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Farmácia Hospitalar

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Jairo Constante Martins
Professor-Tutor Externo: Gislaine Cristina Pereira Tavares
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Tecnólogo em Gestão Hospitalar (HOS0011) – Prática do Módulo III
14/06/2014
 
 
RESUMO
 
Pesquisar sobre Farmácia Hospitalar e o Sistema de Redes de Atenção a Saúde, referenciando o que já foi visto e revisto por todos é sempre um desafio, mas como nem todos tem o mesmo entendimento de como as Farmácias Hospitalares e o Sistema de Redes de Atenção a Saúde estão realmente em nosso dia a dia e como ocorreram seus avanços evoluções, modificando “subdividindo” e “multiplicando”, para abranger mais áreas dos serviços, de saúde. Sim temos que levantar a bandeira da Gestão Hospitalar, que tem que ser levada a sério sim! A prestação de serviços de Saúde tem em sua essência apoiar os diferentes tipos de profissionais que devemos ter ao nosso lado quando no gerenciamento de um hospital e é o Farmacêutico Hospitalar a quem devemos encarregar o comando de uma Farmácia Hospitalar reconhecer o valor deste profissional que embora tenha sua função assegurada pela legislação, muitos Hospitais ainda não mantem nem um serviço regular de Farmácia Hospitalar muito menos um farmacêuticos de plantão gerenciando a unidade e revisando as condutas de medicamentos para os pacientes que por sua vez tem o mais caro dos produtos para ser administrado e mantido que é a VIDA.
                                                                                                                                                    Palavras-chave: Farmácia Hospitalar, Redes de Atenção em Saúde.
 
 
1 INTRODUÇÃO
 
A farmácia hospitalar é um serviço assistencial, onde são desenvolvidas atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e similares que são essenciais às unidades hospitalares. As execuções de suas atividades são ligadas aos resultados esperados para o paciente. É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, sempre visando à eficácia da terapia, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e pesquisa, visando assim um o campo do aprimoramento profissional.
 
Um serviço de farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado, funcional, em um grupo de serviço que depende diretamente da Direção Central e esta em constante e estreita relação com sua administração.
A principal razão da existência de Farmácia é servir ao paciente, objetivando dispensar medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere ao medicamento, desde sua seleção até sua distribuição, velando a todo o momento por sua adequada utilização no plano assistencial, econômico. O farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta.
 
Através deste trabalho vamos fazer uma pequena reflexão do que sabemos sobre Farmácia, não só a farmácia direcionada para guarda de medicamentos, mas a Farmácia, para a prestação de serviço, de saúde que para uma referência mais logica, de saúde, como clinicas, e hospitais. E as farmácias provedoras de saúde complementar que já conhecemos há algum tempo, mas pelo nome de “Farmacinha do posto”, que nos postos de saúde tem a função de distribuir as medicações aos usuários do SUS, mediante a apresentação de receita medica assinada e carimbada em duas vias, sempre lembrando que não podem ser receitas de atendimento medico de convênios ou particulares.
 
Mas o que é farmácia hospitalar afinal? Será que esta pergunta nunca lhe ocorreu? Será que a resposta está na ponta da língua? Não? Qual a opinião popular? Entre a população existe uma visão distorcida do que é farmácia hospitalar, pois para a maioria farmácia é tudo igual e sendo farmácia deveria ter todos os medicamentos à disposição.
 
Os Grupos de Trabalho sobre Farmácia Hospitalar do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e do Ministério da Saúde, reunidos em Brasília (DF), em julho de 2013, elaboraram uma proposta de organograma que prevê a criação da Divisão de Farmácia, nos hospitais universitários brasileiros administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O objetivo é contribuir para a readequação da farmácia hospitalar na estrutura organizacional desses hospitais.
 
Na oportunidade, o assessor da Presidência do CFF, Tarcísio José Palhano, entregou ao Presidente da Ebserh, cópia de uma proposta de organograma (já entregue em reunião anterior a outros diretores da Empresa) que prevê a criação da Divisão de Farmácia - nos hospitais universitários - subordinada à Gerência de Atenção à Saúde, e composta pelas unidades de abastecimento farmacêutico, de dispensação e de farmácia clínica.
 
