento, po
a de suas obras prefere classificar a educação se
 Sexual formal, que equivale a ensinar “dentro da 
to prévio e a Educação Sexual informal, que equivale 
veitar, de forma espontânea, um fato, uma pergunta
 partir daí. (p.146) 
ção Sexual não é nenhuma novidade para o 
ente no contexto familiar como valores e n
s sociais e em seguida na escola através da dis
uanto ao sistema sexual reprodutor suas funçõe
s estudos da autora Jimena Furlani, em sua obra
e gênero, orientação sexual e igualdade étnico
as (2011), a educação sexual passou a fazer
e 1920. A pesquisadora apresenta a trajetória 
 
5 
 
ção sexual, preservativo, 
 longo de nossas vidas, 
, roupas, brinquedos, 
as quanto a sexualidade 
exualmente pela família, 
dimensão. Nunes e Silva 
ções, vivências, valores, 
que envolvem a questão 
ica, política, econômica e 
te da questão biológica. 
(1996), Nunes e Silva (2000) 
 padrões sexuais a serem 
termina sua personalidade, 
rição à cultura adotada pela 
erentes, os modelos vão 
s e expectativas sociais 
 às novas gerações para 
meio social. A educação 
ntece em vários espaços 
ade estamos educando 
 por exemplo. Figueiró 
ão sexual em dois tipos: 
 da programação”, fazendo 
vale à “extra-programação”, 
nta, uma situação ocorrida 
a o espaço escolar, ela 
 e normas sexuais que 
a disciplina dos corpos e 
ções e características. 
obra Educação Sexual na 
ico-racial, uma proposta 
fazer parte do trabalho 
ória da educação sexual 
escolar no Brasil. Nesse per
higienistas2, os primeiros ap
Nessa perspectiva, a
doenças sexualmente transm
qualidade. A preparação da 
outro objetivo presente nes
reprimir os desejos sexuais e
escola por sua vez, acolheu
ensinando uma suposta éti
medicina. 
A partir do início da d
período anterior à ditadur
educacional’, as críticas so
aplicadas em escolas exper
educação sexual voltou ao d
requisitos da medicina em f
transmitir valores e pregar
evidencia, no entanto, não 
preocupação exclusiva era c
Com o golpe militar d
específicas de educação se
conseguiam resistir ao contr
Entre as décadas de 
de gays e lésbicas, as cobran
sob a escola. A escola pass
ações que buscavam a red
como uma proposta liberta
fortalecer como campo espe
da saúde e da biologia ocu
descompressiva apontava p
à quantidade. 
Nas duas décadas qu
na educação, na medida em
contra a epidemia. Desta fo
fundamental para a veiculaç
 
2 A sexualidade passa a ser e
implicava na existência d
formados se lhes fossem 
atitudes que resultassem 
Higiene e raça como projet
Estadual de Maringá, 2003)
 
 
 período começaram a surgir, por influência da
s apontamentos para uma educação sexual. 
a, apresentaram-se os conceitos de combate 
ansmissíveis, almejando o “sexo saudável” para
 da mulher para o exercício de seu “papel” com
 nessa proposta. Quanto a igreja, era notória u
ais e induzir os fiéis quanto às noções de promis
lheu os desejos de ambos valorizando uma e
 ética sexual, subvertendo-se à influência da 
 da década de 1960, o modelo médico – biologis
adura militar, quando nosso país vivia um c
s sobre os sistemas educativos começavam 
xperimentais. Foi justamente nesse período qu
ao discurso pedagógico de forma mais metódica
em favor de uma saúde sexual. O objetivo do tr
egar os bons costumes. A valorização da vida 
não havia uma preocupação com as singularida
ra com o corpo, com a saúde e com as regras mo
itar de 1964, a ditadura reprimiu com veemênci
o sexual entre outras experiências educativas
ontrole da ditadura tornaram-se referenciais nas
 de 1970 e 1980 os movimentos pelos direitos c
branças étnico-raciais e as ações feministas, imp
passou a ser percebida como um espaço privil
 redemocratização e a educação sexual começ
ertadora dos corpos. Com efeito, a educação s
específico da área da saúde. Assim, no início do
cupara por completo esse espaço. O modelo
va para a liberdade dos corpos e para a valoriza
s que seguem, a epidemia de HIV/AIDS teve um
a em que, crescia o modelo da informação com
a forma, a escola, no início dos anos 90, foi tom
ulação de informações sobre o ‘sexo seguro’, as 
ser estudada a partir do que preconizava o higienis
ia de indivíduos mentalmente saudáveis. Melho
sem asseguradas possibilidades para que tivessem
em em indivíduos sadios mental e fisicamente (B
rojeto: higienismo e eugenismo no Brasil. Maringá
003). 
 
