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1 OBRAS HIDRÁULICAS BARRAGENS ORGÃOS DE CONTROLE » VERTEDOUROS » DESCARREGADORES » COMPORTAS USINAS HIDRELÉTRICAS ENGENHARIA ECONÔMICA (AVALIAÇÃO DE PROJETOS) SEGURANÇA DE OBRAS 2 BARRAGENS BARRAGEM = ESTRUTURA PERMANENTE DESTINADA A OBSTRUIR UM RIO OU VALE PARA CRIAR UM DESNÍVEL. UMA BARRAGEM ESTÁ SUJEITA PERMANENTEMENTE A UM DESNÍVEL DE ÁGUA. DIQUE = ESTRUTURA SUJEITA AO DESNÍVEL APENAS TEMPORARIAMENTE. A PALAVRA DIQUE É TAMBÉM USADA PARA UMA BARRAGEM DE TERRA DE PEQUENA ALTURA (h<10m). ENSECADEIRA = ESTRUTURA TIPO BARRAGEM DE CARÁTER TEMPORÁRIO PARA DESVIAR UM RIO DURANTE A CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA HIDRÁULICA. 3 FINALIDADE DAS BARRAGENS CRIAR RESERVATÓRIOS – REGULARIZAÇÃO – DETENÇÃO – RECREAÇÃO DESVIAR CURSOS DE ÁGUA CONTROLE CHEIAS NAVEGAÇÃO (PROFUNDIDADE) CRIAR DESNÍVEL (USINAS HIDRELÉTRICAS) 4 5 TIPOS DE BARRAGENS GRAVIDADE – CONVENCIONAL – ALVENARIA ARCO – CONCRETO/ALVENARIA CONTRAFORTES – AMBURSEN – ARCO MÚLTIPLO – SEMI-MACIÇO ATERRO – TERRA – ENROCAMENTO • NÚCLEO DA ARGILA • NÚCLEO CONCRETO • FACE CONCRETO • FACE ASFALTO OUTROS – MADEIRA – AÇO 6 BARRAGEM À GRAVIDADE 7 BARRAGEM EM ARCO 8 BARRAGEM DE CONTRAFORTE 9 BARRAGEM DE TERRA 10 11 RESERVATÓRIO DE ITAIPU 12 PERFIL – RESERVATÓRIO ITAIPU 13 BARRAGENS DE CONCRETO ITAIPU 14 BARRAGENS DE CONCRETO ITAIPU 15 BARRAGENS AUXILIARES TERRA – ITAIPU – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS 16 HIDROLOGIA DE ITAIPU 17 HIDROLOGIA DE ITAIPU 18 FOZ DO AREIA 19 FOZ DO AREIA 20 TIPOS DE BARRAGENS 21 BARRAGENS Rio Nilo - 4000 a. C. - Menfis Barragem de Almanza - Espanha - XVI Hoover - Colorado - USA Itaipu - rio Paraná - Brasil Três Gargantas - rio Yangtse - China 22 23 PONTOS CRÍTICOS NA SEGURANÇA CAUSAS DE COLAPSOS • FUNDAÇÕES » SUBPRESSÃO » PERCOLAÇÃO (“PIPING”) • EVENTOS HIDROLÓGICOS • TERREMOTOS E DESLIZAMENTOS • “PIPING” NA BARRAGEM • ERROS NA OPERAÇÃO/PROJETO • RECALQUES IMPORTANTE EFETUAR ESTUDOS DETALHADOS E PRECISOS DE • HIDROLOGIA • GEOLOGIA • MATERIAIS DE CONTRUÇÃO 24 EXEMPLOS – GRAVIDADE, CONTRAFORTE E ARCO BARRAGENS À GRAVIDADE - CONCRETO • PEIXOTO • JUPIÁ • DIVISA • JURUMIRIM BARRAGENS CONTRAFORTE • ITAIPU • EDGARD DE SOUZA • SALTO GRANDE BARRAGENS ARCO • FUNIL 25 EXEMPLOS – BARRAGENS DE TERRA BARRAGENS DE TERRA • CAPIVARI-CACHOEIRA • ÁGUA VERMELHA • ILHA SOLTEIRA • GUARAPIRANGA • BALBINA • SAMUEL • PORTO PRIMAVERA 26 EXEMPLOS – BARRAGENS DE ENROCAMENTO BARRAGENS DE ENROCAMENTO • SALTO OSÓRIO – RIO IGUAÇU • SALTO SANTIAGO – RIO IGUAÇU • ITAÚBA • FURNAS • FOZ DO AREIA – RIO IGUAÇU • SEGREDO – RIO IGUAÇU • ESTREITO • JAGUARA 27 28 29 30 Vista Geral 31 Vertedouro 32 Tomada d’água e condutos forçados 33 34 Casa de Força 35 36 37 FUNIL TURBINAS TIPO FRANCIS – EIXO VERTICAL POTÊNCIA (H=62m) 72 000kW POTÊNCIA NA QUEDA MÁXIMA (h=71,5m) 77 420kW POTÊNCIA NA QUEDA MÍNIMA (h=53,0m) 53 000kW RENDIMENTO MÁXIMO 93% VALOR DE ROTAÇÃO 163 rpm VELOCIDADE DE DISPARO 348,0 rpm ENGOLIMENTO NOMINAL 123,0m3/s ENGOLIMENTO MÁXIMO 134,0m3/s DIÂMETRO DO ROTOR 4,28m GERADORES TIPO UMBRELLA 38 39 SELEÇÃO DO TIPO DE BARRAGEM CONDIÇÕES LOCAIS • GEOLOGIA • FUNDAÇÕES • TOPOGRAFIA • DISPONIBILIDADE DE MATERIAIS • HIDROLOGIA CUSTO (MÁXIMO BENEFÍCIO/CUSTO) TRADIÇÃO (EXPERIÊNCIA PROJETISTA) TECNOLOGIA (EXPERIÊNCIA CONSTRUTOR) RAZÕES ESTÉTICAS SEGURANÇA 40 FORÇAS ATUANTES ATIVAS – PESO – EMPUXO HIDROSTÁTICO • HORIZONTAL • VERTICAL – SUBPRESSÃOINCERTEZAS • DRENAGEM • INJEÇÕES – SEDIMENTOS – AÇÃO GELO – FORÇAS SÍSMICAS PASSIVAS – ATRITO – REAÇÕES • FUNDAÇÃO • OMBREIRAS – TENSÕES • NORMAIS • TANGENCIAIS (ESCORREGAMENTO) 41 FORÇAS ATUANTES Impermeáveis à água e resistentes às forças ATIVAS: Gravidade - peso da barragem - W Pressão hidrostática - Hh e Hv Subpressão - Pa Sedimentos Pressão do gelo - Fi Forças sísmicas - hidrostática Ew e inércia Ed 42 FORÇAS ATUANTES PASSIVAS: Atrito Reações (fundações e ombreiras) Tensões (normais, tangenciais, (escorregamento)) 43 FORÇAS ATUANTES 44 PESO DA BARRAGEM Produto do volume da barragem pelo peso específico dos materiais constituintes CG - centro da área da seção transversal VW 45 FORÇAS HIDROSTÁTICAS Atuam nos paramentos de montante e jusante Componente horizontal CG da base Componente vertical CG da coluna de água 2 2h Hh 1VHv 3 h 46 SUBPRESSÃO Percolação da água entre a barragem e o terreno - gera pressões ascensionais; Função do tipo de solo e dos métodos de construção; h1 e h2 - alturas máximas de água sobre o calcanhar e o pé da barragem - t - largura t hh Pa 2 21 47 SUBPRESSÃO JUNTO À FACE DE MONTANTE h1 COMO VARIA NO MEIO? JUNTO À FACE DE JUSANTE h2 a) MENOS PERMEÁVE A MONTANTE h1 (GRADIENTE FAVORÁVEL) h2 b) MENOS PERMEÁVEL A JUSANTE (GRADIENTE ADVERSO) a h2 h1 LINEAR = K CONSTANTE (fundação homogênea) b = “SUBPRESSÃO PLENA” 48 REDUÇÃO DA SUBPRESSÃO Recordar do escoamento em meios porosos dx dh Kq em plano horizontal dhdp 1 . dx dp dx dh então K q dx dp gradiente do diagrama de subpressão Injeções de cimento próximo à face de montante reduzem “K” gradiente de pressão favorável Outra técnica de reduzir subpressãoDRENAGEMmuito eficiente 49 EFICIENCIA DA DRENAGEM drenoosemsubpressão drenoocomsubpressão h h 1 '' Em