Para Tarcísio Palhano, o modelo de farmácia hospitalar proposto pela Ebserh não corresponde ao modelo adotado por importantes instituições de saúde nacionais e internacionais, e pode refletir negativamente na própria docência. “É impossível dissociar a área técnico-assistencial da área logístico-administrativa, e muito menos, dissociar ambas da docência”, afirma.
O “SUS”, Sistema Único de Saúde, é conhecido pela população como sistema que tem o objetivo de cuidar e promover a saúde de toda a população brasileira e os estrangeiros que aqui residem independente de raça, credo, classe social e local de moradia.
 
O SUS foi criado em 1988, a partir da insatisfação existente em relação aos direitos de cidadania e ao precário acesso de serviços e formas de organização do sistema de saúde. Foi assim, que a Constituição Federal determinou ser dever do Estado à garantia à saúde, e em 1990, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90), que detalha o funcionamento do Sistema. Sendo um dos princípios do SUS a democratização nas ações e nos serviços de saúde que deixam de ser restritos e passam a ser universais, passando também de centralizados para descentralizados. O SUS tem seus serviços administrados pelos governos federal, estaduais e municipais e por organizações sociais. Antes disso, apenas os trabalhadores com carteira registrada podiam ser atendidos nas unidades públicas de saúde. Quem ainda lembra-se do INANPS e a famosa carteirinha que tinha que ser apresentada com o carimbo do mês, caso contrario não ocorria o atendimento no posto de saúde.
 
Nos locais onde faltam serviços públicos, o SUS realiza a contratação complementar de serviços de hospitais ou laboratórios particulares, para que não falte assistência às pessoas. Deste modo, esses hospitais e laboratórios também se integram à rede SUS, tendo que seguir seus princípios e diretrizes. O SUS é composto por uma hierarquia, que engloba os centros de saúde, que devem ser procurados pela população primeiramente, depois as policlínicas e hospitais, que oferecem serviços mais complexos e para onde as pessoas são encaminhadas pelos postos de saúde, mas devem ser referenciados pelos centros de saúde, através das secretarias de saúde municipais que gerenciam a regulação das consultas, Já os prontos-socorros são para casos de urgência e emergência. Respectivamente, estas assistências são chamadas de atenção básica, média complexidade e alta complexidade.
 
Mas o papel do SUS vai além de medicar doentes e realizar cirurgias. A partir do princípio da integralidade, é obrigatória a realização de todas as ações necessárias para a promoção, proteção e recuperação da saúde de todos, como a garantia de vacinas à população, combater às doenças, entre outras ações.
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO
 
 
2.1. CONCEITO DE FARMACIA HOSPITALAR
 
No começo do século XX a Farmácia detinha sua autonomia. Dentre os diversos setores que estruturavam o hospital, a que se destaca pela sua capacidade de produção e atendimento, era a farmácia. O contato entre o médico e o boticário acontecia rotineiramente e discutia-se sobre prescrições já existentes e sobre possíveis formulações diferentes e novas. Naquela época, quase inexistiam especialidades farmacêuticas (medicamentos industrializados), sendo valorizado o trabalhodo farmacêutico e do médico, ressaltando as artes de manipular e formular. O curso médico tinha no currículo a disciplina de terapêutica, onde ajudava bastante no conhecimento sobre as fórmulas. Por volta de 1920-30 com a chegada da indústria farmacêutica, os medicamentos passaram a ser industrializados e as propagandas foram maciças.
 
Os médicos compraram a ideia da nova tecnologia e deixaram gradativamente de ensinar a arte de formular e o diálogo com farmacêutico passou a inexistir. A farmácia abria lugar para os leigos, espaço para armazenar medicamentos industrializados, deixando-se de existir praticamente o farmacêutico, deixava de manipular e o resultado, foi o abalo na economia de um setor que havia sido tão viável alguns anos antes. Foi uma época lamentável para a Farmácia Hospitalar.
 
Nos meados de 1940, apareceram às sulfas e antibióticos, a partir daí inúmeras especialidades farmacêuticas, foram substituídos muitos medicamentos indicados para certas patologias. Justamente neste período que as Farmácias Hospitalares resolveram industrializar as sulfas e soerguer, aumentando os lucros e a profissionalização, com essa atitude lúcida e que teve sustentação no decorrer dos anos decorrentes.
 
A partir de 1950 os Serviços de Farmácia, mais representados na época pelas Santas Casas de Misericórdia e Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, passaram-se a desenvolver-se e modernizar-se. O surgimento da Farmácia Hospitalar Brasileira ressalta o inesquecível professor José Sylvio Cimino, que dirigia o Serviço de Farmácia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, e que até hoje é espelhado.
 