6 
 
a das correntes médico-
ate à masturbação e às 
para uma reprodução de 
 como mãe e esposa era 
ia uma preocupação em 
omiscuidade e pecado. A 
a educação moralista e 
 da igreja católica e da 
logista teve início em um 
m clima de ‘renovação 
am a ser formuladas e 
o que a discussão sobre 
dica atendendo ainda os 
do trabalho consistia em 
vida humana estava em 
ridades dos indivíduos a 
s morais. 
ência algumas iniciativas 
tivas. As iniciativas que 
s nas décadas seguintes. 
tos civis, os movimentos 
 imprimiram suas marcas 
rivilegiado para acolher 
meçou a ser entendida 
ão sexual começou a se 
 dos anos 80, o discurso 
elo de educação sexual 
rização do sexo atrelada 
e uma grande influência 
 como meio de combate 
i tomada como um lugar 
’, as quais incluíam, além 
enismo: uma saúde sexual 
elhores cidadãos seriam 
ssem comportamentos e 
te (BOARINI, M. L. (org.). 
ingá: Ed. da Universidade 
do contágio do HIV/AIDS 
especialistas repredentava
Por fim, destacamos
César Nunes em sua tese d
prática pedagógica como a
apresentadas anteriormente
 
[...] a emancipa
integral, histór
potencialidades
realizadora. Tra
ético-social. (p.
 
Tal modelo é inspir
brasileira mais consciente e
“[...] se torna um momento 
igual participação dialógica d
Nessa perspectiva a 
é muito mais do que mera
transmissíveis e gravidez na
a sexualidade humana com
esclarecimento das dúvidas 
Partimos do principi
com quem estamos trabalha
relacionadas á sexualidade 
precisa acontecer continuam
um processo histórico. Nós m
A parceria entre Uni
enfrentamento das problem
relacionadas a situações de 
violência, exploração e violê
estamos em contato com u
adolescente é único e tra
aprofundamento teórico c
singularidades de cada um. 
dessa história, enquanto mu
se realizar educação sexual
Adolescer é a concretização 
 
