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As Politicas de Implantação do Centro Educacional Unificado em Guarulhos

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11
BETHÂNIA MARIA SILVEIRA
GABRIELA DE JESUS LIMA
THAINNÁ ALVES DA SILVA
Centro de Educação Unificado
As políticas de implantação do CEU em Guarulhos
Guarulhos
2016
Centro Educacional Unificado:
As políticas de implantação do CEU em Guarulhos
BETHÂNIA MARIA SILVEIRA
GABRIELA DE JESUS LIMA
THAINNA ALVES DA SILVA
Centro Educacional Unificado:
As políticas de implantação do CEU em Guarulhos
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia, das Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e Educação de Guarulhos, como pré-requisito para obtenção de título de Licenciado em Pedagogia. Sob a orientação Dr. Elio de Assis
Guarulhos
2016
BETHÂNIA MARIA SILVEIRA
GABRIELA DE JESUS LIMA
THAINNA ALVES DA SILVA
Centro Educacional Unificado:
Trabalho de conclusão de Curso, apresentado às Faculdades Integradas de Ciências Humanas Saúde e Educação de Guarulhos, aprovada pela Banca Examinadora constituída pelos seguintes professores:
______________________________________
Prof.
 Faculdades Integradas de Ciências Humanas Saúde e Educação de Guarulhos
______________________________________
Prof.
Faculdades Integradas de Ciências Humanas Saúde e Educação de Guarulhos
______________________________________
Prof.
Faculdades Integradas de Ciências Humanas Saúde e Educação de Guarulhos.
Guarulhos_____de_______________de 2016.
DEDICATÓRIA
Á Deus por ter aberto as portas e nos mostrado o caminho.
А os nossos pais, irmãos, amigos, esposo, namorado, filhos е a toda nossa família que, com muito carinho е apoio, não mediram esforços para que chegássemos até esta etapa de nossas vidas. 
AGRADECIMENTOS
Primeiramente а Deus que nos permitiu que tudo isso acontecesse, ао longo de nossas vidas, е não somente nestes anos como universitárias, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer.
Aos nossos pais, amigos, namorado, esposo e familiares, pelo amor, incentivo, apoio incondicional e pelo exemplo de trabalho e honestidade que sempre demonstraram.
Á tia Marcilene de Jesus Silva, por ter nos dado todo o apoio possível, e com todo seu carinho e atenção nos motivou a chegar até o fim desta caminhada, somos eternamente gratas pela sua existência em nossa vida estudantil.
Ao nosso orientador Professor Dr. Elio de Assis, pela oportunidade que tivemos de participar de suas aulas e por ter acreditado no nosso potencial. 
A todos os Professores desta instituição que, de uma maneira ou outra, nos agregaram conhecimento, algo que ninguém pode tirar de nós.
Aos gestores, funcionários, pais e alunos do Centro Educacional Unificado do Município de Guarulhos que mantiveram a paciência durante as pesquisas de campo e pela atenção dada a nós.
Á toda a equipe do Projeto Comunidade na Escola pelo profissionalismo, atenção e dedicação demonstrados em suas ações. Profissionais competentes e dedicados, sempre preocupados em proporcionar o máximo de informações.
Agradecimentos especiais as nossas amigas, companheiras de trabalhos е irmãs na amizade, que fizeram parte da formação uma da outra е que vão continuar presentes em nossas vidas, com certeza.
	
Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública."
Anísio Teixeira
LIMA, Gabriela de Jesus, SILVA, Thainna Alves, SILVEIRA, Bethania Maria. As políticas de Implantação do CEU em Guarulhos, Guarulhos, 2016, 50f. Trabalho de conclusão de curso - Faculdades Integradas de Ciências Humanas e Educação.
RESUMO
A discussão em torno da qualidade do ensino público em Guarulhos, levou o governo do município a investir no projeto do Centro Educacional Unificado (CEU) e na ampliação da jornada dos alunos neste ambiente escolar. Diante de todas as discussões e dúvidas em saber se o equipamento realmente tinha como funcionalidade a melhoria na qualidade do ensino do município, resgatamos as histórias e experiências anteriores desenvolvidas no nosso país, que não tiveram continuidade, para construirmos uma analise do projeto desenvolvido em Guarulhos. Sendo assim o presente estudo analisou a proposta do equipamento localizado no bairro do Pimentas, Município de Guarulhos. Foram utilizados três instrumentos básicos de pesquisa para o levantamento das informações: a analise de documentos, entrevistas e observações. O nosso ponto de partida foi analisar a realidade escolar vivida por alunos daquela região. Os resultados dos estudos demonstram que o projeto no teórico é enriquecido de boas ideias, mas que na prática ainda não são postas como se deveria, sendo assim, constatamos que esse instrumento só será de fato uma realização completa quando forem enfrentadas as questões de ensino mais simples, tais como as condições físicas e materiais, salários e formação digna para os professores e funcionários e o comprometimento dos órgãos responsáveis pelo equipamento. Para finalizar mostramos o uso do equipamento por pessoas da comunidade, buscando o resultado que deveria ser de construção da cidadania igualitária onde o trabalho pedagógico contidos nos Centros Educacionais Unificados deveriam acrescentar conhecimentos e habilidades técnicas e novas formas de democratização e solidariedade. 
Palavras Chave: Anísio Teixeira; Centro Educacional Unificado; Educação em Tempo Integral;
LIMA, Gabriela de Jesus Silva, Thainna Alves, SILVEIRA, Maria Bethania. As Heaven Deployment Policies in Guarulhos, 2016, 50f. Work Completion of course - Integrated Faculties of Humanities and Education Sciences.
ABSTRACT
The discussion about the quality of public education in Guarulhos led the city government to invest in the Unified Educational Center (CEU) project and to increase the students' journey in this school environment. Faced with all the discussions and doubts as to whether the equipment really had as a function the improvement in the quality of the teaching of the municipality, we recovered the stories and previous experiences developed in our country, that did not have continuity, to construct an analysis of the project developed in Guarulhos . Therefore, the present study analyzed the equipment proposal located in the district of Pimentas, Municipality of Guarulhos. Three basic research tools were used to collect information: the analysis of documents, interviews and observations. Our starting point was to analyze the school situation experienced by students from that region. The results of the studies demonstrate that the theoretical project is enriched with good ideas, but that in practice they are not yet done as it should be, and we can see that this instrument will only be a complete achievement when the Such as physical and material conditions, salaries and decent training for teachers and staff and the commitment of the bodies responsible for the equipment. Finally, we show the use of the equipment by people in the community, seeking the result that should be the construction of egalitarian citizenship where the pedagogical work contained in the Unified Educational Centers should add knowledge and technical skills and new forms of democratization and solidarity.
Keywords: Teixeira; Education center; Education Full Time;
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
	A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a educação como direito de todos e dever do Estado, não só a igualdade de acesso e permanência, mas a obrigatoriedade de uma escola com qualidade, sem distinção de gênero, raça ou condição social. Estabelece também a necessidade de oferecer uma instituição com boas condições de funcionamento, funcionários qualificados, material, recursos financeiros, espaço físicoe projeto pedagógico. Sendo assim, a constituição reconhece os elementos que possibilitam a construção de uma “escola de qualidade comum”, acessível a todos de fato.
	Em decorrência das discussões de Anísio Teixeira quando diretor Geral da Instrução Pública do Distrito Federal em 1931 foram essenciais na formação e implantação das políticas educacionais voltadas para o interesse popular. Entre essas iniciativas, se pautavam a integração da “Rede Municipal de Educação “do fundamental a Universidade. Frente a isso em 21 de Setembro de 1950, inaugurou-se o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, revolucionando as propostas educacionais no país e deu projeção nacional ao seu idealizador, o baiano Anísio Teixeira.
… Anísio Teixeira é o pensador mais discutido, mais apoiado e mais combatido do Brasil. Ninguém como ele provoca a admiração de tantos. Ninguém é também tão negado e tem tantas vezes o seu pensamento deformado (…) Suas teses educacionais se identificam tanto com os interesses nacionais e com a luta pela democratização de nossa sociedade que dificilmente se admitiria pudessem provocar tamanha reação num país republicano. (Depoimento Darcy Ribeiro).
A conhecida “Escola Parque” estabelecia a educação em tempo integral, tendo como principal ponto de vista o atendimento de crianças pobres da região. Ofereciam nesta instituição os cursos de artes, educação física, oficinas e etc.	A partir de então os governantes começaram a fazer mudanças na política educacional de seus estados, tendo em vista que além de igualitar o acesso à escola, também era necessário fazer a melhoria significativa melhora na qualidade da educação. Assim surgiu com base no Centro Educacional Carneiro Ribeiro os sistemas de educação tempo integral em vários estados do Brasil.
	Visando a qualidade de ensino publico temos hoje, a retomada do tema, com a idéia de que a escola de tempo integral diferencia-se da de tempo parcial, pelo simples fato proporcionar ao aluno mais tempo para aprender,trocando o espaço vago dos alunos, muitas vezes, gastos assistindo à televisão ou na rua, expostos a situação de risco social, por outras atividades de conteúdo pedagógico, só que dentro da escola.
	Na busca para oferecer a população uma escola de qualidade, tanto no âmbito municipal ou estadual, foram criados os Centros Educacionais Unificados, propondo-se outros “tempos-pedagógicos”, no município de Guarulhos, cidade localizada na Zona Norte da Grande São Paulo, teve sua primeira implantação, em Julho de 2010, com presença do Prefeito Sebastião Almeida e na época o atual secretário da educação Professor Moacir de Souza.