 
Em 1975, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais incluiu em seu currículo a Disciplina de Farmácia Hospitalar, com 75 horas/aula. O primeiro Curso de Especialização em Farmácia Hospitalar na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi no ano de 1980. No Brasil em 1979 era instalado o primeiro Serviço de Farmácia Clínica, especialidade da Farmácia Hospitalar, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (hoje Hospital Universitário Onofre Lopes). A partir de 1982, o MEC – Ministério da Educação passou a incentivar programas para Farmácia Hospitalar.
 
O Ministério da Saúde preocupado com os problemas da Infecção Hospitalar em meados de 1985 passou a promover cursos de especialização. Em 10984 foi criada, na UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a primeira disciplina obrigatória de Farmácia Hospitalar no currículo. A Farmácia Hospitalar de hoje é considerada, o envolvimento e necessidade de conhecimento de outras áreas, conceituando-se uma Unidade de Assistência Técnica, Administrativa e Contábil, dirigida por profissional farmacêutico habilitado, no âmbito de ajudar assistência farmacêutica a seus pacientes e com os profissionais de saúde, através de atividades colocadas em prática.
 
 
2.1.1. LEGISLAÇÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR
 
Algumas leis, portarias e resoluções regem todo o setor farmacêutico dentro do ambiente hospitalar. E elas são bastante importantes para que o serviço da Farmácia ofereça eficácia constante. Eis algumas delas:
Lei nº5991/73 – Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências;
 
Resolução Nº 300/97 do CFF - Regulamenta o exercício profissional em Farmácia e unidade hospitalar, clínicas e casa de saúde de natureza pública ou privada;
 
Portaria/MS 344 de 19/05/1998 – Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial;
 
Portaria nº. 2616/98 – MS – Controle de Infecção hospitalar; Portaria nº. 3535/98 – MS – Estabelecer critérios para cadastramento de centros de atendimentos em oncologia; Resolução nº. 272/98 – MS – Aprova o regulamento técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral;
 
Resolução nº. 292/96 – CFF – Ratifica competência legal para o exercício da atividade de Nutrição Parenteral e Enteral e revoga a Resolução 247/93;
 
RDC nº. 33 de 19/04/2000 (DOU de 08/01/01) Aprova o regulamento técnico sobre Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF) e seus anexos;
 
RDC 80/2006 – Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos em farmácias e drogarias;
 
Resolução nº. 288/96 – CFF – Dispõe sobre a competência legal para o exercício da manipulação de drogas pelos farmacêuticos;
Portaria nº. 1017, de 20 de Dezembro de 2002 – estabelece que as Farmácias Hospitalares integrantes do SUS devam estar sob a responsabilidade do farmacêutico;
 
Resolução/CFF nº. 354, de 20 de Setembro de 2000 – dispõe sobre a assistência farmacêutica em atendimento pré-hospitalar e as urgências/emergências.
E ainda a SBRAFH (Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar) dispõe. Da legislação vigente no âmbito total da Farmácia Hospitalar no Brasil. Consultar é sempre importante, pois, só assim ficamos inteirados do assunto.
 
 
2.2. AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE:
 
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010).
 
A implementação das RAS aponta para uma maior eficácia na produção de saúde, melhoria na eficiência da gestão do sistema de saúde no espaço regional, e contribui para o avanço do processo de efetivação do SUS. A transição entre o ideário de um sistema integrado de saúde conformado em redes e a sua concretização passam pela construção permanente nos territórios, que permita conhecer o real valor de uma proposta de inovação na organização e na gestão do sistema de saúde.
 
A atual grande diretriz da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) para o período de 2011 a 2014 é a implantação das RAS, sendo sua gestora no âmbito federal.
 
No dia 30 de dezembro de 2010, o Documento de Referência contendo as “Diretrizes para a organização das RAS no âmbito do SUS” foi oficializado por meio da Portaria GM/MS nº 4.279, publicada no Diário Oficial de 31/12/2010. Este documento havia sido aprovado pela Comissão Inter gestores Tripartite (CIT) no dia 16 de dezembro.
 
Para assegurar resolutividade na rede de atenção, alguns fundamentos precisam ser considerados: economia de escala, qualidade, suficiência, acesso e disponibilidade de recursos.
 
