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CCJ0020-WL-A-PP-Ponto 11 - Poder Legislativo Federal - Sabrina Rocha

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Curso completo de Direito Constitucional
Profª. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha
Atualizada até a EC n° 71 de 29/11/12
Esta apostila não é de autoria pessoal, pois foi produzida através das obras de doutrinadores constitucionalistas, dentre eles Ivo Dantas, J. J. Gomes Canotilho, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides, Celso D. de Albuquerque Mello, Luís Roberto Barroso, Walber de Moura Agra, Reis Friede, Michel Temer, André Ramos Tavares, Sérgio Bermudes, Nelson Oscar de Souza, Alexandre de Moraes, Nelson Nery Costa/Geraldo Magela Alves, Nagib Slaibi Filho, Sylvio Motta & William Douglas, Henrique Savonitti Miranda e tomou por base a apostila do Prof. Marcos Flávio, com os devidos acréscimos pessoais.
PONTO 11 - PODER LEGISLATIVO FEDERAL
11.1 – COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA
O Poder Legislativoé exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal(art. 44, caput). O Poder legislativo é denominado bicameral, exatamente por ser composto por duas Casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. 
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal (art. 45, caput). Nenhuma das unidades da Federação terá menos de 8 ou mais de 70 (CF, art. 45, §1º). Cada Território elegerá 4 deputados (CF, art. 45, §2º). O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições. A lei complementar nº 78, de 30/12/1993, fixou que o número de deputados federais não ultrapassará 513 representantes. 
Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário (art. 46, caput). Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos (CF, art. 46, §1º). A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços (CF, art. 46, §2º). Cada Senador será eleito com dois suplentes (CF, art. 46, §3º).
Na atual legislatura há 513 Deputados e 81 Senadores. O número de Deputados encontra-se previsto na Lei complementar nº 78/93 e o número de Senadores encontra-se previsto na própria Constituição. 
11.2 – SISTEMAS ELEITORAIS
11.2.1 - Sistema proporcional - é o sistema eleitoral em que os representantes são definidos de acordo com a proporção dos votos dos eleitores. Assim todos os partidos têm direitos a se fazer representar, proporcionalmente à votação recebida. A execução ideal desse sistema resultará, por exemplo, se um partido obtiver 20% do total de votos a sua representação corresponderá a 20% dos deputados. (Teoria do Estado, Alexandre Mariotti, editora síntese, pág. 59). Neste sistema algumas expressões são comuns, tais como quociente eleitoral, quociente partidário, distribuição dos restos e método da maior média. O quociente eleitoral que é o número de votos suficientes para ocupar uma vagaé encontrado mediante a divisão dos votos válidos pelo número de lugares em disputa. O quociente partidário representa o número de vagas ocupadas por cada partido ou coligação é encontrado pela divisão da votação obtida por cada partido pelo quociente eleitoral, desprezada a fração. Os candidatos eleitos são os mais votados dentro de cada partido até o número de vagas que cabe ao partido. A distribuição dos restos – isto é, dos lugares que não foram preenchidos pela aplicação do quociente eleitoral - é efetuada pela aplicação de outra fórmula, o método da maior média, que consiste no seguinte: adiciona-se mais um lugar aos que foram obtidos por cada um dos partidos; depois toma-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido e divide-se por aquela soma; o primeiro lugar a preencher caberá ao partido que obtiver a maior média; repete-se a mesma operação, tantas vezes quantos forem os lugares restantes que devam ser preenchidos, até sua total distribuição entre os partidos (José Afonso da Silva, Curso..., 13º edição, pág. 355).
11.2.2 - Sistema majoritário – é um sistema eleitoral mais simplificado em que a o vencedor será quem obtiver o maior número de votos. É aplicável nas eleições para a escolha dos Chefes do Poder Executivo, ou seja, do Presidente da República, dos Governadores e dos Prefeitos. No Poder Legislativo o sistema majoritário só é utilizado para a eleição dos Senadores. 
