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Teorias da moeda e política monetária comparadas Economia Monetária Profa. Cristina F. B. Reis Dezembro, 2013 4. Teorias da moeda e política monetária comparadas SUMÁRIO 4. Teorias da moeda e política monetária comparadas • A TQM e a visão clássica • Visão de Keynes • Visão neoclássica keynesiana - Discussão sobre o trabalho Keynes Friedman Lucas Fisher Hicks Os caras da PM TQM e a visão clássica • Critical essays in monetary theory: Hicks demonstra que teoria monetária esteve relacionado à definição de políticas para a prática • Berço: Inglaterra, séc. XVIII. • A questão da emissão de papel moeda (descontrole e/ ou falta de lastro) e o surto inflacionário • 1844, Bank charter Act: Banco da Inglaterra torna-se a autoridade monetária principal, fixa-se teto emissão para bancos provinciais: padrão ouro TQM e a visão clássica • Teoria Quantitativa: versão das transações • Formulada inicialmente por Newcomb, em 1885; popularizada or Irving Fisher em 1911 (The purchase power of money) • Identidade entre o total de pagamentos em moeda e o total de bens e serviços transacionados TQM e a visão clássica MV = PT MV + M’V’ = PT Em que: • M = quantidade de moeda em circulação • V = velocidade de circulação da moeda • M’ = total de depósitos sujeitos a transferências em cheque • V’ = total de circulação correspondente a M’ • P = preços de bens e serviços • T = quantidade de transações físicas de bens e serviços TQM e a visão clássica MV = Py Em que: • M = quantidade de moeda em circulação • V = velocidade de circulação da moeda • P = preços de bens e serviços • Y = PNB real (volume) TQM e a visão clássica • A moeda é tratada como estoque e somente tem papel de meio de troca • Instituições determinam V, que é estável • P são a variável de ajuste: dependem de MV e de Y • Y ao nível de pleno emprego no longo prazo: vale a lei de Say • Inflação corresponde a desvios da oferta de moeda em relação ao nível de longo prazo. MV = Py TQM e a visão clássica • A abordagem dos saldos monetários considera a moeda como uma residência temporária de poder de compra Em que: • M = quantidade de moeda desejada • k = razão do estoque de moeda em relação à renda nominal (=V) • P = preços de bens e serviços • Y = PNB real (volume) M = kPy TQM e a visão clássica • Na visão dos saldos monetários da TQM, M exprime a demanda por moeda, como uma proporção k do nível de renda • Y também é de pleno emprego, então também vale a lei de Say • K é constante e estável, independente da oferta de moeda • Oferta de moeda se iguala à demanda, exogenamente dada TQM e a visão clássica Postulados básicos da TQM: • Causalidade da moeda para preços • Equiproporcionalidade entre moeda e preços (os outros elementos constantes) • Não neutralidade da moeda (e da PM) no CP(atrasos de ajustamento da inflação e taxas de juros) e neutralidade no LP • Dicotomia preços relativos/ absolutos: dado M, V e T, choques em preços relativos são reajustados para que preço absoluto fique constante • Versão Fisher: independência entre Md e Ms TQM e a visão clássica Resultados de PM: afeta somente nível de preços (ineficiente) • No longo prazo, uma política monetária contracionista leva a uma contração da demanda agregada, reduzindo o nível geral de preços e não tem qualquer impacto sobre o produto. TQM e a visão clássica Wicksell e a TQM • Toma a existência de um processo cumulativo: – Mecanismo direto: efeito de variação da M diretamente sobre a demanda de bens (pessoal gasta mais por ter mais saldos monetários,Exemplos: ouro/ caixa eletrônico) – Mecanismo indireto: existe relação entre Md e taxa de juros; se M aumenta, r diminui, demanda por bens aumenta e preços também. • Três tipos de economias: moeda pura, crédito puro e moeda-crédito (mista). • TQM só vale para primeiro caso O mundo à época de Keynes A Grande Depressão Precedida por: – Em vigor, o padrão-ouro – Ajuda financeira dos EUA à reconstrução europeia – Desregulação nas atividades financeiras e relaxamento da percepção dos riscos => febre especulativa – Expansão desmensurada do crédito, com proliferação de bancos de pequeno e médio porte (fora da área de supervisão do FED) – Superprodução de alimentos – Industrialização crescente – Organização dos trabalhadores, movimentos anarquistas Bolha especulativa – crash na Quinta-feira negra: – Governo buscou manter o padrão-ouro, menor margem de intervenção – Propagação das quebras, com