 
3 ESCOLA E RELAÇÕES D
singularidades e/ou prod
 
 
IDS e outras DSTs, a ‘gravidez na adolescê
 um ‘problema pedagógico’ importante. 
mos o modelo de Educação Sexual Emancipató
se de doutorado. Essa abordagem, a qual de
o a superação dos modelos e concepções 
ente. Nunes e Silva (2000) consideram que 
ncipação pode ser entendida como a formação para
istórica, ética, estética e psicossocialmente significa
ades sexuais humanas e sua vivência subjetivae soc
. Trata-se da qualificação ontológica da sexualidade hu
(p.17) 
spirado no ideial freireano e propõe a luta 
te e menos desigual. Nesse sentido, a educaçã
nto da experiência dialética total da humanizaç
ica de educador e educando” (GADOTTI, 1996).
a a abordagem da Educação Sexual Emancipató
eramente falar do sistema reprodutor, de d
z na adolescência; uma verdadeira educação sex
 como um todo, superando o senso comum
das de forma compreensiva e amigável. 
cipio de que primeiramente é necessário conh
alhando, suas dúvidas e dificuldades, seus ansei
ade que trazem impressas em sua história. E
uamente, haja vista que os alunos não são todo
ós mudamos diariamente. 
 Universidade e Escola tem sido de fundamenta
lemáticas vivenciadas pelos adolescentes. Estas
 de vulnerabilidade social, preconceito e diversi
violência sexual, afetividade, conflitos familiare
m uma diversidade cultural, familiar, econômic
 traz as marcas de uma história singular, é
o constante para compreender e atender ess
um. Para nós enquanto professores é muito gra
 muitos estão, apenas discutindo a possibilidade
xual emancipatória nas escolas, o Laboratórios 
ção disso. 
ES DE PODER: instituição democrática e d
produtora e reprodutora do preconceito à diver
 
7 
 
escência’, que para os 
patória apresentado por 
defendemos em nossa 
es de educação sexual 
para a compreensão plena, 
ificativa e consciente das 
socialmente responsável e 
e humana e sua construção 
uta por uma sociedade 
cação para Paulo Freire 
ização dos homens, com 
. 
patória, educação sexual 
e doenças sexualmente 
 sexual precisa abranger 
um e possibilitando o 
conhecer o adolescente 
nseios e quais as noções 
a. Esse reconhecimento 
todos iguais, e que isso é 
ental importância para o 
stas problemáticas estão 
versidade sexual, drogas, 
iliares entre outros. Nós 
ômica, social enfim cada 
r, é necessário buscar 
 essas complexidades e 
 gratificante fazer parte 
dade e as dificuldades de 
rios de Educação Sexual 
e de valorização das 
iversidade sexual 
 
Desde que a espécie 
se meios para transmitir os 
é uma ação humana, é a
construção do conhecimen
5.000 anos a. C. num períod
um equipamento de transm
Ponce defende é que enqua
serviço da manutenção da 
possível em uma sociedade 
do capital (MÉSZÁROS, 2005
de contribuir na mudança so
 
Educação, trata
da posição que
‘adequadas’ e a
nesse terreno.
 
Embora Mészáros 
enfatiza o potencial da educ
dos indivíduos para a não a
que 
 
Ele alerta, poré
para tirar das s
reconhecida no
educacional nã
principalmente
jogo não é ape
agravam o apar
perpetuar uma
p.11-12). 
 
O conhecimento é tr
da reprodução de padrões
legitimando relações de pod
A escola configura-
qual e em torno do qual exis
milhões de crianças, jovens
família, da comunidade es
constituiu historicamente c
decisivo para a longa camin
 
 
écie humana organizou-se passou a viver coletiv
r os conhecimentos acumulados às novas geraçõ
é a possibilidade de hominizar-se no proce
ento. Segundo Ponce (PONCE, 2005) a escol
ríodo que antecede a revolução agrícola e funci
nsmissão das desigualdades sociais. Neste senti
quanto a sociedade estiver organizada em class
 da divisão de classes. Uma escola propagador
ade socialista. Istévan Mészaros em sua obra A e
005, p.55), discorre sobre o papel da educação 
a social ou na manutenção da sociedade. Para e
trata-se de uma questão de ‘internalização’ pelos ind
que lhes foi atribuída na hierarquia social, juntamente
’ e as formas de condutas ‘certas’, mais ou menos, exp
no. 
 faça uma crítica ao modelo de educação v
ducação como um meio de transformação socia
ão alienação. Emir Sader ao apresentar a obra 
orém, que o simples acesso à escola é condição neces
as sombras do esquecimento social milhões de pesso
a nos quadros estatísticos. E que o deslocamento do
l não se dá mais principalmente na questão do 
nte dentro dela, por meio das instituições de educação
 apenas a modificação política dos processos educaci
apartheid social - mas a reprodução da estrutura de va
ma concepção de mundo baseada na sociedade merc
 é transmitido e repassado também na escola e 
rões sociais, disseminando concepções, valore
 poder e hierarquização. 
-se como um lugar de opressão, discriminaçã
l existe um preocupante quadro de violência a q
vens e adultos. E isso se faz com a participaç
e escolar, da sociedade e do Estado. Perceb
te como um espaço disciplinador e normati
minhada rumo à desestabilização dessa lógica. 
 
