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(parte 3) Vozes Verbais	33
(parte 4) – Objeto e Transitividade Verbal 	34
 (parte 5) – Complemento Nominal 	35
(parte 6) – Adjunto Adnominal e Adverbial 	36
 (parte 7) – Adjunto Adnominal X Complemento Nominal 	37
(parte 8) – Predicativo 	39
(parte 9) – Predicativo do Objeto x Adjunto Adnominal x Complemento Nominal	40
(parte 10) – Aposto e Vocativo 	41
(parte 11) – Predicado 	42
3-	Análise Sintática II (parte 1) – Orações Coordenadas	43
(parte 2) – Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas 	43
(parte 3) – Orações Subordinadas 	44
(parte 4) – Orações Subordinadas Substantivas 	45
(parte 5) – Orações Subordinadas Adjetivas 	47
(parte 6) – Orações Subordinadas Adverbiais 	48
(parte 7) – Orações Subordinadas Reduzidas 	49
4-	Estruturas das Palavras: (Parte 1) – Radical, Vogal Temática, Tema e Afixos	50
(parte 2) Desinência Nominal	52
(parte 3) – Desinência Verbal, Vogais e Consoantes de Ligação	54
Processos de Formação de Palavras	56
5-	Fonologia (parte 1) - Fonema	58
(parte 2) – Semivogal e Ditongo	58
(parte 3) – Tritongo, Hiato e Dígrafo	59
6-	Regência Verbal	61
 7-	Concordância Verbal	64
 8-	Concordância Nominal	67
9-	Ortografia	69
 Crase PARTE 1	69
Crase PARTE 2	70
Crase PARTE 3	71
Hífen PARTE 1	72
Hífen PARTE 2	73
Acentuação	74
Pontuação	76
Classes Gramaticais – Substantivo (Parte 1): Classificação dos Substantivos.
Seu objetivo: Entender o que é substantivo e como ele pode ser classificado. 
Substantivo: é a palavra que nomeia os seres. É a palavra que dá nome para tudo o que existe ou não no mundo real.
Classificação dos Substantivos: os substantivos podem ser classificados em: próprio ou comum, abstrato ou concreto, composto ou simples, primitivo ou derivado. Além desses, o substantivo também pode ser classificado como coletivo.
Substantivo Próprio: é aquele que nomeia algo único (individual) e é escrito com letra maiúscula. Exemplo: Inglaterra, Avenida Brasil, Palácio do Planalto, Monalisa, Titanic, Primeira Guerra Mundial, Código da Vinci, João, etc.
Substantivo Comum: é aquele que nomeia algo que não é único (é geral) e é escrito com letra minúscula. Exemplos: lápis, mesa, computador, geladeira, cachorro, ônibus, cidade, livro, etc.
Substantivo Abstrato: é aquele que depende de outros seres para existir. Por exemplo, o substantivo “fome” só existe se alguém sentir fome; o substantivo “tristeza” só existe se alguém sentir tristeza.
De um modo geral, os substantivos abstratos englobam: os sentimentos (amor, ódio, tristeza), as virtudes e qualidades (justiça, paz, bondade, fé), sensações (fome, sede, calor), verbos substantivados (“o canto”, do verbo cantar; “a venda”, do verbo vender, etc).
Substantivo Concreto: é aquele que depende por si só (não depende de outros seres) e pode fazer parte do mundo real ou não (pode ser fictício). Exemplos: pedra, carro, rua, Deus, fada, gnomo, Papai Noel.
Substantivo Composto: é formado por dois ou mais radicais. Exemplos: pé de moleque, couve-flor, girassol.
Substantivo Simples: é formado por apenas um radical. Exemplo: moleque, pé, flor, sol.
Substantivo Derivado: é aquele que é criado (derivado) a partir de outra palavra. Exemplos: livraria (vem de “livro”), ferreiro (vem de “ferro”).
Substantivo Primitivo: é aquele que está em sua forma mais primitiva (sem afixos) e que pode originar novas palavras (derivadas). Exemplos: ferro (dele aparece “ferreiro”, “ferrugem”), livro (dele aparece  “livreiro”, “livraria”, “livrinho”).
Substantivo Coletivo: é o substantivo que representa um grupo, uma coletividade. Exemplo: “esquadra” é um substantivo que representa um grupo de navios. Portanto, “esquadra” é um substantivo coletivo de navios. Outros exemplos: atlas (coletivo de mapas), arquipélago (coletivo de ilhas), constelação (coletivo de estrelas).
 Observação: veja que um mesmo substantivo pode ter várias classificações ao mesmo tempo. O substantivo “livro”, por exemplo, pode ser classificado como: comum, concreto, simples e primitivo.