11.3 – CONCEITO DE LEGISLATURA
Legislatura corresponde ao período de duração do mandato de Deputado Federal e terá a duração de 4 anos (CF, art. 44, Parágrafo único). A legislatura marca o início e o término do mandato dos Deputados. O Senado é contínuo por ser renovável apenas parcialmente em cada período de quatro anos, por um terço e dois terços respectivamente.
11.4 – SESSÃO LEGISLATIVA
	11.4.1 - SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA é o período anual em que deve estar reunido o Congresso. Divide-se em dois períodos legislativos. O 1º período vai de 2 de fevereiro a 17 de julho. Após uma interrupção (uma pequena parte do mês de julho, porque ninguém é de ferro), começa o 2º período que vai de 1º de agosto a 22 de dezembro (outro merecido recesso para os festejos natalinos e do ano novo). Atentem para estas datas, elas serão solicitadas porque foram modificadas pela Emenda nº 50, de 14-2-2006. Antes o Congresso tinha 3 meses de recesso, agora, após a mudança, esse prazo passou para 55 dias.
	Detalhe muito importante abordado tanto nas questões de Direito Constitucional quanto nas de Direito Financeiro: a sessão legislativa ordinária não será interrompida, no mês de julho, sem a aprovação do projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
CF, Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)  
§1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados (§ 1º). 
§2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
	11.4.2 - SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA é a que ocorre nos períodos de recesso por convocação extraordinária, ou seja, entre 18 e 31 de julho e entre 23 de dezembro a 1 de fevereiro. Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, exceto se existirem medidas provisórias, vedado o pagamento de parcela indenizatória em razão da convocação.Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta de convocação.
A convocação extraordinária do Congresso Nacional, prevista no art. 56, far-se-á:
§ 6º, I -pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesaou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítioe para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
§ 6º, II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante , em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
§ 7º - Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
§ 8º -Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.11.5 – DIREITOS E DEVERES DOS DEPUTADOS E SENADORES
11.5.1 – PRERROGATIVA DE FORO
Art. 53 § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
Para que possamos entender este dispositivo constitucional é necessário atentar para a seguinte seqüência: eleição/diplomação/posse. Primeiro ocorre a eleição, realizada no primeiro domingo de outubro. Em seguida, em torno de 30 dias após a eleição, dá-se a diplomação e, no ano seguinte, no início da legislatura, tem-se a posse. Pois bem, desde a diplomação, antes mesmo da posse, os Deputados e Senadores somente serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal, mesmo que o crime tenha sido cometido antes da diplomação.Neste último caso o processo desloca-se do juiz ou tribunal em que estiver sendo processado e seguirá para o Supremo Tribunal Federal.
11.5.2 – IMUNIDADE MATERIAL OU INVIOLABILIDADE
CF, art. 53, caput, Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos(Redação dada pela EC nº 35, de 20/12/2001).
]	A Constituição blinda com a imunidade material ou inviolabilidade as opiniões palavras e votos proferidos pelos Deputados e Senadores em decorrência do mandato parlamentar conferido pelo povo. É importante ressaltar que a inviolabilidade alcance hoje "quaisquer opiniões, palavras e votos" do congressista, ainda quando proferidas fora do exercício formal do mandato, mas em razão deste. O STF já decidiu que a imunidade material protege o congressista em todas as suas manifestações que guardem relação com o exercício do mandato, ainda que produzidas fora do recinto da própria Casa Legislativa. 
Esta imunidade é de igual modo usufruída pelos Deputados Estaduais (ver CF, art. 27, §1º) e também pelos Vereadores (ver CF, art. 29, VIII), no entanto, quanto a estes últimos a imunidade protege o Vereador apenas quanto as opiniões, palavras e votos proferidos no limite territorial dos respectivos Municípios. 