	Tendo como ponto de partida as Leis 9394/96-Lei de diretrizes e Base na Educação Nacional e o Plano Nacional da Educação Lei 13005/14falam sobre a necessidade do “tempo integral”. Tendo exposto inúmeras duvidas e muitas reclamações de professores e da população do município, procuramos envolver-nos na realidade do cotidiano de um CEU. Nossa ideia principal era de que se o aluno passasse mais tempo na escola, melhor seria sua aprendizagem e suas dúvidas mais rápidas esclarecidas. Diante desta perspectiva, algumas questões começaram a fazer parte constante do nosso cotidiano como futuras profissionais da educação:
Como ocorreu o processo de Implantação dos Centros Educacionais Unificados no município de Guarulhos?
Para se chegar à etapa final todas as outras foram cumpridas?
Professores e funcionários passaram por uma formação qualificada? Os mesmos recebem remuneração justa?
Os cursos oferecidos pelos CEU’s garantem que os alunos melhoram a aprendizagem?
A infância das crianças não fica limitada ao espaço escolar?
Como ponto de partida todas essas dúvidas, o esboço deste trabalho tem como finalidade analisar através de relatos orais colhidos junto a gestores, educadores e demais envolvidos no processo de funcionamento dos CEU’s. Uma análise reflexiva no material colhido tem os seguintes objetivos:
1-Resgatar a trajetória e história da Educação de Tempo Integral e seu idealizador;
2-Analisar a proposta em outros estados do Brasil;
3-Investigar como foi a implantação e sua trajetória no Município de Guarulhos;
4-Desvendar as contradições existentes nesta proposta e saber se o equipamento funciona;
	Deparamos com a dificuldade de informações e tempo para pesquisa em todos os dez equipamentos contidos no município de Guarulhos, decorrente disto, decidimos nos aprofundar exatamente no primeiro que foi implantado, o CEU Pimentas. A percepção que a utilização das normas pedagógicas inclinadas aos saberes por meio da pratica dos usos e costumes considerados corretos socialmente e da possibilidade vertente em contribuir para uma formação cidadã, no bojo da formação original do CEU, cuja construção, responde a controversa exclusão social tão arraigada na sociedade brasileira, mas carece de um olhar diferenciado, pelo poder público.
Os CEU’s não se destinam apenas para alunos matriculados nas três unidades educacionais e não se limitam ao saber formal e escolar. Eles oferecem oportunidades educacionais não formais para um conjunto maior de pessoas das camadas populares, historicamente excluídas. “A população que os freqüenta tem vivenciado experiências educacionais antes só oportunizadas aos mais privilegiados socialmente”. (PADILHA, 2004, p.23)
	A partir deste pressuposto, foram analisadas as propostas contidas nos documentos oficiais com o trabalho observado do cotidiano escolar. Visando uma reflexão entre a teoria e a pratica, para perceber o movimento, as contradições e os conflitos neste equipamento educacional. Esse momento de observação se estendeu por aproximadamente seis meses, o que foi primordial para a construção deste trabalho. Ao mesmo tempo, foi realizado pesquisas na produção literária sobre o assunto e documentos virtuais, a fim de firmar uma base estrutural teórica e legal para finalização do trabalho. Por fim organizamos o roteiro das entrevistas, realizadas com funcionários, pais e alunos. Os documentos selecionados para analise foram: a Constituição Federal de 1988, O Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, LDB de 1996, o Plano Nacional de Educação aprovado em 2014.
O presente trabalho está organizado em seis capítulos. O primeiro traz a biografia do idealizador da ideia e renomado pedagogo baiano Anísio Teixeira. O segundo contém um reflexo sobre o CECR, com método de escola de tempo integral. O terceiro mostra como foi implantado o método pelo país. Finalmente o quarto, quinto e sexto capitulo mostra um pouco da história, o ensino e a implantação do CEU em Guarulhos, suas funcionalidades e contradições na visão da população e usuários do equipamento.Nas considerações finais, procuramos contribuir para a ampliação da escola pública com o modelo de cursos e atividades fora do horário de aula no município. 
ANISIO TEIXEIRA - O IDEALIZADOR
	Nasceu em 12 de Julho de 1900, em Caetité pequena cidade localizada no interior da Bahia, o educador Anísio Spínola Teixeira. Pela sua origem social, nas famílias Spínola e Teixeira, donas de terras, com prestigio político e pela excelente educação recebida pelos colégios que freqüentou, Anísio Teixeira havia uma enorme lista de alternativas a seguir em sua carreira: sacerdócio, magistratura, advocacia, medicina, engenharia, jornalismo, letras e a carreira política.
	Seus estudos primários foram realizados pela sua tia Priscila Spínola, Teixeira iniciou, no ginásio, onde já se destacava pela vivacidade nos estudos. Nascia ali sua admiração pela Companhia de Jesus.Em 1914, se transferiu para o Colégio Antônio Vieira, em Salvador.
	Dos 19 aos 22 anos, Teixeira vivenciou o dilema: seguir a vida religiosa ou a mundana? Por explicita reprovação do pai Deocleciano à primeira, optou em seguir a segunda alternativa. O pai via no filho um magistrado nato, um sucessor natural, patriarca familiar. Confundido entre a autoridade paterna e sua vocação religiosa, retardou seu ingresso ao sacerdócio e a carreira de político. Formou-se, assim, advogado, no estadodo Rio de Janeiro a contragosto, mas por vontade dos pais.(NUNES,2010) 
	Em sua viagem para a Europa, em 1925, na companhia de Augusto Álvaro da Silva, escreveu um diário, onde se calava completamente sobre sua visão religiosa, nele não foi escrito sua graça recebida pelo Papa Pio XI. Irreconhecível, Anísio escrevia deslumbrado das noites parisienses e das lindas mulheres espanholas. Em seu retorno Teixeira já distava da Companhia de Jesus, e seu pai em proveito da situação, o incentivava para seguir no poder político. Foi durante uma disputa pelo poder político, em 1924, entre os seabristas e os calmonistasque se atracavam e os segundos levaram a melhor. Foi então que Francisco Góes Calmon se elegeu, sem ter exercido qualquer cargo político, ofereceu a Teixeira o cargo de Inspetor Geral de Ensino. Surpreso, pois não se sentia preparado para atuar em uma área que desconhecia, mas viu nessa oportunidade a possibilidade de servir a Deus no mundo.
	Com o auxílio de Antônio Carneiro Leão, na ocasião, diretor da Instrução Pública do Distrito Federal e Alfrâno Peixoto que também já havia exercido o cargo, iniciaram uma série de conversas pedagógicas. Por conta do cargo assumido, teve o primeiro conato com a literatura pedagógica e um sistema público. Em posição a cultura, a organização, deparou-se com a pobreza de recursos materiais e humanos, a dispersão e a desarticulação dos serviços educativos, o despreparo dos professores, a imoralidade, a corrupção e a acomodação dos poderes públicos. (NUNES,2010)
	As poucas escolas que funcionavam, localizadas nas antigas residências estavam em ruínas, era costume o professor custear com seus próprios recursos os alunos, fornecer cadeiras e mesas improvisados com barricas, caixotes ou pequenos bancos de tabua. Dentre todos esses problemas o mais indigno era o fato dos professores serem indicados para os cargos por políticos, os quais na maioria das vezes apresentavam tanto despreparo quanto os próprios professores. Teixeira começou a se mover no interior da máquina estatal inspirado pela concepção intelectualista e seletiva. Ao mesmo tempo se deparava com a situação de realizar ou não duas viagens pedagógicas para os Estados Unidos.
	Sua primeira viagem para América durou sete meses e foi realizada em 1927. Nela Anísio Teixeira conheceu o pensamento de John Dewey, e iniciou uma grande relação de amizade com Monteiro Lobato, em New York, realizou excursões pedagógicas e ainda preparou uma possível visita mais prolongada aquele país em meados de 1928 e 1929, quando teve oportunidade de estudar.
	No retorno de sua primeira viagem, em Novembro de 1927, Anísio escreveu uma carta para seu pai sobre a renovação dos seus gostos pelos assuntos educacionais. Afirmava nela sua convicção de não mais se afastar do ramo, sobre as oscilações políticas e da imprensa que não lhe poupava críticas. Inspirado em Dewey, centrou suas produções no Brasil pautado na visão democrática, e publicou o livro “Em marcha para a democracia à margem dos E.U.A”. (NUNES,2010)
	Em 1931 assumindo o cargo de Diretor Geral da Instrução Pública do Distrito Federal, sendo que pediria demissão em 1935, devido ao golpe do Estado Novo. Durante o mandato instituiu a integração da “Rede Municipal de Educação” do fundamental a Universidade. Foi participante do manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932, publicando neste período duas obras sobre educação que junto as suas realizações, deram-lhe projeção Nacional. No ano de 1935 mesmo sendo perseguido pelo Governo de Getúlio Vargas, voltou para sua cidade natal, na Bahia, onde viveu até 1945. Em 1950 foi convidado novamente para assumir o cargo de Secretário da Educação da Bahia, onde foi muito bem-sucedido como administrador público e criou o Instituto de Ensino Carneiro Ribeiro, conhecido como Escola Parque.
	A Escola Parque oferecia não somente educação, mas várias possibilidades de acesso a arte, educação física, oficinas e etc. Além de abrigar muitas crianças que não tinham onde morar, e viabilizava desse modo a vivência de fato da escola. No Rio de Janeiro em 1951, assumiu a função de Secretário Geral da Capes, e no ano seguinte, a direção do Inep. No fim dos anos 50, Anísio Teixeira foi participante dos debates para a implantação da Lei Nacional de Diretrizes e Bases, defendendo a educação pública.No ano seguinte em razão da ditadura militar, Teixeira foi afastado do cargo e teve seus direitos políticos cassados. [2: A CAPES (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior) é o órgão do Ministério da Educação responsável pelo reconhecimento e a avaliação de cursos de pós-graduação stricto-sensu (mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado) em âmbito nacional.][3: O Inep é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, uma entidade pública federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC).]