8 
 
letivamente, instituíram-
rações. Portanto, educar 
rocesso de aquisição e 
scola surgiu a cerca de 
unciona até então como 
entido a tese que Aníbal 
classes, a escola estará a 
adora da igualdade só é 
A educação para além 
ção e suas possibilidades 
ra esse autor 
 indivíduos, da legitimidade 
ente com suas expectativas 
, explicitamente estipuladas 
ão vigente, ele também 
ocial, de conscientização 
bra de Mészáros afirma 
cessária mas não suficiente 
essoas cuja existência só é 
o do processo de exclusão 
do acesso à escola, mas 
ação formal. O que está em 
cacionais – que praticam e 
e valores que contribui para 
mercantil (MÉSZÁROS 2005, 
la e isso ocorre por meio 
lores e padrões sociais, 
ação e preconceitos, no 
 a que estão submetidos 
ipação ou a omissão da 
rceber que a escola se 
matizador, é um passo 
ica. A educação por si só 
não é a redentora dos males
possível. 
Os processos de prec
se refere ao exercício da s
sexual. A intolerância no 
sexualidade. Precisamos en
humanos e problematizar a 
de uma sociedade e uma esc
São dificuldades qu
constrangimentos, ameaças
sido uma constante na vid
profissionais da educação v
uma “pedagogia do insu
insinuações, expressões des
dominação simbólica. Junqu
homofobia no contexto esco
 
A pesquisa “Pe
de 2002, em to
professores da 
é inadmissível 
tampouco gost
JUNQUEIRA, 20
 
O autor ainda complem
 
Outra pesquisa
Federal, fornec
níveis fundame
- o percentual
relativos à hom
- acreditam ser
Belém, Recife 
Janeiro e Goiân
- não gostariam
masculino de B
Paulo, Goiânia, 
- pais de estud
colegas de seus
Janeiro e Salvad
- estudantes m
seis exemplos d
JUNQUEIRA, 20
 
 
 
ales da sociedade, mas tão pouco sem ela uma 
reconceito e descriminação tornam-se ainda m
da sexualidade, nas relações de gênero, orien
no espaço escolar é ainda mais agravante q
s enfrentar as dificuldades que temos, para p
ar a homofobia, no sentido de validar e contribu
a escola mais justas, solidárias, livres de preconc
 que se entrelaçam nos tratamentos precon
aças, medidas discriminatórias e agressões físic
a vida de toda a comunidade escolar. Aluno
ão vitimizados pela homofobia vêem-se desde
insulto”, constituída de piadas, brincadeira
 desqualificantes – poderosos mecanismos de
unqueira (2009) menciona em seu trabalho al
escolar 
 “Perfil dos Professores Brasileiros”, realizada pela Un
 todas as unidades da federação brasileira, na qual fo
 da rede pública e privada, revelou, entre outras coisa
ível que uma pessoa tenha relações homossexuais
gostariam de ter vizinhos homossexuais (UNESCO,
, 2009 p. 16). 
 
