Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 1.7 A pecuária como projeção da economia açucareira, a formação do complexo econômico nordestino ESTRUTURA DA AULA - Bibliografia: Linhares, 2002 ou 1996; Furtado:VIII, IX, X e XI; Baer 2.3; Ribeiro I.1 II.2; Andrade, 2002; - Linhares, M. Y. L. Pecuária, Alimentos e Sistemas Agrários no Brasil séculos XVII e XVIII. Revista. Tempo, Niterói, v. 1, n. 2, p. 132- 150, 1996. Disponível em: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_livres/artg2-6.pdf - PAUTA UNIDADE: 1. Economia Colonial e o Brasil (séculos XVI e XVII) POR QUE EXISTEM TANTOS POBRES NO NORDESTE? ASSUNTO 1: : 1.7 A pecuária como projeção da economia açucareira, a formação do complexo econômico nordestino “A Civilização do Couro” ABREU, Capistrano. Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil “As formas que assumem os dois sistemas da economia nordestina – açucareira e o criatório – no lento processo de decadência que se inicia na segunda metade do séc. XVII constituem elementos fundamentais na formação do que no séc. XX viria a ser a economia brasileira.” (Furtado: 61) 2 Rugendas, Século XIX 3 4 Histórico da Pecuária o Início = currais próximos às zonas produtoras de açúcar Transporte [açúcar e madeira] Força motriz para trapiches Alimentação Roupas Sapatos Cordas Selas e arreios Embalagem, alforje, bainhas para facas, mochilas. Características: o Economia de Subsistência [Caio Prado Jr.] Economia acessória para manter a economia principal Sobrevivência da população excluída= alimento que se auto-reproduz o Atividade extensiva ou itinerante devido Necessidade de deslocamento dos animais Regime das águas Distância dos mercados Fator fundamental p/ ocupar o território brasileiro Expansão = incorporação de terras e m-de-o Não exigia novo $ p/ repor capital e A criação repunha automaticamente o capital A m-de-o crescia devido condições de trabalho e alimentação Capacidade de expansão mesmo sem demanda e sem necessidade de I Novos pecuaristas iniciavam trabalhando em fazendas em troca de cabeças Ocupação de terras menos férteis [semi-árido] = falta de fertilidade exigia + terras para suportar a mesma quantidade de gado = [interiorização], custo de transporte, rentabilidade da pecuária + distante 5 o Mão-de-obra: Índios Brancos marginais s/ terras férteis e s/ $ p/ comprar escravos Mestiços, criminosos, escravos fugidos, aventureiros muitos escravos devido atividade extensiva [mais comuns nos cortumes] http://3.bp.blogspot.com/_GdqATZhxfrY/TL46n9hD4rI/AAAAAAAADLE/wcMsF6MiP1M/s1600/Vaqueiro.jpg 6 Possibilidade de expansão ou queda da demanda por gado: Século XVI – XVII (AÇÚCAR) o X açúcar Plantações invade terras da pecuária = conflitos interiorização da pecuária no semi-árido do NE = Clima semiárido favorece pecuária reduzindo verminoses e doenças no gado + terras menos férteis da área e população da pecuária + extermínios indígenas + esgotamento do solo o Setor de bens de produção Energia: Lenha e Gado Material de Construção Devasta floresta litorânea distância dos locais fornecedores de lenha surgimento da pecuária independente [1o NE depois S] o Missões jesuítas espanholas organizam povoamentos produtivos com pecuária Após Guerra Portugal-Espanha = dispersão do gado e dos índios Estancieiros gaúchos e uruguaios capturaram o gado Séc. XVII Fumo na BA o [couro como envoltório dos rolos de fumo] Século XVIII (OURO) o açúcar e ouro= preço escravos Desorganiza fazendas menos produtivas População branca subsistência e pecuária divisão do trabalho = produção local artesanal o Caça ao Índio em S. Vicente habilidade exploratório-militar = expansão da fronteira [Provavelmente demanda por couro = roupas] o Séc. XVIII Ouro em MG [alimentos] Indústria do couro: sela, casacos, calçados, correias, cordoarias, animais de carga, carne seca. 7 Pecuária nordestina e sulista são direcionadas para São Paulo – Sorocaba – MG. Preço do gado bovino