	De volta ao Brasil em 1966, tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas, onde permaneceu até o ano de 1968. No dia 11 de Março de 1971, Anísio Teixeira ficou durante todo o período da manhã na Fundação Getulio Vargas, localizado na praia de Botafogo. Em seguida faria uma visita para um colega, Aurélio Buarque de Holanda, que residia próximo dali, um amigo e colaborador de Anísio, Joaquim Faria de Goes Sobrinho, pediu para que ele fosse á pé, pois de carro daria muitas voltas.Essa visita serviria para pedir voto, pois na época Anísio Teixeira estava se candidatando para membro da Academia Brasileira de Letras, ele seguia uma rigorosa rotina,passava todos os dias no lexicógrafo,onde trabalhava,e por la não havia aparecido. (NUNES,2010)
	Preocupados com a demora de Anísio Teixeira, sua família começa uma busca desencontrada de informações, o apartamento onde Anísio residia em Copacabana começara a encher de familiares e amigos desesperados. A angustia aumentou quando o genro de Anísio, Arthur da Távola, na época jornalista, noticiou aos familiares que Anísio teria sido detido para averiguações pelo comandante do I Exercito, Sizeno Sarmento e se encontrava nas dependências da aeronáutica. Começava ali uma longa procura por mais informações.
	Dois meses antes de seu desaparecimento, pressentindo que algo estava de errado, Anísio Teixeira escreveu:
Por mais que busquemos aceitar a morte, ela nos chega sempre como algo de imprevisto e terrível, talvez devido ao seu caráter definitivo: a vida é permanente transição, interrompida por estes sobressaltos bruscos de morte (TEIXEIRA, 1971,p 55).
	Dois dias após o desaparecimento a filha de Anísio recebeu um telefonema da policia informando que o educador havia sido encontrado morto, nas palavras dos policiais, no fosso do elevador do edifício onde residia seu colega Aurélio Buarque de Holanda. Seu corpo foi retirado do local e levado ao IML sem pericia técnica, segundo relatos dos médicos Djalma Chastinet, neurologista e Francisco Duarte Guimarães Neto, questionaram que havia duas grandes lesões traumáticas no crânio e na região supra-clavicular, não provindas da suposta queda.
	No edifício outro genro de Anísio, Mario Celso, junto de um detetive da policia, Jose Pinto, constatava que o corpo não poderia ter caído e chegado onde estava. Havia vigas por onde o corpo não passaria, as lentes dos óculos estavam intactas,as portas dos outros andares não abriam,evidencias da farsa. Horas depois Marcio tentou assistir a autópsia que já havia sido concluída e escuta de Francisco Duarte Guimarães, medico e professor da UFRJ que Anísio tinha sido assassinado.
	Durante um depoimento a Universidade de Brasília, no dia 10 de Agosto de 2012,o professor João Augusto de Lima Rocha declarou que Anísio Teixeira havia sido preso no dia de seu desaparecimento e levado para um quartel da Aeronáutica durante uma operação que teve como mandante o brigadeiro João Paulo Burnier, conhecido por ter planos de querer matar todos os intelectuais importantes do Brasil durante o regime militar. (NUNES,2010)
	Seu enterro aconteceu no dia 14 de Março, no cemitério de São João Batista. Amorte acontecera ao mesmo tempo da prisão, tortura e desaparecimento do ex deputado Rubens Paiva, também no Rio de Janeiro. As mortes foram tratadas como crime comum, pela delegacia que não esbanjava esforço para elucidar tais mortes. Carlos Antonio Teixeira, filho de Anísio Teixeira, resolveu suspender as investigações pois seriam incriminados como assassinos dois serventes de pedreiro que trabalhavam naquele dia no prédio.
O jornal Última Hora, do dia 15 de março de 1971, divulgou uma matéria onde sérias dúvidas eram apresentadas em relação à tese de acidente. O repórter informa que o corpo estava exatamente sobre o platô, de cócoras, com a cabeça sobre os joelhos e as mãos segurando as pernas. Entre os pés, uma poça de sangue. Na parede, bem no canto, abaixo das duas pilastras, alguns pingos de sangue. Mais nada. E as pilastras não mostravam ranhuras no cimento, na pintura, nem marcas de sangue, coisa que aconteceria se o corpo tivesse batido ali. O repórter anota ainda outras observações da polícia: o chão em volta da portinhola que dá acesso ao poço do elevador havia sido lavado, os óculos de Anísio haviam sido encontrados em uma das pilastras e tudo leva a crer que foram colocadas ali,  e ao ser retirado do fosso o cadáver estava sem sapatos e sem paletó. E os elevadores haviam sido revisados havia apenas 20 dias. (NUNES,2010)
Depoimento, de Afrânio Coutinho diz acreditar que Anísio Teixeira fora morto sob torturas. E diante de James Amado, sua esposa Luiza Ramos, Pedro Roberto Ivo das Neves e de João Augusto, disse ter escrito um documento sobre o episódio, depositado no cofre da Academia Brasileira de Letras, com a recomendação de só ser aberto 50 anos após a ocorrência dos fatos, em 2021, portanto. Coutinho cita o brigadeiro Burnier como um dos responsáveis pelo assassinato de Anísio, o mesmo Burnier dos sinistros planos do Para-Sar e da explosão do gasômetro da Avenida Brasil, abortados pela resistência do capitão Sérgio Macaco. Foram muitas as evidências de que Anísio foi morto sob tortura. Calavam ali em um Brasil mergulhado em sombras, uma voz que defendia a educação-portadora da idéia de um país melhor. 
CENTRO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO
O Brasil passa por grandes mudanças na cultura, política, economia e principalmente na educação nas décadas de 1920 e 1930. É nesse período que florescem as ideias de importantes intelectuais como, Anísio Teixeira e outros que implantaram projetos políticos educacionais, entre eles a implantação de escolas públicas.
Anísio Teixeira foi o pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, com o objetivo de oferecer educação de qualidade e gratuita acessível a todos, para ele a escola pública deve fornecer uma educação ampla e generalista ao alunado, superar o modelo meramente programático: aprender a ler/escrever/contar, priorizar a transmissão dos valores éticos, morais, hábitos de higiene, cultura, artes, além do preparo para um oficio/profissão. 
Em 1928, Anísio Teixeira conhece John Dewey, na Universidade de Columbia ao fazer um curso de pós-graduação. Desde então, assume uma postura filosófica inspirada no exemplo de John Dewey, que via a educação como um processo de recriação do aluno por meio da experimentação, ou seja, a teoria educacional é indissociável de um saber prático. A partir daí inicia sua trajetória de educador e empunha uma atitude ao mesmo tempo reflexiva e denunciadoras das falhas daquele sistema educacional que na pratica era excludente ao privilegiar uma pequena parcela da população, Teixeira assim, empenha-se em reverter essa situação por meio da educação.
A consciência da necessidade da escola, tão difícil de criar em outras épocas, chegou-nos, assim, de imprevisto, total e sôfrega, a exigir, a impor a ampliação das facilidades escolares. Não podemos ludibriar essa consciência. O dever do governo-dever democrático, dever constitucional, dever imprescritível- é o de oferecer ao brasileiro uma escola primaria capaz de lidar a formação fundamental indispensável ao seu trabalho comum, uma escola media capaz de atender a variedade de suas aptidões e das ocupações diversificadas de nível médio, e uma escola superior capaz de lhe dar a mais alta cultura e, ao mesmo tempo, a mais delicada especialização. Todos sabemos quanto estamos longe dessas metas, mas o desafio do desenvolvimento brasileiro é o de atingi-las, no mais curto prazo possível, sob pena de perecermos ao peso do nosso próprio progresso. (TEIXEIRA, 1971,p.33).
Após a viagem para os Estados Unidos, Anísio Teixeira expressa sua ideia de educação integral, que deveria romper com o tradicional e defasado modo de trabalhar e perfilhar uma pratica educativa que ponderasse os interesses, habilidades e principalmente a realidade social do educando, em defesa de um sistema que permitisse à criança estabelecer relações entre a programação da escola e as atividades do seu cotidiano, nesse sentido a visão de Teixeira em relação a educação oferecida aos filhos de classe trabalhadora:
Porque a escola já não poderia ser a escola parcial de simples instrução dos filhos das famílias de classe média que ali iriam buscar a complementação da educação recebida em casa, em estreita afinidade com o programa escolar, nas instituições destinadas a educar, no sentido mais lato da palavra...já não poderia ser a escola dominante de instrução de antigamente, mas fazer ás vezes da casa, da família, da classe social e por fim da escola propriamente dita. (TEIXEIRA, 1962, p.24)
Anísio Teixeira sustentou as teses que encorparam o manifesto dos pioneiros, em busca de uma escola pública, estatal, gratuita e de qualidade. No final da década de 40, o então governador da Bahia solicitou a Anísio Teixeira secretário de educação e cultura, para elaborar um sistema que resolvesse o problema de demanda por vagas nas escolas públicas. Para Anísio Teixeira o CECR deveria ser a primeira demonstração da transformação da escola de poucos para a escola de todos. O propósito era de promover a formação integral do indivíduo, influenciando na educação brasileira, com a implantação das suas ideias, o Centro criado por ele quando estava à frente da secretaria de educação da Bahia no seu segundo mandato, o qual chama de Centro Educacional Carneiro Ribeiro ou Escola Parque, no bairro da liberdade- não por acaso um dos mais populosos e carentes da cidade de Salvador em 1950.