lementa que 
uisa, realizada pelo mesmo organismo em 13 capitais 
rneceu certa compreensão do alcance da homofobia 
amental e médio). Constatou-se, por exemplo, que: 
tual de professores/as que declaram não saber co
homossexualidade em sala de aula vai de 30,5% em Be
 ser a homossexualidade uma doença cerca de 12 %
ife e Salvador, entre 14 e 17% em Brasília, Maceió
oiânia e mais de 20% em Manaus e Fortaleza; 
riam de ter colegas de classe homossexuais 33,5% d
de Belém, entre 40 e pouco mais de 42% no Rio de 
nia, Porto Alegre e Fortaleza e mais de 44% em Maceió
studantes de sexo masculinoque não gostariam que
seus filhos: 17,4% no Distrito Federal, entre 35% e 39
lvador, 47,9% em Belém, e entre 59 a 60% em Fortalez
s masculinos apontaram “bater em homossexuais” co
los de uma lista de ações violentas (ABRAMOVAY ET a
2009 p. 14). 
 
9 
 
ma mudança social seria 
a mais evidentes no que 
orientação e identidade 
te quando o assunto é 
ra promover os direitos 
tribuir para a construção 
onceito e discriminação. 
econceituosos, ofensas, 
 físicas ou verbais e têm 
lunos e professores ou 
sde cedo às voltas com 
eiras, jogos, apelidos, 
s de silenciamento e de 
o alguns dados sobre a 
 Unesco, entre abril e maio 
al foram entrevistados 5 mil 
oisas, que para 59,7% deles 
xuais e que 21 ,2% deles 
CO, 2004: 144, 146 apud 
itais brasileiras e no Distrito 
bia no espaço escolar (nos 
 
r como abordar os temas 
 Belém a 47,9% em Vitória; 
12 % de professores/as em 
ceió, Porto Alegre, Rio de 
5% dos estudantes de sexo 
 de Janeiro, em Recife, São 
ceió e Vitória; 
 que homossexuais fossem 
e 39% em São Paulo, Rio de 
taleza e Recife; 
s” como o menos grave dos 
 ET al., 2004: 277-304 apud 
Assim, é admissível s
alunado. Neste ambiente (e
produção de identidades he
especialmente entre os men
A escola também é 
novos padrões de aprendiz
desde que nela sejam q
representações e práticas,
qualquer ordem inclusive 
perspectiva emancipatória c
de práticas pedagógicas com
direitos humanos em uma p
 
 
4 CONTRIBUIÇÕES EDUCA
HETERONORMATIVOS 
 
A educação sexual 
individuo ao longo de sua tr
como a escola, família, no am
maneira dissociada e frag
sexualidade é algo recente 
perspectivados direitos hum
de 1988, que lançou as base
Embora haja transfo
observa-se que muitas da
biologizante da sexualidad
pontual, ou como resposta
adolescência, namoro, violê
jovem e adolescente educa
Estatuto da Criança e dos Ad
Diretrizes e Bases da Educa
Nações Unidas sobre m
Desenvolvimento, auxiliaram
fundamentariam as políticas
A primeira iniciativa
transversal que deve ser di
publicação dos Parâmetros C
esclarecendo que a educ
sociológicas e fisiológicas, se
importância às discussões fr
 
 
vel supor que, na escola, a homofobia produza 
te (e não só aqui), os processos de constituição
s heterossexuais produzem e alimentam a homo
meninos e os rapazes. 
é um espaço no qual e a partir do qual pod
ndizado, convivência, produção e transmissão
 questionados, problematizados e refutado
icas, associados a preconceitos, discriminaçõ
ive homofóbica. Assim, a abordagem da edu
ria contribui criticamente para articulações pol
 comprometidas com o avanço da democracia e
a perspectiva teórico metodológica verdadeiram
UCATIVO-PEDAGÓGICAS PARA A SUPERAÇ
 
