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CCJ0020-WL-B-APT-07-Direito Constitucional II -Respostas Plano de Aula

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Constitucional II 
Profa.: Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha 
Disciplina: 
CCJ0020 
APT: 
007 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 3 
Data: 
29/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0020/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-07 
 
1-Segundo a CF, aos membros do Poder Legislativo Municipal: 
 
 São asseguradas, em observância ao princípio da simetria, as mesmas prerrogativas formais e materiais 
garantidas aos membros do Poder Legislativo Federal. (ERRADO. O Poder Legislativo Municipal não possui 
Imunidade Formal ou Processual. Só se iguala ao Poder Legislativo Federal no contexto da Imunidade Material). 
 São asseguradas apenas as imunidades materiais, visto que lhes é garantida a inviolabilidade por suas 
opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do município. (CERTO). 
 É assegurada imunidade formal, não podendo eles sofrer persecução penal pela prática de delitos, sem prévia 
licença da respectiva câmara municipal. (ERRADO. O Poder Legislativo Municipal não possui Imunidade Formal, 
esta é apenas prerrogativa do Poder Legislativo Federal. Conforme o Art. 53, §2º da CRFB/88. Art. 53. Os 
Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 2º 
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante 
de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, 
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão). (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001). 
 Não são asseguradas imunidades formais nem materiais. (ERRADO. O Poder Legislativo Municipal possui 
Imunidade Material, conforme o Art. 29, VIII, da CRFB/88. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada 
em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 
respectivo Estado e os seguintes preceitos: VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e 
votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município). (Renumerado do inciso VI, pela Emenda 
Constitucional nº 1, de 1992). 
 
RESPOSTA: B. São asseguradas apenas as imunidades materiais, visto que lhes é garantida a inviolabilidade por 
suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do município. 
 
2- No que se refere às prerrogativas conferidas aos parlamentares federais, assinale a opção correta: 
 
 A imunidade parlamentar formal não possibilita a suspensão da prisão e do processo por maioria absoluta dos 
membros da respectiva casa. (ERRADO. A Imunidade Formal possibilita sim a suspensão da prisão e do 
processo por maioria absoluta dos membros da respectiva casa. De acordo com o Art. 53, §2º da CRFB/88. Art. 
53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e 
votos. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em 
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa 
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão). (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 35, de 2001). 
 Os crimes contra a honra praticados por congressistas, no exercício formal de suas funções, somente poderão 
ser submetidos ao Poder Judiciário após o término do mandato do parlamentar. (ERRADO. A Imunidade Formal 
possibilita a suspensão da prisão e do processo por maioria absoluta dos membros da respectiva casa. Neste 
tocante os congressistas só serão submetidos ao Poder Judiciário, se aprovado pela maioria dos membros da 
respectiva Casa, de acordo com o Art. 53, §2º da CRFB/88. Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, 
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 2º Desde a expedição do diploma, os 
membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, 
os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus 
membros, resolva sobre a prisão). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001). 
 Recebida a denúncia contra senador ou deputado a suspensão do processo pode ser por iniciativa do 
parlamentar réu ou do partido político a que é filiado. (ERRADO. De acordo com o Art. 53, §3º da CRFB/88, é por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão 
final, sustar o andamento da ação. Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime 
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Constitucional II 
Profa.: Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha 
Disciplina: 
CCJ0020 
APT: 
007 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 3 
Data: 
29/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0020/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP 
partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o 
andamento da ação). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001). 
 A imunidade parlamentar formal possibilita a suspensão da prisão e do processo por manifestação da maioria 
absoluta dos membros da respectiva casa. (CERTO). 
 
RESPOSTA: D. A imunidade parlamentar formal possibilita a suspensão da prisão e do processo por manifestação 
da maioria absoluta dos membros da respectiva casa. 
 