Flexão: é o modo que uma palavra pode se flexionar, ou seja, se transformar em outra palavra.  Os substantivos se flexionam quanto ao gênero, número e grau (vou explicar ainda).
Exemplo: o substantivo “menino” é uma palavra masculina e pode se flexionar (variar, mudar) para o feminino, se transformando no substantivo “menina”. Além disso, a palavra “menino” está no singular e pode se flexionar (variar) para o plural, virando “meninos”. A palavra “menino” também pode aumentar de grau para “meninão” ou diminuir de grau para “menininho”. Ou seja: um substantivo pode se transformar em outros substantivos. Veremos mais detalhes sobre as flexões nos próximos artigos.
Você viu que os substantivos podem ser classificados em: coletivo, próprio ou comum, abstratoou concreto, composto ou simples, primitivo ou derivado. Você também viu o que significa flexão. 
 
Classes Gramaticais – Substantivo (Parte 2): Flexão de Gênero
Seu objetivo: Entender a flexão dos substantivos quanto ao seu gênero.
Flexão de Gênero: indica se um substantivo está no masculino ou no feminino. Por exemplo, o substantivo “menino” é uma palavra do gênero masculino e esse substantivo pode se flexionar no gênero feminino se transformando em “menina”. Portanto, de modo geral, quando o substantivo termina em “o” ele é do gênero masculino e quando termina em “a” ele é do gênero feminino. Porém, alguns tipos de substantivos não seguem essa regra. Veja:
Substantivo Comum de dois Gêneros: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto no feminino. Então como descobrimos o gênero? Resposta: pelo artigo que aparece antes dele (o, a, um, uma)
Exemplo: o estudante (masculino), a estudante (feminino), um jovem (masculino), uma jovem(feminino). Outros exemplos: adolescente, colega, artista, intérprete, amante.
Substantivo Sobrecomum: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto no feminino e que, além disso, só admite um tipo de artigo: masculino (o, um) ou feminino (a, uma). Então como descobrimos o gênero? Resposta: somente pelo contexto (só descobrindo onde a palavra está sendo usada).
Exemplo: a criança, uma criança (não existe “o criança”, “um criança”). Como sabemos se a criança é uma menina ou um menino? Resposta: só sabendo sobre o que está se falando da criança (contexto). Outros exemplos: a testemunha, o monstro, o cônjuge, a vítima, a pessoa.
Substantivo Epiceno: se comporta como o substantivo sobrecomum (é escrito de uma só maneira aceita só um tipo de artigo), mas é usado especificamente no caso dos animais e precisamos usar as palavras “macho” ou “fêmea” para podermos distinguir o gênero.
Exemplo: o jacaré (macho ou fêmea). Outros exemplos: a borboleta, o tigre, a minhoca, a barata, o besouro.
Substantivo Heterônimo: é aquele que tem a versão masculina completamente diferente da versão feminina porque o radical da palavra se altera. Exemplos: boi/vaca, homem/mulher, genro/nora, zangão/abelha, pai/mãe.
Casos que geram dúvidas: existem dois casos que costumam confundir o feminino e o masculino dos substantivos, dando muitas dúvidas. Para esses casos, não existem regras: você precisa simplesmente decorar as palavras (é por isso que confundem). Então, organizamos uma maneira de você estudá-los:
Primeiro Caso: dúvidas comuns entre feminino e masculino. Exemplo: “a alface” (e não “o alface”), “a couve-flor” (e não “o couve-flor”). 
Segundo caso: dúvidas comuns na hora de descobrir o feminino ou o masculino de certos substantivos. Exemplo: feminino de frei (é sóror), feminino de bispo (é episcopisa), feminino de judeu (é judia). 
Você viu que os substantivos podem se flexionar (se transformar) em relação ao gênero (masculino e feminino). Os substantivos masculinos terminam com a letra “o” e os femininos terminam com a letra “a”. Porém, existem quatro tipos de substantivos que isso não acontece: comuns de dois gêneros, sobrecomuns, epicenos e heterônimos. 
Classes Gramaticais – Substantivo (Parte3): Flexão de Grau
Seu objetivo: Entender a flexão dos substantivos quanto ao seu grau.
Flexão de Grau: o substantivo pode se flexionar em relação ao seu grau (aumentativo ou diminutivo), que tem relação ao tamanho (maior ou menor). O substantivo “menino”, por exemplo, pode se flexionar no aumentativo, se transformando em “meninão”, ou então ele pode se flexionar no diminutivo, se transformando em “menininho”. Veja que a flexão do aumentativo termina em “ão” e a flexão do diminutivo termina em “inho”, mas nem sempre será assim.
