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Ciclo celular O ciclo celular G1 start ou ponto de restrição (início) Sinais externos favoráveis Sinais externos desfavoráveis G0 (dias, semanas,meses ou anos) Estudos em leveduras – genes cdc (cell division cycle) condição permissiva x restritiva S. cerevisiae Vários estágios de divisão celular vistos por micrografia eletrônica Leveduras: - Ciclo celular rápido; - Genoma pequeno - Proliferam no estado haplóide Principais eventos do ciclo de divisão celular Mutações em genes do ciclo de divisão celular (cdc) selecionados por um fenótipo condicional: condição permissiva x restritiva Mutante cdc sensível a temperatura Mutante cdc 15 crescendo sob temperatura restritiva: Células não finalizam a mitose Normais A análise do ciclo celular pode ser feita por citometria de fluxo Medindo o conteúdo de DNA marcado/cél. Componentes do sistema de controle do ciclo celular • Cdk – kinases dependentes de ciclinas • Ciclinas – variação cíclica na atividade Cdk é controlada pelas ciclinas • Checkpoints • Ubiquitina ligases (proteólise cíclica) Ciclinas e Cdks Ativação das Cdks Modelos estruturais 3D da Cdk2 humana. A) estágio inativo, sem ciclina-A ligada, o sítio ativo está estruturalmente bloqueado; B) a ligação da ciclina expõe parcialmente o sítio ativo, CDK com baixa atividade; C) A fosforilação da Cdk2 (na Thr160, pela CAK) ativa completamente a Cdk. Céls. eucarióticas necessitam de diferentes classes de ciclinas: - G1/S ciclinas*: ativam Cdks no final de G1 - S-ciclinas*: ligam-se as Cdks após o ponto de checagem 1 e ajudam a estimular a duplicação do DNA - M-ciclinas*: estimulam a entrada em M no ponto de checagem G2/M - G1-ciclinas: ajudam a regular a atividade de G1/S-ciclinas G1/S ciclinas G1/S-Cdk Início Fase S: S-Cdk e a iniciação da replicação • A replicação deve ocorrer com precisão para evitar mutações e só uma vez para não haver amplificação gênica Origens de replicação x ORC (complexo de reconhecimento de origem) Preparação para a Fase M • Cromossomos replicados na fase S são mantidos unidos: • Coesinas: reúnem-se ao longo das cromátides-irmãs; • Condensinas: auxiliam na condensação cromossômica. A M-Cdk ativa a reunião de complexos de condensinas pela fosforilação das subunidades. Eventos prévios a fase M • Duplicação do DNA • Duplicação do centrossomo – Inicialmente os 2 centrossomos permanecem juntos; – Em M separam-se e cada um irradia seu áster – Os 2 ásteres movem-se p/ os pólos opostos para formar os pólos dos fusos. Formação do fuso mitótico • No início da mitose: – Microtúbulos citoplasmáticos dissociam-se e iniciam a formação do fuso mitótico; – Os microtúbulos alternam entre polimerização e despolimerização numa taxa 20x + rápida que na interfase; – Microtúbulos são + numerosos e + curtos Dinâmicos, vão formar o fuso mitótico A atividade das MAPs (proteínas associadas aos microtúbulos) e catastrofinas comandam as mudanças no comportamento dos microtúbulos. Na interfase, MAPs estabilizam microtúbulos. A formação do fuso na prófase • Centrossomos começam a mover- se p/ os pólos opostos dirigidos por proteínas motoras • MT crescem e encurtam em todas as direções • Microtúbulos de centrossomos diferentes interagem (microtúbulos interpolares) Previnem a despolimerização e formam a estrutura do fuso mitótico Forças que tracionam os ásteres Forças que empurram na zona de sobreposição Separação dos centrossomos Movimento orientado para a extremidade (-) PRÓFASE Pólos do fuso Pró-metáfase • Dissociação do envelope nuclear (lamina) • Cromossomos tem acesso ao fuso mitótico • Ligação ocorre via cinetcoro, o qual surge no final da prófase. Pólo do fuso cinetocoro Microtúbulo crescendo Captura da extremidade Microtúbulo encurtando Captura lateral Cromossomo desliza para a extremidade (+) Pólo do fuso Captura dos cromossomos por microtúbulos na pró-metáfase Complexo Dam1 mostrado em azul e amarelo, em solução ou associado ao cinetocoro (linhas pretas). Qdo encontram um microtúbulo eles se automontam num anel. Modelo do complexo automontado de Dam 1 O cinetocoro Os 3 tipos de microtúbulos que compõem o aparato mitótico - metáfase Anáfase • Todos os cinetocoros devem estar ligados ao fuso para que se inicie a anáfase; • Rompimento das ligações das coesinas (por proteólise), ativado por um complexo promotor da anáfase (APC), o qual também leva S-ciclinas e M-ciclinas à destruição. • Ocorre a liberação das cromátides-irmã; • APC só é ativado qdo todos os cromossomos estejam biorientados no fuso mitótico A proteína cinase Aurora B (e fatores reguladores associados) desestabilizam a interação com os MTs se os cinetócoros não estão tensionados As principais forças que separam os cromossomos- filhos na anáfase em células de mamíferos Encurtamento dos MT do cinetocoro; Movimento dos cromossos-filhos para os pólos; (1) Força de deslizamento gerada entre MT sobrepostos dos pólos opostos para empurrar os pólos; (2) Força que atua diretamente puxando os pólos Crescimento do MT na extremidade + dos MT polares ANÁFASE A ANÁFASE B Na transição da metáfase (A) para anáfase (B), as cromátides-irmã repentinamente se separam e se movem para polos opostos —como mostrado na micrografia óptica de células de endosperma de Haemanthus (lírio) coradas com anticorpos marcados com ouro contra a tubulina. (Fonte: Alberts et al.) Separação das cromátides na