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Lei de Introdução ao Direito Brasileiro

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Arguição – Lei de Introdução 
1. Qual a posição da Lei de Introdução dentro da legislação brasileira? Qual seu conteúdo?
Posição a todos os ramos jurídicos, salvo naquilo que for regulado de forma diferente pela legislação específica, a Lei de Introdução tem como objeto a própria norma.
 É um conjunto de normas sobre normas, ou uma norma de sobredireito, eis que disciplina as próprias normas jurídicas, prevendo a maneira de sua aplicação no tempo e no espaço, bem como a sua compreensão e o entendimento do seu sentido lógico, determinando também quais são as fontes do direito, em complemento ao que consta na Constituição Federal.
2. Por que se diz que o art.1º adotou o sistema de vigência simultânea da lei?
Porque a lei passa por um processo antes de entrar em vigor, sendo certo que, após a sua elaboração, promulgação e publicação, tem vigência depois de um período de vocatio legis. Como regra, esse período é previsto na própria norma, eu será 45 dias após sua publicação oficial.
3. Interprete com suas palavras os parágrafos 3º e 4º, do art. 1º
Parágrafo 3º – Caso haja uma correção antes da lei entrar em vigor, o prazo do artigo e dos parágrafos anteriores ocorrerão a partir da nova publicação.
Parágrafo 4º – Correções em leis já em vigor são consideradas novas leis.
4. O que é revogação da lei? Quando ocorre a revogação de uma lei permanente? E de uma lei temporária?
Revogação é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia – o que só pode ser feito por outra lei. Pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação). 
A revogação pode ser expressa ou tácita, quando a lei nova declara que a lei anterior, ou parte dela fica revogada. Tácita quando não traz declaração nesse sentido, mas mostra-se incompatível com a lei antiga ou regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior que tratava do mesmo assunto. Ocorre, também, a revogação tácita de uma lei quando se mostra incompatível com a lei antiga com a mudança havida na Constituição, em face sobre a supremacia desta sobre as demais leis. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior podem, portanto coexistir. A existência da incompatibilidade conduz à possível revogação da lei geral pela especial, ou da lei especial pela geral.
5. O que é efeito repristinatório? A lei de introdução o tem como regra ou como exceção? Justifique sua afirmativa.
Efeito restaurador da primeira lei revogada, salvo quando houver pronunciamento expresso do legislador nesse sentido. Para o ordenamento jurídico brasileiro, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdida a vigência. A repristinação só é admitida se for expressa, sendo assim ela é uma exceção.
6. Qual a "ratio legis" (razão legal = fundamento) do art.3?
Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece. Tal dispositivo visa garantir a eficácia global da ordem jurídica, que estaria comprometida se se admitisse a alegação de ignorância de lei vigente. Como consequência, não se faz necessário provar em juízo a existência da norma jurídica invocada, pois se parte do pressuposto de que o juiz conhece o direito. Esse princípio não se aplica ao direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário. 
7. Tendo em vista o art.4, responda:
Pode o juiz alterar a ordem nele mencionada ao se valer do principio de auto integração da norma?
Deve ele excluir todos os meios de integração, criando uma norma individual para um caso em que a subsunção não é possível.
 
O que é analogia? Quais os requisitos a sua aplicação?
A analogia pode ser conceituada como sendo a aplicação de uma norma próxima ou de um conjunto de normas próximas, não havendo uma norma prevista para um determinado caso concreto.
Analogia legal ou legis – é a aplicação de somente uma norma próxima.
Analogia jurídica ou iuris – é a aplicação de um conjunto de normas próximas, visando extrair elementos que possibilitam a analogia.
O que você entende por princípios gerais do direito?
Princípios gerais do direito são os cânones que não foram ditados, explicitamente, pelo elaborador da norma, mas que estão contidos de forma imanente no ordenamento jurídico. Os princípios não tem existência própria, estão ínsitos no sistema, mas é o juiz que, ao descobri-los, lhes dá força e vida. Esses princípios que servem de base para preencher lacunas não podem opor-se às disposições do ordenamento jurídico, pois devem fundar-se na natureza do sistema jurídico, que deve apresentar-se como um ·organismo· logico, capaz de conter uma solução segura para o caso duvidoso.
8. Sem repetir o texto do art.5, explique o que significa interpretação sociológica ou teologia da lei.
O magistrado, na aplicação da norma, deve ser guiado pela sua função ou fim social e pelo objetivo de alcançar o bem comum (a pacificação social). Esse dispositivo, na verdade, complementa o comando anterior, principalmente nos casos de solução de lacunas de conflito ou antinomias.
Teleologia jurídica é a teoria que estuda o Direito em face de suas causas finais, como uma ordem jurídica dirigida a um fim, ou seja, à Justiça.
9. Segundo C.R.G (in Direito civil brasileiro pag. 60) o art.5 XXXVI da constituição federal e o art.6 da lei de introdução tem como regra a irretroatividade e como exceção a retroatividade. O que o referido autor quis dizer com isto?
Se apenas uma parte da lei for corrigida, o prazo recomeçará a fluir somente para a parte retificada, pois seria inadmissível, no que atina à parte certa, um prazo de espera excedente ao limite imposto para o inicio dos efeitos legais, salvo se a retificação afetar integralmente o espirito da norma. Respeitar-se ão os direitos e deveres decorrentes da norma publicada com incorreção, ainda não retificada. É de se concordar com esse ultimo posicionamento, diante da proteção constitucional do direito adquirido e do ato jurídico perfeito.
10)Qual o tema tratado nos arts.7/19 da lei de introdução? Qual seu objetivo?
Tema de Direito Internacional Público e Privado, seu objetivo é de que territorialidade moderada, sujeita a regras especiais, que determinam quando e em que casos pode ser inovado o direito do alienígena.

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