e muares Em Sorocaba surge o “Ciclo do Muar” Alfredo Ellis Junior (Revista de História, ano I, p. 73-83, jan-mar. SP, 1930. http://3.bp.blogspot.com/-5YrzZB1n_HI/TeaGq8s3VvI/AAAAAAAABmw/GrQWWM-aC3k/s1600/2.jpg 8 - O gado era alimento, energia, transporte, embalagem. Subsistência e possibilidade de comércio. - Na pecuária, a população pobre afastada crescia quando o açúcar ou A Hipótese do Centro de Pós-Graduação em Desenvolvimento Agrícola da Fundação Getúlio Vargas (EIAP/FGV/RJ) e das Universidades Federais Fluminense e Rio de Janeiro) Linhares, M. Y. L. Pecuária, Alimentos e Sistemas Agrários no Brasil séculos XVII e XVIII. Revista. Tempo, Niterói, v. 1, n. 2, p. 132-150, 1996. Disponível em: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_livres/artg2-6.pdf 9 Maria Yedda Leite Linhares http://www.revistadehistoria.com.br/secao/na-rhbn/morre-maria-yedda “É errôneo pensar que o Brasil viveu de açúcar, nada mais do que açúcar, nos primeiros séculos, e, depois, no século XIX, até a ruptura de 1930, de um segundo “produto-rei”, o café. Estatísticas recentes revelam a predominância extraordinária, ainda hoje, da mandioca, velho e tradicional cultivo das primeiras populações indígenas, da bacia amazônica, o milho précolombiano, que correspondia às regiões em contacto com as vertentes pré-andinas, e, finalmente, a batata-doce, cujo grande núcleo de dispersão parece ter sido a região do Brasil central. São todos produtos majoritariamente produzidos no Brasil, de forma recorrente, parte fundamental da agricultura indígena pré-colombiana, incorporada aos hábitos alimentares dos novos habitantes europeus e africanos.” (Linhares, 1996, p. 136) “(...) hipótese central segundo a qual a economia aqui engendrada nos primeiros séculos, baseada na agricultura extensiva, tinha sua reprodução dependente da presença de três elementos cuja oferta deveria ser elástica, isto é, terras, homens e alimentos. À existência em algumas regiões da fronteira agrícola aberta, apesar da persistente resistência das populações indígenas, combinavam-se o tráfico atlântico, inesgotável supridor de escravos africanos, e a produção de alimentos em escala crescente. De tal combinação de fatores resultava que “a economia colonial se reiterasse mediante um baixo custo monetário” e se recriassem seus sistemas agrário-escravistas na fronteira em expansão. Daí a revisão que se impõe de certas noções amplamente difundidas, como mencionado acima: a suposta vocação do índio pelo trabalho pastoril, a predominância do trabalho livre nas fazendas do sertão e, ainda, a noção de que tais fazendas representavam a retaguarda autônoma do litoral agro-exportador.” (Linhares, 1996, p. 135) A historiografia enfatiza o caráter monocultor da colônia como um destino ou uma imposição da classe dominante metropolitana, o Omitido o estudo sistemático da agricultura de alimentos atribuindo-lhe papel extremamente limitado no conjunto de uma economia que seria dominantemente Exclusão dos produtores de alimentos foi uma reivindicação constante e crescente da classe dominante colonial que monopolizava as melhores terras mais próximas Entretanto a produção de alimentos teve papel importante para: “Desbravar”, “ocupar” e “povoar” a terra. Produção familiar de excedentes alimentícios para: Núcleos urbanos em expansão Frotas de navios que se dirigiam ao sul e à África Pecuária diversificada e extensiva Do Latifúndioao pequeno rebanho Do litoral [séc XVI] até o agreste [final do XVII] 10 “Assim, no macro-modelo da economia colonial torna-se fundamental o papel que cabe à produção de alimentos a baixo custo a qual se deve associar, de algum modo, a criação de animais, de pequeno, médio e grande porte. Por outro lado, tanto nas fazendas de criação extensiva quanto nas áreas reservadas às culturas comerciais, tanto para exportação quanto para o mercado interno, é decisivo também o espaço ocupado, no primeiro caso, pela produção