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Aula4_Política monetária abordagens_parte1

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Teorias da moeda e política 
monetária comparadas 
Economia Monetária 
Profa. Cristina F. B. Reis 
 
Dezembro, 2013 
4. Teorias da moeda 
e política monetária 
comparadas 
SUMÁRIO 
4. Teorias da moeda e política monetária 
comparadas 
• A TQM e a visão clássica 
• Visão de Keynes 
• Visão neoclássica keynesiana 
 
- Discussão sobre o trabalho 
 
 
 
 Keynes Friedman 
Lucas Fisher Hicks 
Os caras da PM 
TQM e a visão 
clássica 
• Critical essays in monetary theory: Hicks 
demonstra que teoria monetária esteve 
relacionado à definição de políticas para a 
prática 
• Berço: Inglaterra, séc. XVIII. 
• A questão da emissão de papel moeda 
(descontrole e/ ou falta de lastro) e o surto 
inflacionário 
• 1844, Bank charter Act: Banco da Inglaterra 
torna-se a autoridade monetária principal, 
fixa-se teto emissão para bancos provinciais: 
padrão ouro 
 
TQM e a visão 
clássica 
• Teoria Quantitativa: versão das transações 
• Formulada inicialmente por Newcomb, em 
1885; popularizada or Irving Fisher em 
1911 (The purchase power of money) 
• Identidade entre o total de pagamentos 
em moeda e o total de bens e serviços 
transacionados 
 
 
TQM e a visão 
clássica 
MV = PT 
MV + M’V’ = PT 
Em que: 
• M = quantidade de moeda em circulação 
• V = velocidade de circulação da moeda 
• M’ = total de depósitos sujeitos a transferências 
em cheque 
• V’ = total de circulação correspondente a M’ 
• P = preços de bens e serviços 
• T = quantidade de transações físicas de bens e 
serviços 
 
 
TQM e a visão 
clássica 
MV = Py 
Em que: 
• M = quantidade de moeda em circulação 
• V = velocidade de circulação da moeda 
• P = preços de bens e serviços 
• Y = PNB real (volume) 
 
 
TQM e a visão 
clássica 
• A moeda é tratada como estoque e somente 
tem papel de meio de troca 
• Instituições determinam V, que é estável 
• P são a variável de ajuste: dependem de MV e 
de Y 
• Y ao nível de pleno emprego no longo prazo: 
vale a lei de Say 
 
• Inflação corresponde a desvios da oferta de 
moeda em relação ao nível de longo prazo. 
MV = Py 
TQM e a visão 
clássica 
• A abordagem dos saldos monetários 
considera a moeda como uma residência 
temporária de poder de compra 
 
Em que: 
• M = quantidade de moeda desejada 
• k = razão do estoque de moeda em relação à 
renda nominal (=V) 
• P = preços de bens e serviços 
• Y = PNB real (volume) 
 
M = kPy 
TQM e a visão 
clássica 
• Na visão dos saldos monetários da TQM, 
M exprime a demanda por moeda, como 
uma proporção k do nível de renda 
• Y também é de pleno emprego, então 
também vale a lei de Say 
• K é constante e estável, independente da 
oferta de moeda 
• Oferta de moeda se iguala à demanda, 
exogenamente dada 
TQM e a visão 
clássica 
Postulados básicos da TQM: 
• Causalidade da moeda para preços 
• Equiproporcionalidade entre moeda e preços (os 
outros elementos constantes) 
• Não neutralidade da moeda (e da PM) no CP(atrasos 
de ajustamento da inflação e taxas de juros) e 
neutralidade no LP 
• Dicotomia preços relativos/ absolutos: dado M, V e 
T, choques em preços relativos são reajustados para 
que preço absoluto fique constante 
• Versão Fisher: independência entre Md e Ms 
TQM e a visão 
clássica 
Resultados de PM: afeta somente nível de 
preços (ineficiente) 
• No longo prazo, uma política monetária contracionista leva a uma 
contração da demanda agregada, reduzindo o nível geral de preços e 
não tem qualquer impacto sobre o produto. 
 
