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Patrimônio Cultural

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Patrimônio Cultural e Histórico
 
Refere-se ao conjunto de bens materiais e imateriais de uma coletividade, possuindo valor próprio, além de sua relevância para a permanência e identidade cultural de um povo.
O Patrimônio Cultural de um povo compreende, portanto, imóveis históricos, utensílios e bens móveis, peças em museus, manifestações folclóricas e artísticas.
Ambientes naturais de importância paisagística são, hoje, considerados também patrimônios de um povo.
O Patrimônio Cultural relaciona-se com a herança do passado, a fonte de identidade e a história de um povo. 
O Patrimônio Público (1)
Com a Revolução Francesa de 1789, e seu lema Igualdade, Liberdade, Fraternidade, a burguesia tomou o poder França, com o apoio popular. Era o fim dos privilégios da nobreza do clero, e também das instituições feudais do Antigo Regime francês. 
A partir deste momento ocorre a laicização do conceito de bem cultural. Esse, agora, se referia ao interesse público, implicando, até mesmo, uma limitação ao direito de propriedade em nome do coletivo. Com essa nova concepção inicia-se a noção de patrimônio público.
O Patrimônio Público (2)
Também a Revolução Industrial possibilitou a ascensão da burguesia às esferas de poder, produzindo mudanças políticas e econômicas que modificaram a atitude dos colecionadores de arte, resultando na entrada das classes menos favorecidas no mundo da cultura. 
Centrada no progresso científico e na introdução de novos materiais, a Revolução Industrial facilitou o enriquecimento cultural de todas as classes sociais, aumentando o interesse das diferentes classes sociais pela educação.
Nesse contexto, surgem novas ciências e novos comportamentos sociais. Daí o aprimoramento das técnicas da restauração - a conservação de bens culturais e nela, embrionariamente, a conservação preventiva.
O Patrimônio Público (3)
Com o advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), novas correlações de forças estabeleceram-se no mundo. Devido aos estragos por ela provocados, tornaram-se necessárias maiores habilidades para tratar os bens culturais danificados. 
Assim, dentro das mudanças ocorridas na sociedade e na cultura após a Primeira Guerra Mundial os museus começaram a alcançar um notável grau de visibilidade como instituições públicas de ensino, pesquisa, programação cultural e formação social, ressaltando a importância das práticas adotadas para a adequada salvaguarda dos bens culturais.
O Patrimônio Público (4)
Após a Segunda Guerra, ante a proporção das destruições provocadas pelo conflito bélico, a sociedade sensível e consciente de suas perdas culturais enfatizou a importância da cultura universal. 
A partir de então, uma dada obra produzida por um dado povo seria entendida não mais como pertencente apenas àquelas pessoas, mas sim pertencente à humanidade - já não existiam mais grandes realizações nacionais e sim grandes feitos da humanidade. 
Dessa forma, a proteção dos bens culturais passou a ser um direito e um dever de todas as sociedades as quais consolidam grandes instituições, como a ONU, encarregadas de assegurar a solução pacífica dos conflitos e defender os bens culturais.
Patrimônio Cultural
Historicamente, o termo Patrimônio é de origem latina – patrimonium – que, entre os romanos antigos, referia-se a tudo aquilo que pertencia ao pai, ou pater famílias, o pai de família na sociedade romana.
A Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, adotada pela UNESCO, em 1972, surge como um importante instrumento para a salvaguarda de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. 
No Brasil, a Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de Patrimônio Cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o Registro e o Inventário – além do Tombamento, instituído pelo Decreto-Lei nº 25, de 30/11/1937, que é adequado, principalmente, à proteção de edificações, paisagens e conjuntos históricos urbanos.
Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural - 1972
Apesar de experiências isoladas no passado, a real e mais substancia preocupação com o Patrimônio Cultural se concretizou com a Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, realizada pela UNESCO em 1972, “Constatando que o patrimônio cultural e o patrimônio natural encontram-se cada vez mais ameaçados de destruição não somente devido a causas naturais de degradação, mas também pelo desenvolvimento social e econômico agravado por fenômenos de alteração ou de destruição ainda mais preocupantes,” e “Considerando que a degradação ou o desaparecimento de um bem cultural e natural acarreta um empobrecimento irreversível do patrimônio de todos os povos do mundo,”.
Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural
Foi adotada em 1972, quando da 17ª Reunião da Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (UNESCO) realizada em Paris entre outubro e novembro daquele ano, definindo como objetivo da mesma, em 33 Artigos, o incentivo a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. 
Trata-se de um esforço internacional de valorização de bens que, por sua importância como referência e identidade das nações, possam ser considerados patrimônios de todos os povos.
Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural
ARTIGO 1º
Para os fins da presente Convenção são considerados “patrimônio cultural”:
os monumentos: obras arquitetônicas, esculturas ou pinturas monumentais, objetos ou estruturas arqueológicas, inscrições, grutas e conjuntos de valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência,
 os conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidas, que, por sua arquitetura, unidade ou integração à paisagem, têm um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência,
os sítios: obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza assim como áreas, incluindo os sítios arqueológicos, de valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico.
O Patrimônio Material
Diz respeito aos bens que identificam determinada sociedade, num espaço e em determinado momento da história, e suas tradições. O Patrimônio Material define os bens imóveis – castelos, igrejas, casarios, praças, sítios históricos, objetos e utensílios, paisagens marcadas por uma estética etc., e os bens móveis – obras de arte como pinturas e esculturas, acervos museológicos e bibliográficos , artesanato etc.
No Brasil, por exemplo, o Patrimônio Material protegido pelo IPHAN, com base em legislações específicas é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas.
Patrimônio Imaterial
Os bens de natureza imaterial são as práticas e domínios da vida social, manifestados em saberes e modos de fazer. 
Diz respeito, portanto, às manifestações artísticas de um povo, como o folclore, a literatura, a música e o teatro, a linguagem, conhecimentos, técnicas, e os costumes em geral. 
O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração, sendo constantemente recriado pelos grupos sociais em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, além de contribuir para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. 
No Brasil, a política preservacionista do Patrimônio Imaterial é regida pelo Decreto nº. 3.551/2000 - que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), e consolidou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INCR). 
Convenção p/Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial - 2003
Uma das formas de proteção dessa porção intangível da herança cultural dos povos é a
Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial adotada pela UNESCO, em reunião realizada em Paris no ano de 2003, que afirma em seu preâmbulo estar “Consciente da vontade universal e da preocupação comum em salvaguardar o patrimônio cultural imaterial da humanidade, reconhecendo que as comunidades, em especial as comunidades autóctones, os grupos e, se for o caso, os indivíduos, desempenham um papel importante na produção, salvaguarda, manutenção e recriação do patrimônio cultural imaterial, contribuindo, desse modo, para o enriquecimento da diversidade cultural e da criatividade humana,” [ ].
Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial
Artigo 2º 
Para os efeitos da presente Convenção,
1- Entende-se por “patrimônio cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objetos, artefatos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu patrimônio cultural. Esse patrimônio cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interação com a natureza e da sua história, incutindo-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo, desse modo, para a promoção do respeito pela diversidade cultural e pela criatividade humana. 
Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial
Artigo 2º 
 Para os efeitos da presente Convenção,
2- O “patrimônio cultural imaterial”, tal como definido no número anterior, manifesta-se nomeadamente nos seguintes domínios:
a)Tradições e expressões orais, incluindo a língua como vetor do patrimônio cultural imaterial; 
b)Artes do espetáculo;
c)Práticas sociais, rituais e eventos festivos;
d)Conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo;
e)Aptidões ligadas ao artesanato tradicional. 
Patrimônio Natural
Patrimônio Natural lida mais diretamente com elementos da natureza, o meio ambiente, paisagens etc.
A preservação do Patrimônio Natural exige, ainda que de forma sucinta, conhecimentos ligados ao meio físico e biológico, como geologia, paleontologia, hidrologia, biologia e ecologia.
