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CCJ0014-WL-D-PP-Aula-10-Guido Cavalcanti

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Contratos 
Doação
1
• Segundo o artigo 538, doação é o contrato em que uma pessoa, por 
liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o 
de outra.
•
• Tem como caracterísitcas essenciais:
• Natureza contratual.
• Liberalidade/Gratuidade. Não pode ser imposto qualquer ônus 
(contraprestação) ao donatário.
• Unilateralidade: cria obrigação a apenas uma das partes.
• Solenidade: ele se aperfeiçoa com o acordo de vontades entre 
doador e donatário,e a observância da forma escrita. (com exceção 
da doação de bens móveis de pequeno valor), que tem natureza 
real, já que nasce com a simples entrega.
2
• São duas partes envolvidas: doador e donatário.
•
• O elemento essencial que se busca é a 
transferencia de bens ou vantagens de um 
patrimônio para outro. Essa vantagem deve ter 
obrigatoriamente uma natureza patrimonial. 
• A aceitação é indispensável para o 
aperfeiçoamento da doação e pode ser expressa, 
tácita, presumida ou ficta.
3
• – expressa – quando é manifestada de forma 
verbal, escrita ou por gestos.
• – tácita – quando resulta de comportamento do 
donatário incompatível com sua recusa à doação.
• – presumida pela lei – nos casos previstos nos 
arts. 539, 543 e 546 da Lei nº 10.406/2002. 
Nesses casos, o silêncio atua como manifestação 
de vontade.
4
• Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se 
aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do 
prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que 
aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
• Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a 
aceitação, desde que se trate de doação pura.
• Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro 
com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, 
quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, 
houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de 
aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.
5
• Em todos esses casos, a presução só pode ser aceita 
quando estamos diante de uma doação pura. (que não 
implicou em ônus ao donatário)
• O contrato em si nasce no momento da aceitação, 
independente da entrega da coisa, que acaba constituindo 
seu mero aperfeiçoamento. 
• Assim como na compra e venda, o efeito da doação é a 
obrigação que uma das partes gera em entregar 
determinado objeto. A doação por si só não gera 
propriedade, pois esta só nasce no momento da tradição.
6
• A doação sempre será tida por atos inter vivos, 
pois nosso ordenamento trata disposições pós 
mortem como testamentária. 
• O doador não responde por juros moratórios, 
evicção ou vício redibitório (já que são 
garantias em contratos comutativos)
7
OBJETO DA DOAÇÃO
• Só poderão ser doados bens ou vantagens que 
estejam no comércio, portanto, excluindo 
coisas que não podem ser alienadas por 
disposição legal.
8
ESPÉCIES DE DOAÇÃO
– Doação pura – é pura liberalidade. O doador não 
espera do donatário qualquer ato ou prestação por 
parte do donatário.
– Doação remuneratória – tem o objetivo de pagar um 
serviço prestado pelo donatário, mas que não podia 
ser exigido pagamento pelo doador. Não existe dever 
jurídico exigível, mas mesmo assim do doador realiza. 
Ex. Consulta em um consultório médico que gerou 
uma fatura, mas que nunca foi cobrada e que já 
prescreveu. Mesmo assim, o doador faz o pagamento. 
9
– Em contemplação do merecimento do donatário –
quando o doador menciona, expressamente, o 
motivo da liberalidade. Não tem como 
pressuposto um serviço recebido. P.ex., 
consagrando determinado cientista
– Em forma de subvenção periódica – trata-se de 
uma pensão, cujo pagamento termina com a 
morte do doador, não se transferindo essa 
obrigação aos herdeiros. 
10
• Com engargo – que impõe um dever. P.ex., doa uma fazenda, 
mas impõe a construção de uma escola. O encargo não pode 
ser confundido com uma contraprestação. 
• Ele não suspede a aquisição da propriedade. Pode ser 
imposto a um benefício indireto do doador, terceiro ou 
sociedade. 
• Se não for cumprido, não gera a necessidade de devolução da 
propriedade, mas pode haver processo para exigir seu 
cumprimento (do encargo), feito por terceiros ou MP
11
– Em contemplação de casamento futuro – constitui 
liberalidade realizada em consideração às núpcias 
próximas do donatário com certa e determinada 
pessoa. 
• Art. 546. A doação feita em contemplação de 
casamento futuro com certa e determinada 
pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por 
terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, 
de futuro, houverem um do outro, não pode ser 
impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem 
efeito se o casamento não se realizar.
12
– De ascendente a descendente - importa no 
adiantamento do que lhes cabe por herança. Se 
um pai doa a um filho, ele deve ter a aceitação 
expressa dos demais, para que não haja 
adiantamento. 
• Art. 544. A doação de ascendentes a 
descendentes, ou de um cônjuge a outro, 
importa adiantamento do que lhes cabe por 
herança.
13
– Inoficiosa – É a que excede o limite que o doador, 
no momento da liberalidade, poderia dispor em 
testamento. O art. 549 declara nula somente a 
parte que execeder a legítima.
– Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte 
que exceder à de que o doador, no momento da 
liberalidade, poderia dispor em testamento. Ex. O 
doador, que tem herdeiros necessários, só pode 
dispor de 50% de seu patrimônio. Se ele doa 65%, 
esses 15% eexcedente serão nulos
14
– Com cláusula de retorno ou reversão – permite o 
artigo 547 que o doador estipule o retorno ao seu 
patrimônio dos bens doados, se sobreviver ao 
donatário. 
• Art. 547. O doador pode estipular que os bens 
doados voltem ao seu patrimônio, se 
sobreviver ao donatário
15
RESTRIÇÕES À DOAÇÃO. 
• Doação pelo devedor já insolvente. Quem já está 
insolvente, p.ex., por estar sofrendo processo de 
execução, não pode doar seus bens, por ser 
fraude contra credores. O artigo 158 afirma:
• Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de 
bens ou remissão de dívida, se os praticar o 
devedor já insolvente, ou por eles reduzido à 
insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser 
anulados pelos credores quirografários, como 
lesivos dos seus direitos
16
• Doação de todos os bens – O Estado tenta 
protejer que o doador entre em estado de 
plena mendicancia, se tornando assim, um 
peso para sociedade. 
• 548. É nula a doação de todos os bens sem 
reserva de parte, ou renda suficiente para a 
subsistência do doador. 
17
• Doação do cônjuge adúltero a seu cúmplice –
aqui a lei tenta proteger o patrimônio da 
família, bem como assegurar valores éticos.
• Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu 
cúmplice pode ser anulada pelo outro 
cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, 
até dois anos depois de dissolvida a sociedade 
conjugal.
18
REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
• Em primeiro lugar, sempre lembrar que a 
doação é um contrato, portanto, pode ser 
anulado por qualquer motivo que viciaria um 
contrato, dentro de uma anásile em planos de 
existência, validade e eficácia, como p.ex., 
como erro, dolo, coação, etc
19
• Por descumprimento do encargo. 
Nesse caso – diferente da modalidade geral de 
doação com encargo - ficou muito bem 
expresso e claro que o não cumprimento do 
encargo, geraria revogação da doação, através 
de uma interpelação judicial ou extrajudicial do 
doador. 
20
• Revogação por ingratidão
• Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as 
doações:
• I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou 
cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
• II - se cometeu contra ele ofensa física;
• III- se o injuriou gravemente ou o caluniou;
• IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os 
alimentos de que este necessitava.
21

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