Outros Exemplos: faca (faquinha e facão), mulher (mulherzinha e mulherão), gato (gatinho e gatão).
Grau Analítico: o substantivo precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu grau. Exemplo: pé grande (grau analítico aumentativo), pé pequeno (grau analítico diminutivo).
Grau Sintético: o substantivo não precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu grau. Exemplo: pezão (grau sintético aumentativo), pezinho (grau sintético diminutivo).
Grau Normal: é o substantivo sem estar no grau aumentativo ou diminutivo. Exemplo: pé.
Vamos ver, agora, alguns substantivos flexionados no grau aumentativo e diminutivo (analítico) que geram dúvidas.
 Flexão no Grau Aumentativo: bala (balázio), beiço (beiçorra), boca (bocarra), cabeça (cabeçorra), cão (canzarrão), copo (copázio), corpo (corpanzil), cruz (cruzeiro), fatia (fatacaz), forno (fornalha), fumo (fumaça), ladrão (ladravaz), lenço (lençalho), mão (manzorra), povo (povaréu), prato (pratarraz), ramo (ramalho), voz (vozeirão). 
Flexão no Grau Diminutivo: asa (aselha), banco (banqueta), barraca (barraquim), capa (capuz), carro (carreta), cavalo (cavalete), cela (célula), corda (cordel), corpo (corpúsculo), febre (febrícula), flauta (flautim), forma (fórmula), globo (glóbulo), homem (homúnculo), lobo (lobato), moça (moçoila), núcleo (nucléolo), palácio (palacete), pele (película), rabo (rabicho), rei (régulo), riso (risota), verão (veranico), verso (versículo), via (viela), vidro (vidrilho). 
Classes Gramaticais – Substantivo (Parte 4): Plural dos Substantivos Simples
Seu objetivo: Entender as regras para a formação do plural do substantivo simples.
Flexão de Número: com ele é possível saber se um substantivo está no singular ou no plural. Por exemplo, o substantivo “menino” está no singular e pode ser flexionado para o plural, mudando para “meninos”. Observe que o que muda do singular para o plural é o acréscimo da letra “s”. Porém, nem sempre será assim. Vamos ver, agora, as regras gerais do plural dos substantivos simples.
Regras:
1) Acrescenta S – substantivos terminados em vogais (maioria dos casos) ou em EN.
Exemplos: carro (carros), lei (leis), ideia (ideias), órfão (órfãos), hífen (hifens), pólen (pólens).
Observação: geralmente o plural dos substantivos terminados em EN pode ser também terminado em ES. Exemplo: hífen (hifens ou hifenes).
2) Tira o L e acrescenta IS– substantivos terminados em AL, OL, UL.
Exemplos: jornal (jornais), farol (faróis), azul (azuis)
3) Tira o L e acrescenta EIS – substantivos terminados em EL.
Exemplos: anel (anéis), papel (papéis),
4) Troca IL por EIS – substantivos terminados em IL átono (sílaba fraca).
Exemplos: fóssil (fósseis). A sílaba forte é “fó”, então IL está na sílaba fraca (sil).
5) Troca L por S – substantivos terminados em IL tônico (sílaba forte)
Exemplo: fuzil – fuzis. A sílaba forte é “zil” e IL está nela.
6) Tira o M e acrescenta ENS – substantivos terminados em EM.
Exemplo: homem (homens).
7) Não faz nada – substantivos terminados em X ou em S (nesse caso, exceto os oxítonos).
Exemplos: o lápis (os lápis), o ônibus (os ônibus), o tórax (os tórax).
8) Acrescenta ES – substantivos oxítonos terminados em S ou em Z e substantivos terminados em R.
Exemplos: francês (franceses), rapaz (rapazes), caráter (caracteres).
Veja que, de modo geral, essas regras não são complicadas, já que nós as aplicamos no cotidiano desde que começamos a aprender a ler e a escrever. Agora, vamos ver os casos que geram mais dúvida.
Casos Especiais: aval (avais ou avales), cal (cales ou cais), gol (goles, gols ou gois), mal (males), cônsul (cônsules), mel (meles, méis).
Plural dos substantivos terminados em ÃO: os substantivos terminados em ÃO são os que geram mais dúvidas no momento de serem flexionados para o plural e alguns deles até aceitam mais de um plural. Vamos, então, ver os exemplos principais para nos familiarizarmos com eles:
Plural terminado em ÕES (é a maioria dos casos):
Balão (balões), botão (botões), canção (canções), confissão (confissões), coração (corações), cordão (cordões), eleição (eleições), estação (estações), fração (frações), gavão (gaviões), limão (limões), mamão (mamões), nação (nações), operação (operações), paixão (paixões), questão (questões), tubarão (tubarões), visão (visões), razão (razões).