Também cabe à UNESCO importante papel na divulgação, estímulo e orientação para preservação de importantes e belos cenários naturais existentes em diversas regiões do Planeta, alguns já contemplados com títulos de Patrimônio Natural da Humanidade.
EUA: os fomentadores da ideia de combinar a conservação da cultura com a conservação da natureza (conferência na Casa Branca (1965). Sugeriram uma "Entidade pelo Patrimônio Mundial" para preservar "as áreas cênicas e naturais magníficas e sítios históricos do mundo para o presente e o futuro de toda a humanidade." 
Patrimônio Natural
ARTIGO 2º (Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural - 1972)
 Para os fins da presente Convenção são considerados “patrimônio natural”:
- os monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou por conjuntos de formações de valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico;
- as formações geológicas e fisiográficas e as zonas estritamente delimitadas que constituam habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas de valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico,
- os sítios naturais ou as áreas naturais estritamente delimitadas detentoras de valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da conservação ou da beleza natural.
Educação Patrimonial
Muitas sociedades na atualidade, em várias partes do mundo, já apresentam essa preocupação de ordem educacional no tocante a seus patrimônios culturais.
 É bem verdade que trata-se de um fenômeno relativamente recente, notadamente do início do século XX e, de certa forma, estimulado pelas diretrizes da UNESCO e de outros organismos afins.
Aqui no Brasil, o IPHAN concebe educação patrimonial como todos os processos educativos que primem pela construção coletiva do conhecimento, pela dialogicidade entre os agentes sociais e pela participação efetiva das comunidades detentoras das referências culturais onde convivem noções de patrimônio cultural diversas. 
Educação Patrimonial
ARTIGO 27º (Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural - 1972)
1-Os Estados-parte da presente Convenção se esforçam por todos os meios apropriados, especialmente por intermédio dos programas de educação e de informação, em reforçar o respeito e o apreço de seu povo pelo patrimônio cultural e natural definido nos artigos 1 e 2 da Convenção.
2.Os Estados-parte se comprometem a informar de forma ampla o público sobre as ameaças que pesam sobre o patrimônio e sobre as atividades empreendidas em aplicação à presente Convenção.
A UNESCO 
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
Criada em 1945, no pós-guerra, a entidade tem por objetivo garantir a paz entre os povos por meio da cooperação intelectual, acompanhando o desenvolvimento mundial e buscando soluções para os problemas que desafiam, na atualidade, as sociedades em todo o Planeta. A UNESCO atua, portanto, nas áreas das Ciências Naturais, Educação, Ciências Humanas e Sociais, Cultura e Comunicação.
A Cultura, expressão da identidade, saberes e práticas dos povos, é encarada como fator de desenvolvimento e caminho para a coexistência entre as Nações.
Assim, a UNESCO elabora e promove a aplicação de instrumentos normativos no âmbito cultural, visando: desenvolver ações no sentido de salvaguardar o patrimônio cultural; proteger e estimular a diversidade cultural; e fomentar o pluralismo e o diálogo entre as culturas e civilizações.
A UNESCO no Brasil
A Representação da UNESCO no Brasil (Brasília) foi estabelecida em 1964, cujas atividades se iniciaram em 1972, tendo como prioridades a defesa de uma educação de qualidade para todos e a promoção do desenvolvimento humano e social. 
Desenvolve aqui projetos de cooperação técnica em parceria com o governo – União, estados e municípios –, a sociedade civil e a iniciativa privada, além de auxiliar na formulação de políticas públicas que estejam em sintonia com as metas acordadas entre os Estados Membros da Organização.
No Brasil, a UNESCO atua, portanto, em diversas iniciativas para a preservação do patrimônio cultural, seja no apoio à preservação do Patrimônio Mundial e no fortalecimento dos museus, bem como na salvaguarda do rico patrimônio imaterial brasileiro. Também colabora para a proteção e a promoção da diversidade cultural do país, em atividades de formação e elaboração de políticas culturais nas áreas do artesanato, das indústrias culturais e do turismo cultural, entre outras.