 
2.2.1. DISPOSIÇÕES GERAIS
 
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente hospitalar na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
 
Art. 2º As disposições desta Portaria se aplicam a todos os hospitais, públicos ou privados, que prestem ações e serviços de saúde no âmbito do SUS.
 
Art. 3º Os hospitais são instituição complexas, com densidade tecnológica especifica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, responsável pela assistência aos usuários com condições agudas ou crônicas, que apresentem potencial de instabilização e de complicações de seu estado de saúde, exigindo-se assistência contínua em regime de internação e ações que abrangem a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação.
 
Art. 4º Os hospitais que prestam ações e serviços no âmbito do SUS constituem-se como um ponto ou conjunto de pontos de atenção, cuja missão e perfil assistencial devem ser definidos conforme o perfil demográfico e epidemiológico da população e de acordo com o desenho da RAS loco-regional, vinculados a uma população de referência com base territorial definida, com acesso regulado e atendimento por demanda referenciada e/ou espontânea.
2.2.2. DIRETRIZES
 
Art. 6º São diretrizes da PNHOSP:
I - garantia de universalidade de acesso, equidade e integralidade na atenção hospitalar;
II - regionalização da atenção hospitalar, comabrangência territorial e populacional, em consonância com as pactuações regionais;
III - continuidade do cuidado por meio da articulação do hospital com os demais pontos de atenção da RAS;
IV - modelo de atenção centrado no cuidado ao usuário, de forma multiprofissional e interdisciplinar;
V - acesso regulado de acordo com o estabelecido na Política Nacional de Regulação do SUS;
VI - atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Humanização;
VII - gestão de tecnologia em saúde de acordo com a Política Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS;
VIII - garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente;
IX - garantia da efetividade dos serviços, com racionalização da utilização dos recursos, respeitando as especificidades regionais;
X - financiamento tripartite pactuado entre as três esferas de gestão;
XI - garantia da atenção à saúde indígena, organizada de acordo com as necessidades regionais, respeitando-se as especificidades socioculturais e direitas estabelecidos na legislação, com correspondentes alternativas de financiamento específico de acordo com pactuação com subsistema de saúde indígena;
XII - transparência e eficiência na aplicação de recursos;
XIII - participação e controle social no processo de planejamento e avaliação; e.
XIV - monitoramento e avaliação.
 
 
2.2.3. ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
 
A assistência hospitalar no SUS é organizada a partir das necessidades da população, com a finalidade de garantir o atendimento aos usuários, baseado em equipes multiprofissionais, na horizontalização do cuidado, na organização de linhas de cuidado e na regulação do acesso, a atenção hospitalar atua de forma integrada aos demais pontos de atenção da RAS e com outras políticas de forma intersetorial, mediadas pelo gestor, para garantir resolutividade da atenção e continuidade do cuidado.
O acesso à atenção hospitalar será realizado de forma regulada, a partir de demanda referenciada e/ou espontânea, assegurando a equidade e a transparência, com priorização por meio de critérios que avaliem riscos e vulnerabilidades, o acesso à atenção hospitalar será organizado em concordância com as diretrizes da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) e da Política Nacional de Regulação, de forma pactuada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) ou Comissão Intergestores Regional (CIR), quando houver. As Portas Hospitalares de Urgência e Emergência deverão implementar acolhimento e protocolo de classificação de risco e vulnerabilidades específicas.
 
A equipe de saúde será integralmente responsável pelo usuário a partir do momento de sua chegada, devendo proporcionar um atendimento acolhedor e que respeite as especificidades socioculturais, o modelo de atenção hospitalar contemplará um conjunto de dispositivos de cuidado que assegure o acesso, a qualidade da assistência e a segurança do paciente.
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
A integração das unidades de farmácia dos hospitais universitários possibilitara ações efetivas no ensino, pesquisa e extensão, bem como a harmonia nas condutas assistenciais. O controle administrativo das organizações deve ser transversal às suas atividades, o que não é diferente com a farmácia hospitalar. As ações de assistência farmacêutica hospitalar são indissociáveis, pois devem estar articuladas e sincronizadas em conformidade com as diretrizes institucionais centradas no cuidado ao paciente. Esta proposta não compromete a eficiência pretendida pela Ebserh.
 
