acanthocephala_2014

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Filo Acanthocephala 
 
 
Alda Maria Backx Noronha Madeira 
BMP-0222- Introdução à Parasitologia Veterinária 
Introdução 
•  São raros em relação aos demais helmintos 
•  Todos são endoparasitas. 
•  Heteroxenos – ciclo indireto envolvendo artrópode. 
•  Adultos localizam-se no intestino do hospedeiro definitivo, 
especialmente peixes. 
•  Formas larvárias parasitam o hospedeiro intermediário 
(crustáceos, insetos). 
•  Não tem grande importância do ponto de vista econômico 
•  Acanthocephala significa cabeça com espinhos. 
•  Apresentam corpo segmentado, cilíndrico ou achatado, com 
simetria bilateral. 
•  Ausência de sistema digestório e circulatório 
•  Sexos separados, dimorfismo sexual – fêmeas muito 
maiores. 
Introdução 
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•  Cavidade constituída por um 
pseudoce loma amp lo e 
ocupado pe lo apare lho 
reprodutor. 
•  Região anterior: probóscide 
revestida por numerosos 
acúleos, móvel e invaginável 
Introdução 
•  Sistema digestório: ausente. Não 
tem cavidade bucal, ânus e tubo 
digestivo. Os nutrientes são 
adquiridos por difusão ou através 
de poros. 
•  Sistema circulatório: ausente. 
•  Sistema excretor: Na maioria das 
espécies a excreção ocorre por 
difusão. 
•  Contém sistema reprodutor. 
Introdução 
•  Corpo alongado com duas regiões 
•  Presoma – probóscide e 
receptáculo da probóscide. 
•  Metasoma ou tronco – forma 
tubular. 
Introdução 
•  Presoma: probóscide e receptáculo da probóscide. 
•  Leminisco: contribui com o mecanismo hidráulico da 
probóscide, relacionado com a 
 desinvaginação da probóscide 
Probóscide 
Receptáculo 
 da probóscide 
Lemniscos 
Lemniscos 
Introdução 
•  A probóscide é protrátil, armada 
de ganchos recurvados e 
acúleos. 
•  Auxilia para adentrar no trato 
intestinal do hospedeiro e 
movimentação na fase larvária. 
•  Como não apresentam sistema 
d i g e s t ó r i o , a b s o r v e m o s 
nutr ientes através de seu 
tegumento. 
Introdução 
Introdução 
•  M ú s c u l o r e t r a t o r d a 
p r o b ó s c i d e c o n t r a i : 
invaginação da probóscide 
• Recptáculo da propóscide 
con t ra i : p robósc ide 
desinvagina por pressão 
hidráulica 
Introdução 
Introdução 
Introdução 
Filo Acanthocephala – Revestimento externo 
•  Peculiar, sistema lacunar: Cutícula, epiderme, derme e zona muscular. 
•  Cutícula: delgada, composta por mucopolissacarídeos. Algumas espécies 
apresentam espinhos cuticulares. 
•  Epiderme: 
•  Teia bem desenvolvida de filamentos protéicos que ajuda a 
sustentar e enrijecer o tegumento interno 
•  Há sistema lacunar: canais longitudinais preenchidos por um fluído 
•  Derme: camada delgada, tecido conjuntivo 
•  Camada muscular: duas zonas uma externa (fibras musculares 
c i rcu lares) e uma interna ( f ibras muscu lares d ispostas 
longitudinalmente). Auxiliam na contração dos canais. 
Filo Acanthocephala – Revestimento externo 
Filo Acanthocephala – Sistema reprodutor 
Filo Acanthocephala 
• Glândula de cimento: secretam 
uma substância que fecha a 
vagina da fêmea após a cópula 
até o completo desenvolvimento 
dos embriões. 
Filo Acanthocephala 
•  Após a cópula, os espermatozóides 
migram em direção às esferas ovarianas 
fertilizando os oócitos que após início de 
seu desenvolvimento se destacam 
destas esferas e ficam livres no 
pseudoceloma até amadurecerem. 
Filo Acanthocephala 
Macracanthorhynchus hirudinaceus 
Macracanthorhynchus hirudinaceus 
•  Hospedeiros: 
•  De f i n i t i vo : su í nos , ra ramen te 
carnívoros e o homem. 
•  Intermediários: besouros coprófagos 
(coleópteros pertencentes à Família 
Scarabeidae). 
•  Lo c a l i z a ç ã o : i n t e s t i n o d e l g ado , 
principalmente duodeno do HD. 
•  Distribuição: mundial (ausente em 
determinadas regiões da Europa). 
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia 
•  São parecidos com Ascaris suum, 
mas a f i l am-se na po rção 
posterior. 
•  Corpo cilíndrico de coloração 
esbranquiçada recoberto por 
cutícula invaginada e enrugada 
 aumenta a superfície de 
absorção. 
•  Macho mede até 10 cm de 
comprimento, fêmeas são 
m a i o r e s , a t é 3 5 c m d e 
comprimento. 
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia 
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia 
•  Presença de probóscida retrátil coberta de ganchos na 
extremidade anterior. 
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia 
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia 
•  Machos: 
•  Recurvados em forma de vírgula. 
•  Bolsa copuladora com pênis na extremidade 
posterior. 
•  Fêmeas: 
•  Enroladas com o corpo em espiral 
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia 
•  Ovos 
•  Ovos fusiformes ou ovalados de casca espessa marrom-
escura. 
•  Larvado: acantor (110µm por 65 µm). 
•  São muito resistentes no meio ambiente podendo 
sobreviver por anos. 
•  Cada fêmea pode liberar 80.000 a 260.000 ovos por dia 
durante pelo menos 10 meses. 
Adultos no intestino do 
hospedeiro definitivo 
Ovos liberados no 
meio ambiente 
Ovos com acantor 
ingeridos pelo 
besouro 
No Hi se desenvolve até 
o estágio cistacanto 
( 1 a 3 meses) 
Hospedeiro paratênico 
Consumido pelo 
hospedeiro definitivo 
Larva (cistacanto) se 
fixa na parede intestinal 
até se tornar adulto 
Macracanthorhynchus hirudinaceus – Ciclo Biológico 
PPP: 2 a 3 meses 
Macracanthorhynchus hirudinaceus- Ação sobre o hospedeiro 
•  Reações inflamatórias no ponto de fixação dos parasitas 
adultos  granulomas na parede do intestino delgado. 
•  Podem ocorrer infecções bacterianas secundárias. 
•  Infecções maciças  perda de peso, diarréia, dor 
abdominal aguda. 
•  Pode ocorrer a perfuração da parede intestinal  
peritonite. 
Macracanthorhynchus hirudinaceus- Ação sobre o hospedeiro 
Macracanthorhynchus hirudinaceus 
•  Diagnóstico: 
•  Exame paras i to lógico de fezes (método de 
sedimentação). 
•  Necrópsia - diferenciar de Ascaris spp. 
•  Tratamento: levamisol, ivermectina. 
Macracanthorhynchus hirudinaceus 
•  Controle: 
•  Controlar acesso dos suínos aos hospedeiros 
intermediários. 
•  Remoção das fezes das instalações para reduzir a 
prevalência dos besouros coprófagos.