Patrimônio Cultural da Humanidade
Trata-se de bens que, por sua importância como referência e identidade de nações, são considerados ‘Patrimônios de todos os povos’.
Tal iniciativa vem da UNESCO, a partir da Convenção de 1972, e tem por objetivo o incentivo a preservação de bens culturais e naturais com grande significado para a humanidade, sejam eles materiais ou imateriais.
São os países interessados, signatários da Convenção do Patrimônio Mundial, que indicam seus bens culturais e naturais para receberem o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
O Brasil integra a Comissão desde 1977, tendo sido agraciado com inúmeros títulos de PCH, desde 1980. 
Patrimônio Cultural da Humanidade
A Convenção da UNESCO define como PCH:
Monumentos: obras arquitetônicas, esculturas, pinturas, vestígios arqueológicos etc.
Conjuntos: grupos de construções.
Sítios: obras humanas e naturais de valor histórico, estético, etnológico ou científico.
Monumentos naturais: formações físicas e biológicas.
Formações geológicas ou fisiológicas: habitats de espécies animais e vegetais ameaçados de extinção.
Sítios naturais: áreas de valor científico ou de beleza natural.
PCH/UNESCO
Em 2011, um total de 936 sítios
estavam listados pela UNESCO, sendo 725 culturais, 183 naturais e 28 mistos, em 153 países. A Europa e os Estados Unidos, contudo, lideram a lista com quase 50% dos patrimônios reconhecidos pela UNESCO.
A conservação do Patrimônio Mundial é um processo contínuo, daí que, se um país não protege os locais inscritos, corre o risco de ter tais locais retirados da Lista do Patrimônio Mundial. 
Os governos desses países devem informar periodicamente o Comitê do Patrimônio Mundial sobre o estado de conservação do patrimônio, que imediatamente inclui o mesmo na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo para, assim, buscar-se, junto à comunidade mundial, soluções para a situação.
PMH – Critérios da UNESCO (1)
1–Representar uma obra-prima do gênio criativo humano; ou
2–Mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou em uma área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitetura ou tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou do desenho de paisagem; ou
3–Mostrar um testemunho único, ou ao menos excepcional, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido; ou
4–Ser um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitetônico, tecnológico ou de paisagem, que ilustre significativos estágios da história humana; ou
5–Ser um exemplo destacado de um estabelecimento humano tradicional ou do uso da terra, que seja representativo de uma cultura (ou várias), especialmente quando se torna(am) vulnerável(veis) sob o impacto de uma mudança irreversível; ou
PMH – Critérios da UNESCO (2)
6–Estar diretamente ou tangivelmente associado a eventos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, com trabalhos artísticos e literários de destacada importância universal; 
7–Conter fenômenos naturais excepcionais ou áreas de beleza natural e estética de excepcional importância; ou
8–Ser um exemplo excepcional representativo de diferentes estágios da história da Terra, incluindo o registro da vida e dos processos geológicos no desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos ou fisiográficos importantes; ou
9–Ser um exemplo excepcional que represente processos ecológicos e biológicos significativos da evolução e do desenvolvimento de ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos ou aquáticos e comunidades de plantas ou animais; ou
10 –Conter os mais importantes e significativos habitats naturais para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo aqueles que contenham espécies ameaçadas que possuem um valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação.
Patrimônios Culturais da Humanidade
Exemplares no Mundo (1)
África: Sítios c/fósseis de hominídeos em Sterkfontein, Kondraai, Swartkrans e arredores – África do Sul (2005); e Menfis e sua Necrópole (Gizé) – Egito (1979)
Ásia: Templo hindu de Preah Vihen – Camboja (2008); e Exército de Terracota – China (1987)
América: Missões Jesuíticas dos Guaranis –Argentina (1984); Pq. Nacional de Nahanni – Canadá (1978); e Cidade Antiga de Havana – Cuba (1982); Estátua da Liberdade – EUA (1984)
Patrimônios Culturais da Humanidade
Exemplares no Mundo (2)
Europa: Caverna de Altamira e arte rupestre paleolítica - Espanha (1985); Cento Histórico de Viena – Áustria (2001); Mosteiro dos Jerônimos – Portugal (1983)
Eurasia: Cidade fortificada de Baku c/Palácio Shirvanshahs e a Torre da Donzela – Azerbaijão (2000)
.