de alimentos no sistema de roça, e, nos outros dois casos, a pequena criação para o consumo local, sobretudo aquela que se localiza tão persistentemente e destinada ao mercado urbano” (Linhares, 1996, p. 140) “(...) a expansão da fazenda de gado para a fronteira aberta traduz, não apenas uma determinação de natureza econômica e prática - qual seja a de garantir as áreas do litoral baiano e pernambucano para a grande lavoura, e, neste caso, se justifica a expressão de Celso Furtado quanto ao caráter periférico, embora não-autônomo, do sertão (retaguarda do litoral agroexportador), como também, e sobretudo, política: a de assegurar ocupação do território pela Coroa, naqueles primeiros séculos da colonização, ao mesmo tempo em que se mantém como um elo do padrão de acumulação, então vigente. (Linhares, 1996, p. 140) Para Linhares existe um Alvará (27 de fevereiro de 1701 – não encontrado) segundo o qual é “É evidente, nesse Decreto, o propósito do legislador em disciplinar a produção atendendo aos interesses da grande lavoura canavieira e ao abastecimento da população. (...) A ideia de que o gado “de criar” era proibido nas três capitanias do Camamu, ou seja, Camamu, Boipeja e Caiuru, as chamadas Vilas de Baixo, tinha por objetivo, da parte do poder metropolitano, pôr a salvo as áreas de subsistência, produtoras de alimentos, leia- se, mandioca, sobretudo, áreas centrais, que eram do abastecimento da população de Salvador e das frotas que partiam para o sul (Santíssimo Sacramento) e Angola. (...) De fato, o decreto deixa transparecer uma política definida: a de limitar em áreas próprias e resguardar as três paisagens que passarão a configurar a economia rural da Colônia, isto é, a grande lavoura com seus campos definidos, incluída a área industrial, a lavoura de abastecimento que atendia aos interesses de consumidores urbanos e comerciantes de Salvador, devendo incluir a criação controlada de animais de tiro necessários ao transporte das mercadorias ao porto e, por fim, a pecuária extensiva na fronteira móvel, a cargo de sesmeiros e arrendatários, último elo fundamental de um macro-modelo agrário.” “Desses três sistemas que se constituíram nos primeiros séculos da Colônia e influíram nas diferenciações regionais e locais, o mais conhecido e difundido na historiografia foi o primeiro, o da grande lavoura, com suas variantes, da agro-manufatura açucareira à plantation cafeeira do séc. XIX.” (Linhares, 1996, p. 137) Pequena lavoura: roça, terra itinerante, rotação floresta/cultura Espaço para a população indígena Sem uso de esterco animal para refertilização. Exceção do tabaco na Bahia descrito por Antonil. 11 Um relato otimista de um viajante da época SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo do Brasil, 1587. C A P Í T U L O XXXVI Em que se diz as sementes de Espanha que se dão na Bahia, e o como se procede com elas. Não é razão que deixemos de tratar das sementes de Espanha que se dão na Bahia, e de como frutificaram. E peguemos logo dos melões que se dão em algumas partes muito bem(...). Pepinos se dão melhor que nas hortas de Lisboa, e duram quatro a cinco meses os pepineiros, (...). Abóboras das de conservas se dão mais e maiores que nas hortas de Alvalade, (...). Melancias se dão maiores e melhores que onde se podem dar bem na Espanha, das quais se fazem latadas que duram todo o verão verdes, dando sempre novidades; e faz-se delas conserva mui substancial. (...) Mostarda (...)e colhe-se cada ano muita e boa mostarda. Nabos e rábanos se dão melhores que entre Douro e Minho; os rábanos queimam muito, e dão alguns tão grossos como a perna de um homem, (...). As couves tronchudas e (...). Alfaces se dão à maravilha de grandes e doces, as quais espigam e dão semente muito boa. Coentros se dão tamanhos que cobrem um homem, os quais espigam e dão muita semente. Endros se dão tão alto que parecem funcho, e onde os semeiam uma vez, ainda que