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Bioética - A morte e o Morrer

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE ENFERMAGEM 
A morte e o morrer
ANGELA ARAÚJO GARCIA
RENATA FERREIRA PRAXEDES MARQUES
IONE FERREIRA DOS SANTOS
BRUNO GOMES
KAREN SILVA
FRANCISCA MARIA
IONARA BARRETO
SUELEN 
BIOÉTICA
2016.2
		Existe uma necessidade de dar sentido a morte como uma experiência tanto particular quanto universal. A morte e o morrer são mais que eventos simplesmente biológicos, elas possuem dimensões sociais, psicológicas, físicas e culturais. Sobre eles recaem inúmeros sentidos, ritos e crenças. 
Introdução
	 O presente tema requer tanto profundidade quanto equilíbrio, pois educar para a morte é educar a sociedade para que tenha a melhor qualidade de vida e o melhor cuidado em vida.
 Diante da morte, nos ficamos paralisados, ansiosos, desorientados, e necessitamos passar por um aprendizado, a “educação para a morte”, que não se trata de uma “preparação religiosa para a conquista do céu”, mas um processo educacional para o enfrentamento dos educando diante desta realidade da vida.
De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a ressurreição. Já os espíritas creem na reencarnação: o espírito retorna à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.
Religião e Morte e Morrer
A morte e o morrer
	 	A morte é um evento biológico que encerra uma vida. Nenhum outro evento vital é capaz de fazer nascer, nos seres humanos, mais pensamentos dirigidos pela emoção e reações emocionais que ela, seja no indivíduo que está morrendo, seja naqueles à sua volta. 
		 O conceito tradicional de morte biológica definida como o instante do cessamento dos batimentos cardíacos tornou-se obsoleto. Hoje, ela é vista como um processo, como um fenômeno progressivo e não mais como um momento, ou evento.
O Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas ( filiada à OMS e UNESCO ) determinou cinco critérios para a comprovação da morte:
1. Perda de contato entre cérebro – organismo – meio ambiente.
2. Total incapacidade muscular.
3. Cessação espontânea de respiração.
4. Colapso da pressão sanguínea quando são suspensos os méis artificiais.
5. Inatividade cerebral comprovada pelo EEG mesmo sob estímulo.
 Porém morte não é somente um fato biológico, mas um processo construído socialmente, que não se distingue das outras dimensões do universo das relações sociais. Assim, a morte está presente em nosso cotidiano e, independente de suas causas ou formas, seu grande palco continua sendo os hospitais e instituições de saúde. (BRETAS, OLIVEIRA, YAMAGUTI, 2006).
Estágios Terminais 
Quando o indivíduo está em estágio terminal (p/morrer), ele passa por cinco fases:
Negação: Quando o indivíduo nega que está doente, e começa a pensar que o exame feito está incorreto. Isso ocorre em parte pela impossibilidade de aceitação do inconsciente de uma morte “natural”, e não violenta. 
Raiva: Quando o paciente tenta arranjar um culpado pela sua situação, revoltando-se consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor. 
Barganha: Assume-se uma posição mais humilde, para uma possível troca com uma “força superior”. 
“Caso eu seja bonzinho Deus ira me curar”.
 
Depressão: Quando o paciente aceita o fim próximo fazendo uma revisão da vida, mostrando-se introspectivo, quieto e pensativo. É onde começa o estado de aceitação.
Aceitação: Momento em que o mesmo espera a evolução de sua doença. Período que poderá ter alguma esperança de sobreviver e a angústia de outrora da morte eminente.
A palavra eutanásia está ligada com o ato e a decisão, do paciente ou de seus familiares, em abreviar a dor provocada pelo estado em que se encontra esse individuo, por adiantar a sua morte. Pacientes tetraplégicos, em estado vegetativo, com graves doenças degenerativas, com patologias incuráveis e que provocam dores insuportáveis são exemplos de casos onde a eutanásia, ou o suicídio assistido, podem parecer a melhor solução. Mas quem deve decidir isso? Pacientes e familiares, em alguns casos, relatam que a morte para eles é o melhor caminho. Muitos até afirmam que é um ato de amor.
EUTANÁSIA
Cuidados da Enfermagem 
 As situações de vida e morte envolve vários personagens: pacientes, familiares e equipe de saúde, além da instituição hospitalar. Numa relação simétrica, qualquer decisão envolverá todos estes personagens, arrolando-se os prós e os contras de cada uma das opções. Neste caso devemos nos basear no princípio da beneficência, de se fazer o bem e evitar o sofrimento adicional. A enfermagem mostra-se responsável pela educação dos pacientes no que diz respeito às possibilidades e probabilidades do convívio com a doença, bem como em fornecer o apoio necessário sobre a tomada de decisões dos possiveis tratamentos e término da vida. Fornecer o cuidado para pacientes que estão próximos à morte e presente nesse momento, pode ser uma da experiência mais compensadoras que um enfermeiro pode ter.
 Quando falamos de ética, falamos de respeito por quando devemos respeitar a dignidade das pessoas e aceitar que nos somos mortais e não temos valor infinito. 
 Este momento nos coloca em choque com os nossos próprios conceitos éticos e humanitários. Presenciarmos a morte, sofrermos a dor da perda, nos faz sentir pequenos, frustrados e impotentes,visto que somos preparados para promover a vida, somente a vida nos esquecendo que a morte é parte inseparável dela.
 
Conclusão
O que é a morte? 
Você pensa ou já pensou na sua própria morte?
Já pensou na morte daqueles que você ama?
Já se perguntou para onde vamos depois de morrer?
“Aprender a morrer é um processo desenvolvido enquanto se aprende a viver.”

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