Oceania: Ópera de Sidney – Austrália (2007)
Nórdicos: Túmulos, Pedras Rúnicas e Igreja de Jelling – Dinamarca (1994)
Sterkfontein, África
Descoberta de hominídios Australoptecus (1936)
Menfis e sua Necrópole
Planície de Gizé e as principais Pirâmides
Templo hindu de Preah Vihen 
Séc. XI - Camboja
Exército de Terracota
China – Séc. III a.C.
Missões Jesuíticas
Séc.XVI, Argentina
Parque.Nacional de Nahanni 
Canadá
Cidade Antiga de Havana 
Cuba – Séc. XVI/XX
Estátua da Liberdade
EUA - 1886
Caverna de Altamira
Espanha
Centro Histórico de Viena
Áustria 
Mosteiro dos Jerônimos
Belém – Lisboa Portugal – Séc. XVI
Cidade fortificada de Baku
Azerbaijão, Séc. XI
Ópera de Sidney (Teatro)
Sidney, Austrália - 1959/1973
Pedras Rúnicas, Túmulos reais e Igreja de Jelling
Séc. X, Dinamarca
Patrimônio Imaterial da Humanidade
Também chamado Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade, é uma distinção criada em 1997 pela UNESCO, visando a proteção e o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial.
São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.
Os bens são escolhidos a cada dois anos, a partir das candidaturas apresentadas pelos países signatários da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003. 
A primeira lista de bens inscritos foi divulgada em 2001, seguida por outras duas, em 2003 e 2005, totalizando 90 bens imateriais inscritos.
Patrimônio Imaterial da Humanidade
Cada obra está classificada em pelo menos umas das seguintes categorias:
Espaços culturais
Saber tradicional
Tradição oral
Artes cênicas
Rituais e festas
Patrimônio Imaterial da Humanidade
Exemplares no Mundo (1)
África (18 obras-primas): Espaço Cultural da Pça. Jamaa el-Fna (grande praça em Marrakesh, um símbolo da cidade desde a sua fundação no séc. XI) – Marrocos, 2001.
América (17 obras-primas): Festas Indígenas dedicadas aos Mortos - México , 2003.
Ásia (34 obras-primas): Cantos Baul (trovadores místicos do Bangladesh rural e do Bengala Ocidental, na Índia. O movimento Baul atingiu o clímax nos séculos XIX e XX) - Bangladesh, 2005.
Patrimônio Imaterial da Humanidade
Exemplares no Mundo (1)
Europa (19 obras-primas): Ópera dei Pupi (tipo de teatro de marionetas que surgiu no início do século XIX, na Sicília) – Itália, 2001.
Oceania (02 obras-primas): Desenhos na Areia de Vanuatu (forma ritual de expressão produzida por especialistas, que usam um único dedo para compor padrões geométricos complexos, e no entanto produzidos com uma única linha) - Vanuatu, no Pacífico Sul, 2003.
Espaço Cultural da Pça. Jamaa el-Fna
 Marrakesh, séc. XI – Marrocos
Festas Indígenas dedicadas aos Mortos
México – Anterior à chegada dos espanhóis 
Cantos Baul
Música folclórica, antiga em Bangladesch
Ópera dei Pupi
Teatro de Marionetes s/Carlos magno - Itália, séc. XIX
Desenhos na Areia de Vanuatu
Tradição Indígena - Pacífico Sul
Cartas Patrimoniais
Apesar de iniciativas mais remotas em prol da conservação e preservação dos bens culturais, históricos e naturais em diversas sociedades, o Século XX notabilizou-se por testemunhar ações mais concretas, por parte de governos e sociedades civis, no sentido da proteção do Patrimônio Cultural.