Plural terminado em ÃES:
Alemão (alemães), cão (cães), capelão (capelães), capitão (capitães), catalão (catalães), charlatão (charlatães), escrivão (escrivães), guardião (guardiães), pão (pães), sacristão (sacristães), tabelião (tabeliães).
Plural terminado em ÃOS:
Bênção (bênçãos), cidadão (cidadãos), cristão (cristãos), irmão (irmãos), mão (mãos), órfão (órfãos), órgão (órgãos), sótão (sótãos), vão (vãos).
Mais de um plural:
Alazão (alazães, alazões), aldeão ( aldeões, aldeãos, aldeães),anão (anões, anãos), ancião (anciãos, anciães, anciões),artesão (artesães, artesãos), cirurgião (cirurgiões, cirurgiães), corrimão (corrimãos, corrimões),ermitão (ermitãos, ermitães, ermitões), guardião ( guardiães, guardiões), refrão (refrães, refrãos), sacristão (sacristães, sacristãos), sultão (sultões, sultãos, sultães), verão  (verões, verãos), vilão (vilãos, vilões), vulcão  (vulcãos, vulcões), zangão (zangões, zangãos).
Classes Gramaticais – Artigo, Interjeição e Numeral
Seu objetivo: Entender o que são artigos, interjeições e numerais, bem como suas classificações.  
Artigo: é a palavra que define ou que indefine um substantivo. Portanto, pode ser classificado como artigo definido ou artigo indefinido (você vai entender melhor com os exemplos).
Artigo Definido: são aqueles que definem o substantivo. São eles: o, a, os, as.
Exemplos: o carro, a casa, os livros, as encomendas.
Artigo Indefinido: são aqueles que indefinem o substantivo. São eles: um, uma, uns, umas.
Exemplos: um carro, uma casa, uns livros, umas encomendas.
O que isso significa?
Usamos os artigos definidos para nos referirmos a algo específico. Exemplo: “pegue o livro da mesa”. Ao usar o artigo definido “o”, eu estou definindo e especificando o que eu quero: eu quero exatamente o livro que está na mesa (não serve outro; precisa ser o que está em cima da mesa).
Agora, se eu falar “pegue um livro de cima da mesa”, eu estou dizendo para você pegar qualquer livro que esteja em cima da mesa: pode ser qualquer um que esteja lá. Ou seja: não estou definindo nem especificando o livro que eu quero.
Sutileza
Agora você já sabe qual é a diferença entre “João é um amigo de Paulo” e “João é o amigo de Paulo”. Ao falar “um amigo”, estamos dizendo que João é apenas um amigo entre todos os amigos que Paulo tem. Agora, ao falar “o amigo”, eu estou definindo e especificando que João é o único ou é o principal amigo de Paulo. Perceba a sutileza que existe entre o uso de um artigo e outro.
Interjeição: são palavras ou expressões que indicam emoções e sensações (susto, espanto, surpresa, admiração, perplexidade, etc).
Exemplos: Puxa vida! Caramba! Quê?! Hummm... Ah...
Numeral: é a palavra que representa os números. O numeral é classificado em: cardinal, ordinal, multiplicativo e fracionário.
Numeral Cardinal: é o nome dos números.
Exemplos: um, dois, três, quatro, cinco, etc... 
Numeral Ordinal: representa os números que são usados para expressar ordem.
Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, etc...
Numeral Multiplicativo: representa os números múltiplos (aquelesque são multiplicados por outros números).
Exemplos: dobro, triplo, quádruplo.
Numeral Fracionário: representa os números fracionários.
Exemplos: meio, terço, quarto.
Observação: uma mesma palavra pode ter diferentes classificações. A palavra “quarto”, por exemplo, pode um substantivo simples, concreto e comum (estou dentro do meu quarto), pode ser numeral ordinal (ele chegou em quarto lugar) ou pode ser numeral fracionário (ele pagou umquarto do valor total). Porém, como você deve ter percebido, só saberemos a classificação de acordo com o contexto, ou seja: vendo onde a palavra está sendo usada. 
Classes Gramaticais – Adjetivo
Seu Objetivo: entender o que é um adjetivo e compreender as suas flexões.
Adjetivo: é a palavra que caracteriza os seres.
Exemplo: “cachorro feio”.  A palavra “feio” caracteriza substantivo “cachorro”. Portanto, “feio” é um adjetivo.