contração da produção e desemprego. – PIB nominal nos EUA: de US$ 103,7 bi em 1929 para US$ 56,4 bi em 1932, recuperando-se para US$ 101,3 bi em 1939 – Entre 1930 e 1933: três ondas de liquidação bancária vitimaram 11 mil bancos nos EUA. – Recessão na Europa (Inglaterra e Alemanha) e no mundo A Grande Depressão Foto: por Dorothea Lange Migrant Mother de 1936, com Florence Owens Thompson, 32, mãe de 7 filhos, destituída do trabalho agrícola em Nipomo, California, March 1936. A Grande Depressão Vida e obras: • Em 1883, nasceu em Cambridge, Inglaterra, filho de John Neville Keynes (pupilo de Marshall e autor de O escopo e o método da Economia Política (1891)) e Florence Brown (uma das primeiras mulheres alunas da universidade, primeira prefeita de Cambridge). • Faculdade de matemática e ciências humanaa clássicas, no King’s college. • Primeiro emprego no Escritório da Índia, Moeda e finanças indianas – torna- se fellow do King’s (publicado em 1913). • Torna-se professor de economia em Cambridge, em 1908. • Diversas publicações e atuações políticas desde então • 1930: Tratado da Moeda • 1936: Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda • 1931: Ensaios em persuasão • 1933: Ensaios em biografia • Consultor do Tesouro durante as duas guerras • Papel importante na conferência de Bretton Woods em 1944 • Enfarte em 1946. • “Teórico da depressão” e do sistema monetário internacional Visão de Keynes Legado de Keynes: • O Estado de Bem-estar social • O sistema internacional monetário e suas instituições • Política econômica ativa • A paralela construção do Princípio de Demanda Efetiva de Kalecki • As diversas vertentes que se abrem – New cambridge school – Keynesianos – Novos keynesianos – Pós-keynesianos Visão de Keynes Conceitos fundamentais da Teoria Geral: • Incerteza • Rigidez • Curto e longo prazo • Crítica ao segundo teorema do bem estar – a inelasticidade da oferta de trabalho • Princípio da Demanda Efetiva • Preferência pela liquidez • A não-neutralidade da moeda • Teoria de precificação dos ativos • A dinâmica capitalista e suas contradições • A importância da política econômica • Equilíbrio? Visão de Keynes Críticas de Keynes à TQM: • Demanda por moeda: motivos transação + financiamento, precaução, especulação • Md dos três primeiros motivos depende do nível de atividade econômica; • Md do último motivo depende da taxa de juros – tomando-a como a recompensa por abrir mão da liquidez => princípio da preferência pela liquidez • Duas esferas de circulação a industrial (moeda como meio de troca) e a financeira (moeda como reserva de valor) Visão de Keynes Fonte: CARVALHO et al, p. 93 Críticas de Keynes à TQM: • O equilíbrio no mercado de capitais não determina a taxa de juros , esta é dada no mercado de moeda conformea preferência pela liquidez e, por conseguinte, a demanda de moeda. • Teoria de precificação dos ativos • Assim, a maneira pela qual a taxa de juros é determinada numa economia monetária implica uma situação completamente diferente da preconizada pela teoria neoclássica. • A natureza desta diferença é que os juros, na teoria de Keynes, são determinados no mercado de moedas, enquanto que, na teoria neoclássica, são determinados no mercado de capitais. Visão de Keynes PPL e PDE • A taxa de juros monetária afeta o produto e o emprego. • O emprego depende da taxa de juros do mercado monetário • Juros norteiam decisões de investimento, confrontadas com a EmgK (taxa esperada de rendimento dos ativos de capital) • Mesmo com os salários reais potencialmente flexíveis, não somente não há pleno emprego como existe um equilíbrio estável abaixo do pleno emprego (vazamentos). • O princípio da demanda efetiva invalida a Lei de Say e inverte a causalidade do modelo neoclássico de determinação do emprego e do produto. • De acordo com o PDE, o nível de emprego e de renda depende dos gastos esperados. Estes, por exemplo, se elevam se houver um crescimento da EmgK ou redução da taxa de juros, ou uma elevação da PMgC. Visão de Keynes Resultados de política monetária: • PM não afeta diretamente o produto da circulação industrial, mas indiretamente através do vazamento de moeda de circulação financeira para a industrial. • Decisões de portfolio consideram não somente o juros, mas também EMgK – dadas as expectativas sobre o futuro. Visão de Keynes Armadilha da liquidez (voltando à Depressão de 30): • Cenário onde os agentes econômicos retém moeda em excesso. • Há