Anáfase Citocinese Passo final do ciclo celular Na maioria das células, inicia-se no final da Anáfase e termina na Telófase A primeira mudança visível: o sulco de clivagem Em muitos eucariotos unicelulares e animais, há um anel contrátil sob o sulco de clivagem; MEV de ovo de rã em clivagem Actina e miosina geram a força no anel contrátil Fonte: Actin Depolymerization Drives Actomyosin Ring Contraction during Budding Yeast Cytokinesis. Developmental Cell, Volume 22, Issue 6, 1247-1260, 12 June 2012 doi:10.1016/j.devcel.2012.04.015 Mitose em uma célula vegetal: imunofluorescência (no topo) mostrando arranjo dos microtúbulos nas células em interfase e mitose. Controle extracelular do crescimento e divisão • Tamanho de um órgão ou organismo é definido por 3 processos celulares: – Crescimento; – Divisão; – Morte. Regulados por: - programas intracelulares - moléculas sinalizadoras extracelulares – Proteínas solúveis secretadas; ligadas a superfície celular ou compondo a matriz extracelular Classes de sinalizadores extracelulares • Mitógenos: estimulam a divisão celular – Desencadeiam atividade de G1/S-Cdk • Fatores de crescimento: aumentam a massa celular por ↑ síntese protéica e ↓ a degradação • Fatores de sobrevivência: supressores de apoptose Há moléculas sinal que podem exercer todos esses papéis. Mitógenos • Org. pluricelulares: só nutrientes não bastam para a proliferação, é preciso a presença dos mitógenos – Ex. PDGF – platelet derived growth factor, presente no soro (mas não no plasma) – EGF (epidermal gf), – Há mitógenos de especificidade restrita, por ex: eritropoietina – Ausência de mitógenos em algunscasos leva a G0 Mecanismo de ação dos mitógenos • Nas céls. animais, a maioria age na fase G1 Mitógenos Ras MAP kinases Myc* ↑Transcrição de Ciclinas G1 *Myc = proteína reguladora gênica = fator de trascrição Gene Ras - oncogene – mutações induziriam a divisão celular descontrolada Isto não acontece normalmente graças aos checkpoints. Principais checkpoints DNA danificado por raios-X leva a ativação de p53, que estimula a transcrição de vários genes, incluindo p21. A proteína p21 liga-se a S-Cdk e a inativa, impedindo a entrada na fase S ou levando a apoptose. DNA damage checkpoint Esquema das interações entre p53 e MDM2. (A) In the absence of stress signals, p53 is bound to its negative regulator MDM2. MDM2 ubiquitinates p53, targeting it for degradation by the proteasome. (B) Cellular stress signals, such as DNA-damage, lead to activation of ATM/ATR. ATM/ ATR mediate the phosphorylation of MDM2 and p53. Phosphorylated MDM2 undergoes auto-ubiquitination and degradation. Phosphorylated p53 goes to nucleus, and induces transcription of genes involved in the DDR (DNA damage response ). Fonte: Valentine JM, Kumar S, Moumen A - BMC Cancer (2011) As células humanas se dividem um número limitado de vezes • Senescência da replicação celular. • Principalmente devido a mudanças na estrutura dos telômeros (nos fibroblastos e muitas outras céls. somáticas humanas, as telomerases são ausentes) • Células imortalizadas em cultura: mutações nos checkpoints Fatores de crescimento • O crescimento celular depende da oferta de nutrientes e de sinais extracelulares • GF - GF receptors • Também ativam Ras e Myc • PDGF é mitógeno e GF Fatores de sobrevivência • Controlam o número de células em uma população • Inibem apoptose • Ancoramento: Muitas células precisam de ancoramento para crescer e proliferar: – Integrinas – receptores de ancoramento nos contatos focais FAK (kinases de adesão focal) Sinais extracelulares que inibem o crescimento celular • Família TGF-β: proteínas sinal inibitórias da proliferação – BMP (bone morphogenetic protein) aumenta o produto de genes apoptóticos – Miostatina – inibe a proliferação de mioblastos - gado Belgian Blue Belgian Blue O gado Belgian Blue possui uma mutação no gene da miostatina Apoptose Morte celular programada Morte celular programada • Desenvolvimento (cauda do girino) • Vida adulta: vasculatura do útero no ciclo menstrual; epitélio intestinal, neutrófilos... • Fall (queda das folhas no outono) • Controle do número de células – Balanço entre morte x divisão Apoptose x necrose • Célula encolhe • Colapso do citoesqueleto • Envelope nuclear desaparece • DNA é fragmentado • Fragmentos celulares são fagocitados e reciclados • Causada por injúria • Afeta a vizinhança • Provoca uma resposta inflamatória Necrose x Apoptose Fragmentação do DNA na apoptose Detecção de células apoptóticas A proteína anexina V detecta a exposição de PS na membrana plasmática No início da apoptose, a membrana plasmática perde a assimetria translocando PS da face citoplasmática para a face externa, podendo ser detectada utilizando anexina V marcada. Com a progressão da apoptose a membrana plasmática fica comprometida e PI (iodeto de propídio, um corante vital) pode ser utilizado como um marcador adicional de apoptose. Caspases • Proteases sintetizadas como procaspases. Muitas medeiam a apoptose, mas podem estar envolvidas em inflamação e resposta imune. • Dependentes de Cys catalítica que atacam resíduos de Asp em certos substratos; • Substratos: laminas nucleares, ativam DNAses, componentes do citoesqueleto e proteínas de adesão • Reação tudo ou nada. Dois mecanismos: via intrínseca e extrínseca (receptores de morte: TNF e Fas)
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