Locução Adjetiva: duas ou mais palavras que, juntas, passam a funcionar como um adjetivo.
Exemplo: “cachorro de coragem”, a expressão “de coragem” equivale ao adjetivo “corajoso”. Portanto, “de coragem” é uma locução adjetiva.
Adjetivo Pátrio: é aquele que indica a nacionalidade ou o local de origem de alguém.
Exemplos: norte-americano (dos Estados Unidos), amazonense (do Amazonas), curitibano (de Curitiba). 
Flexão dos Adjetivos: os adjetivos, assim como os substantivos, podem se flexionar quanto ao gênero, número e grau.
Flexão de Gênero: um adjetivo pode ser flexionado no feminino ou no masculino. 
Exemplo 1: “casa pequena” – o adjetivo “pequena” está flexionado no feminino.
Exemplo 2: “livro pequeno” – o adjetivo “pequeno” está flexionado no masculino.  
Porém, existem adjetivos que não se flexionam quanto ao gênero. Exemplo: podemos dizer “acasa é grande” e “o livro é grande”. O adjetivo “grande” é usado tanto com palavras femininas quanto com palavras masculinas, sem sofrer flexões de gênero.
Flexão de Número: os adjetivos também podem se flexionar quanto ao número (singular ou plural).
Exemplo 1: “casa pequena” – o adjetivo “pequena” está flexionado no singular.
Exemplo 2: “casas pequenas” – o adjetivo “pequenas” está flexionado no plural.
Flexão de Grau: os adjetivos podem ser flexionados no grau comparativo ou superlativo.
Grau Comparativo: ocorre quando comparamos uma característica (o adjetivo) de dois seres específicos.
Grau Comparativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém é superior ao outro em relação a um mesmo adjetivo. Geralmente, usamos “mais do que”.
Exemplo: Pedro é mais alto do que Chico ou Pedro é maior do que Chico.
Observação: ao falar “mais alto” nós estamos usando duas palavras (o adjetivo, então, está flexionado no modo analítico). Ao dizer “maior” nós estamos usando apenas uma palavra (o adjetivo, então, está flexionado no modo sintético). Ou seja: no modo analítico nós precisamos usar duas palavras (mais alto, mais baixo, etc) e no modo sintético nós só usamos uma única palavra (maior, menor, etc). 
Grau Comparativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém é inferior ao outro em relação a um mesmo adjetivo. Geralmente usamos “menos do que”.
Exemplo: Chico é menos alto do que Pedro ou Chico é menor do que Pedro.
Observação: note que “menos alto” está no modo analítico e “menor” está no modo sintético.
Grau Comparativo de Igualdade: ocorre quando comparamos algo ou alguém que equivale ao outro (sem ser maior ou menor). Geralmente usamos “tão... quanto”.
Exemplo: Raul é tão alto quanto Pedro (os dois têm a mesma altura).
Grau Superlativo: pode ser relativo ou absoluto.
Grau Superlativo Relativo: ocorre quando se compara algo ou alguém com o todo (o conjunto inteiro). Pode ser de dois tipos: de superioridade ou de inferioridade.
Grau Superlativo Relativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma característica superior ao grupo inteiro. Exemplo: Mário é o mais alto da sua turma ou Mário é omaior da sua turma.
Grau Superlativo Relativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma característica inferior ao grupo inteiro. Exemplo: José é o menos alto da sua turma ou José é omenor de sua turma.
Grau Superlativo Absoluto: ocorre quando queremos indicar uma característica exagerada de algo ou de alguém (ou seja: não estamos fazendo nenhum tipo de comparação). Exemplo: Jonas émuito alto (modo analítico) ou Jonas é altíssimo (modo sintético).
Observação: Veja mais uma vez que o modo sintético ocorre quando usamos uma única palavra (altíssimo, belíssimo, inteligentíssimo), enquanto que o modo analítico ocorre quando usamos mais de uma palavra (muito alto, alto pra caramba, alto à beça).
REVISÃO
Alfredo é mais rico do que Carlos (Grau Comparativo de Superioridade)
Carlos é menos rico do que Alfredo (Grau Comparativo de Inferioridade)
Hugo é tão rico quanto Alfredo (Grau Comparativo de Igualdade)
Carlos é o mais pobre da turma (Grau Superlativo Relativo de Superioridade)
Carlos é o menos rico da turma (Grau Superlativo Relativo de Inferioridade)
Carlos é muito pobre (Grau Superlativo Absoluto Analítico)
Carlos é paupérrimo (Grau Superlativo Absoluto Sintético)
Classes Gramaticais – Verbo (Parte 1): Conceitos Iniciais
Seu objetivo: Entender os conceitos básicos do verbo: formas nominais, pessoa, número, tempo, modo e conjugação.   