geral K1<K2 devido à cortina de injeções!!! Em geral adota-se eficiência de drenagem para projeto de 50 % a 75% TIPOS DE DRENAGEM a) Fundação sobre rocha sã – galerias – furos de 3’ a cada 2m – injeção de cimento a montante – reduz a permeabilidade. b) Fundação em terra ou rocha decomposta - cortina de impermeabilização a montante + tubo de drenagem envolvido em brita e areia (diminui a granulometria do material). 50 ANÁLISE EXATA E APROXIMADA DA SUBPRESSÃO b-x h’’ x H h* b 51 !!!)1(tan )1( 2 0 11 2 )( 2 )2)(1( 2 )( )1( )( )1( 2 1 22 )( 1 11 2 222 2 '''' '' * *'' * '' bxseOKérusartoPor Hb Se b x bxse r b xHb xbbb b H bxxbxxbxb b H x b xxb b xb H x Hhxbh S b xb Hh b xb Hh hh h h 52 SEDIMENTOS coeficiente que traduz o fato que os sedimentos não se comportam como fluido. Diagrama de pressões: triângulo de altura h (altura da deposição dos sedimentos) e base MUITAS VEZES É DESPREZADA GELO FORÇA DEVIDO À EXPANSÃO TÉRMICA DA CAMADA DE GELO (NÃO SE APLICA NO BRASIL) (VER LINSLEY & FRANZINI FIG. 7-3) – pág 217 2 2h F SH hS 53 PRESSÃO DO GELO Cobertura de gelo submetida a aumento de temperatura - dilata - exerce empuxo - paramento de montante Placas isoladas - Empuxo - f (espessura, velocidades na variação da temperatura) Cobertura total - multiplicar por 1,58 54 PRESSÃO DO GELO 55 FORÇAS SÍSMICAS Forças de inércia - massa da barragem x aceleração (a) provocada pelo terremoto - Ed Forças de inércia horizontal e vertical (momentaneamente) Oscilações - para mais ou para menos nas pressões hidrostáticas – Ew CG do fundo 2555,0 hkEw 3 4h gak / 56 INVESTIGAÇÃO GEOLÓGIA Cuidadosa!!!!!!!!! Ruptura !!!!!!!!!! Exame das rochas Ampla exploração do subsolo - sondagens Coleta de amostras Métodos geofísicos Poços perfurados devem permitir a observação direta - geólogo 57 RUPTURAS DE BARRAGENS Ruptura de camadas adjacentes do subsolo AUSTIN - Rio Colorado - Texas - cavernas terreno calcáreo subjacente; St. FRANCIS - Califórnia - efeito da umidade das águas do reservatório sobre o conglomerado de um dos pegões (ombreiras) – 1928; MALPASSET - barragem em arco - Sul França - intrusão de argila no maciço rochoso. 58 DESVIO DO RIO 59 60 ANÁLISE DE ESTABILIDADE I. CONDIÇÃO NORMAL (NA=MAX. NORMAL) II. CONDIÇÃO DE CHEIA DE PROJETO III. TERREMOTO IV. RESERVATÓRIO ASSOREADO V. SEM RESERVATÓRIO (CONDIÇÃO EM CONSTRUÇÃO) PARA CADA CASO VERIFICAR a) TOMBAMENTO b) ESCORREGAMENTO c) ROMPE, QUEBRA, ESFARELA TENSÕES NORMAIS TENSÕES TANGENCIAIS 61 BARRAGEM À GRAVIDADE Construídas de concreto A estabilidade depende do peso próprio Em geral são em linha reta, podendo apresentar curvatura