ual se caracteriza como toda e qualquer exp
a trajetória, presente nos mais variados context
o ambiente de trabalho, mídia. Essa educação n
fragmentada. A inserção de temas específi
nte no campo educacional, sobretudo se obse
humanos. Um grande marco constituído foi a 
ases para uma configuração mais inclusiva e am
nsformações comportamentais e sociais no cam
 das iniciativas educativas apresentam um d
idade, abordando tal tema de forma assiste
osta as situações presenciadas no ambiente 
violência). Nesse âmbito a legislação brasileir
ducação e proteção do Estado, foi reforçada p
Adolescentes de 1990 e em 1996 pela criação
ducação Nacional. Ainda na década de 1990 a
 mulher e a Conferencia Internacional s
iaram para a materialização dos conceitos de 
ticas brasileiras no campo da sexualidade e gêne
tiva do governo federal a fim de incluir a sexu
r discutido e abordado na escola, ocorreu no 
ros Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino fu
educação sexual deveria englobar as dime
s, seguindo uma perspectiva mais ampla e inte
es frente às relações de gênero e os demais enfo
 
10 
 
uza efeitos sobre todo o 
ição dos indivíduos e de 
omofobia e a misoginia, 
l podem ser construídos 
issão de conhecimento, 
tados valores, crenças, 
nações e violências de 
educação sexual numa 
 políticas e a construção 
ia e da consolidação dos 
eiramente libertadora. 
ERAÇÃO DE VALORES 
experiência vivida pelo 
textos e espaços sociais, 
ão no entanto, ocorre de 
ecíficos relacionados à 
observarmos a partir da 
i a Constituição Federal 
 ampliada de cidadania. 
 campo da sexualidade, 
m discurso cientifico e 
sistemática, aleatória e 
te escolar (gravidez na 
ileira que assegura aos 
a pela promulgação do 
ação de uma nova Lei de 
90 a IV conferencia das 
l sobre população e 
 de direitos sexuais que 
ênero. 
sexualidade como tema 
 no ano de 1997, com a 
o fundamental e médio, 
dimensões psicológicas, 
integral do tema, dando 
 enfoques que abrangem 
a sexualidade, estimulando o
direitos humanos e cidadani
papeis estabelecidos a hom
mesmos. 
No ano de 2003 f
caracterizado como princip
esse se constituiu com a p
UNESCO, sociedade civil e 
saúde e educação, atendend
estivessem matriculados em
escolar como meio para for
mudanças sociais. 
Outra iniciativa evid
constitui como um conjunto
sexual e ao combate às d
promovendo ações para g
segurança, cultura entre o
inclusão e garantia da igua
medidas a educação que ef
através da formação conti
pesquisa, a produção de ma
que auxiliem no combate a h
A escola não é apena
um espaço para a const
questionamento da hetero
desigualdades tão presentes
a vida individual, social e his
O projeto Laboratóri
de muitos preconceitos prin
pelo direito de igualdade. O
adolescentes se expressam
houve uma mudança, de co
assuntos relativos à sexualid
termo sexualidade apenas á
muito além disso, de sexo, d
bem, com saúde, com respo
Será que nós, enqua
escolar de braços cruzado
violência física, verbal ou
intolerância ao diferente. O
refeitório ou no banheiro nã
 
 
do o debate e a reflexão critica das questões rel
dania, promovendo questionamentos, analises e
homens e mulheres, partindo para a valorização
03 foi criado o Projeto Saúde e Prevenção
ncipal projeto de educação sexual proposto pe
 a parceria do Ministério da Educação, saúde
il e os setores do governo a fim de efetivar um
dendo crianças, adolescentes e jovens de 10 a 2
s em escolas públicas, reconhecendo em suas di
 formação integral e para o exercício da cidada
evidenciada no Brasil é o Programa Brasil sem
junto de ações para efetivar a promoção do re
s diversas formas de violência e violação do
ra garantia da cidadania e as demandas d
re outros, reconhece-se a necessidade de pro
igualdade de direitos, sendo um dos meios p
e efetivara ações para o combate a homofobi
ontinuada na área da sexualidade para prof
 materiais e avaliação dos mesmos, e a difusão
e a homofobia. 
penas um local de adquirir conhecimentos e apr
nstrução de uma ética de respeito à dive
eronormatividade, buscando um rompimento
ntes no ambiente escolar entendendo que a sex
 histórica dos sujeitos. 
tório Educação Sexual Adolescer tem contribuí
 principalmente no que se refere ao resgate da 
e. O resultado deste trabalho é visível na for
m. É possível perceber a partir das falas do
e comportamento, de posicionamento, de com
alidade. Muitos alunos tinham vergonha no com
as á relação sexual, hoje a compreensão é de 
xo, de corpo. Sexualidade está relacionada ao pr
sponsabilidade. 
quanto educadores, podemos assistir ao desre
zados? Podemos permanecer passivos e ind
l ou psicológica? Violência essa muitas vez
te. O que acontece com os alunos no pátio, 
o não reflete no desenvolvimento do aluno em s
 