Verbo: é a palavra que expressa ações, fenômenos ou estados.
Exemplos: correr, nadar, pensar, escrever, pular, falar, ser, estar, ficar, anoitecer, chover.
Formas Nominais: é a forma que o verbo termina. As formas nominais do verbo são as seguintes:infinitivo, gerúndio e particípio.
Infinitivo: O verbo estará no infinitivo se terminar em AR, ER ou IR.
Exemplos: nadar, calar, cantar, beber, correr, esquecer, cair, dirigir, sorrir. 
Os terminados em AR são verbos de primeira conjugação (cantar, nadar, roubar, falar, etc), os terminados em ER são verbos de segunda conjugação (vender, correr, beber, esquecer, etc) e os terminados em IR são verbos de terceira conjugação (partir, cair, rir, mentir, sorrir, etc).
Observação: O verbo “pôr” e seus derivados (compor, depor, repor, etc) são verbos considerados de segunda conjugação (terminado em ER), pois a forma antiga do verbo “pôr” é “poer” (segunda conjugação).
Gerúndio: O verbo estará no gerúndio se ele terminar em ANDO, ENDO ou INDO.
Exemplos: nadando, viajando, correndo, escrevendo, sorrindo, partindo.
Particípio: o verbo estará no particípio se ele terminar em ADO ou IDO.
Exemplos: dançado, cantado, viajado, soluçado, vendido, bebido, caído, rido, sorrido.
Existem também os particípios irregulares, que fogem dessa regra e alguns verbos aceitam as duas formas (particípio regular e irregular). Exemplo: o verbo “imprimir” aceita dois particípio. O particípio regular é “imprimido” (o documento foi imprimido) e o particípio irregular é “impresso” (o documento foi impresso).
Número e Pessoa
“Algo” ou “alguém” realiza a ação descrita pelo verbo, ou seja: algo ou alguém realiza a ação de cantar, de nadar, de vender, etc. Esse algo ou alguém é chamado de pessoa. Ao todo, existem três pessoas:
Primeira Pessoa: EU
Segunda Pessoa: TU
Terceira Pessoa: ELE
Essas pessoas podem variar quanto ao número, ou seja: podem variar no singular ou no plural. O plural de EU é NÓS, o plural de TU é VÓS e o plural de ELE é ELES. Sendo assim:
Primeira Pessoa do Singular: EU
Segunda Pessoa do Singular: TU
Terceira Pessoa do Singular: ELE
Primeira Pessoa do Plural: NÓS
Segunda Pessoa do Plural: VÓS
Terceira Pessoa do Plural: ELES
Conjugação
As pessoas do discurso conjugam os verbos, ou seja: para cada pessoa, o verbo é escrito (é conjugado) de um modo diferente.
Exemplo: o verbo CORRER pode ser conjugado da seguinte maneira: Eu corro, tu corres, ele corre, nós corremos, vós correis, eles correm.
Tempo
A conjugação pode variar no tempo, ou seja: a ação pode ser expressa no passado, no momento atual ou no futuro. O passado é chamado de “pretérito” e o momento atualé chamado de “presente”.
Exemplo: o verbo CANTAR pode ser uma ação expressa no pretérito (CANTOU), no pretérito (CANTA) ou então no futuro (CANTARÁ).
Modo
A conjugação também pode variar de acordo com o modo. Existem três modos: indicativo,subjuntivo e imperativo.
Modo indicativo: é uma afirmação concreta. Exemplo: eu ando, eu cantarei, eu disse.
Modo Subjuntivo: a afirmação é expressa com dúvida. Exemplo: Talvez eu ande, se eu cantar, talvez eu diga.
Modo Imperativo: a afirmação é expressa como uma ordem ou um pedido. Exemplo: abra, anda, diga, fala.
Conclusão
Um verbo pode ser escrito de inúmeras maneiras. Para cada pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles) de cada tempo (pretérito, presente, futuro) de cada modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) um verbo pode ser escrito de um jeito. Ou seja: um único verbo pode ser escrito de dezenas de maneiras diferentes. Porém, essas maneiras seguem um padrão, um modelo que pode ser aplicado à maioria dos verbos. Agora nós vamos estudar esses modelos, que são os modelos de conjugação. 
Classes Gramaticais – Verbo (Parte 2): Modo Indicativo
Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos no Modo Indicativo.  