O comando único sobre todo o ciclo do medicamento fica garantido, uma vez que na divisão de farmácia há expertise profissional e técnica, bem como meios tecnológicos que garantem o abastecimento regular de acordo com as necessidades dos pacientes, além de possibilitar a utilização de ferramentas que propiciam o planejamento, o monitoramento, a avaliação, a transparência e o controle das ações, assegurando ganhos de escala. Isto posto, conclui-se que a criação da Divisão de Farmácia é fundamental para garantir a autonomia necessária à tomada de decisões, que assegurem a prestação de uma assistência farmacêutica alinhada com os demais serviços disponibilizados pela instituição hospitalar.
 
A implementação da PNHOSP será gradual, a partir da celebração de novas contratualizações, com prioridade para os hospitais que fazem parte das Redes Temáticas de Atenção à Saúde e Programas prioritários do SUS.
 
São muitos os avanços possibilitados pelo SUS, no entanto se repete a fragilidade em não se fazer cumprir a Lei. Mais recentemente tivemos o Decreto Presidencial 7508/11 que regulamenta e avança em vários aspectos da Lei 8080/90. Percebe-se claramente que temos um SUS excessivamente cartorial e pouco operacional. No papel tudo é perfeito, mas é possível garantir que tudo seria diferente se conhecêssemos e aplicássemos os conteúdos infraconstitucionais do SUS.
 
A maioria daqueles que ocupam posições de gestores desconhecem a legislação do SUS, bem como grande parte dos cidadãos brasileiros. O SUS concorre ao mérito internacional sendo um patrimônio da Humanidade, os países desenvolvidos reverenciam os princípios do SUS, talvez os estrangeiros conheçam mais sobre o SUS do que os próprios brasileiros. Eles conhecem a legislação do SUS mais do que nós e sonham com isso, e claro, não podemos defender o que não conhecemos.
 
O SUS que é mostrado na mídia é o dos corredores cheios de maca, Unidades Básicas sem condições mínimas de estruturas, usuários sofrendo em filas e muitas outras tristezas que nos partem o coração. Mas este não é SUS constitucional, este é o SUS que os brasileiros estão permitindo que se viabilize o verdadeiro ainda não saiu do papel.
 
Esta realidade é consequência da gestão pública da saúde que é engessada, e burocrática inviabilizando qualquer administração “do povo para o povo” como diz o jargão popular. É preciso mudar isso, devemos nos mobilizar para modernizar e agilizar a gestão pública na saúde.
 
A sociedade desconhece os preceitos organizacionais do SUS e por isso fica apática, não exercendo seu papel no controle social, o que é amplamente possibilitado no âmbito legal. Mas, enquanto há um avanço considerável na legislação do direito a saúde, na prática este direito não é viabilizado, ocasionando dificuldade de acesso, pouca resolutividade e déficit na qualidade da atenção ao usuário. O que gera uma grande demanda para o judiciário, uma vez que seu papel é julgar o não cumprimento das Leis (judicialização da saúde). O que tem acontecido historicamente é a transferência de responsabilidades da União sem a compatível transferência de recursos para viabilizar estas ações.
 
 
O Brasil possui o melhor sistema público de transplante de órgãos do mundo, o sistema de imunização está em segundo lugar, concorrendo para o melhor do mundo, e o SUS é o único sistema do mundo que proporciona o tratamento público aos soropositivos e doentes de AIDS, com tratamento fora do domicílio (em outros estados do Brasil) e garantia de passagens áreas, inclusive para acompanhantes em hospitais de referência do Brasil. O SUS oportuniza aos usuários de todas as classes sociais o tratamento e acesso aos medicamentos de alto custo.
 
 
REFERÊNCIAS
 
http://www.crfsp.org.br/farmaceutico/cartilha/Farmacia%20Hospitalar.pdf acessado em 15 de maio de 2014
 
Sistema Único de Saúde – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Único_de_Saúde acessado em 18 de maio de 2014
 
http://www.sbrafh.org.br/legislacao/40.pdf acessado em 18 de maio de 2014
 
http://www.hospitalgeral.com acessado em 19 de maio de 2014
 
http://www.farmaciahospitalar.com.br/FarmaciaHospitalar.aspx?p=3 acessado em 10 de junho de 2014
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3390_30_12_2013.htm acessado em 10 de junho de 2014
 
FARMACOPÉIA INTERNACIONAL. Genebra, OMS.
 
FARMACOPÉIA NACIONAL. 3ª ed. São Paulo, Organização Andrei Editora. 1977

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