 
TQM e a visão 
clássica 
Wicksell e a TQM 
• Toma a existência de um processo cumulativo: 
– Mecanismo direto: efeito de variação da M 
diretamente sobre a demanda de bens 
 (pessoal gasta mais por ter mais saldos 
monetários,Exemplos: ouro/ caixa eletrônico) 
– Mecanismo indireto: existe relação entre Md e taxa 
de juros; se M aumenta, r diminui, demanda por 
bens aumenta e preços também. 
• Três tipos de economias: moeda pura, crédito 
puro e moeda-crédito (mista). 
• TQM só vale para primeiro caso 
 
O mundo à época 
de Keynes 
A Grande 
Depressão 
Precedida por: 
– Em vigor, o padrão-ouro 
– Ajuda financeira dos EUA à reconstrução europeia 
– Desregulação nas atividades financeiras e relaxamento 
da percepção dos riscos => febre especulativa 
– Expansão desmensurada do crédito, com proliferação de 
bancos de pequeno e médio porte (fora da área de 
supervisão do FED) 
– Superprodução de alimentos 
– Industrialização crescente 
– Organização dos trabalhadores, movimentos anarquistas 
 
 
Bolha especulativa – crash na Quinta-feira negra: 
– Governo buscou manter o padrão-ouro, menor margem 
de intervenção 
– Propagação das quebras, com contração da produção e 
desemprego. 
– PIB nominal nos EUA: de US$ 103,7 bi em 1929 para US$ 
56,4 bi em 1932, recuperando-se para US$ 101,3 bi em 
1939 
– Entre 1930 e 1933: três ondas de liquidação bancária 
vitimaram 11 mil bancos nos EUA. 
– Recessão na Europa (Inglaterra e Alemanha) e no mundo 
 
 
A Grande 
Depressão 
Foto: por Dorothea 
Lange Migrant Mother de 1936, 
com Florence Owens 
Thompson, 32, mãe de 7 filhos, 
destituída do trabalho agrícola 
em Nipomo, California, March 
1936. 
 
 
A Grande 
Depressão 
Vida e obras: 
• Em 1883, nasceu em Cambridge, Inglaterra, filho de John Neville Keynes 
(pupilo de Marshall e autor de O escopo e o método da Economia Política 
(1891)) e Florence Brown (uma das primeiras mulheres alunas da 
universidade, primeira prefeita de Cambridge). 
• Faculdade de matemática e ciências humanaa clássicas, no King’s college. 
• Primeiro emprego no Escritório da Índia, Moeda e finanças indianas – torna-
se fellow do King’s (publicado em 1913). 
• Torna-se professor de economia em Cambridge, em 1908. 
• Diversas publicações e atuações políticas desde então 
• 1930: Tratado da Moeda 
• 1936: Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda 
• 1931: Ensaios em persuasão 
• 1933: Ensaios em biografia 
• Consultor do Tesouro durante as duas guerras 
• Papel importante na conferência de Bretton Woods em 1944 
• Enfarte em 1946. 
• “Teórico da depressão” e do sistema monetário internacional 
Visão de Keynes 
Legado de Keynes: 
• O Estado de Bem-estar social 
• O sistema internacional monetário e suas 
instituições 
• Política econômica ativa 
• A paralela construção do Princípio de Demanda 
Efetiva de Kalecki 
• As diversas vertentes que se abrem 
– New cambridge school 
– Keynesianos 
– Novos keynesianos 
– Pós-keynesianos 
 
Visão de Keynes 
Conceitos fundamentais da Teoria Geral: 
• Incerteza 
• Rigidez 
• Curto e longo prazo 
• Crítica ao segundo teorema do bem estar – a inelasticidade 
da oferta de trabalho 
• Princípio da Demanda Efetiva 
• Preferência pela liquidez 
• A não-neutralidade da moeda 
• Teoria de precificação dos ativos 
• A dinâmica capitalista e suas contradições 
• A importância da política econômica 
• Equilíbrio? 
 