Vimos na parte anterior que para cada pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles) de cada tempo (pretérito, presente, futuro) de cada modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) um verbo pode ser escrito de um jeito. Isso significa que os verbos podem ser escritos de dezenas de maneiras diferentes, mas eles seguem um padrão. Hoje nós vamos falar do padrão de conjugação do Modo Indicativo.
No Modo Indicativo, os verbos podem ser conjugados em seis tempos: pretérito imperfeito, pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, presente, futuro do presente e futuro do pretérito.
Presente: indica um hábito ou um fato atual. Exemplo: “eu administro um restaurante”, “ele lê o jornal todos os dias”, “nós moramos num apartamento de três quartos”, “eles estão de férias”.
O modelo de conjugação é o seguinte (usando o verbo “cantar”):
Eu canto
Tu cantas
Ele canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles cantam
Pretérito Perfeito: indica um fato passado pontual (começou e acabou no passado). Exemplo: “eutropecei na rua ontem”, “semana passada, ele faltou duas aulas”, “nós almoçamos no restaurante há três dias”, “eles foram ao cinema”.
O modelo de conjugação é o seguinte:
Eu cantei
Tu cantaste
Ele cantou
Nós cantamos
Vós cantastes
Eles cantaram
Pretérito Imperfeito: indica um hábito antigo, algo que se fazia regularmente no passado (e que não é feito mais). Exemplo: “aos 12 anos, eu nadada três vezes por semana”, “ele assinava a revista”, “nósviajávamos bastante para a Europa”, “eles jogavam Super Nintendo aos sábados”.
O modelo de conjugação é o seguinte:
Eu cantava
Tu cantavas
Ele cantava
Nós cantávamos
Vós cantáveis
Eles cantavam
Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação que aconteceu antes de outra ação passada. Exemplo: “quando eu tropecei na escada, ela já saíra de casa”. Ou seja: ela saiu de casa (fato passado) antes de eu tropeçar na escada (outro fato passado). Como “sair de casa” é um fato passado que aconteceu antes de outro fato passado, então devemos usar o pretérito mais-que-perfeito: saíra.
Modelo de conjugação:
Eu cantara
Tu cantaras
Ele cantara
Nós cantáramos
Vós cantareis
Eles cantaram
Futuro do Presente: indica uma ação futura em relação ao momento presente. Exemplos: “eu saireiamanhã de casa”, “ele verá o filme amanhã”, “nós faremos uma torna daqui a pouco”, “eles jogarãobola amanhã de tarde”.
Modelo de conjugação:
Eu cantarei
Tu cantarás
Ele cantará
Nós cantaremos
Vós cantareis
Eles cantarão
Futuro do Pretérito: indica uma ação futura alternativa que não vai acontecer, ou seja: indica uma ação futura que poderia ocorrer se uma ação passada fosse diferente. Exemplo: “eu dançaria se eu não tivesse quebrado a perna”. “Dançar” é uma ação futura alternativa que aconteceria se eu não quebrasse a perna.
Modelo de conjugação:
Eu cantaria
Tu cantarias
Ele cantaria
Nós cantaríamos
Vós cantaríeis
Eles cantariam
Portanto, no modo indicativo, o verbo pode ser conjugado em 36 formas, cada uma com uma pessoa em um tempo diferente. Para conjugá-los, basta pegar o modelo de conjugação de cada tempo.
Tempo Composto
Os verbos podem ser conjugados no tempo composto. Para tanto, nós devemos transformá-los numa locução verbal, que é a expressão formada por dois verbos: o verbo auxiliar e o verbo principal. O verbo auxiliar funciona com os verbos “ter” e “haver”. Já o verbo principal será escolhido por nós e deverá estar no modo particípio (termina em ADO ou IDO).
Exemplo: ao invés de falar “eu caminho todos os dias”, eu posso falar “eu tenho caminhado todos os dias”. A expressão “tenho caminhado” é formada por dois verbos: “tenho” é auxiliar e “corrido” é o principal.
Mais adiante, nós veremos mais detalhes a respeito dos tempos compostos.
Classes Gramaticais – Verbo (Parte 3): Modo Subjuntivo
Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos no Modo Subjuntivo.  
Vimos na parte anterior a conjugação dos verbos no Modo Indicativo. Hoje vamos falar da conjugação no Modo Subjuntivo, que é o modo que expressa as afirmações de um jeito duvidoso. Exemplo: “Talvez eu estude mais amanhã”.
O Modo Subjuntivo possui três tempos: o presente, o pretérito imperfeito e o futuro.
Presente: expressa uma possibilidade ou dúvida no momento atual. Exemplos: “talvez eu faça a minha matrícula no curso de inglês”, “talvez ele se esqueça da promessa”, “talvez nós estejamoserrados”, “talvez eles expliquem a matéria para nós”.