Estabilidade - a análise estrutural deve considerar duas hipóteses: reservatório cheio e vazio. Exemplo - Brasil - Salto Caxias - rio Iguaçu 62 RUPTURAS NAS BARRAGENS DE GRAVIDADE Escorregamento ao longo plano horizontal Rotação em torno do pé da barragem Ruptura do material 63 ESTABILIDADE DAS BARRAGENS DE GRAVIDADE Fica no lugar? Tombamento e escorregamento Não esfarela? Tensões de cisalhamento Tensões normais Efeito da variação da temperatura 64 BARRAGENS À GRAVIDADE (CONCRETO) Simplificação (forma triangular) V1 x1 m 1 W H1 xw V2 x2 y1 H2 xs y2 S r=50% L )SxyH(yHxVxVWxM HHH SWVVV 311222211w 21 21 65 PARA ANÁLISES PRELIMINARES MUITAS VEZES USAM-SE SIMPLIFICAÇÕES COMO: a) FORMA TRIANGULAR m mH 3 2 x 2 mH W WC 2 b) PARAMENTO VERTICAL V1=0 mH c) ÁGUA SÓ A MONTANTE V2=H2=0 (TODAS ESTAS HIPÓTESES SÃO A FAVOR DA SEGURANÇA) 66 d) SUBPRESSÃO IGUAL À SUBPRESSÃO PLENA VEZES r EM TODA EXTENSÃO mH 3 2 xr 2 Hm r 2 )mH(H S S 2 (CONSERVADORISMO DEPENDE DE “r”!) r = coeficiente de Maurice-Lévy EMPUXO HIDROSTÁTICO H 3 1 y 2 H H 1 2 1 Todos os cálculos são feitos por m de largura. 67 NESTE CASO TEM-SE: a) TOMBAMENTO r m m r M M S c cc T R t 2 1 4,22 2 1 2 para r = 1 m 1,58 r = 0,5 m 0,84 r = 0,2 m 0,71 tMR M m rHmHmM H H mH mH mH mH M H H mHmHmH SWV C RC RCRC 2 3232 222 2 222 2 1 3 1 3 1 3 1 23 2 23 2 2 2 )( 222 68 b) ESCORREGAMENTO rm H r mH S H V S c C e e 2 2 5,1 2 2 EM GERAL =0,85 (CONCRETO/ROCHA) r4,2 76,1 r 85,0 5,1 m 1 c r = 1 m 1,26 r = 0,5 m 0,92 r = 0,2 m 0,80 69 c)TENSÕES c.1) CIZALHAMENTO m H mH H A H 2 2 2 CONCRETO <7,8.105 Pa (8Kp/cm2) H H m 006,0 10.8,72 9810 5 H=100m m>0,6 (não é crítico – tração) H c.2) TENSÃO NORMAL J e.V A V R V no caso: 612 2 2233 HmJHm J mH V MM V M d TR e d 70 2 2 2 2 22 2 2 2 3 32 22 2 2 1 2 6 1 3 6 1 2 1 /36 1 2 1 3 2 2 1 23 1 m H r H r H m H r H mH rmH J eV A V m H r H Hm rm H mHrmH J eV rm H mHde rm mH rmH m rHm V MM d cc c c c c c c c c c TR 71 02,1 2,1 r4,2 2 mr4,2 m 2 m 1 m 1 r )5,0r(72,0 )1r(84,0 m )5,0r(9,1 )1r(4,1 r m 1 0 m 1 H m 1 rH m H rH m H 2 22 c 21 C 21 22 2 C 1 22 2C1 72 CONCLUSÃO ESTABILIDADE MAIS CRÍTICO: TOMBAMENTO E ESCORREGAMENTO (PARA H<100m) SEM DRENAGEM m > 1 !!! COM DRENAGEM EFICIENTE (r<0,5) m=0,7 ... 0,8 !!! 