Visão de Keynes 
Críticas de Keynes à TQM: 
• Demanda por moeda: motivos transação + financiamento, precaução, especulação 
• Md dos três primeiros motivos depende do nível de atividade econômica; 
• Md do último motivo depende da taxa de juros – tomando-a como a recompensa 
por abrir mão da liquidez => princípio da preferência pela liquidez 
• Duas esferas de circulação a industrial (moeda como meio de troca) e a financeira 
(moeda como reserva de valor) 
Visão de Keynes 
Fonte: CARVALHO et al, p. 93 
Críticas de Keynes à TQM: 
• O equilíbrio no mercado de capitais não determina a taxa de 
juros , esta é dada no mercado de moeda conformea 
preferência pela liquidez e, por conseguinte, a demanda de 
moeda. 
• Teoria de precificação dos ativos 
• Assim, a maneira pela qual a taxa de juros é determinada numa 
economia monetária implica uma situação completamente 
diferente da preconizada pela teoria neoclássica. 
• A natureza desta diferença é que os juros, na teoria de Keynes, 
são determinados no mercado de moedas, enquanto que, na 
teoria neoclássica, são determinados no mercado de capitais. 
Visão de Keynes 
PPL e PDE 
• A taxa de juros monetária afeta o produto e o emprego. 
• O emprego depende da taxa de juros do mercado monetário 
• Juros norteiam decisões de investimento, confrontadas com a EmgK 
(taxa esperada de rendimento dos ativos de capital) 
• Mesmo com os salários reais potencialmente flexíveis, não somente 
não há pleno emprego como existe um equilíbrio estável abaixo do 
pleno emprego (vazamentos). 
• O princípio da demanda efetiva invalida a Lei de Say e inverte a 
causalidade do modelo neoclássico de determinação do emprego e do 
produto. 
• De acordo com o PDE, o nível de emprego e de renda depende dos 
gastos esperados. Estes, por exemplo, se elevam se houver um 
crescimento da EmgK ou redução da taxa de juros, ou uma elevação da 
PMgC. 
Visão de Keynes 
Resultados de política monetária: 
• PM não afeta diretamente o produto da 
circulação industrial, mas indiretamente 
através do vazamento de moeda de 
circulação financeira para a industrial. 
• Decisões de portfolio consideram não 
somente o juros, mas também EMgK – 
dadas as expectativas sobre o futuro. 
 
Visão de Keynes 
Armadilha da liquidez (voltando à Depressão de 30): 
• Cenário onde os agentes econômicos retém 
moeda em excesso. 
• Há muita incerteza (motivo: precaução e 
especulaçao) 
• Há redução da circulação de moeda 
• Recessão (queda drástica da demanda efetiva) 
• Política monetária sem efeito: qualquer 
aumento de moeda é retido pelo público 
 
Visão de Keynes 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
• John Maynard Keynes lança em 1936 a “Teoria Geral do Emprego, 
dos Juros e da Moeda” 
• Entre as primeiras interpretações formalizadas estão os textos 
apresentados por Roy Harrod, John Hicks e James Meade no 
Simpósio “Mr Keynes’ System” durante a Sexta Conferência 
Européia da Sociedade de Econometria, Oxford - 25 a 29 de 
setembro de 1936. 
• Os trabalhos de Harrod (“Mr. Keynes and traditional theory”) e 
de Hicks (“Mr. Keynes and the ‘Classics’: a suggested 
interpretation”) foram publicados na revista Econometrica em 
janeiro e abril de 1937, respectivamente. O de Meade (“A 
simplified model of Mr. Keynes’ system”) foi publicado pela 
Review of Economic Studies, em fevereiro de 1937. O relatório da 
Conferência, por sua vez, foi publicado em Econometrica em 
outubro de 1937. 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Contexto histórico: o surgimento do modelo Hicks-
Hansen 
• Hicks formulou um modelo de equações simultâneas, 
conhecido como o modelo IS-LM. 
• O termo utilizado originalmente por Hicks foi IS-LL (ou 
SILL). 
• O nome IS-LM foi cunhado posteriormente por Alvin 
Hansen, cujas contribuições fizeram com que o 
modelo passasse a ser chamado de Hicks-Hansen. 
 
