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DIREITO CONSTITUCIONAL II Aula 10- Poder Judiciário DIREITO CONSTITUCIONAL II Conteúdo Programático desta aula � Organização do Poder Judiciário. � Elaboração dos exercícios. PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (art. 103-B, CF/88, Emenda 61/09) • Composição (art. 103-B, caput, incisos I a XIII, §§§1º a 3º) • Constitucionalidade da sua criação (ADI 3367/DF) • Atribuições (art. 103-B, §4º): • Controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e controle dos deveres funcionais dos juízes • Poder normativo: (ADC 12/DF) PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II TSE – Composição •3 Ministros do STF •2 Ministros do STJ •2 advogados PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II STM - Composição • • • • • • 3 4 3 3 1 1 Oficiais-generais da Marinha Oficiais-generais do Exército Oficiais-generais da Aeronáutica Advogados Juiz Auditor da Justiça Militar membro do Ministério Público Militar PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II STF PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II STF – Composição • 11 Ministros • Nomeados pelo PR após aprovação da maioria absoluta do Senado • Brasileiro nato (art. 12, § 3º, IV) • Idade entre 35 e 65 anos • Notável saber jurídico • Reputação ilibada PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II STJ PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II STJ – Composição • No mínimo 33 Ministros • Nomeados pelo Presidente após aprovação da maioria absoluta do Senado • Admite-se brasileiro naturalizado • Idade entre 35 e 65 anos • Notável saber jurídico • Reputação ilibada PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II STJ – Composição • 1/3 entre membros dos TRF • 1/3 entre membros do TJ • 1/3 entre advogados e membros do MP PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II 1) O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil indicou nome de Advogados compondo lista sêxtupla de candidatos ao cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça. Por sua vez, posteriormente, o STJ comunicou ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil que nenhum dos seis Advogados indicados obteve aprovação para figurar na lista tríplice que seria submetida pelo STJ ao Presidente da República para a escolha de novo Ministro para a composição desse Tribunal. Tendo em vista esta situação, o Conselho Federal impetrou Mandado de Segurança com o argumento de que a decisão do STJ violaria o disposto nos artigos 94, parágrafo único e 104, parágrafo único, II, da Constituição, eis que o STJ não poderia deixar de elaborar a lista tríplice a ser encaminhada ao Presidente da República a partir da lista encaminhada pela OAB. A matéria foi em grau de recurso submetida ao crivo do STF. Com apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal indique a solução para a lide. PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II 2) (Questão 42 Exame 27 OABRJ) O Conselho Nacional de Justiça: a) Constitui-se exclusivamente de magistrados, para que não haja questionamentos quanto à inconstitucionalidade de sua criação frente ao princípio da separação de Poderes. b) É órgão de controle externo do Poder Judiciário. c) Exerce função jurisdicional, por ser integrante da estrutura do Poder Judiciário. d) Não exerce função jurisdicional, apesar de pertencer à estrutura do Poder Judiciário. PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II 1) O STJ exerce função, ou dever-poder, e assim tem a competência de escolher ou não dentre os nomes indicados pela OAB. “A Constituição determina que um terço dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça seja nomeado dentre ‘advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94’. A elaboração da lista tríplice pelo STJ compreende a ponderação de dois requisitos a serem preenchidos pelos advogados incluíveis na terça parte de que se cuida [notório saber jurídico e reputação ilibada] e a verificação de um fato [mais de dez anos de efetiva atividade profissional]. Concomitantemente, a escolha de três nomes tirados da lista sêxtupla indicada pela OAB. O STJ está vinculado pelo dever-poder de escolher três advogados cujos nomes comporão a lista tríplice a ser enviada ao Poder Executivo. Não se trata de simples poder, mas de função, isto é, dever-poder. Detém o poder de proceder a essa escolha apenas na medida em que o exerça a fim de cumprir o dever de a proceder. Pode, então, fazer o quanto deva fazer. Nada mais. Essa escolha não consubstancia mera decisão administrativa, daquelas a que respeita o art. 93, X, da Constituição, devendo ser apurada de modo a prestigiar-se o juízo dos membros do tribunal quanto aos requisitos acima indicados, no cumprimento do dever-poder que os vincula, atendida inclusive a regra da maioria absoluta. Nenhum dos indicados obteve a maioria absoluta de votos, consubstanciando-se a recusa, pelo STJ, da lista encaminhada pelo Conselho Federal da OAB. Recurso ordinário improvido.” (RMS 27.920, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 6102009, Segunda Turma, DJE de 4122009.) PODER JUDICIÁRIO– AULA 10 DIREITO CONSTITUCIONAL II 2) letra d) O Conselho Nacional de Justiça é órgão do Poder Judiciário (art. 92 da CF) que não exerce função jurisdicional. Desta feita, suas decisões tem coloração apenas administrativa, conforme pode ser entendido pela leitura do Art. 103B, § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (...) “Não se desconhece que o CNJ – embora incluído na estrutura constitucional do Poder Judiciário – qualifica-se como órgão de caráter eminentemente administrativo, não dispondo de atribuições institucionais que lhe permitam exercer fiscalização da atividade jurisdicional dos magistrados e Tribunais.” (MS 27.148, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 2052010, DJE de 2652010.) No mesmo sentido: MS 28.611MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 862010, DJE de 1462010. PODER JUDICIÁRIO– AULA 10