	 É importante ressaltar que a inviolabilidade alcança hoje "quaisquer opiniões, palavras e votos" do congressista, ainda quando proferidas fora do exercício formal do mandato, ela tem limites. Não cobre as ofensas que, pelo conteúdo e o contexto em que perpetradas, sejam de todo alheias à condição de Deputado ou Senador do agente (cf. STF, Inq 1.710, 27.2.02, Sanches). Não cobre, por exemplo, a divulgação pela imprensa emitida por um dirigente de clube de futebol de suspeita difamatória contra a empresa patrocinadora de outro e relativa a suborno da arbitragem de jogo programado entre as respectivas equipes, nada importando que aquele dirigente seja um Deputado Federal.
11.5.3 – IMUNIDADE FORMAL OU PROCESSUAL
11.5.3.1 - PRISÃO
CF Art. 53, § 2º - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros,resolva sobre a prisão(redação dada pela EC 35).
	O conteúdo do parágrafo 2º é denominado de imunidade formal relativa a prisão. Por ele impossibilita-se o parlamentar ser preso, salvo flagrante delito de crime inafiançável. E, neste caso, os autos serão submetidos à Câmara ou ao Senado para que se resolva sobre a prisão (se deverá continuar preso ou se deverá responder solto a processo). Não houve mudança quanto a esse aspecto com a EC 35, exceto que a decisão não se dará mais por voto secreto.
Os Deputados Estaduais têm esta imunidade. Os Vereadores não.
11.5.3.2 – IMUNIDADE PROCEDIMENTAL
Art. 53 ----------------------------------------------------------------------------------------------------
(-----)
§ 3º - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação(redação dada pela EC 35).
§ 4º - O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora (redação dada pela EC 35). 
§ 5º - A sustação suspende a prescrição, enquanto durar o mandato 
	O parágrafo terceiro representa a maior mudança promovida por força da EC nº 35/2001. Trata da possibilidade de se abrir processo contra membro do Congresso Nacional, exatamente o que se tem de mais importante do ponto de vista do concurso. 
 Antes dessa Emenda Constitucional o STF necessitava da “licença prévia" da Câmara ou do Senado para poder dar início a um processo contra membro do Congresso Nacional.Tal licença em muitos casos demorava anos para ser concedida ou, na maioria das vezes, nunca era concedida. Configurava empecilho ao exercício da jurisdição, impedindo a instauração do processo. Assim, antes da Emenda nº 35, os membros do Congresso Nacional não poderiam sequer ser processados sem prévia licença da Casa. Com a nova redação dada ao parágrafo 3º do art. 53,não há mais necessidade de prévia licença para abrir processo.Agora, o que existe é a possibilidade de sustação do processo criminal já em andamento pela respectiva casa legislativa, quando se tratar de crime cometido depois da diplomação. A sustação se dará se, por iniciativa de partido político,a Casa legislativa aprovar o pedido. A decisão terá que ser tomada no prazo improrrogável de 45 dias. A imunidade processual é também usufruída pelos Deputados Estaduais (ver CF, art. 27, §1º). 
Atenção: Os deputados estaduais dispõem desta imunidade processual; os Vereadores não (ver CF, art. 29, VIII).
JURISPRUDÊNCIA DO STF:
Imunidade parlamentar: abolição da licença prévia pela EC 35/01: desde a publicação da EC 35/01, tornou-se prejudicado o pedido de licença pendente de apreciação pela Câmara competente ou sem efeito a sua denegação, se já deliberada, devendo prosseguir o feito do ponto em que paralisado (Inq.1566 QO/AC - ACRE
Relator(a): Min. Sepúlveda Pertence, 18/02/2002). 
IMPOSSIBILIDADE DE RENÚNCIA À IMUNIDADE - não se reconhece ao congressista a faculdade de renunciar à imunidade parlamentar. O congressista, isoladamente considerado, não tem sobre a imunidade parlamentar qualquer poder de disposição, por tratar-se de uma garantia institucional deferida ao Congresso Nacional(1/2/91, min. Celso de Mello).