Essa estratégia escolha feita por Anísio Teixeira, do local de construção do centro educacional e inauguração da escola parque representou a concretização do seu pensamento de uma escola que permita interagir organicamente no comportamento sócio e econômico do próprio estado social, com atividade da vida pratica, atividades de instrução e educação, e operacional em dois turnos de atendimento integral. 
A escola primaria seria dividida em dois setores, o da instrução, propriamente dita, ou seja, da antiga escola de letras e o da educação propriamente dita, ou seja, da escola ativa. No setor instrução, manter-se-ia o trabalho convencional da classe, o ensino de leitura, escrita e aritmética e mais ciências físicas e sociais, no setor educação as atividades socializantes, a educação artística, o trabalho manual e as artes industriais e a educação física. A escola será construída em pavilhões, no conjunto de edifícios que melhor se ajustassem ás suas diversas funções. (TEIXEIRA, 1971, p.141)
O foco principal do Centro Educacional segundo Éboli (1971) em uma entrevista com a diretora da instituição consiste em proporcionar aos alunos perspectivas de uma convivência mais estreita com a comunidade escola através de ações que dêem lugar a transmissão dos ideais em comum, dissemine os pilares dos direitos e deveres de modo a formar cidadãos cônscios, aptos a propagar com responsabilidade, autonomia, um espírito cooperador e honesto que zele e respeite as regras da coletividade e reciprocidade sociais. Na Escola Parque, os alunos tinham acesso a um setor de trabalho: artes aplicadas,industriais e plásticas; setor artístico: música instrumental, canto, dança e teatro; setor socializante; grêmio, jornal, rádio escola, banco e loja e o setor de extensão cultural e biblioteca com atividades de leitura, estudo e pesquisa. No projeto Educacional Carneiro Ribeiro, estava previsto uma residência onde funcionaria como abrigo de crianças abandonadas, na proporção de 5% do total das crianças que precisassem de moradia, Todavia esta não chegou a ser erguida.
A criança fará um turno na escola-classe e um outro turno na escola-parque. Nesta escola, além de locais para as funções especificas, temos mais a biblioteca infantil, os dormitórios para 200 das 4.000 crianças atendidas pelo centro e os serviços gerais e de alimentação. Além da escola, temos o acréscimo desse serviço de assistência, que se impõe, dadas as condições sociais. A criança, pois, terá um regime de semi-internato, recebendo educação e assistência alimentar. Cinco por cento dentre elas receberão mais internato. Serão as crianças chamadas propriamente de abandonadas, sem pai nem mãe, que passaram a ser não as hospedes infelizes de tristes orfanatos, mas as residentes da escola parque, as quais competira a honra de hospedar as suas colegas, bem como a alegria de frequentar, com elas, as escolas-classe. (TEIXEIRA,1971, p.142)
A ideia fixa que Anísio Teixeira nutria em relação ao currículo da escola integral da Bahia e à formação dos professores estava no eixo da execução do planejamento. As próprias atividades das Escolas-Classe e da Escola-Parque eram centradas na formação do caráter e hábitos que favorecessem um sadio convívio social. Destacavam-se no currículo ensino das artes, atividades físicas e culturais e o aprendizado de uma profissão. O projeto do Centro Educacional Carneiro Ribeiro teve uma concepção paradigmática de um exemplo a ser imitado, cujo princípio lá ensinado suplantava o típico conjunto de conhecimentos adquiridos na escolha e forjava o indivíduo pleno à fruição do estado livre ao qual faria jus. 
A maior dificuldade da educação primaria, que, por sua , é uma educação universal, é a de obter um professor primário que possa atendera todos requisitos de cultura e aptidão para um ensino tão vasto e tão diversificado. A organização do ensino primário em um centro desta complexidade vem, de certo modo, facilitar a tarefa sobremodo aumentada da escola elementar. (TEIXEIRA, 1971, p.143).
Anísio Teixeira pensou em tudo mesmo ao gestar o trabalho que pretendia realizar, almejou uma escola efetivamente hábil em fomentar a educação integral, embora ciente da falta de um quadro docente capacitado que pudesse constituir o fim proposto: a nova escola. Não mediu esforços para dar ensejo ao aprimoramento desses professores, por meio de cursos e concessão de bolsas de estudo, esses profissionais puderam auferir uma melhora substancial na sua força de trabalho e se especializar aprimorávamos seus conhecimentos profissionais e se especializar nas áreas em que desenvolviam suas atividades docentes.
Tudo isso se fez com a prata da casa. Não houve auxilio para esta experiência, nem assistência técnica estrangeira de qualquer natureza. Os professores são todos nossos e os que tiverem oportunidade de aperfeiçoamento, aperfeiçoava-se aqui no Brasil, em curso do INEP.  (TEIXEIRA,1966, p.159)
O funcionamento em tempo integral do Centro Educacional Carneiro Ribeiro foi um dos pilares que fizeram brotar seu fundamento intelectual, Anísio Teixeira tem propósito firmado como progresso e a amplitude da civilização moderna contemporânea, a começar pelas atividades lá desenvolvidas e diversas outras atribuições, buscavam concilio entre a estrutura administrativa e respaldo ao suporte operacional das execuções instrucionais da ordem pedagógica no processo educacional implementado em suas escolas, a ideia de talhar o indivíduo em sua completude apto ao convívio das relações democráticas de pessoas ligadas por interesses em comum na esfera social.
A intenção Anísio Teixeira ao edificar e organizar o Centro Educacional suscita várias discussões acerca das imprescindíveis modificações pelas as quais deveriam passar a escola primaria brasileira, sobretudo ao considerar a duração dos períodos escolares e o complexo de intervenientes no desalinho existente entre a escola primaria e a média. O traçado projetado por Anísio Teixeira foi de tal envergadura que inspirou e reverberou em diversos Centros Educacionais instalados pelo país. Esta experiência inspirou a organização do sistema educacional de Brasília do Rio de Janeiro como CIEP’s, e proposto para todo o Brasil os CIAC’s ou CAIC’s.
IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE TEMPO INTEGRAL NO BRASIL
A legislação brasileira teve um grande avanço para que a educação seja um direito de todos os cidadãos, e para que seja igualitária e de qualidade. Pretende-se com a educação de tempo integral que os alunos se desenvolvam de forma completa e com qualidade. Sendo vista que além de estar o tempo todo dentro da sala de aula, a educação integral reorganiza espaços e conteúdos, fornecendo mais possibilidades de aprendizado. Esse desafio que já tomou formas tem como marcos legal algumas leis que apóiam  gestores públicos, escolas e comunidades de todo o país a programarem ações e programas que contemplem toda a educação do sujeito no processo educativo.
Segundo a Constituição Federal, 1988,descreve em três artigos referências a educação de tempo integral,sendo eles no artigo 205º da Carta Magna,onde a educação é apresentada como direito e incentivado pela sociedade.No artigo 206º,onde é situado a gestão democrática pela educação publica.E por fim no artigo de 227º que corresponde diretamente a educação integral,pois nele afirma que é dever da família,da sociedade e do Estado garantir o direito da educação.
Garantindo o direito da criança e do adolescente a Lei n.º9089/1990 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente),reforça a em alguns artigos a importância de aprender além do ambiente da sala de aula,ou seja,ter uma educação que o prepare para vida em sociedade e para o mercado de trabalho,e de que o município,estados e união devem facilitar o acesso dos alunos a espaços culturais,esportivos e de lazer.
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei n.º9394/1996) tem em sua composição dois artigos que dizem respeito ao ensino de tempo integral, onde prevê que a educação dialogue com outros setores da sociedade garantindo que na educação fundamental ela seja oferecida em tempo integral de forma progressiva de acordo com o critério dos sistemas de ensino.
Partindo deste pressuposto o Plano Nacional de Educação I ( Lei nº 10.172),foi aprovado em 2001 tendo uma versão atualizada em 2014.O primeiro plano que vigorou até 2010 , dentre suas metas, que a educação fundamental fosse em turno integral.Com o intuito de diminuir os percentuais de retenção e que as escolas fossem destinadas especialmente para as crianças com família de baixa renda.Outra meta era de que a jornada escolar fosse de sete horas diárias.Entre tudo faz-se necessário que tenha acompanhamento social para Município de menor renda,garantindo associado á educação,alimentação escolar,livros e materiais didáticos e transporte escolar.
Já em sua segunda edição traz como meta principal que a educação de tempo integral seja atingida em todo país, com no mínimo 50% das escolas publicas e 25% de atendimento aos estudantes da educação básica. Além de prever o estimulo a educação infantil em tempo integral para todas as crianças até 5 anos,como já tem estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
	Plano de Desenvolvimento da Educação, foi aprovado em 2007, no Governo Lula, e tem como objetivo melhorar todas as etapas da educação básica no Brasil. Dentre as ações de melhoria inclusas no PDE, destaca-se o Programa Mais Educação, que prevê a ampliação da educação em tempo integral no país, atuando como um indutor de um programa de educação integral para todas as escolas brasileiras.
3.1 Centros Integrados de EducaçãoPública CIEP
Os Centros Integrados de Educação Pública, foram criados entre os anos de 80 e 90 durante o governo de Leonel Brizola, inspirados em um projeto do antropólogo Darcy Ribeiro que considerava uma revolução na educação publica do Brasil.Seu principal objetivo era oferecer ensino publico de qualidade em período integral para alunos da rede estadual inicialmente do estado do Rio de Janeiro.O horário de permanência dos alunos era das 8 ás 17, e ali eram oferecidos além do currículo educacional regular,atividades culturais e esportes,com refeições completas aos alunos e atendimento medico e odontológico.
Ao longo de todo o projeto foram construídos 506 ciep’s em todo estado do Rio de Janeiro, tirando as crianças carentes das ruas e oferecendo-lhes os chamados “pais sociais”,ou seja,funcionários públicos,que alem de cuidarem das crianças ali residiam.