73 VERIFICAÇÃO ESTABILIDADE HIPÓTESE =0,65 SUB-PRESSÃO PLENA BARRAGEM TRIANGULAR (ATRITO) c=2400Kgf/m 3 H B m=0,5 m=0,845 m=1,0 m=1,5 m=2,0 TENSÕES NORMAIS 1=-2600H 2=4000H 1=0 2=+1400H 1=+400H 2=+1000H 1=+955,5H 2=444,4H 1=+1150H2=+250H TENSÃO DE CIZALHAMENTO c12=1000H c12=591,7H c12=500H c12=333,3H c12=250H TOMBAMENTO ST=0,80 ST=1,41 ST=1,60 ST=1,96 ST=2,13 ESCORREGAMENTO SE=0,46 SE=0,77 SE=0,91 SE=1,36 SE=1,82 EXCENTRICIDADE eD=+0,393H eD=+0,141H eD=+0,071H eD=-0,091H eD=-0,214H OBS FORA DO NÚCLEO NO EXTREMO DO NÚCLEO CENTRAL 74 BARRAGEM DE CONTRAFORTE Placa inclinada que transmite a pressão da água para uma série de contrafortes. Tipos: a) lajes planas b) superfícies curvas - em arco Necessitam menos concreto - não significa menor custo - formas e armaduras de aço pressões nas fundações - menores - terrenos menos resistentes Exemplo - Itaipu - gravidade aliviada 75 BARRAGEM DE CONTRAFORTE 76 BARRAGENS CONTRAFORTE IDÉIA BÁSICA: ECONOMIZAR CONCRETO – TIPOS: • AMBURSEN • ARCO MÚLTIPLO • COGUMELO CONTRAFORTE REDUZ MUITO A SUBPRESSÃO subpressão só sob os contrafortes 77 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 300 600 900 1200 1500 1800 2100 CONCRETO AL TU RA AMBURSEN ARCO MÚLTIPLO COGUMELO GRAVIDADE 78 FORÇAS NAS BARRAGENS DE CONTRAFORTE Mesmas forças da barragem de gravidade Inclinação de 45o a montante - grande componente vertical da pressão hidrostática - estabiliza (deslizamento e rotação) Sub-pressão é menor, por causa dos vãos entre os contrafortes 79 TIPO AMBURSEN Laje armada 40-50O ESPAÇAMENTO CONTRAFORTE 5-12m COMPENSA PESO POR EMPUXO VERTICAL ~ ORDEM (HORIZONTAL) 80 ARCOS MÚLTIPLOS arco DISTÂNCIA ENTRE CONTRAFORTES 7-20m 81 COGUMELO AMBURSEN POUCO USADO HOJE COGUMELO PROJETO MAIS RECENTE (ITAIPU) ARCO MÚLTIPLO ESTRUTURA MUITO BONITA MAIS MACIÇO MENOS ECONOMIA CONCRETO MAIS FÁCIL DE EXECUTAR 82 EXEMPLO: Considere uma barragem de contrafortes (tipo Ambursen) de 31m de altura, contrafortes de 3m de espessura e espaçados em 8m. A laje tem espessura variando de 1m no pé a 0,4m no topo da barragem. Analise a estabilidade com relação ao tombamento, escorregamento e tensões normais na fundação. A inclinação na laje é de 45o e a subpressão atua apenas no pé da laje (há um sistema de drenagem eficiente imediatamente a jusante da laje). Este exercício será resolvido em sala de aula (Trazer esta figura desenhada em escala para a próxima aula) 83 laje 1m borda 0,5 1 1 1 Contra forte Drenagem Base total: 46,9m Subpressão só aqui 84 BARRAGEM EM ARCO Apresentam curvaturas em planta Transferem a pressão da água, horizontalmente, para as ombreiras do arco Seções transversais mais esbeltas Utilizadas em vales profundos e estreitos Poucas sofreram ruptura Exemplo - Brasil - Funil no Rio de Janeiro 85 TIPOS DE BARRAGEM EM ARCO Espessura - constante e variável Simetria - arco simétrico e não simétrico Geometria - arco único e arco composto Raio - constante e variável 86 BARRAGEM EM ARCO 87 BARRAGENS EM ARCO IGUAIS ÀS