• Comparar os resultados gerados pela “teoria clássica” às 
conclusões da “teoria de Keynes”, de modo a “isolar as 
inovações do Sr. Keynes e descobrir quais são as questões 
verdadeiramente em discussão”. (Hicks, 1937: 148). 
• Por clássicos, Hicks considera que Keynes remetia à Pigou 
em “A teoria do desemprego” 
• Modelo investiga a determinação da taxa de juros e do 
nível de renda da economia, tanto do lado monetário 
quanto do lado real 
 
(DIAGRAMA) 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Modelo IS/ LM: 
• Modelo de equações simultâneas para o mercado de ativos 
e para o mercado de bens e serviços 
• Dois setores, um que produz de bens de capital e um de 
bens de consumo. 
• Curto prazo: quantidade de equipamentos físicos está fixa, 
depreciação negligenciável => assim a produção de novos 
bens de capital corresponde ao investimento 
• Trabalho homogêneo, fator variável 
• Isso permite construir uma identidade contábil na qual a 
renda agregada de curto prazo é função apenas do nível de 
emprego em cada setor, dadas as taxas nominais de salário 
e as funções de produção em cada um dos dois setores. 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva IS: equilíbrio no mercado de bens e serviços: 
• Investment-Savings 
• No mercado de bens em equilíbrio, DA = OA 
• Y = C(Yd) + I (r) + G 
• O investimento é tomado como demanda por capital 
(produção de novos bens de investimento) 
• No modelo de Keynes I é exogenamente determinado, aqui 
endógeno 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva IS: 
• A taxa de juro é o preço vigente no mercado de 
financiamento ou de fundos emprestáveis, no qual os 
poupadores oferecem fundos, e outros procuram fundos 
para investimento ou consumo 
• A taxa de juro representa um custo de oportunidade do 
investimento real, ou seja ela é comparada ao retorno 
esperado dos bens de investimento 
• I varia inversamente à taxa de juros (GRÁFICO r, I) 
• O equilíbrio no mercado de bens depende do Investimento, 
que depende dos juros (GRÁFICO Y, DA) 
 
 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva IS 
• A taxa de juro é o preço vigente no mercado de 
financiamento ou de fundos emprestáveis, no qual os 
poupadores oferecem fundos, e outros procuram fundos 
para investimento ou consumo 
• A taxa de juro representa um custo de oportunidade do 
investimento real, ou seja ela é comparada ao retorno 
esperado dos bens de investimento 
• I varia inversamente à taxa de juros 
• O equilíbrio no mercado de bens depende do Investimento, 
que depende dos juros 
 
• Daí deriva-se a curva IS, o conjunto dos pares de renda 
e taxa de juros que equilibram o mercado de bens – 
(GRÁFICO Y, r) 
 
 
Visão neoclássica 
keynesiana 
• Combinando-se os gráficos anteriores obtemos a curva IS, que é o 
conjunto dos pares de renda e taxa de juros que equilibram o 
mercado de bens. 
 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva IS: 
• Para deduzir a curva IS, podemos recorrer também 
à igualdade entre poupança e investimento. 
• A poupança como resíduo do consumo é, no 
modelo keynesiano, função da renda disponível. 
• Assim, reduções nas taxas de juros que levem à 
ampliação do investimento devem ser 
acompanhadas por um crescimento da renda que 
provoque o aumento necessário na poupança para 
manter o equilíbrio. 
(GRÁFICO QUADRANTES) 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Curva IS: 
A inclinação da curva IS depende de: 
• a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros; 
• a propensão marginal a consumir (ou o multiplicador de 
gastos). 
 
 Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa 
de juros, mais horizontal será a curva IS, isto é, menor sua 
inclinação. => GRÁFICOS 
 Quanto maior o multiplicador, maior será o impacto sobre a 
renda de variações nas taxas de juros, ou seja, menor será a 
inclinação da IS (mais horizontal). => GRÁFICOS 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva IS: 
• Os fatores de deslocamento da IS dependem do volume de gastos 
autônomos (consumo e o investimento autônomos, gastos do 
governo) 
 Quanto maior a despesa autônoma, mais para a direita se localizará a 
curva IS. 
• O montante do deslocamento será dado pelo multiplicador vezes a 
variação na despesa. 
• Ou seja, dado o nível da taxa de juros, o deslocamento da demanda 
(renda) será determinado como no modelo keynesiano simples. 
Visão neoclássicakeynesiana 
A curva LM: 
• Dois tipos de ativos na economia para alocar riqueza (W/P 
estoque de riqueza real): moeda (M) e títulos (B). 
• MOEDA possui liquidez absoluta/ não rende juro 
• TÍTULOS rendem juros/ liquidez inferior à da moeda. 
• Demanda: Md + Bd = W/P 
• Oferta: Ms/P + Bs = Riqueza 
• D = O, excessos de demanda for zero em um dos mercados, no 
outro também é; para o mesmo estoque de riqueza. Logo, pode-
se examinar apenas um dos mercados - tradicionalmente, como 
formulado por Hicks (1937), considera-se o mercado monetário. 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva LM: 
• Tradicionalmente, também, considera-se a oferta da moeda como 
uma variável determinada exogenamente, por decisão da 
autoridade monetária. 
• Demanda de moeda: motivo transação e motivo portfólio. 
 Motivo Transação: a demanda de moeda é diretamente 
relacionada ao nível de renda da economia. Quanto maior o nível 
de produto maior será o volume de transações e, portanto, maior 
será a quantidade de moeda requerida (demandada) para realizá-
las. Dessa forma, a demanda de moeda aumenta conforme 
aumenta a renda. 
 Motivo portfólio: o indivíduo, ao tomar a decisão de como alocar 
sua riqueza, compara o diferencial de rentabilidade entre os 
diferentes ativos, dada sua preferência pela liquidez e a incerteza 
na economia. 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva LM: 
• Desconsiderando a inflação, o retorno real da 
moeda é zero, enquanto o dos títulos é a taxa de 
juros que estes rendem. 
• Taxa de juros corresponde ao custo de 
oportunidade de reter moeda 
• A demanda de moeda é como a de um bem normal 
qualquer: varia inversamente com o preço e 
diretamente com a renda (GRÁFICO M/P, r). 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva LM: 
• Equilíbrio no mercado monetário: a demanda de moeda iguala a oferta 
de moeda (dada). 
• Dada uma oferta de moeda, a demanda, combinando os motivos 
transação e os portfólio, deve igualar-se à oferta, no equilíbrio: 
 
 
 
 
 
 
• Como a demanda de moeda responde positivamente à renda e 
negativamente à taxa de juros, elevações na renda devem ser 
acompanhadas por aumentos nas taxas de juros, de modo a 
compensar o impacto expansivo sobre a demanda de moeda 
decorrente do maior nível de renda 
• A curva LM representa, assim, os pares (Y, r) que equilibram o 
mercado monetário pelos motivos transação e portfólio 
GRÁFICO Y,r 
 
 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
A curva LM: 
 
A inclinação da curva LM depende de: 
• a sensibilidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros; 
• a sensibilidade da demanda de moeda em relação à renda; 
 Quanto maior a elasticidade em relação à taxa de juros, mais horizontal a 
curva LM (menor a sua inclinação). GRÁFICOS 
 Quanto maior a elasticidade em relação à renda, mais vertical a curva LM 
(maior a sua inclinação). GRÁFICOS 
 
• Os fatores de deslocamento da LM dependem da oferta de moeda. Como 
o nível de preços é constante, esta é afetada basicamente pela política 
monetária. 
 Quanto maior a despesa autônoma, mais para a direita se localizará a 
curva IS. 
 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Interação dos lados real e monetário: 
• Para determinarem-se o nível de renda e de taxa de 
juros que equilibram simultaneamente os mercados 
de bens e de ativos, basta juntar a IS e a LM => 
GRÁFICO Y, r 
 