O projeto dos edifícios eram de autorias de Oscar Niemeyer, que tinham peças pré moldadas que custava menos dinheiro para sua construção. Eram divididas em três pavimentos onde abrigavam as salas,centro medico,cozinha,refeitório,banheiro e áreas de recreação,outro ginásio esportivo para atividades culturais e por ultimo a biblioteca e os dormitórios.Além disse muitos dos ciep’s tiveram piscinas durante o governo de Leonel Brizola.
Na proposta do ciep’s, cada um desses itens apareceu integrado a uma nova organização escolar e uma tentativa de redefinir o papel da escola em nossa sociedade. Portanto a criação dos ciep’s concentrou grande parte da ação do governo do estado na área da educação, mas não conseguia dar conta a grande demanda da população. As causas do senso comum eram por mais vagas, melhores salários, mais recursos, enfim, pelo bom funcionamento do modelo de escola existente. 
Os governantes que vieram após Leonel Brizola não deram continuidade ao projeto,deste modo os ciep’s já existentes se tornaram escolas comuns,com o ensino separados em turnos.E as que não tiveram utilidades foram abandonadas e desmontadas.Mais tarde esse projeto serviram como inspiração para a criação do Centro de Atenção Integral á Criança e ao Adolescente (CAIC’S).
Em caráter homenagiativo o governo do Rio de Janeiro entre 2009 e 2016 usou a ideia de Leonel Brizola para crias as Escolas do Amanhã em toda a rede municipal de ensino em tempo integral, atualmente intituladas de”Fabrica de Escolas do Amanhã Governador Leonel Brizola”.Até o final deste ano, pretende-se alcançar a meta de 35 % dos alunos estudando em Turno Único. Onde prevêem a construção de mais de 136 novas escolas para que possa atender essa demanda.
3.2 Centro de Atenção á Criança e o Adolescente CAIC
Os Centro de Atenção á Criança a ao Adolescente CAIC, foi um programa educacional no governo do Fernando Collor de Mello inspirado em dois projetos anteriores a Escola Parque, de Anísio Teixeira e os Centros Integrados a Educação Publica,criado por Darcy Ribeiro.
Após a renuncia de Fernando Collor de Mello, o governo de Itamar Franco redenominou á Programa Nacional de Atenção á Criança e ao Adolescente. Sua principais estruturas pedagógicas eram a mobilização comunitária, atenção integral á crianças de 0a 6 anos,ensino fundamental em tempo integral,atenção aos adolescentes e educação para o trabalho,proteção á saude e segurança das crianças e adolescentes,assistência a crianças portadoras de deficiência,cultura,esporte e lazer para crianças e adolescentes e formação de profissionais especializados em atenção integral.
A criação e as operacionalizações dos caic’s eram de responsabilidades do governo federal que vem deles a construção física,estadual de onde vem a organização dos serviços de construção e municipal onde é responsável a ceder o terreno para a construção e do funcionamento.Podiam também ser administradas por universidades.
A arquitetura dos Caic’s chamava atenção por parecerem com elegantes palácios que contavam com quatro blocos prediais semi ligados e com quadra coberta algumas em forma de pirâmides e com a cor da bandeira Nacional. 
Como todos os outros projetos de educação não foram dados seqüência, pois não havia recursos financeiros para custear nem o ensino convencional muito menos os Centros.
3.3 Centro Educacional Unificado CEU-SP
O projeto sócio-político exige, cada vez mais, a ampliação de oportunidades educacionais, permitindo que as urgências imediatas sejam compartilhadas por todos em um mesmo espaço, que possibilite trocar experiências, confrontar conceitos e discutir temas comuns.
Esse é o novo desafio da Educação Paulista, que nos últimos anos, passou da universalização de Educação Básica, etapa praticamente vencida, para a construção de uma escola de qualidade, em que os alunos, sujeitos do processo educativo, possam encontrar espaço efetivo para o desenvolvimento pessoal e coletivo na perspectiva democrática.
A concepção e implementação dos CEU’s, no Município de São Paulo, ganhou um histórico de tentativas que visavam instituir projetos pedagógicos voltados para as classes populares, inspiradas em maioria na “Escola Parque”, do educador Anísio Teixeira.
Uma educação com qualidade social é o que diferencia os CEU’s de São Paulo Das demais experiências. Os Centros Educacionais Unificados foram construídos em locais onde os pontos estratégicos do mapa se encontra a exclusão e a inclusão social, os projetos foram desenvolvidos pela Profa Aldaiza Sposati, que procurou locais onde não mostrava interesse ou qualquer tipo de olhar do poder publico, o Centro de Educação Unificado, popularmente conhecido pela sigla CEU, é a mais importante inovação promovida pela prefeitura do Município de São Paulo.
Em função das potencialidades oferecidas pelos CEU’s, a Prefeitura Municipal, sobretudo pela ação da prefeita Marta Suplicy, trouxe de volta o conceito de Cidade Educadora – divulgado na gestão Erundina, com vistas a qualificar a cidade de São Paulo como tal. 
O projeto cultural dos CEU’s obedeceá critérios que nortearam a política da administração da Prefeita Marta Suplicy onde promover a socialização de bens e patrimônios culturais como uma ferramenta para inclusão social, abrindo espaços para criação, exposição e circulação da arte da comunidade oculta aos olhos da cidade,deixando em evidencia questões políticas,econômicas,sociais e éticas que atingem a cidade,o país e o mundo.
 A concepção de implantação dos CEU’s, no Municio de São Paulo, beneficiou-se de toda uma história de tentativas de construção de projetos pedagógicos de atendimento à demanda educacional das classes populares. A maioria desses projetos faz referência à “Escola Parque” de Anísio Teixeira, lançado no Estado da Bahia em 1950. 
Dentre eles destacam-se:
Os centros integrados de educação pública (CIEP’s), do Rio de Janeiro (1983-1987);
Os centros integrados de atendimento a crianças (CIAC’s), criados por Fernando Collor de Mello em 1991;
Os centros de atenção integral à criança e ao adolescente (CAIC’s), criados em 1994, pelo Ministro da Educação, Murílio Avellar Hingel, do governo do presidente Itamar.
Para que os CEU’s fossem construídos, realizou-se inicialmente todo um trabalho de pesquisa, que aconteceu em duas fases: a primeira foi a pesquisa de campo, feita em 40 dias úteis, no final de outubro para novembro de 2001.1 Mais de 100 áreas foram visitadas e apenas 21 selecionadas. Somando as duas fases de seleção dos terrenos, aproximadamente 300 foram visitados para uma seleção dos 45 onde seriam construídos os CEU’s, conforme a proposta origina da prefeita Marta. A relação entre a Arquitetura e Educação, no caso específico do CEU, só foi contemplado na imprensa escrita a partir de reportagens feitas depois dos resultados das eleições municipais de 2004, em São Paulo, quando se começou a especular quanto aos destinos do CEU na gestão Serra. 
Dois dos principais nomes do grupo que ajudou a tirar os CEU’s do papel, o economista Fernando Haddad e o arquiteto Alexandre Delijaicov reforçam a percepção identificada nas pesquisas conduzidas pelo IPF, de que os CEU’s foramconcebidos na perspectiva maior de uma Cidade Educadora e como centros de estruturação urbana.
Em entrevistas concedidas ao IPF, o arquiteto Alexandre Delijaicov afirma que “uma das principais funções do CEU é estruturar toda a área de abrangência do aparelho.” Ele ainda conta que a ideia dos CEU’s como núcleos estruturadores da rede pública de ensino surgiu ainda nos anos 40, com a feliz dobradinha entre o educador Anísio Teixeira e arquiteto Hélio Duarte.
É importante resgatarmos na integra as explicações do referido arquiteto, para que tenhamos uma visão clara da relação existente entre educação e arquitetura presente na construção dos CEU’s, bem como influencias que ela concebeu. A respeito desta relação, ele nos diz que:
Eles pensaram no conceito de escola-parque, com infraestrutura de lazer, cultura e esporte, e escolas-classe, que utilizariam os recursos das escolas-parque. Duas escolas completas chegaram a ser construídas na época, mas o projeto não ganhou corpo. A possibilidade de retomar o sonho só veio com a Constituição de 1988, na qual ficou definido que as cidades teriam de se dividir em subcentros.
Os CEU’s, como experiência inovadora, exigiram de todos a disposição e a ousadia também para criar uma nova visão de gestão, de projeto, de avaliação e, certamente, de arquitetura em relação à educação. Este processo depende ainda, e em muito, do trabalho coletivo e, principalmente, participativo da sua comunidade local, que desde o início, foi fundamental para a aprovação da ideia dos CEU’s e, depois para fiscalizar e acompanhar cotidianamente esses novos coentros, que alteraram a vida dos bairros mais periféricos da cidade de São Paulo.
Os Centros educacionais unificados são, assim ao mesmo tempo, projeto e realidade, pois de todos dependem e a todos pretendem atender. E isso só tem sido e só será possível se houver o envolvimento de todos na continuidade da construção do seu projeto educacional que congrega ao mesmo tempo diferentes histórias, trajetórias e compromissos pessoais, institucionais, governamentais e não-governamentais. O projeto tem como objetivo, fazer com que as crianças que, vivem em barracos, com pais desempregados, tenham chance de estudar em um lugar bonito, com uniforme e material escolar. A ideia é levar cultura e lazer, além de educação. Lá, elas têm acesso a coisas que muitas nunca viram, desde uma pia e papel higiênico até computador, DVD e instrumentos musicais. A diferença de uma pessoa pobre que não teve acesso a nada, se elas tiverem acesso, terão mais chances de vida.
A HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS
O atual município nomeado de Guarulhos, foi fundado pelo Padre Manoel Paiva e seus seguidores, com objetivo de aldear, civilizar e defender as terras e o povoado de São Paulo dos Piratiningas contra os ataques dos Tamoios.Durante seu trajeto Manoel Paiva teve seu primeiro contato com os povos Maromomi, os primeiros habitantes da região.
	Foi concedido ao Padre Manoel de Paiva, um abrigo nomeado por ele de Nossa Senhora da Conceição,no dia 08 de Dezembro de 1560,onde ocorreu a primeira celebração em homenagem a santa. Essa se tornou a primeira igreja do município.Através da colonização portuguesa no território,em 1612,pelo português Geraldo Correia Sardinha, foi descoberta a primeira Mina de Ouro em terras guarulhense, sendo responsáveis pelo inicio do processo da formação urbana e da escravidão trazidos da África. Permanecendo na região ate o esgotamento dos recursos minerais e assim se deslocando para outros morros.
	A imigração em 1870 trouxe milhares de europeus para o território Paulista, com a presença dos imigrantes houve uma significativa expansão da cafeicultura no estado de São Paulo, as condições naturais de Guarulhos e a implantação da rede ferroviária foi o que possibilitou a criação de uma nova economia, com a fabricação de tijolos.
Com o novo ciclo de tijolos, em 1915 quando foi inaugurado a primeira fabrica, três elementos foram trazidos para o cenário político da cidade como:a formação das primeiras industrias,o surgimento do salário e dos primeiros operários.O avanço das industrias se teve por conta de inúmeros fatores,sendo um deles a posição geográfica da cidade-já que Guarulhos está localizada entre São Paulo,Rio de Janeiro e Minas Gerais,e a existência do aqüífero Cumbica,e as siderúrgicas,hidroelétricas e plataformas de petróleo.
A industrialização trouxe muita riqueza e pobreza ao Município, junto com a destruição ambiental. As primeira industrias a se instalarem aqui foi a Companhia Agrícola e a Industrial de Guarulhos,eram fabricas de tijolos e telhas se localizavam na Vila Galvão.Segundo um relatório de 1956,haviam em funcionalidade um total de 250 olarias,90 industrias de grande porte,80 fabricas pequenas ,40 pontos de extração de área e 3 matadouros onde era abatidos cerca de 50.415 cabeças de gado.Em 1940,com a construção da Base Aérea de São Paulo,a Rodovia Presidente Dutra e o crescimento industrial,a população rural foi imigrada para a zona urbana.
O espaço é o resultado da geografização de um conjunto de variáveis, de sua interação localizada, e não dos efeitos de uma variável isolada.Sozinha,uma variável é inteiramente carente de significado, como o é fora do sistema ao qual pertence.Quando ela passa pelo inevitável processo de interação localizada,perde seus atributos específicos para criar algo novo (SANTOS,1985,p.22 e23).
4.1 O nome Guarulhos
	Defendendo a tese de Teodoro Sampaio sobre a origem do nome Guarulhos, usando a hipótese que define Guaru como sendo “individuo que come-por conta de um peixe com formato de barriga saliente assim como os primeiros habitantes da cidade”
	Em uma palestra o historiador John Manuel Monteiro disse:
Então como eu comecei a colocar, existem mais dúvidas do que certezas. Eu vou falar de algumas das dúvidas que eu tenho sobre a história de Guarulhos, e sugerir, talvez, alguns caminhos de pensar como resolver essas questões. Eu acho que uma primeira questão foi aquilo que o Benedito já estava colocando, que é o próprio nome: de onde vem e o que significa Guarulhos? Aí é evidente que tem toda uma tradição que é grande no Brasil, de tentar resolver a partir de uma tupinologia amadora, ou seja, de usar os vocábulos, e as sílabas da língua geral, que é aquilo que surgiu a partir do tupi, como foi falado no início do período colonial e sistematizado por europeus, sobretudo por jesuítas.Isso, sobretudo, a partir da independência do Brasil, começou a ser um instrumento importante da nacionalidade. Tudo era chamado de nomes tupis e, mesmo em lugares em que não existiam populações tupis, as populações eram não tupis, como no caso de Guarulhos. Quase todos os nomes aqui são nomes de língua geral; são nomes de tupis. Isso sugere, evidentemente, que são nomes que foram atribuídos posteriormente, e às vezes é um exercício enganoso, porque muitas vezes a gente acha, que tem um nome indígena é porque os índios deram esse nome. A maior parte dos lugares no Brasil tem nomes índios que foram dados por não índios, e muito posteriormente. No caso de Minas Gerais é muito claro, tem muitos nomes tupis, mas que são nomes que foram dados pelos paulistas, que foram lá no século XVIII minerar e escravizar índios, enfim, só que leva a uma idéia ingênua de que esse lugar, por exemplo, Aiuruoca, que é o lugar das araras, pedra das araras, alguma coisa assim, enfim seria algo, como tinha araras ficou assim, mas não, chegou um paulista deu esse nome e pegou.Só que posteriormente a gente vai confundindo um pouco esse processo. No caso dos Guarulhos é muito curioso porque é o nome que ficou de fato. A partir do século XVII, não se sabe exatamente quando, mas que pegou, e substituiu o nome anterior para designar certo grupo indígena, esses que eram chamados Maromomi e que mais tarde isso foi corrompido para Guaru-Mirim, que seria o tupi para Guaru pequeno, enfim, seria uma corruptela para Marumirim.É algo bastante revelador esses processos de mudança que a gente temque tomar cuidado, ter bastante atenção. O que aconteceu no meu entender? Bom eu acho que e o Benedito escreveu isso num outro livro, de uma maneira bastante interessante, é um momento crítico, no início do século XVII. Eu fiz uma pesquisa procurando onde é que aparece esse termo Guarulhos. O Benedito identificou um momento por volta de 1599 se não me engano, 98, 99, ainda no século 21XVI em que se fazia referência aos índios Guarulhos, mas não eram desta região propriamente dita, mas que era um lugar que posteriormente acabou chamado de Santo Antonio dos Guarulhos no Rio de Janeiro...
(Palestra do Historiador John Manuel Monteiro,em 2005, em atividade do Movimento Guarulhos Tem Historia) 
4.2 A história da educação em Guarulhos
 O padre Emanuel de Paiva foi o fundador da cidade e considerado o primeiro educador da cidade de Guarulhos. Por volta de 1580, os jesuítas chegaram ao povoado na época no núcleo indígena Nossa Senhora da Conceição, para a catequização dos Maromi. 
 No século XIX, a educação em todo o país era precária não poderia ser diferente a de Guarulhos aqui o número mínimo de alunos exigido por classe para que funcionassem eram 16 alunos, por isso as escolas eram fechadas por falta de alunos e às vezes por falta de professores e muitas vezes por falta de recursos.
 As únicas alternativas de acesso à educação pública aqui do município foi as escolas isoladas- classes em que professores ensinavam crianças de diversas faixa etárias juntas- até a construção do Grupo Escolar Capistrano de Abreu a princípio fora localizado na Rua Luiz Faccini, depois transferido para Rua Capitão Gabriel.
 As primeiras escolas municipais surgem em meados do século XX, várias escolas públicas e particulares passam a ser instalados no município, há um aumento expressivo de escolas nas redes públicas e privadas de todos os níveis de escolaridade.
 A rede municipal de educação no início do século XXI era limitada, a maior parte das vagas eram oferecidos na pré-escola e mesmo assim não supriam as demandas. Em 2001, a um aumento na construção de escolas e convênios com entidades sociais, que atendem milhares de alunos em creches, pré-escolas, ensino fundamental e alfabetização de adultos.
 A Prefeitura de Guarulhos tem feito importantes investimentos no campo educacional, na melhoria do ensino, o aumento do número de alunos numa perspectiva inclusiva, e um projeto pedagógico reconhecido internacionalmente. Como foi o caso dos entre os anos de 2001 e 2004 a prefeitura investiu 25% constitucionais em programas de expansão de vagas nas escolas além da qualidade de ensino, após a ampliação e reforma de quase toda rede física da prefeitura veio a ampliação no número de vagas nas creches, pré-escola, educação fundamental, educação de jovens e adultos e a educação inclusiva, passando de 24 mil para 74 mil, ou seja, um aumento de 50 mil novas vagas, para reafirmar o compromisso com a democratização de acesso à educação.
 Como se não bastasse o aumento expressivo no número de vagas na escola também era necessário dar condições da permanência desse aluno na escola, para isso foram implantados novos programas como: transporte escolar gratuito, alimentação, materiais escolares e uniformes para todos os alunos. E como complemento à essa educação de qualidade foi construído o Projeto Político Pedagógico da rede municipal de ensino de Guarulhos.
 O município de Guarulhos já tem o plano de educação da cidade até o ano de 2022, com metas e eixos a serem cumpridas nesses 10 anos em todas as modalidades de educação como: a educação infantil, fundamental, médio até a universidade.
 A Secretaria de Educação de Guarulhos administra 140 escolas onde estudam 116 mil alunos, os Centro Municipais de Educação, Centros de Incentivo à Leitura e os CEUs também fazem parte da rede municipal. 
ão em Guarulhos 
 O padre Emanuel de Paiva foi o fundador da cidade e considerado o primeiro educador da 
cidade de Guarulhos. Por volta de 1580, os jesuítas chegaram ao povoado na época no núcleo 
indígena Nossa Senhora da Conceição, para a catequização dos Maromi. 
 No século XIX, a educação em todo o país era precária não poderia ser diferente a de 
Guarulhos aqui o número mínimo de alunos exigido por classe para que funcionassem eram 16
alunos, por isso as escolas eram fechadas por falta de alunos e as vezes por falta de professores
e muitas vezes por falta de recursos.