BARRAGENS DE CONCRETO ONDE O EMPUXO HIDROSTÁTICO HORIZONTAL É ABSORVIDO ESSENCIALMENTE POR EFEITO DO ARCO E DESCARREGADO NAS OMBREIRAS. O PESO E O EMPUXO VERTICAL CONTINUAM SENDO ABSORVIDOS PELA FUNDAÇÃO. TÊM FORMA DE ARCO OU ABÓBADA ESBELTA (POUCO CONCRETO) E NECESSITAM VALES ESTREITOS COM LATERAIS EM ROCHA SÃ (“CANYONS”). Barragem Hoover no Grand Canyon. – USA (filme) TÊM GRANDE BELEZA ESTÉTICA E SÃO MUITO SEGURAS. BARRAGENS DE VAIONT (Itália – Alpes) CONTINUA INTACTA APÓS SER GALGADA POR UMA ONDA DE H=100m! ÚNICA BARRAGEM ARCO QUE RUIU: MALPASSET (França)! 88 PROJETO DAS BARRAGENS EM ARCO Tipo arco - a pressão hidrostática é transmitida horizontalmente para as encostas pela ação do arco - pré projeto. Arco mais balanço - a força devido à pressão hidrostática é absorvida pelas encostas e pela fundação. Quem aguenta quanto? 89 TIPOS: a) RAIO: CONSTANTE / VARIÁVEL b) SIMETRIA: ARCO SIMÉTRICO / ASSIMÉTRICO c) GEOMETRIA: ARCO ÚNICO / ARCO COMPOSTO VALES U RAIO CONSTANTE MAIS SIMPLES MAIOR VOLUME VALES V RAIO VARIÁVEL FORMAS COMPLEXAS ECONOMIA CONCRETO ESTABILIDADE: SÓ AÇÃO ARCO – PRÉ-DIMENSIONAMENTO ARCO + BALANÇO “TRIAL LOAD METHOD” - TLM ELEMENTOS FINITOS TLM DIVIDE A CARGA ENTRE ARCO E BALANÇO E IGUALA AS DEFORMAÇÕES TENTATIVA E ERRO! 90 PRÓXIMO À CRISTA: QUASE SÓ ARCO PRÓXIMO À BASE: QUASE SÓ BALANÇO DIMENSIONAMENTO SÓ POR ARCO (será deduzido em sala de aula): H=hb /2 /2 /2 b h adm hr t )finoarco(1tR 2 senhr 2 senR hbH 2 senR2 2 senr2b t 1m 91 VOLUME MÍNIMO (será deduzido em aula): radianosem 2 34133 22 tg 2 cos 22 sen 0 2 sen cos 22 sen 2 sen 2 4 hb d dV min 2 sen 4 hb V 2 sen 2 b 2 sen 2 b h V 2 b 2 senr 2 sen 2 b hhr t .r)1.t(l.AV 'o 2 2 2 2 92 BARRAGENS DE TERRA (material não monolítico = solo, enrocamento, ...) Barragens de terra Homogêneas (solo) Não homogêneas Barragens de enrocamento Núcleo argila (blocos de rocha) Diafragma central Face concreto Vantagens: Custo Fundação menos resistente Execução mais fácil Desvantagens: Sensíveis a galgamento (e “piping”) Permeabilidade Taludes muito mais extensos Compactação problema em clima muito úmido 93 BARRAGENS DE TERRA Solo escavado (sem parte orgânica) Transporte (caminhão) Lançamento em camadas (10-50cm) Compactação (pé carneiro, rolo pneumático) TALUDES Boa fundação H<12 1:2,5 H=12-25 1:3,0 H=25-60 1:3,5 H>60 1:40 Fundação fraca H<20 1:4,0 H>20 1:5,0 PROTEÇÃO COM EROSÃO SUPERFICIAL Enrocamento (rip/rap) [montante] Grama [jusante] Zoneamento (barragem não homogênea) Silte argilaenrocamento filtros 94 BARRAGENS DE TERRA Em geral são mais baratas que concreto Gravidade e arco exigem