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RESENHA GLOBALIZAÇÃO AS CONSEQUENCIAS HUMANAS

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MAIARA DA ROSA
RESENHA DO LIVRO
“GLOBALIZAÇÃO: AS CONSEQUÊNCIAS HUMANAS”
FUNDAMENTOS SOCIAIS E ANTROPOLÓGICOS
PROFESSOR GUILHERME SCHMIDT
NOVEMBRO, 2016.
RESENHA
	Esta resenha vêm abordar a descrição e entendimento da obra Globalização: As consequências humanas, autoria de Zygmunt Bauman (1999). O autor levanta alguns questionamentos pertinentes sobre as questões que envolvem a globalização, algumas delas como os efeitos da economia, das estruturas sociais e políticas bem como percepções importantes sobre tempo e espaço.
	Inicialmente o autor procura desvendar a importância do entendimento da sensação de apreensão que o mundo atual pós-moderno nos desperta. Há também, por parte do autor, uma tentativa de apresentar que há mais coisas no fenômeno da globalização do que podemos compreender, estimulando o questionamento. Nas palavras do autor a obra se caracteriza como “... antes e acima de tudo, um exercício de formulação de questões e estímulos ao questionamento...”. Também, o autor enfatiza que a globalização é vista de maneiras diferentes, sendo boa ou ruim, dependendo do ponto de interpretação, mas que é irreversível. Causa uma felicidade e infelicidade nos sujeitos, afetando todos da mesma maneira, se caracterizando enquanto um paradoxo: “A globalização tanto divide como une; divide enquanto une”.
	Os primeiros capítulos apontam sobre tempo e classe e guerras espaciais, ou seja, o autor afirma todo este paradoxo descrito inicialmente, refletindo desde como se constituem as grandes corporações, indagando a todo o momento sobre as condições em que as mesmas estão se colocando, tanto em termos de direção, quanto mão de obra. E após, descrevendo os padrões de medida, limites e fronteiras que a sociedade utiliza desde seus primórdios, acabando por revelar uma desintegração dos laços humanos. Bauman afirma, com isso, que o Estado passa a sofrer um definhamento, existindo uma grande tendência à eliminação do Estado-Nação. O leva ao que o autor chama de nova desordem mundial.
	Sobre esta desordem mundial, Barroso (2011), aponta que este processo se abre a cada dia, constituindo a globalização como um “caráter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos assuntos mundiais”, assumindo assim que esta condição se caracteriza como uma sequência de ações, partindo da falta de definição dos rumos que são tomados e quem está no controle. Assim, globalização é o processo de desordem da economia, inclusive das relações sociais.
	A concepção de perspectiva também é trazida pelo autor, no momento em que entende que reconhece-se uma relatividade da subjetividade dos mapas de espaço e também neutralizando o impacto dessa relatividade, tudo isto buscando uma impessoalidade, onde, no mundo globalizado, os sujeitos tentam ser relativos e não objetivos. O modelo panóptico, questionado por Bauman em relação à Foucault – não permitindo um espaço livre de controle - redistribui os papeis de poderosos controladores, ultrapassam o propósito de somente instalar a disciplina e a igualdade, como no modelo panóptico, mas sim adentrar no mundo pós-panóptico, denominado Sinóptico, que identifica uma nova forma de poder, os alvos deixam de ser os vigiados e passam a ser os vigilantes.
	Segundo Bauman, a velocidade do movimento e o acesso a meios mais rápidos de mobilidade chegaram aos tempos modernos à posição de principal ferramenta do poder e da dominação. No mundo atual, denominado pelo autor como modernidade líquida, as condições sociais, sob as quais a política e a vida são levadas, pressupõem um arranjo no qual há uma mudança radical nas formas e convivência humana, pois o esforço para acelerar a velocidade do movimento chegou ao seu limite. O poder pode se mover com a velocidade de um sinal eletrônico. O tempo tornou se instantâneo (Barroso, 2011, p.83).
	As pessoas globais, conforme o autor, vivem nas localidades, nos seus enclaves fortemente protegidos, afastando de si os locais, numa situação de quebra da comunicação intensa, dois mundos próximos, mas o mundo rico é inacessível aos pobres. Direcionando para os três últimos capítulos da obra, o que surge são mais questionamentos. Estes refletem as condições deste novo mundo em que estamos inseridos, desde a fome, a pobreza, a miséria absoluta, onde segundo o autor, 800 milhões de pessoas se encontram em condições subnutridas e 4 milhões vivendo em situação de extrema pobreza. Segundo Bauman (1999), a pobreza acarreta no processo de degradação social, negando as condições mínimas de vida humana. A soma do resultado “fome=pobreza”, derivam outros fatores que “enfraquecem os laços sociais” e passam a destruir também, os laços afetivos e familiares. 
	Assim, a obra de Bauman desafia que nos desacomodemos. Apesar de ter sido escrito em 1999, este livro mostra como se configuram os resultados da globalização em nossas sociedades. A reflexão sobre as consequências da globalização nos fazem pensar em qual será o futuro do ser humano com esta globalização exacerbada, enfatizando que a cada momento a pobreza vem se intensificando e as potencias empresariais aumentando também. Precisamos parar e refletir, nos envolvemos cada vez mais em um mar de informações e mudanças, como o autor mesmo afirma, num barco à deriva, sem destino e sem comando.
Referências
Bauman, Z. (1999). Globalização: As consequências humanas. São Paulo: Jorge Zahar.
Barroso, E. P. (2011). Resenha Crítica “Globalização e as consequências humanas”. Revista Em Tempos de Histórias, 19,79-83.

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