• Desequilíbrios no mercado de bens são ajustados 
via quantidades, alterando o nível de produto 
(renda). 
• Desequilíbrios no mercado monetário são ajustados 
com variações nas taxas de juros. 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Visão neoclássica 
keynesiana 
• PM mais impotente quanto mais 
vertical a IS ou mais horizontal a 
LM 
• Nesse caso, sugere-se que o Banco 
central pratique política de juros 
constante e conceda reservas para 
os bancos de acordo com o 
necessário. Para afetar o emprego 
e a renda, melhor utilizar a política 
fiscal (horizontalismo é fiscalista, 
afinal das contas). 
• O artigo de Hicks de 1937 é tido como a “pedra fundamental” da 
“síntese neoclássica”: uma interpretação da teoria 
macroeconômica que considera conjuntamente as contribuições 
clássicas (pré-keynesianas) e as de Keynes. 
• “Teoria Geral de Keynes generalizada” 
• Caracteriza-se por uma “elegância matemática” ao incluir as 
mesmas variáveis em todas as equações. 
• O “AHA” do modelo do Hicks é quanto à taxa de juros porque 
acaba desempenhando o papel de taxa de juros de curto e longo 
prazos, que equilibra simultaneamente o investimento à poupança 
e a demanda por moeda à oferta de moeda e, além disso, iguala-
se à eficiência marginal do capital. 
• Reside também aí o ponto de partida para as críticas ao modelo. 
Visão neoclássica 
keynesiana 
Referências (4) 
CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política. Ed. Campus, 
2001. Caps. 13 a 18. 
LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 7. 
RONCAGLIA, A. (2006) Wealth of Ideas: a history of economic thought, Cambridge: 
Cambridge University Press. 
HUNT,E. K. História do Pensamento Econômico, Rio de Janeiro. Editora Campus, 1981. 
KEYNES, J. M. (1936). A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, Coleção Os 
Economistas, 2ª edição, Editora Nova Cultural, 1985. 
HICKS, John Richard (1937) Mr. Keynes and the 'classics': a suggested interpretation. 
Econometrica, vol. 5, abril 1937, pp. 147-159. (Há tradução para o português em 
Literatura Econômica vol. 5(2), 1983, pp. 139-158, reproduzida em Clássicos da 
Literatura Econômica, Rio de Janeiro: IPEA,1988, pp. 357- 376 e em CARNEIRO, Ricardo 
(org.)(1997): Os Clássicos da Economia, São Paulo: Ática, vol. II, pp. 143-158). 
DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. e STARTZ, R. (2008) Macroeconomia. 10ª edição, McGraw-Hill 
do Brasil, 2008. 
HELLER, Claudia (1999): “A Síntese da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda 
segundo John Hicks”, IV Encontro Nacional de Economia Política, 1 a 4 de junho de 
1999, Porto Alegre. 
 
 
 
Bibliografia 
RONCAGLIA, Alessandro. 
(2005) 
Wealth of Ideas: a history of 
economic thought. 
New York: 
Cambridge University Press. 
 
 
Prêmio 2002 Jerome Blanqui 
da Sociedade Europeia de 
História do Pensamento 
Econômico 
PRÓXIMA AULA 
4) Teorias da moeda e política monetária 
comparadas 
• Visão monetarista 
• Visão novo-clássica 
• PM em economia aberta 
TRABALHO DA 
DISCIPLINA 
DEFINIÇÃO DOS 
TRABALHOS 
Tema: Teorias da moeda e política monetária 
comparadas 
Produtos esperados: 
A) Trabalho de 5 a 15 páginas formato .doc 
ou .docx, folha A4, Times New Roman 
tamanho 12, espaçamento 1,5, margem 
normal. 
B) Apresentação oral no dia 07/01/2014 
 
 
 
DEFINIÇÃO DOS 
TRABALHOS 
Alunos por grupo: Manhã: grupos de 3/ Noite: 
grupos de 4 
 
Objetivo do trabalho: responder às questões: 
1) qual a visão de moeda de acordo com a Teoria 
____________? 
2) qual o resultado de uma expansão da 
quantidade de moeda segundo a Teoria 
_________ em economia fechada? E em 
economia aberta? 
 
 
 
DEFINIÇÃO DOS 
TRABALHOS 
Teorias a serem estudadas: monetarista, 
keynesiana, novo-clássica, de Keynes (ou pós-
keynesiana). 
 
Data: Os trabalhos deverão ser entregues ao 
final da aula, dia 07/01. E a apresentação será 
com relação a uma ou às duas perguntas 
também no dia 07/01, com duração de 10 a 
15 minutos. 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO DOS 
TRABALHOS 
Avaliação: seguindo o método de Conceito. O trabalho e a 
apresentação têm o mesmo peso, mas o conceito do 
trabalho predomina como critério de desempate:• Trabalho: A a D/ Apresentação: A a D. 
• Exemplo: A+A = A, A+B = A, B+A = B. 
• O trabalho equivalerá a 50% da avaliação da disciplina, 
os outros 50% corresponderão à prova única ao final do 
curso (28/01). 
• Serão avaliadas não somente a precisão e clareza das 
respostas, mas também a qualidade e diversidade de 
referências bibliográficas, além da estrutura dos textos.

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