11 
 
s relativas à sexualidade, 
es e debates a cerca dos 
ação e flexibilização dos 
ção nas Escolas (SPE) 
o pelo governo federal, 
aúde, UNICEEF, UNFPA, 
r uma integração entre 
 a 24 anos de idade, que 
as diretrizes a instituição 
adania possibilitandoas 
sem Homofobia que se 
o respeito à diversidade 
 dos direitos humanos, 
s de saúde, educação, 
 promover políticas de 
s para se objetivar tais 
fobia e a discriminação, 
professores, estimulo a 
usão dos conhecimentos 
 aprendizagem, mas sim 
diversidade humana e 
nto das transmissões de 
a sexualidade esta ligada 
ibuído para a superação 
 da auto-estima e à luta 
 forma como crianças e 
s dos participantes que 
compreensão acerca dos 
 começo, ou atribuíam o 
 de que sexualidade vai 
prazer de viver e viver 
esrespeito no cotidiano 
indiferentes perante a 
 vezes justificada pela 
tio, nos corredores, no 
m sala de aula? 
Provavelmente ainda
sexual no atual contexto e
sexualidade do ponto de vis
sexual. Assim, talvez possam
norma culturalmente estabe
escolas pode ser compree
principalmente no que se re
A escola pode prom
direitos humanos, estimul
redonda, simpósios e sem
superação, de práticas auto
velhas práticas de intimida
alternativas podem se const
humanos. A Educação em D
escola, permitindo que as 
textos legalmente reconhec
formal e não formal e se m
cidadania. Encerramos esse
possível intervir pedagógica
um direito humano de se ex
na escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
inda tenhamos que perceber que, contraditóri
to escolar possa ser um espaço para entend
e vista dos nossos mecanismos de exclusão e de
ssamos resistir aos mecanismos de produção 
abelecida. Se isso acontecer, a educação sexua
preendida como um ato político contra a v
e refere à diversidade sexual. 
romover e apoiar espaços para o fortalecimen
mulando, a realização de debates, encontro
seminários como estratégia de enfrentame
utoritárias, de violência simbólica e/ou física. N
idação, culpabilização, exposição, vergonha e
onstituir como um auxílio, revigorando assim, a
m Direitos Humanos precisa fazer parte da prát
 as temáticas de igualdade e de dignidade hu
hecidos, sejam internalizadas pelos sujeitos que
se manifestem nas suas práticas cotidianas e 
esse texto, mas não a reflexão, na certeza de
gicamente para a garantia do exercício da dive
e expressar e de existir em todo e qualquer cont
 
12 
 
itóriamente, a educação 
endermos a história da 
e de produção da norma 
ção e reprodução dessa 
exual emancipatória nas 
a violência e exclusão 
mento dos princípios de 
ntros, palestras, mesa-
amento, com vistas à 
. Na tentativa de abolir 
ha e humilhação, essas 
m, a cultura dos direitos 
prática e do currículo da 
e humana, inscritas em 
 que atuam na educação 
s e no exercício da sua 
 de que é necessário e 
diversidade sexual como 
contexto, principalmente 
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