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Saneamento básico


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Saneamento básico, limpeza urbana, qualidade de vida e turismo
Saneamento básico define um conjunto de técnicas adotadas por um governo com a finalidade de proporcionar uma situação higiênica saudável para sua população. Com estas medidas, é possível garantir a qualidade de vida e a promoção da saúde, evitando assim a proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, garante-se a preservação do meio ambiente e facilita-se a atividade econômica.
Segundo Caroline Machado, repórter da revista Dom Total; o relatório Progresso sobre Saneamento e Água Potável 2013 – divulgado por duas agências da ONU, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) – , aponta que cerca de 2,4 bilhões de pessoas, ou seja, um terço da população mundial, ainda estarão vivendo sem saneamento básico em 2014, ano que antecede o prazo final para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). 
Falta de saneamento básico, problemas com o abastecimento e distribuição de água e a falta de limpeza urbana são fatores que interferem na qualidade de vida das pessoas, essa é a atual situação que Jaboatão Centro vem sofrendo.
Elias Gomes, prefeito de Jaboatão dos Guararapes afirma que em 2016 haverá no mínimo 30% do esgotamento sanitário e prevê a cobertura praticamente universalizada até próxima década para o município. Porém através de pesquisas em blogs, sites e redes sociais, percebe-se que a população está insatisfeita, as pessoas alegam que o prefeito não esta cumprindo o que foi proposto em sua campanha política, principalmente na área de pavimentação das ruas e saneamento básico. Ou seja, o prefeito Elias Gomes prometeu que iria investir bastante na área de saneamento básico, mas para a população esse grande investimento não foi feito.
Em relação à limpeza dos bairros, destaca-se que no final 2012 que a prefeitura de Jaboatão abriu uma nova licitação para contratar uma empresa de limpeza urbana. Na época essa situação afetou todo o município com a falta ou coleta de lixo ineficiente. Mesmo com a nova contratação em 2013 a população ainda questionava a ineficácia do serviço.
 De acordo com o secretário executivo de limpeza urbana, Marconi Madruga, a empresa contratada para realizar o serviço de coleta está em fase de adaptação, pois ainda não conhece toda a região. “Após o período de contratação da nova empresa tivemos duas dificuldades: inicialmente a falta de equipamentos necessários para a empresa atuar e depois a adaptação dos funcionários para conhecer a região”. 
Na concepção do planejamento para o município, existem instrumentos normativos que podem condicionar e colaborar com a prestação dos serviços de limpeza urbana, são eles, plano diretor, lei do uso e ocupação do solo, lei de parcelamento do solo urbano, código de obras e código de posturas.
Plano diretor:
 “Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)”.
Lei do uso e ocupação do solo; Indica zonas específicas para a instalação de aterros sanitários. Lei de parcelamento do solo urbano; está relacionada com a urbanização da cidade e diretamente com a coleta de resíduos e limpeza urbana. Código de obras que disciplina as edificações, preservando as condições de higiene, saúde e segurança. Código de posturas que regula os espaços de usos públicos ou coletivos e disciplina a colocação dos resíduos sólidos nas vias públicas, entre outras disposições (CEMPRE, 2000).
Ainda falando de limpeza urbana não podemos esquecer-nos da educação ambiental em todos os níveis de ensino e campanhas educativas. Pesquisas apontam que municípios que promove campanhas educativas apresentam menores custos para a manutenção da limpeza urbana.
O papel da educação ambiental que propõe mudanças de hábitos para a população é aplicado dentro do contexto histórico da reciclagem, que garante a redução de volume de lixo que é disposto em aterros, prolongando sua vida útil (NEDER, 1998).
 Todo cidadão tem direito a uma boa qualidade de vida, é lei, tratamento de esgoto, água potável e coleta são direitos garantidos constitucionalmente em nosso país. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 O que percebemos é que a falta de saneamento básico e limpeza urbana fica impossível Jaboatão Centro oferecer uma qualidade de vida ideal para os moradores. E para o turismo, muito menos, para que essa localidade receba fluxo turístico é necessário que antes se tenha uma preocupação com os residentes, se esses não possuírem condições humanas mínimas como que os turistas vão olhar algum atrativo na localidade. Vão ver uma região pobre, de aspecto feio e marginalizado, suscetível a doenças, que é fruto de uma má gestão do poder público. Estamos certos de que uma melhora nos índices de coleta e tratamento de esgotos traria benefícios aos bairros e, consequentemente, mais turistas e mais renda. Sem se esquecer é lógico da preocupação com segurança, oferta de atrativos turísticos e serviços de hospedagem, entre outros.
 Falando em âmbito nacional um país que receberá milhares de turistas durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 deveriam priorizar os investimentos nessa área, fundamental para o desenvolvimento e para a melhoria geral da qualidade de vida.
Referências
 
Lixo na Lagoa Olho D’ água aumenta. Herbert Fernandes. Disponível em:<http://www.lagoaolhodagua.com.br/2010/11/lixo-na-lagoa-olho-dagua-aumenta.html >. Acesso em : 28 de setembro de 2013.
Saneamento básico: qualidade de vida e preservação do meio ambiente. Disponível em:<http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/05/saneamento-basico-qualidade-de-vida-e-preservacao-do-meio-ambiente.html> Acesso em: 28 de setembro de 2013.
Crise: evitando falar do assunto, Prefeitura de Jaboatão abrirá nova licitação para contratar empresa de limpeza urbana. Hebert Fernandes. Disponível em:<
http://www.lagoaolhodagua.com.br/2012/12/crise-evitando-falar-do-assunto.html>. Acesso em: 29 de setembro de 2013.
Comunidade continua cercada de lixo em Jaboatão. Mariana Fabrício. Disponível em:<http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2013/01/04/interna_vidaurbana,416246/comunidade-continua-cercada-de-lixo-em-jaboatao.shtml>. Acesso em 29 de setembro de 2013.
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