 As únicas alterna)vas de acesso à educação pública aqui do município foi as escolas 
isoladas- classes em que professores ensinavam crianças de diversas faixa etárias juntas- até a 
construção do Grupo Escolar Capistrano de Abreu a princípio fora localizado na Rua Luiz 
Faccini, 
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depois transferido para Rua Capitão Gabriel.
 As primeiras escolas municipais surgem em meados do século XX, várias escolas públicas e 
par)culares passam a ser instalados no município, há um aumento expressivo de escolas nas 
redes públicas e privadas de todos os níveis de escolaridade.
 A rede municipal de educação no início do século XXI era limitada, a maior parte das vagas 
eram oferecidos na pré-escola e mesmo assim não supriam as demandas. Em 2001, a um 
aumento na construção de escolas e convênios com en)dades sociais, que atendem milhares 
de alunos em creches, pré-escolas, ensino fundamental e alfabe)zação de adultos.
 A Prefeitura de Guarulhos tem feito importantes inves)mentos no campo educacional, na 
melhoria do ensino, o aumento do número de alunos numa perspec)va inclusiva, e um projeto
pedagógico reconhecido internacionalmente. Como foi o caso dos entre os anos de 2001 e 
2004 
a prefeitura inves)u 25% cons)tucionais em programas de expansão de vagas nas escolas além
da qualidade de ensino, após a ampliação e reforma de quase toda rede Jsica da prefeitura 
veio 
a ampliação no número de vagas nas creches, pré-escola, educação fundamental, educação de 
jovens e adultos e a educação inclusiva, passando de 24 mil para 74 mil, ou seja, um aumento 
de 50 mil novas vagas, para reaKrmar o compromisso com a democra)zação de acesso à 
educação.
 Como se não bastasse o aumento expressivo no número de vagas na escola também era 
necessário dar condições da permanência desse aluno na escola, para isso foram implantados 
novos programas como: transporte escolar gratuito, alimentação, materiais escolares e 
uniformes para todos os alunos. E como complemento à essa educação de qualidade foi 
construído o Projeto Polí)co Pedagógico da rede municipal de ensino de Guarulhos.
 O município de Guarulhos já tem o plano de educação da cidade até o ano de 2022, com 
metas e eixos a serem cumpridas nesses 10 anos em todas as modalidades de educação como: 
a educação infan)l, fundamental, médio até a universidade.
 A Secretaria de Educação de Guarulhos administra 140 escolas onde estudam 116 mil 
alunos, os Centro Municipais de Educação, Centros de Incen)vo à Leitura e os CEUs também 
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fazem parte da rede municipa
A EXPERIÊNCIA DO CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO GUARULHOS
O CEU em Guarulhos é resultado do esforço da reivindicação do Orçamento Participativo e do governo. Assim como 351 prefeituras brasileiras, Guarulhos adota o orçamento participativo como parte de sua política de planejamento orçamentário. Kátia Lima, diretora do Departamento de Orçamento Participativo da Prefeitura de Guarulhos confirma que as plenárias do OP são dominadas por pessoas da periferia e mesmo assim as obras escolhidas beneficiam a todas as regiões da cidade. Como é o caso dos projetos de área de lazer e cultura. 
Em Guarulhos foram feitas 1.400obras vindas de decisões da população, desde 2001. A maior parte das demandas ainda é relacionada a obras de infra-estruturara, como pavimentação de ruas e ligações de esgoto, mas a cobrança tem mudado com o passar dos anos e o projetos CEU é uma delas.Com uma proposta educacional inovadora, os Centros de Educação Unificado de Guarulhos promovem desde de 2009, uma revolução na educação de rede municipal de Guarulhos envolvendo escolas e famílias em ações educativas, culturais, artísticas e esportivas que promovem o desenvolvimento integral de crianças, jovens e adultos das comunidades do entorno. Para isso contam com uma infraestrutura gigantesca que abrangem escolas da Prefeitura, piscinas, ginásios poliesportivos, centro de incentivo a leitura, telecentro e teatro.
 Os CEU's vêm contribuindo efetivamente para revitalizar áreas e regiões descentralizadas ou periféricas da cidade com o compromisso de promover a inclusão social; melhorando a qualidade de vida de pessoas de todas as idades. Do ponto de vista da formação do ser humano, os CEU's são espaços destinados à educação integral, visando todos os meios de convívio com os freqüentadores, já que ocorre também em outros espaços, além da sala de aula. O impacto provocado nas comunidades pelo CEU's que recebem mais de 40 mil pessoas semanalmente e com atividade gratuitas é visível: casas do entorno tornam-se valorizadas pelas revitalizações recebidas nas áreas em que são instalados os CEU's. O espaço urbano se transforma, além das pessoas também que passam a praticar esportes e melhorar sua saúde. Se por um lado os investimentos na construção e manutenção desse tipo de equipamento são volumosos, de outro os resultados são bastante satisfatórios. 
A prefeitura de Guarulhos por meio da secretaria de educação inaugurou no dia 19 de junho, o primeiro Centro de Educação Unificado- o CEU Guarulhos Pimentas, situado na Estrada do caminho velho, 351 CEP 07252-312, Jardim Nova Cidade, ao lado da Unifesp, telefone 2489-3500. Mais de três mil pessoas participaram do evento que contou com a presença do prefeito Sebastião Almeida e o secretário de educação Moacir de Sousa, além de deputados, vereadores e ex-prefeito da cidade. A abertura da cerimônia de entrega do complexo educacional, o prefeito Sebastião Almeida lembrou que o CEU é a demonstração de que a mão do homem operário transforma o mundo. Ele destacou também o respeito ao meio ambiente referindo-se a luz natural da quadra de esporte. Ele reforçou ainda que os investimentos na região contribuem para reduzir os índices de violência. “Quanto mais tempo a criança passar aqui no CEU maior será os acessos as lições de cidadania”, definiu Almeida. Já para o secretário de educação, Moacir de Sousa, o CEU Guarulhos Pimentas é resultado do esforço conjunto dos delegados do orçamento participativo (OP) e do governo. O ex-prefeito Elói Pietá disse que o CEU evidencia a política do governo de proporcionar equilíbrio às diversas regiões da cidade com obras como o Hospital Pimentas Bom Sucesso e a Universidade Federal de São Paulo. A contribuição do setor privado aos investimentos públicos na região veio com o shopping Bonsucesso. 
Tal equipamento continha num mesmo espaço 03 piscinas, 01 biblioteca, 03 quadras poliesportivas sendo uma coberta, salas multiuso e de informática abertas não só aos alunos ali matriculados, como também a toda a comunidade, o CEU Guarulhos Pimentas também conta com uma escola Professora Jeanete Beauchamp que oferece o ensino fundamental do 1° ao 5° ano e Educação de Jovens e Adultos(EJA) à noite, atende cerca de 700 alunos no ensino fundamental em dois períodos. 
Os cursos oferecidos hoje no CEU Pimentas são: aeróbica; basquete; capoeira; dança clássica; dança do ventre; street dance; zumba; futsal feminino; futsal masculino; ginástica acrobática; ginástica artística; ginástica geral; ginástica localizada; ginástica rítmica; informática; karatê; kung fu; orientação para caminhada e corrida; xadrez e teatro, era pra receber um público estimado de aproximadamente 5 mil pessoas por semana. Ele tem 14.000m² de área construída, recebeu investimento da ordem de R$ 25 milhões. Esta unidade foi inaugurada como parte das comemorações dos 450 anos da cidade de Guarulhos completados em 2010.
O idealizador do projeto em Guarulhos Profº Moacir de Sousa
 O professor Moacir como gosta de ser chamado é vereador e secretário da educação. Nasceu em Ribeirão do Pinhal (PR) muda-se para São Paulo aos 9 anos de idade. Reside desde então em Guarulhos, na região do Presidente Dutra. Experiência de 15 anos em sala de aula como professor de história, dirigente estadual da APEOESP entre 1996/99; secretário adjunto da educação (gestão de Elói Pietá) entre 2001/02 entre outros cargos públicos de grande peso para sua experiência publica, o que de fato nos interessa é o dia 1°/01/09 quando pede afastamento na câmara municipal de Guarulhos para exercer o cargo de Secretário Municipal de Educação, convidado pelo prefeito Sebastião Almeida.
É exatamente no período dessa gestão que é posta em prática as reivindicações da OP, foram inaugurados nove CEU’s, o salão do livro, os jogos escolares municipais, ele como professor sabe que só com grandes investimentos na educação podemos formar novos cidadãos, cientes do seu papel na sociedade. Atualmente o professor Moacir pediu afastamento para concorrer às eleições como vice-prefeito de Elói Pietá.
Atividades Oferecidas no CEU Pimentas
	Aeróbica:É uma combinação de ginástica clássica com dança, os principais movimentos da aeróbica são coordenação motora e fitness.Esse curso é destinado a jovens e adultos a partir de 15 anos. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas na administração do CEU Pimentas.
	Basquete:O projeto chamado de Centro de Basquete conta com mais de 100 inscritos, visa ofertar a pratica do basquete para jovens com idade de 10 a 17 anos, o contra turno escolar, e descobrir novos talentos que se destacam na comunidade. As inscrições podem ser feitas na administração do CEU Pimentas.
	Capoeira:O grupo denominado Capoeira ECE Brasil, ministra as aulas de segunda a quarta das 9h ás 21h e aos sábados das 20h ás 22h.Os responsáveis são o Mestre Dinho Caruaru e a Profª Nega Tana, as inscrições podem ser realizadas na administração do CEU.O curso visa desenvolver a atenção,persistência,coragem,astucia e pode ser praticado por crianças, jovens e adultos.