secam, outros tornam a nascer, se lhe alimpam a terra, ainda que lha não cavem. Funcho se dá com vara tamanha, que parece uma cana de roca muito grossa, e dá muita semente como os endros, e não há quem os desince da terra onde se semeiam uma vez. A salsa se dá muito formosa, e se no verão tem conta com ela, deitando-lhe uma pouca de água, nunca se seca, mas não dá semente, nem espiga. A hortelã tem na Bahia por praga nas hortas, porque onde a plantam lavra toda a terra e arrebenta por entre a outra hortaliça. A semente de cebolinha nasce mui bem, e delas se dão muito boas cebolas, (...). Alhos não dão cabeça na Bahia, por mais que os deixem estar na terra, mas na capitania de São Vicente se faz cada dente que plantam tamanho como uma cebola em uma só peça, e corta-se em talhadas para se pisarem. Berinjelas se dão na Bahia maiores e melhores que em nenhuma parte, as quais fazem grandes árvores. (...) Agriões nascem pelas ruas onde acertou de cair alguma semente, e pelos quintais quando chove, a qual semente vai às vezes misturada com a da hortaliça, e fazem-se muito formosos, e dão tanta semente que não há quem os desince, e também os há naturais da terra pelas ribeiras sombrias. Manjericão se dá muito bem de semente, (...) As chicórias e os maturços se dão muito bem e dão muita semente e boa para tornar a semear. As cenouras, celgas, espinafres se dão muito bem mas não espigam, nem dão sementes; nem os cardos: vai muita semente de Portugal, de que os moradores aproveitam. C A P Í T U L O XXXVII Em que se declara que coisa é a mandioca. Até agora se disse da fertilidade da terra da Bahia tocante às árvores de fruto da Espanha, e às outras sementes que se nela dão. E já se sabe como nesta província frutificam as alheias, saibamos dos seus mantimentos naturais; e peguemos primeiro da mandioca, que é o principal mantimento e de mais substância, que em Portugal chamam farinha-de-pau. 12 Albert Eckhout 1640’s 13 Albert Eckhout 1640’s 14 Albert Eckhout Índia Tupi, 1641 Mameluca 1641 15 Índio Tupi 1643 Mestiço, 1640’s 16 Frans Post 1640s 17 O Resultado: Diversidade na produção e na estrutura agrária “A área básica de exploração tanto podia ser um sítio (área arrendada de menor porte), uma situação (área ocupada economicamente, sem domínio sobre o sub-solo) ou uma fazenda (propriedade do sesmeiro, senhor eminente, e status político dominante). As sesmarias gigantes nunca se constituíram, na sua totalidade, em áreas de exploração. Os grandes domínios, na realidade, eram compostos de numerosos sítios, ou seja, áreas arrendadas, a cujos arrendantes cabia a posse iminente da terra. No caso de não serem exploradas, tais sesmarias eram retomadas, ou seja, devolvidas à Coroa, daí a denominação de terras devolutas, a fim de serem redistribuídas a novos sesmeiros que se dispusessem a ocupá-la efetivamente.” (Linhares, 1996, p. 140) “Criatório de Gente” Darcy Ribeiro http://www.fundar.org.br/ 18 “Asatividades pastoris, nas condições climáticas dos sertões cobertos de pastos pobres e com extensas áreas sujeitas a secas periódicas, conformaram não só a vida mas a própria figura do homem e do gado. Um e outro diminuíram de estatura, tornaram-se ossudos e secos de carnes. Assim associados, multiplicando-se juntos, o gado e os homens foram penetrando terra adentro, até ocupar, ao fim de três séculos, quase todo o sertão interior. Como uma mercadoria que se conduz a si mesma, o gado, apesar de cada vez mais distanciado do mercado consumidor, ia sendo desbastado pelos abates. No curso desse movimento de expansão, todo o sertão foi sendo ocupado e cortado por estradas abertas pela batida das boiadas. Estas marchavam de pouso em pouso, assentados todos eles nos locais de água permanente e de boa pastagem, capaz de propiciar a recuperação do rebanho. Muitos desses pousos se transformariam em vilas e cidades, célebres como feiras de gado, vindo de imensas regiões circundantes. Mais tarde, as