muita incerteza (motivo: precaução e especulaçao) • Há redução da circulação de moeda • Recessão (queda drástica da demanda efetiva) • Política monetária sem efeito: qualquer aumento de moeda é retido pelo público Visão de Keynes Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana • John Maynard Keynes lança em 1936 a “Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda” • Entre as primeiras interpretações formalizadas estão os textos apresentados por Roy Harrod, John Hicks e James Meade no Simpósio “Mr Keynes’ System” durante a Sexta Conferência Européia da Sociedade de Econometria, Oxford - 25 a 29 de setembro de 1936. • Os trabalhos de Harrod (“Mr. Keynes and traditional theory”) e de Hicks (“Mr. Keynes and the ‘Classics’: a suggested interpretation”) foram publicados na revista Econometrica em janeiro e abril de 1937, respectivamente. O de Meade (“A simplified model of Mr. Keynes’ system”) foi publicado pela Review of Economic Studies, em fevereiro de 1937. O relatório da Conferência, por sua vez, foi publicado em Econometrica em outubro de 1937. Visão neoclássica keynesiana Contexto histórico: o surgimento do modelo Hicks- Hansen • Hicks formulou um modelo de equações simultâneas, conhecido como o modelo IS-LM. • O termo utilizado originalmente por Hicks foi IS-LL (ou SILL). • O nome IS-LM foi cunhado posteriormente por Alvin Hansen, cujas contribuições fizeram com que o modelo passasse a ser chamado de Hicks-Hansen. • Comparar os resultados gerados pela “teoria clássica” às conclusões da “teoria de Keynes”, de modo a “isolar as inovações do Sr. Keynes e descobrir quais são as questões verdadeiramente em discussão”. (Hicks, 1937: 148). • Por clássicos, Hicks considera que Keynes remetia à Pigou em “A teoria do desemprego” • Modelo investiga a determinação da taxa de juros e do nível de renda da economia, tanto do lado monetário quanto do lado real (DIAGRAMA) Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana Modelo IS/ LM: • Modelo de equações simultâneas para o mercado de ativos e para o mercado de bens e serviços • Dois setores, um que produz de bens de capital e um de bens de consumo. • Curto prazo: quantidade de equipamentos físicos está fixa, depreciação negligenciável => assim a produção de novos bens de capital corresponde ao investimento • Trabalho homogêneo, fator variável • Isso permite construir uma identidade contábil na qual a renda agregada de curto prazo é função apenas do nível de emprego em cada setor, dadas as taxas nominais de salário e as funções de produção em cada um dos dois setores. Visão neoclássica keynesiana A curva IS: equilíbrio no mercado de bens e serviços: • Investment-Savings • No mercado de bens em equilíbrio, DA = OA • Y = C(Yd) + I (r) + G • O investimento é tomado como demanda por capital (produção de novos bens de investimento) • No modelo de Keynes I é exogenamente determinado, aqui endógeno Visão neoclássica keynesiana A curva IS: • A taxa de juro é o preço vigente no mercado de financiamento ou de fundos emprestáveis, no qual os poupadores oferecem fundos, e outros procuram fundos para investimento ou consumo • A taxa de juro representa um custo de oportunidade do investimento real, ou seja ela é comparada ao retorno esperado dos bens de investimento • I varia inversamente à taxa de juros (GRÁFICO r, I) • O equilíbrio no mercado de bens depende do Investimento, que depende dos juros (GRÁFICO Y, DA) Visão neoclássica keynesiana A curva IS • A taxa de juro é o preço vigente no mercado de financiamento ou de fundos emprestáveis, no qual os poupadores oferecem fundos, e outros procuram fundos para investimento ou consumo • A taxa de juro representa um custo de oportunidade do investimento real, ou seja ela é comparada ao retorno esperado dos bens de investimento • I varia inversamente à taxa de juros • O equilíbrio no mercado de bens depende do Investimento, que depende dos juros • Daí deriva-se a curva IS, o conjunto dos pares de renda e taxa de juros que equilibram o mercado de bens – (GRÁFICO Y, r) Visão neoclássica keynesiana • Combinando-se os gráficos anteriores obtemos a curva IS, que é o conjunto dos pares de renda e taxa de juros que equilibram o mercado de bens. Visão neoclássica keynesiana A curva IS: • Para deduzir a curva IS, podemos recorrer também à igualdade entre poupança e investimento. • A poupança como resíduo do consumo é, no modelo keynesiano, função da renda disponível. • Assim, reduções nas taxas de juros que levem à ampliação do investimento devem ser acompanhadas por um crescimento da renda que provoque o aumento necessário na poupança para manter o equilíbrio. (GRÁFICO QUADRANTES) Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana Curva IS: A inclinação da curva IS depende de: • a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros; • a propensão marginal a consumir (ou o multiplicador de gastos). Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal será a curva IS, isto é, menor sua inclinação. => GRÁFICOS Quanto maior o multiplicador, maior será o impacto sobre a renda de variações nas taxas de juros, ou seja, menor será a inclinação da IS (mais horizontal). => GRÁFICOS Visão neoclássica keynesiana A curva IS: • Os fatores de deslocamento da IS dependem do volume de gastos autônomos (consumo e o investimento autônomos, gastos do governo) Quanto maior a despesa autônoma, mais para a direita se localizará a curva IS. • O montante do deslocamento será dado pelo multiplicador vezes a variação na despesa. • Ou seja, dado o nível da taxa de juros, o deslocamento da demanda (renda) será determinado como no modelo keynesiano simples. Visão neoclássicakeynesiana A curva LM: • Dois tipos de ativos na economia para alocar riqueza (W/P estoque de riqueza real): moeda (M) e títulos (B). • MOEDA possui liquidez absoluta/ não rende juro • TÍTULOS rendem juros/ liquidez inferior à da moeda. • Demanda: Md + Bd = W/P • Oferta: Ms/P + Bs = Riqueza • D = O, excessos de demanda for zero em um dos mercados, no outro também é; para o mesmo estoque de riqueza. Logo, pode- se examinar apenas um dos mercados - tradicionalmente, como formulado por Hicks (1937), considera-se o mercado monetário. Visão neoclássica keynesiana A curva LM: • Tradicionalmente, também, considera-se a oferta da moeda como uma variável determinada exogenamente, por decisão da autoridade monetária. • Demanda de moeda: motivo transação e motivo portfólio. Motivo Transação: a demanda de moeda é diretamente relacionada ao nível de renda da economia. Quanto maior o nível de produto maior será o volume de transações e, portanto, maior será a quantidade de moeda requerida (demandada) para realizá- las. Dessa forma, a demanda de moeda aumenta conforme aumenta a renda. Motivo portfólio: o indivíduo, ao tomar a decisão de como alocar sua riqueza, compara o diferencial de rentabilidade entre os diferentes ativos, dada sua preferência pela liquidez e a incerteza na economia. Visão neoclássica keynesiana A curva LM: • Desconsiderando a inflação, o retorno real da moeda é zero, enquanto o dos títulos é a taxa de juros que estes rendem. • Taxa de juros corresponde ao custo de oportunidade de reter moeda • A demanda de moeda é como a de um bem normal qualquer: varia inversamente com o preço e diretamente com a renda (GRÁFICO M/P, r). Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana A curva LM: • Equilíbrio no mercado monetário: a demanda de moeda iguala a oferta de moeda (dada). • Dada uma oferta de moeda, a demanda, combinando os motivos transação e os portfólio, deve igualar-se à oferta, no equilíbrio: • Como a demanda de moeda responde positivamente à renda e negativamente à taxa de juros, elevações na renda devem ser acompanhadas por aumentos nas taxas de juros, de modo a compensar o impacto expansivo sobre a demanda de moeda decorrente do maior nível de renda • A curva LM representa, assim, os pares (Y, r) que equilibram o mercado monetário pelos motivos transação e portfólio GRÁFICO Y,r Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana A curva LM: A inclinação da curva LM depende de: • a sensibilidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros; • a sensibilidade da demanda de moeda em relação à renda; Quanto maior a elasticidade em relação à taxa de juros, mais horizontal a curva LM (menor a sua inclinação). GRÁFICOS Quanto maior a elasticidade em relação à renda, mais vertical a curva LM (maior a sua inclinação). GRÁFICOS • Os fatores de deslocamento da LM dependem da oferta de moeda. Como o nível de preços é constante, esta é afetada basicamente pela política monetária. Quanto maior a despesa autônoma, mais para a direita se localizará a curva IS. Visão neoclássica keynesiana Interação dos lados real e monetário: • Para determinarem-se o nível de renda e de taxa de juros que equilibram simultaneamente os mercados de bens e de ativos, basta juntar a IS e a LM => GRÁFICO Y, r • Desequilíbrios no mercado de bens são ajustados via quantidades, alterando o nível de produto (renda). • Desequilíbrios no mercado monetário são ajustados com variações nas taxas de juros. Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana Visão neoclássica keynesiana • PM mais impotente quanto mais vertical a IS ou mais horizontal a LM • Nesse caso, sugere-se que o Banco central pratique política de juros constante e conceda reservas para os bancos de acordo com o necessário. Para afetar o emprego e a renda, melhor utilizar a política fiscal (horizontalismo é fiscalista, afinal das contas). • O artigo de Hicks de 1937 é tido como a “pedra fundamental” da “síntese neoclássica”: uma interpretação da teoria macroeconômica que considera conjuntamente as contribuições clássicas (pré-keynesianas) e as de Keynes. • “Teoria Geral de Keynes generalizada” • Caracteriza-se por uma “elegância matemática” ao incluir as mesmas variáveis em todas as equações. • O “AHA” do modelo do Hicks é quanto à taxa de juros porque acaba desempenhando o papel de taxa de juros de curto e longo prazos, que equilibra simultaneamente o investimento à poupança e a demanda por moeda à oferta de moeda e, além disso, iguala- se à eficiência marginal do capital. • Reside também aí o ponto de partida para as críticas ao modelo. Visão neoclássica keynesiana Referências (4) CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política. Ed. Campus, 2001. Caps. 13 a 18. LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 7. RONCAGLIA, A. (2006) Wealth of Ideas: a history of economic thought, Cambridge: Cambridge University Press. HUNT,E. K. História do Pensamento Econômico, Rio de Janeiro. Editora Campus, 1981. KEYNES, J. M. (1936). A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, Coleção Os Economistas, 2ª edição, Editora Nova Cultural, 1985. HICKS, John Richard (1937) Mr. Keynes and the 'classics': a suggested interpretation. Econometrica, vol. 5, abril 1937, pp. 147-159. (Há tradução para o português em Literatura Econômica vol. 5(2), 1983, pp. 139-158, reproduzida em Clássicos da Literatura Econômica, Rio de Janeiro: IPEA,1988, pp. 357- 376 e em CARNEIRO, Ricardo (org.)(1997): Os Clássicos da Economia, São Paulo: Ática, vol. II, pp. 143-158). DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. e STARTZ, R. (2008) Macroeconomia. 10ª edição, McGraw-Hill do Brasil, 2008. HELLER, Claudia (1999): “A Síntese da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda segundo John Hicks”, IV Encontro Nacional de Economia Política, 1 a 4 de junho de 1999, Porto Alegre. Bibliografia RONCAGLIA, Alessandro. (2005) Wealth of Ideas: a history of economic thought. New York: Cambridge University Press. Prêmio 2002 Jerome Blanqui da Sociedade Europeia de História do Pensamento Econômico PRÓXIMA AULA 4) Teorias da moeda e política monetária comparadas • Visão monetarista • Visão novo-clássica • PM em economia aberta TRABALHO DA DISCIPLINA DEFINIÇÃO DOS TRABALHOS Tema: Teorias da moeda e política monetária comparadas Produtos esperados: A) Trabalho de 5 a 15 páginas formato .doc ou .docx, folha A4, Times New Roman tamanho 12, espaçamento 1,5, margem normal. B) Apresentação oral no dia 07/01/2014 DEFINIÇÃO DOS TRABALHOS Alunos por grupo: Manhã: grupos de 3/ Noite: grupos de 4 Objetivo do trabalho: responder às questões: 1) qual a visão de moeda de acordo com a Teoria ____________? 2) qual o resultado de uma expansão da quantidade de moeda segundo a Teoria _________ em economia fechada? E em economia aberta? DEFINIÇÃO DOS TRABALHOS Teorias a serem estudadas: monetarista, keynesiana, novo-clássica, de Keynes (ou pós- keynesiana). Data: Os trabalhos deverão ser entregues ao final da aula, dia 07/01. E a apresentação será com relação a uma ou às duas perguntas também no dia 07/01, com duração de 10 a 15 minutos. DEFINIÇÃO DOS TRABALHOS Avaliação: seguindo o método de Conceito. O trabalho e a apresentação têm o mesmo peso, mas o conceito do trabalho predomina como critério de desempate:• Trabalho: A a D/ Apresentação: A a D. • Exemplo: A+A = A, A+B = A, B+A = B. • O trabalho equivalerá a 50% da avaliação da disciplina, os outros 50% corresponderão à prova única ao final do curso (28/01). • Serão avaliadas não somente a precisão e clareza das respostas, mas também a qualidade e diversidade de referências bibliográficas, além da estrutura dos textos.
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