fundações em rocha - nem sempre disponíveis Solo trazido das vizinhanças - lançado em camadas - compactado Proteções - montante - concreto, asfalto, solo cimento jusante - grama, enrocamento, cascalho Exemplo - Brasil - CEMIG 95 TIPOS DE BARRAGENS DE TERRA Diques de terra - homogêneos, impermeável a montante - pequenas barragens Diques zonados - núcleo central impermeável, com zonas de transição que impedem a erosão do núcleo e zonas externas com material maispermeável para estabilizar o conjunto Tipo diafragma - cortina de vedação para interceptar a água com enrocamento em torno que proporciona estabilidade 96 97 DIMENSIONAMENTO - BARRAGENS DE TERRA PERCOLAÇÃO - REDE DE CORRENTE (2=0) +c.c. - FILTROS (EVITAR SUP. PERCOLAÇÃO) - VAZÃO DE PERCOLAÇÃO ESTABILIDADE TALUDE - MÉTODO DO CIRCULO SUECO Pixi < Li Mom. Deslizante Mom. Resistente = c + (-u) tg pressão nos poros 98 Largura topo: (H/5)+3,5 B= 7,5m (estrada) PROJETO TÍPICO: a) Fundação Impermeável k1<k2<k3 1 2 3 filtro b) Fundação Permeável 2 1 3 2 1 3 tapete cutoff estaca até prancha injeção 40m “funda” 99 PERCOLAÇÃO PASSAGEM DE ÁGUA PELO CORPO DA BARRAGEM E PELAS FUNDAÇÕES MÉTODO DE ANÁLISE LINHAS CORRENTE REDES DE CORRENTE (escoamento potencial bidimensional) LINHAS EQUIPOTENTES TRAÇADO a) Tentativa e erro partindo do contorno impermeável/superfície freática / LC LP b) Soluções numéricas da equação de Laplace [2=0] com condição contorno (melhor) IMPORTANTE : Não homogeneidade do meio exige formulação mais complexa (matriz) .k=0 100 101 SUPERFÍCIE FREÁTICA (Traçado parabólico = Casagrande) AB=0,3CB ; AD=Af C A B D H y diretriz ajustes y A’ f (foco) 0180 6032,0 4534,0 3037,0 400 180 cos1 1 ' ' 2 2 a aou a a Zy fAADZ HfAAD o o o o o 22222o cotHBHBy30 102 VAZÃO DE PERCOLAÇÃO Lei de Darcy: L H .K.Aq qnq KH n n qn/ n H nKq )construçãopor(nsL n H H .)corrdetuboumpara(nA :D2em n S n S S H q q nn q nS 103 REDES DE FLUXO - PERCOLAÇÃO 104 REDES DE FLUXO Objetivo - calcular o volume das águas percoladas Composta de linhas de corrente e linhas equipotenciais Traçado - Modelo de aterro - corante Analogia elétrica - leis de Ohm e de Darcy Tentativas - LC e LE - 90o Soluções analíticas - computador 105 VELOCIDADE DE PERCOLAÇÃO Princípio da continuidade entre duas linhas de corrente Lei de Darcy v L q D q L h k D h kv h N N kq D L 106 PERCOLAÇÃO E REDE DE FLUXO 107 ESTABILIDADE DE BARRAGENS DE TERRA Círculo sueco - Mecânica dos solos 108 PROJETO DE FILTROS CRITÉRIOS: 1) 40...5 15 15 materialD filtroD 2) Material do filtro não pode conter mais de 5% de finos < 0,074mm (# 200) 3) 5 85 15 materialD filtroD 4) 