Assim, são inúmeros os encontros/congressos realizados em diversos países, ao longo do século XX, marcados pelo pensamento preservacionista, notadamente do patrimônio arquitetônico.
De tais encontros, resultaram documentos e declarações que sinalizam ações e diretrizes de caráter racional, voltadas para a preservação, o restauro e a conservação das edificações históricas em todo o mundo. Um exemplo disso é a Carta de Atenas, de 1931, e a Carta de Veneza, de 1964, entre outras.
Principais Cartas Patrimoniais
Carta de Atenas-1931- Sociedade das Nações 
Recomendação de Nova Delhi 
Recomendação Paris 1962 
Carta de Veneza-1964 
Normas de Quito 
 Declaração de Estocolmo 
Declaração de Amsterdã
Recomendações de Nairóbi  
Carta de Machu Picchu -1962
Carta da Itália - 1987
Carta de Washington 1987
Recomendação Paris 1989 Compromisso Brasília-1970
 Conferência de Nara Compromisso Salvador-1971
 Carta Brasília-1995 Carta do Rio - 2012
 Carta de Mar del Plata 
 
A Carta de Atenas - 1931
Foi elaborada durante o I Congresso Internacional
de Arquitetos e Técnicos em Monumentos, ocorrido na Grécia em 1931.
Discutiu a longevidade dos monumentos históricos ameaçados pelos agentes atmosféricos. 
Recomenda que seja realizado o monitoramento constantes das condições físicas desses monumentos ameaçados.
Norteou princípios gerais e doutrinários acerca da proteção dos monumentos de restauração moderna.
Propõe ainda a adoção de diretrizes de caráter interdisciplinar, sugerindo a interação entre responsáveis pelos monumentos, arquitetos, físicos e químicos.
A Carta é um avanço no tocante à preocupação com a conservação preventiva de monumentos, e também por preconizar a educação patrimonial no mundo.
Recomendação Paris - 1962
Adotada pela UNESCO, em sua 12ª Sessão, em 12/12/1962.
Relaciona-se à proteção da beleza e do caráter das paisagens e sítios.
“Considerando, entre outros pontos, que as paisagens e sítios constituem um fator da vida econômica e social de um grande números de países, assim como um elemento importante das condições de higiene de seus habitantes, [ ] recomenda”:
 III – Medidas de Salvaguarda
 A salvaguarda das paisagens e sítios deveria ser assegurada com o auxílio dos seguintes métodos:
-Controle geral por parte das autoridades competentes;
-inserção de restrições nos planos de urbanização e no planejamento em todos os níveis;
-Proteção legal por zonas, das paisagens extensas;
-Proteção legal dos sítios isolados;
-Criação e manutenção de reservas naturais e parques naturais;
Aquisição de sítios pelas coletivas públicas.
A Carta de Veneza - 1964
Elaborada no II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos, realizado na Itália em 1964.
Também contribuiu para o progresso da conservação preventiva patrimonial, incluindo-a nas diretrizes políticas sobre Patrimônio Cultural, reafirmando a relevância de tais bens culturais para uma sociedade.
Destaca os resultados obtidos pela Carta de Atenas, como a publicação de documentos alusivos ao tema e também a criação do Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauração dos Bens Culturais, criado pela UNESCO.
Reafirma o caráter científico da conservação preventiva, atividade ímpar para a salvaguarda do patrimônio monumental.
Carta de Macchu Picchu - 1977
Este documento apresenta-se como um ponto de partida para a atualização das Cartas de Atenas (1931 e 1933), onde se transcrevem complementações a fim de que os processos anteriores se adaptem as condições atuais, tanto em planejamento como em arquitetura.
Reafirma a unidade dinâmica essencial das cidades e suas regiões, já reconhecida pela Carta de Atenas, e afirma como objetivo do planejamento geral a interpretação das necessidades humanas e a realização de um contexto apropriado à população.
