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CCJ0014-WL-D-SIA-Contratos - Prestação de Serviço

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O Prof. Flávio Tartuce conceitua o contrato de
prestação de serviço (locatio operarum) como
sendo “o negócio jurídico pelo qual alguém – o
prestador – compromete-se a realizar uma
determinada atividade com conteúdo lícito, no
interesse de outrem – o tomador – mediante certa e
determinada remuneração”.
Conceito
O Objeto da prestação de serviços é uma
obrigação de fazer, ou seja, a prestação de
atividade lícita, não vedada pela lei e pelos bons
costumes, oriunda da energia humana aproveitada
por outrem, e que pode ser material ou imaterial
(CC, 594).
Qualquer serviço pode ser objeto nesse
contrato: material ou imaterial, braçal ou intelectual,
doméstico ou externo; apenas se exige que seja
lícito, isto é, não proibido por lei e pelos bons
costumes.
Objeto
Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver
sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-
se-á pelas disposições deste Capítulo.
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho
lícito, material ou imaterial, pode ser contratada
mediante retribuição.
Art. 595. No contrato de prestação de serviço,
quando qualquer das partes não souber ler, nem
escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo
e subscrito por duas testemunhas.
Código Civil 
Bilateral: obrigação para ambas as partes;
Oneroso: ambas as partes obtêm proveito;
Consensual: aperfeiçoa com a vontade das partes; 
Comutativo: prestação certa e determinada; 
Não-solene: forma livre;
Natureza Jurídica
Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a
acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a
retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo
de serviço e sua qualidade.
Art. 598. A prestação de serviço não se poderá
convencionar por mais de quatro anos, embora o
contrato tenha por causa o pagamento de dívida de
quem o presta, ou se destine à execução de certa e
determinada obra. Neste caso, decorridos quatro
anos, dar-se-á por findo o contrato, ainda que não
concluída a obra.
Código Civil 
Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se
podendo inferir da natureza do contrato, ou do
costume do lugar, qualquer das partes, a seu
arbítrio, mediante prévio aviso, pode resolver o
contrato.
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso:
I - com antecedência de oito dias, se o salário se
houver fixado por tempo de um mês, ou mais; II -
com antecipação de quatro dias, se o salário se
tiver ajustado por semana, ou quinzena;
III - de véspera, quando se tenha contratado por
menos de sete dias.
Código Civil 
A prestação de serviço não poderá ser
convencionada por mais de quatro anos (CC, 598),
tendo-se em vista a inalienabilidade da liberdade
humana.
Ao término desse prazo, ainda que a obra
esteja inacabada, o contrato é extinto. Contudo,
nada impede que novo contrato seja celebrado.
Prazo
Nos termos do art. 599, se não houver prazo
estipulado, nem se puder inferir da natureza do
contrato ou do costume do lugar, qualquer uma das
partes, a seu arbítrio, mediante aviso prévio, poderá
rescindir o contrato, com antecedência de oito dias,
se o salário foi fixado por um mês ou mais; com
antecipação de quatro dias, se o salário foi ajustado
por uma semana ou quinzena; de véspera, se por
menos de sete dias.
Prazo
A remuneração é elemento essencial no
contrato de prestação de serviços, podendo os
contratantes estipulá-la livremente. Contudo, se não
o fazem, incide o art. 596 do CC: não se tendo
estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-
se-á por arbitramento a retribuição, segundo o
costume do lugar, o tempo de serviço e sua
qualidade.
A retribuição pagar-se-á depois de prestado o
serviço, se, por convenção, ou costume, não houver
de ser adiantada, ou paga em prestações (CC,
597).
Remuneração
Nos termos do art. 606 do CC/2002, se o
serviço for prestado por quem não possua título de
habilitação, ou não satisfaça requisitos outros
estabelecidos em lei, não poderá quem os prestou
cobrar a retribuição normalmente correspondente
ao trabalho executado.
Mas se deste resultar benefício para a outra
parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma
compensação razoável, desde que tenha agido com
boa-fé. Contudo, não se aplica a segunda parte do
referido artigo, quando a proibição resultar de lei de
ordem pública.
Remuneração
A prestação de serviço poderá ser extinta, das 
seguintes formas:
1 – pela morte de uma das partes;
2 – impossibilidade de continuidade, por força 
maior;
3 – pelo inadimplemento de uma das partes;
4 – pelo término do prazo;
5 – pela conclusão do serviço;
6 – pela resilição unilateral.
Extinção
- Em sendo o contrato firmado por pessoas naturais, 
a Justiça do Trabalho é competente para apreciar a 
matéria;
- Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor, se 
estiverem presentes os requisitos legais do art. 2º e 
3º;
- Na ausência de preço estabelecido no contrato, 
aplica-se o valor percebido por outro empregado ou 
serviço, sendo devido somente após a prestação do 
serviço;
Considerações Relevantes
- Em não havendo acordo a remuneração será 
arbitrada. 
- Os contratos de prestação de serviço deverão ter 
duração máxima de 4(quatro) anos, pois, não 
poderá o contrato se perpetuar;
- O contrato se extingue pelo prazo, mesmo que a 
obra não tenha terminado;
- Poderá ser realizado um novo contrato com igual 
prazo ou prazo diverso;
Considerações Relevantes
Prestação de Serviço x CTPS
a) Não há dependência
econômica entre as
partes;
b) Não existe
subordinação,
prepondera a
autonomia;
c) Não existe
hierarquia entre as
partes;
d) Prazo máximo de 4
anos
a) Há dependência
econômica entre as
partes;
b) Existe subordinação
entre as partes, nos
limites da função
p/qual foi contratado;
c) Obediência a
hierarquia;
d) O contrato pode ser
prorrogado
(indeterminado)

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