	Dança Clássica: É uma dança conhecida por sua beleza, leveza e graça. Encanta o público e as meninas da região, que fazem apresentações com música e cenários, para criar ou contar histórias. As inscrições podem ser feitas na administração, para crianças de 7 a 13 anos.
	Dança do Ventre: A dança do ventre desenvolve a auto estima, afeminilidade, a aceitação de si, agilidade, concentração, atenção e criatividade. As mulheres quem começam a fazer o curso no CEU Pimentas, esquece a timidez e sente uma significativa melhora na saúde.A idade é de 15 anos e as inscrições feitas na administração do CEU.
	Street Dance: É um conjunto de estilos de danças que possuem movimentos detalhados. Esse curso é livre para todas as idades e as vagas são limitadas. As inscrições são feitas na administração do CEU e os interessados podem fazer uma aula experimental.
	Zumba: A zumba emagrece e tonifica a musculatura e é uma atividade que está conquistando as mulheres da região. Como a procura é muito grande as vagas são limitadas a preferência é para moradores da região. As inscrições devem ser feitas na adm.
	Futsal: Uma pratica esportiva Unix, que trabalha a musculatura e o condicionamento muscular. Existe na comunidade o Projeto Copa Pimentas de Futsal, com torneios de futsal e times de diversos bairros. As inscrições para o curso devem ser feita na administração, meninos e meninas com idade mínima de 7 anos podem participar.
	Ginástica Acrobática: É um conjunto de exercícios corporais sistematizados, desenvolvendo a força, a agilidade e a elasticidade. Os alunos do curso participam de campeonatos e as inscrições podem ser feitas na administração.
	Informática: Os cursos são de modulo básico, os computadores são de última geração. A idade mínima é de 12 anos até a 3ºidade. São mais de 3500 usuários desde a criação do curso. Mais informaçõesna DM do CEU Pimentas.
	Caratê: É uma arte marcial pouco conhecida, as crianças que praticam essa luta no CEU Pimentas tendem a ser mais ágeis e comprometidas com suas tarefas externas, pois o Mestre Wander proibi a participação de crianças indisciplinadas. Mais informações do curso na administração.
	Xadrez:A partir de 12 anos as crianças do entorno podem participar das aulas fora do horário de aula. Neste curso as crianças desenvolvem atenção e o cognitivo. Inscrições na administração do CEU.
	Teatro: O teatro é visto como uma ferramenta de educação. Os participantes têm de 7 a 14 anos e participam das aulas 3 vezes na semana com duração de 3 horas. A proposta é formar multiplicadores deste conhecimento teatral para a população de baixa renda do entorno.
	
VIVENCIANDO AEXPERIÊNCIA DO CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO GUARULHOS
Ao iniciar este ultimo capitulo, considera-se importante situar a posição dos entrevistados, são usuários ou funcionários do CEU Pimentas. Os entrevistados moram ao redor do equipamento, ao ser indagado sobre a melhoria no seu comportamento, um aluno, identificado de A¹ responde, ”Quando comecei a ter aulas de basquete, minha família e meus vizinhos me elogiaram, eu era danado e minha mãe disse que o sonho dela era me ver tendo uma educação melhor que a dela”.
Em seguida quando foi questionado o que ele faria se o CEU fosse fechado?Assim se expressou, ”A tia não sei, mas acho que faria falta e todo mundo que faz aula aqui voltaria a ficar na rua depois da escola, como era antes, ou assistindo televisão”. Foi concluído que as propostas alem de voltada para a educação também tem relação de assistencialismo, pelo fato de existir uma preocupação com a comunidade carente daquela região. Sob o ponto de vista dos moradores da região o equipamento trouxe mais valorização para as casas do entorno e as donas de casas ganharam atividades e cursos para ajudar no orçamento financeiro da família.Houve resistência de moradores na época da implantação,como alerta Freitas(1995),as propostas ou projetos se consolidou ao nascerem do “próprio chão”, ou seja, com o apoio da população.Resultando na necessidade de novas estratégias de divulgação e adesão nas ações educativas,incluindo leis e assistência dos governantes do município.
	Entretanto, é necessário destacar que a maioria dos problemas está voltada aos recursos financeiros, as aplicações dos recursos que está voltada a educação é atualmente de 890 milhões. Sendo destinados 50% para pessoal e encargos, 40% para outros custeios e 10% para investimentos.
	Com base nos depoimentos, alguns pontos positivos são que cerca de 40 mil pessoas utilizam o equipamento semanalmente. Dos dezesseis alunos entrevistados, somente um disse não gostar de participar das atividades, e a participação familiar aumentou muito na vivencia escolar dos alunos.
	Observando os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da EPG Professora Jeanete Beauchamp, que esta localizada dentro do CEU Pimentas e tem um grande número de alunos que freqüentam as atividades fora do horário de aula.Identificamos a melhora no aprendizado entre os anos de 2011 á 2015,comparado com outra escola de ensino fundamental da mesma região como mostra o gráfico 1 e 2 o gráfico:
Gráfico 1- Ideb EPG. Professora Jeanet Beauchamp- Rendimento Escolar
Fonte:Relatório Geral Ideb.Disponível em :www.qedu.org.br
Gráfico 2- Ideb EPG. Pixinguinha - Rendimento Escolar
Fonte:Relatório Geral Ideb.Disponível em :www.qedu.org.br
	O aprendizado dos alunos da E.P.G de acordo com a Prova Brasil feita no ano de 2013,ainda mostra quanto se deve investir na melhoria do ensino que tem como referência um percentual de 70% como mostra o gráfico: 
Gráfico 3- EPG. Professora Jeanet Beauchamp- Prova Brasil 2013 Resultados
Fonte:Relatório Geral Prova Brasil.Disponível em :www.qedu.org.br
Na opinião de uma das gestoras do equipamento, há muitas atividades e os professores são muito empenhados, mas poderia ter mais apoio dos governantes que abandonaram a idéia sem acrescentar de nenhuma melhoria ao projeto depois da inauguração. Em sua opinião a ausência de manutenção dificulta na melhora da proposta.
Foi questionada a professora sobre a superação das dificuldades apresentadas, já que se passaram 6 anos de sua implantação,ela respondeu:
No que se trata da infra-estrutura melhorou e muito, aprendemos também com o tempo,no começo batemos muito a cabeça,mas agora já nos adaptamos.Mas quando se trata de algo que venha da prefeitura,assim como toda escola em Guarulhos,o processo é bem lento.Antes até vinham bastantes estagiarias compromissadas,e agora contamos bastante com o grupo efetivo da escola e das agentes de portaria do CEU.	
Ao ser questionada sobre os pontos que são positivos e negativos do tempo que os alunos ficam dentro do CEU ela situou:
[...] a quantidade de horas que as crianças ficam na escola influenciariam se eles ficassem fazendo lição dentro da sala,mas eles tem a liberdade de ir fazer a atividade em um dia e no outro não,sendo que para os mais novinho aqui é uma área de lazer.
As entrevistas contidas nesse capitulo deixaram pistas claras do enfrentamento que todos os que fazem uso do equipamento passam no cotidiano. Considerando as opiniões de todos os envolvidos neste processo de utilização e funcionamento do CEU, demonstram a qualidade do projeto e a melhoria da educação. A respeito das idéias descontinuadas Saviani(2005,p.269) declara que :
[...]entra em contradição com uma das características próprias da atividade educacional,com uma das características que se insere na natureza e especificidade da educação,que é a exigência de um trabalho que tenha continuidade ,que dure um tempo suficiente para provocar um resultado irreversível.Sem se atingir o ponto de irreversibilidade,os objetivos da educação não são alcançados.
Mostrando que deve haver um trabalho constante na melhoria do projeto,não deixando cair no esquecimento como os anteriores aqui citado no inicio do trabalho.
CONCLUSÃO
Acreditamos que o relato de nossa experiência traduz bem a visão realista a respeito do trabalho que é desenvolvido no CEU. Através dos dados analisados procuramos descrever a realidade que é vivida diariamente na comunidade do entorno do CEU Pimentas, mostrando que o projeto é valorizado que recebe muitas crianças, jovens e adultos que muitas das vezes passam o dia todo entre uma atividade e outra e se sentem felizes por estarem participando, pois não estão na rua ou sozinhos em casa,uma vez que os pais estão trabalhando fora.Os pais das crianças que ali freqüentam também valorizam o espaço que mantém os filhos longe das ruas.
	Neste sentido, procuramos resgatar questionamentos básicos que deram origem e fundamentaram este trabalho, que apresenta algumas apreciações e reflexões nas conclusões. No CEU Jd. Cumbica podemos contar com essa parceria. As crianças da escola são sempre bem assistidas através das atividades propostas pela equipe pedagógica e esportiva. Tenho a percepção do caráter assertivo advindo destas atividades cujo saldo é extremamente positivo na vida do aluno, pois muitas vezes contamos com casos de indisciplina, e as ações desenvolvidas pelo CEU contribuem para melhorar esse aspecto. Existem atividades que auxiliam em outros setores como, por exemplo, o curso de teatro que ajuda a trabalhar a desenvoltura do aluno, seu relacionamento com os demais, dentre outros fatores importantes.
O trabalho pedagógico e a pratica social que é desenvolvida de modo educativo e dinâmico, considera as varias maneiras do fazer à pedagógica e do aprendizado, promovendo aos alunos o direito a educação e a cultura que foi acumulada ao longo da historia da sociedade. Sendo assim não conseguiremos democratizar e principalmente fazer com que o trabalho pedagógico seja confiável, com formação de profissionais, com um baixo custo financeiro e de pessoas que não conhecem o cotidiano escolar, acarretando na perca de algumas atividades

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