O Deputado que exerce a função de Ministro de Estado não perde o mandato, porém não pode invocar a prerrogativa da imunidade, material e processual pelo cometimento de crime no exercício da nova função (STF, rel. Min. Néri da Silveira, 8 –9 -1981).
        
CF/88 Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.
11.6 – PERDA DO MANDATO DO DEPUTADO OU SENADOR
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
        I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
        II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar, é incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas (§1º, art. 55)..
        III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
        IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
        V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
        VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
      .....................................................................................................................................§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
        § 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
	§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 1994)
	Do ponto de vista do concurso apenas duas coisas são importantes neste artigo 55.
Deputado e Senador não são cassados. Poderão sofrer a perda de seus mandatos. Cassação e perda de mandato não são instrumentos iguais. Cassação era instrumento utilizado na época da ditadura. Perda de mandato é instrumento democrático utilizáveis apenas nos casos previstos na Constituição e serão aplicados após a garantia do contraditório e da ampla defesa;
A perda do mandato não é automática. Qualquer que seja a hipótese Constitucional da perda do mandato esta terá que ser decidida, dependendo do caso, pelo Plenário ou pela Mesa Diretora da Casa respectiva. 
11.7 - COMISSÕES
Art. 58 caput - Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
§ 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
      
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
Cabe as Comissões dar parecer sobre os projetos apresentados em cada Casa.Quando os projetos receberem pareceres contrários, quanto ao mérito, serão tidos como rejeitados e arquivados definitivamente, salvo recurso de um décimo dos membros da Câmara ou do Senado no sentido de sua tramitação.
11.7.1 – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - CPI
Art. 58 § 3º -As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
As questões de concursos estão repletas de questionamentos sobre se a CPI poderá condenar alguém. Perceba que as conclusões da CPI serão encaminhadas ao Ministério Público, ficando ao encargo deste último promover a responsabilidade civil ou penal dos infratores.
Fato determinado é o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do país. Segundo a Jurisprudência do STF a Comissão Parlamentar de Inquérito deve apurar fato determinado. Todavia não está impedida de investigar fatos que se ligam, intimamente, com o fato principal (HC n. 721231 – 2). Prazo certo - o STF decidiu que a locução “prazo certo” , inscrita no § 3º ,art. 58, CF, não impede prorrogações sucessivas dentro da legislatura (HC 71193).
Prerrogativas dos membros das CPIs:
1 - Possibilidade de a CPI ordenar, por autoridade própria, a quebra dos sigilos bancário fiscal e telefônico, no entanto, deve demonstrar a existência de causa provável que legitime a medida excepcional(MS-23452/RJ – Tribunal Pleno, julgamento unânime em 16/09/1999, Relator Ministro Celso de Mello);
2 - Ordenar a condução coercitiva de testemunhas.
3 – Ordenar a prisão em flagrante.
VEDAÇÕES IMPOSTAS ÀS CPIs:
 1 - decretar prisão, salvo em caso de flagrante delito;
 2 - a realização de diligência de busca e apreensão de documentos.
	 3 - a interceptação ou escuta telefônica de pessoa submetida a sua investigação 
	 4 - a indisponibilidade de bens, arrestos, seqüestro, hipoteca judiciária
	
	Se tais atos forem necessários, embora a CPI não os possa ordenar por seus próprios membros, poderá, motivadamente, requerer ao Judiciário a realização deles.
JURISPRUDÊNCIA DO STF : 
Permanecer calado é direito legítimo, inclusive perante CPI - comissão parlamentar de inquérito (STF).
(I) Não configura o crime de falso testemunho, quando a pessoa depondo como testemunha, ainda que compromissada, deixa de revelar fatos que possam incriminá-la. (II) Nulidade do auto de prisão em flagrante lavrado por determinação do Presidente da CPI, dado que não se consignou qual a declaração falsa feita pelo depoente e a razão pela qual a considerou a Comissão ( HC 73035-3).

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