Cita como necessidade atual que as políticas oficiais que regem o desenvolvimento urbano incluam, tanto no planejamento urbano, como no econômico ou no projeto arquitetônico, medidas imediatas para evitar a acentuada degradação do meio ambiente urbano e para conseguir a restauração da integridade básica do meio ambiente
A Carta da Itália - 1987
Apresentada no Congresso Internacional sobre Bens Culturais e Ambientais, em 1987.
Ela consolida "Carta Italiana de Restauro" de 1972, apresentando definições afins à conservação preventiva.
Também apresenta definições quanto a conservação, prevenção, salvaguarda, manutenção e restauração do patrimônio arquitetônico.
Propõe que conservação e restauração podem ser atividades concomitantes, ou não.
Define, ainda, que um programa de restauração depende de adequado programa de salvaguarda, manutenção e prevenção.
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ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios
Trata-se de uma organização civil internacional ligada à UNESCO, criada em 1964 durante o II Congresso de Arquitetos, em Veneza.
Entre suas atribuições está o aconselhamento às nações interessadas no que se refere aos bens que receberão classificação de Patrimônio Cultural de Humanidade.
A entidade conta com 7.500 associados em mais de 100 países, inclusive o Brasil, organizados em Comitês Nacionais nos cinco continentes. Sua sede é em Paris.
Desenvolve ampla atividade no tocante à formação, publicações, turismo cultural e arqueologia, além de desenvolver técnicas, princípios e políticas de conservação, proteção e reabilitação do Patrimônio Cultural nos países membros.
No Brasil, o ICOMOS se apresenta como uma associação civil, não-governamental, fundada em 1978, e com sede no Paraná. 
Os Museus
- Mouseion = Casa das Musas -
Uma atividade antiga no mundo.
“Uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade”. (International Council of Museums). 
“Processos a serviço da sociedade”. Política Nacional de Museus.
No Brasil, a atividade museológica tem início à época da Corte portuguesa no Brasil, no início do século XIX.
“Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura”. (Marcos Conceituais – MTur).
Além disso, outros recortes como turismo cívico, religioso, místico/esotérico e étnico também são considerados segmentos específicos do Turismo Cultural, o que gera amplas oportunidades para desenvolver roteiros adaptados a diversos gostos e necessidades, tanto do turista nacional quanto do estrangeiro.
Sítios históricos, espaços e instituições culturais, festas, festivais e celebrações locais, artesanato e produtos típicos, música, dança, teatro, cinema, feiras e mercados tradicionais compõem o Turismo Cultural.
O Turismo Cultural
Preservar, Conservar e Restaurar
A atividade turística muito depende do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural de uma determinada localidade.
Daí a necessidade de políticas públicas, e também privadas, no sentido da preservação, da conservação e, quando for o caso, do restauro dos bens materiais alvo da atividade turística. 
Tais atitudes carecem, necessariamente, de uma política preservacionista capitaneada pelos governos dos países, em associação com a sociedade civil, ao mesmo tempo em que se valorize uma prática de educação patrimonial junto à sociedade.
Bibliografia
http://www.ipham.gov.br – 07/05/2013
www.cpdoc.patrimoniocultural.pr.gov.br – 05/2013
www.historiaehitoria.com.br – 05/2013
http://jus.com.br – 05/2013
http://wikipedia.org – 05/2013, 09/2013
www.icomos.org.br – 05/2013
http://blogs.mp.mg.gov.br – 05/2013
www.unesco.org.br – 08/2013
www.cultura-alentejo.pt - 09/2013
www.sigep.cprm.gov.br – 09/2013
www.google.com.br - 08/2013
LEMOS.Carlos A.C. O que é Patrimônio? 2ª ed. Ed. Brasiliense:SP. 2010.
FUNARI, Pedro Paulo/PELEGRINI, Sandra C.A. Patrimônio Histórico e Cultural. Ed. Zahar: RJ. 2006.

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