terras mais pobres dos carrascais, onde o gado não podia crescer, foram dedicadas à criação de bodes, cujos couros encontraram amplo mercado. Esses bodes multiplicaram-se prodigiosamente por todo o Nordeste. Crescendo junto ao gado, transformam-se mais tarde na única carne ao alcance do vaqueiro. Com o gado e com os bodes crescia a vaqueirada, multiplicando-se à toa pelas fazendas, incapaz de absorver lucrativamente a tanta gente nas lides pastoris, pouco exigente de mão-de-obra. Assim é que os currais se fizeram criatórios de gado, de bode e de gente: os bois para vender, os bodes para consumir, os homens para emigrar. Contando com essa força de trabalho excedente, as fazendas deixaram, primeiro, de pagar aos vaqueiros em reses, estabelecendo sistemas de salários em dinheiro, que, computando o rancho e a alimentação, pouco saldo asseguravam ao trabalhador. Depois, todo o Nordeste pastoril começou a dedicar-se a atividades ancilares. A mais importante delas foi o cultivo de um algodão arbóreo, nativo na região, o mocó, cujo caráter xerófilo lhe permitia sobreviver e produzir, mesmo nas áreas mais secas do sertão, um casulo de fibras longas com ampla aceitação no mercado mundial. [Darcy Ribeiro. O Povo Brasileiro, p. 345] 19 “Mais tarde, com o aumento da população, as zonas de pastoreio transformaram-se, principalmente, em criatórios de gente, dos quais saem os contingentes de mão-de-obra requeridos pelas demais regiões do país. Assim, formaram-se os grupos pioneiros que penetraram na floresta amazônica a fim de explorar a seringueira nativa e outras espécies gomíferas. Assim ocorreu para a abertura de novas frentes agrícolas no Sul. Assim, também, para engrossar as populações urbanas, sempre que um surto de construção civil ou de industrialização exigia massas de mão-de-obra não qualificada. Os sertões se fizeram, desse modo, um vasto reservatório de força de trabalho barata, passando a viver, em parte, das contribuições remetidas pelos sertanejos emigrados para sustento de suas famílias. O grave, porém, é que emigram precisamente aqueles poucos sertanejos que conseguem alcançar a idade madura, com maior vigor físico, tendendo a fixar-se nas zonas mais ricas do Sul aqueles nos quais a paupérrima sociedade de origem investiu o suficiente para alfabetizar e capacitar para o trabalho. Desse modo, o elemento humano mais vigoroso, mais eficiente e mais combativo é roubado à região, no momento preciso em que deveria ressarcir o seu custo social.” [Darcy Ribeiro. O Povo Brasileiro, p. 347] POPULAÇÃO BRASILEIRA POR REGIÃO E ESTADOS Variável = População (Pessoas) Ano = 1872 Brasil, Região e UF 1872 % Brasil 9.930.478 100,0% Norte 332.847 3,4% Rondônia - Acre - Amazonas 57.610 0,6% Roraima - Pará 275.237 2,8% Amapá - Tocantins - Nordeste 4.638.560 46,7% 20 Maranhão 359.040 3,6% Piauí 202.222 2,0% Ceará 721.686 7,3% Rio Grande do Norte 233.979 2,4% Paraíba 376.226 3,8% Pernambuco 841.539 8,5% Alagoas 348.009 3,5% Sergipe 176.243 1,8% Bahia 1.379.616 13,9% Sudeste 4.016.922 40,5% Minas Gerais 2.039.735 20,5% Espírito Santo 82.137 0,8% Rio de Janeiro 1.057.696 10,7% São Paulo 837.354 8,4% Sul 721.337 7,3% Paraná 126.722 1,3% Santa Catarina 159.802 1,6% Rio Grande do Sul 434.813 4,4% Centro-Oeste 220.812 2,2% Mato Grosso do Sul - Mato Grosso 60.417 0,6% Goiás 160.395 1,6% Distrito Federal - Fonte: IBGE. http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=3&i=P&c=1286 21 Conclusão: A expansão da pecuária ajudou a implantar uma crescente população pobre no interior do NE brasileiro. (Cap. XI Furtado, pág. 63). o X açúcarestimula a pecuária para engenhos pecuária pelo semi-árido o X açúcarestimula a pecuária de subsistência população pobre no semi-árido o Extermínio da população indígena 22 Leitura/ para próxima aula: 1.8 A Desarticulação do Sistema Açucareiro e o legado do açúcar Santos, 2002; Furtado: IV e VI; Mendonça:7 e Baer2.3 Sugestão de Filmes:
Compartilhar