2][ 85 drenoaberturad filtroD 5) curva granulométrica do filtro aproximadamente paralela da do material. “Material” = aterro ou filtro + fino adjacente 109 EXEMPLO: VERIFICAR A ADEQUAÇÃO DOS MATERIAIS (AREIA E PEDREGULHO) PARA FILTROS GROSSO E FINO DE UMA BARRAGEM CUJO SOLO É DESCRITO PELA CURVA “A”. O DIÂMETRO DOS FUROS DE DRENAGEM NOS TUBOS DO DRENO É DE ½”=12,7mm. 110 ESTABILIDADE TALUDE MÉTODO DO “CÍRCULO SUECO” MOMENTO DESLIZANTE: MD=Pixi MOMENTO RESISTENTE: MR=LiT =c+(-u)tg [COULOMB] PARA AREIA c=0 PARA ARGILA c=1000 ... 12000Kp/m2 (10 ... 120 KPa) CONSIDERAR VARIOS POSSÍVEIS CÍRCULOS DE ESCORREGAMENTO E VERIFICAR QUAL O MENOR COEFICIENTE DE SEGURANÇA. 111 112 BARRAGENS DE ENROCAMENTO ECRD – “Earth core rockfill dam” – SO e SS ATUALMENTE DOIS TIPOS CFRD – “Concrete face rockfill dam”) – FA e SG 113 CFRD (CONCRETE FACE ROCKFILL DAM) Projetos Modernos: enrocamento compactado (reduz recalque - evita abertura maior da junta perimetral) Tipo de barragem muito segura. Projeto baseado mais em experiência do que análise de estabilidade. Taludes geralmente 1,3H:1 V 114 SEÇÃO TÍPICA: 1A - solo impermeável 2 – brita graduada e compactada 3A – pedra pequena 3B – enrocamento camada 1m 3C - enrocamento camada 2m 3D - enrocamento jogado 1B – proteção enrocamento 2 laje 3B 3C 1B 1A 3A 3D plinto 115 PONTO CRÍTICO: PLINTO (P/ VAZAMENTO) JUNTA PERIMETRAL Requer projeto cuidadoso e detalhado para evitar vazamentos. CARACTERÍSTICAS DA CFRD: Enrocamento todo a jusante da zona estanque; Não há subpressão; Não há pressão intersticial; Recalques são pequenos; Não requer galeria - drenagem nas ombreiras; Bem resistente a terremoto. A única possível causa de ruptura seria a erosão causada por galgamento prolongado. 116 BARRAGENS DE ENROCAMENTO Entre gravidade e terra Componentes estruturais : membrana impermeável - montante dique - alvenaria de pedra bruta blocos de rocha soltos Exemplos - Brasil - Foz do Areia (160 m) e Segredo 117 BARRAGEM DE ENROCAMENTO 118 BARRAGEM DE ENROCAMENTO Vantagens construtivas da CFRD com relação a ECRD 1. Chuva não interfere na construção; 2. Não há restrições ao tráfego por regiões especiais (núcleo e filtro no caso ECRD); 3. Construção do plinto fora da área de enrocamento; 4. Grande flexibilidade na execução da laje. 119 ENSECADEIRAS Estruturas temporárias para desvios de rios. Desvio do rio durante a construção. Custo baixo mas grande estanqueidade. Projetadas para períodos de retorno de 25 anos. 120 Exemplos de barragens Completar exemplos de barragens com as transparências
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