Caso Concreto: 
 
Após ampla investigação, os Ministérios Públicos Federal e Estadual concluíram que determinados 
Deputados Federais e Estaduais, todos pertencentes à mesma legenda partidária, haviam recebido vantagem 
pecuniária para que votassem favoravelmente a determinados projetos legislativos de interesse de grandes 
empreiteiras do País. Considerando que a conduta dos parlamentares, a teor do art. 37, § 4º, da CR/88 e da Lei nº 
8.429/92, configuraria ato de improbidade, os membros do Ministério Público, com atribuição, ajuizaram ações em 
face daqueles, em primeira instância, pleiteando a aplicação das penalidades cabíveis. 
Ao tomarem conhecimento do ajuizamento das ações, os Presidentes das Casas Legislativas a que 
pertenciam os ilustres parlamentares afirmaram o seguinte: a) o juízo monocrático não teria competência para 
processar e julgar as ações; b) os parlamentares não poderiam ser punidos pela prática dos referidos atos; e c) as 
Casas Legislativas, a qualquer tempo, teriam autonomia para suspender o trâmite das ações. 
À luz do sistema constitucional pátrio, esclareça, de forma fundamentada, se são corretas as assertivas 
referidas no parágrafo anterior. 
 
 O juízo monocrático não teria competência para processar e julgar as ações. 
 
CORRIGIR 
VER ART %#, VER LEI 1079/50 
RESPOSTA: D. Não, o juiz monocrático não teria essa competência (pois é uma decisão individual – 1 juiz), 
sendo assim, o STF teria a competência para julgar. O foro privilegiado, ou foro por prerrogativa de função é, 
como o próprio nome diz, um privilégio concedido a autoridades políticas de ser julgado por um tribunal diferente 
ao de primeira instância, em que é julgada a maioria dos brasileiros que cometem crimes. De acordo com o Art. 
102, I, b da CRFB/88: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o 
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República). 
 
 Os parlamentares não poderiam ser punidos pela prática dos referidos atos. 
 
RESPOSTA: SIM. Poderão ser punidos, seguindo a prerrogativa do Art. 53, §3º da CRFB/88. Art. 53. Os 
Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 3º 
Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal 
Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da 
maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação). (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001). 
 
 As Casas Legislativas, a qualquer tempo, teriam autonomia para suspender o trâmite das ações. 
 
RESPOSTA: NÃO. Só há de se falar em suspensão da prática dos atos de um processo criminal. 
 
Leitura Complementar: Espécies de Prerrogativas Parlamentares asseguradas na CF/88 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imunidade_parlamentar 
 
Denomina-se imunidade parlamentar a prerrogativa que assegura aos membros do parlamento o 
livre exercício de suas funções, protegendo-os contra processos judiciários tendenciosos ou prisão 
arbitrária. "Darcy Azambuja”. 
As prerrogativas parlamentares se distinguem em duas espécies principais, imunidades material 
e formal, mas há outras previstas no art. 53 da CF/88, com redação dada pela Emenda 35/01: 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Constitucional II 
Profa.: Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha 
Disciplina: 
CCJ0020 
APT: 
007 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 3 
Data: 
29/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0020/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP 
Imunidade Material - caput - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, 
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A Inviolabilidade, por opiniões, palavras e 
votos abrange os parlamentares federais (art. 53, CF 88), os deputados estaduais (art. 27, § 
1º, CF 88) e, nos limites da circunscrição de seu Município, os vereadores (art. 29, VIII, CF 
88) - sempre no exercício do mandato. 
Imunidade Formal - § 2º - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional 
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos 
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da 
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 
 
O STF entende que sentença condenatória criminal transitada em julgado também é fato que 
autoriza a prisão de deputados federais e senadores, por ser conforme o art.15 da CF/88 fato que gera 
a suspensão dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da pena. 
§ 3º - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a 
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa 
de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a 
decisão final, sustar o andamento da ação; 
§ 4º - O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora; 
§ 5º - A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. 
 
Foro Privilegiado - § 1º - Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão 
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
 
Testemunho Limitado - § 6º - Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que 
lhes confiaram ou deles receberam informações. 
 
Incorporação às Forças Armadas - § 7º - A incorporação às Forças Armadas de Deputados e 
Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa 
respectiva. 
 
Estado de Sítio - § 8º - As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de 
sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos 
casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. 
 
Ressalte-se que aqueles que meramente reproduzem opiniões, palavras e votos de 
parlamentares são também irresponsáveis civil e penalmente. 
 
 
 
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Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
 
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