Modelo de conjugação:
Talvez eu cante
Talvez tu cantes
Talvez ele cante
Talvez nós cantemos
Talvez vós canteis
Talvez eles cantem
Pretérito Imperfeito: indica uma possibilidade que poderia ter ocorrido no passado. Exemplos: “se eles fizessem o acordo, nada disso teria acontecido”, “se ele cumprisse a lei, tudo se resolveria”, “se nós soubéssemos antes, nada disso teria acontecido”, “se eles não faltassem à reunião, eles saberiam o que tinha acontecido”.
Modelo de Conjugação
Se eu cantasse
Se tu cantasses
Se ele cantasse
Se nós cantássemos
Se vós cantásseis
Se eles cantassem
Futuro: indica uma possibilidade futura. Exemplos: “se eu aceitar o cargo, todos ficarão satisfeitos”, “se ele estudar, ele vai passar de ano”, “se nós comprarmos um novo carro, nós vamos ficar sem dinheiro”, “se eles quiserem vender o carro, nós poderemos comprá-lo”.
Modelo de Conjugação:
Se eu cantar
Se tu cantares
Se ele cantar
Se nós cantarmos
Se vós cantardes
Se eles cantarem
Classes Gramaticais – Verbo (Parte 4): Modo Imperativo
Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos no Modo Imperativo.  
Vimos na parte anterior a conjugação dos verbos no Modo Subjuntivo. Hoje nós vamos falar da conjugação no Modo Imperativo, que é o modo que expressa as ideias com o sentido de ordem, conselho ou pedido.  Exemplos: “Por favor, fecha a porta” (pedido), “varre o chão!” (ordem), “pensabem antes de decidir” (conselho).
Como uma pessoa não pode dar uma ordem, fazer um pedido ou então dar um conselho para ela própria, então não existe conjugação do modo imperativo na primeira pessoa (eu). Portanto, a conjugação começa a partir da segunda pessoa do singular (tu).
O Modo Imperativo só é conjugado em um tempo: presente.
Formação do Imperativo Afirmativo
O Imperativo Afirmativo só tem forma própria para a segunda pessoa (TU e VÓS). As outras pessoas são copiadas do Modo Subjuntivo.
Para formar a conjugação do TU e do VÓS do Modo Imperativo, você precisa pegar a conjugação deles no Modo Indicativo e tirar a letra S do final da palavra.
Primeiro, pegamos a conjugação do TU e do VÓS no Modo Indicativo:
Eu canto
Tu cantas
Ele canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles cantam
Agora, tiramos a letra “s”:
Eu canto
Tu canta
Ele canta
Nós cantamos
Vós cantai
Eles cantam
Pronto: a conjugação do modo imperativo afirmativoda segunda pessoa é: CANTA TU e CANTAI VÓS.
As outras pessoas são tiradas do presente do Modo Subjuntivo:
Talvez eu cante
Talvez tu cantes
Talvez ele cante
Talvez nós cantemos
Talvez vós canteis
Talvez eles cantem
Então, o modo Imperativo Afirmativo fica assim:
xxxxxx eu (não tem)
Canta tu
Cante ele
Cantemos nós
Cantai nós
Cantem eles
Observe que a conjugação da primeira pessoa (EU) não existe, a conjugação da segunda pessoa (TU e VÓS) vem do Presente do Indicativo e as outras pessoas são do Presente do Subjuntivo.
Modo Imperativo Negativo
Ao contrário dos outros modos, onde basta colocar um “não” na frente do verbo, o Modo Imperativo Negativo é criado de outro jeito: ele é uma cópia do Modo Subjuntivo.
Modo Subjuntivo:
Talvez eu cante
Talvez tu cantes
Talvez ele cante
Talvez nós cantemos
Talvez vós canteis
Talvez eles cantem
Agora, coloque o “não”:
Não cantes tu
Não cante ele
Não cantemos nós
Não canteis vós
Não cantem eles 
Classes Gramaticais – Verbo (Parte 5): Tempos Compostos
Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos usando tempos compostos.
Os verbos podem ser conjugados pelos tempos compostos. Isso ocorre quando, ao invés de usarmos um verbo, nós usamos uma locução verbal. A locução verbal é uma expressão formada por dois verbos: um verbo auxiliar (que será o verbo “ter” ou “haver) e um verbo principal (que fica no modo particípio e é escolhido por mim). Os tempos compostos estão presentes no Modo Indicativo e no Modo Subjuntivo.
Tempos Compostos do Modo Indicativo
Pretérito Perfeito Composto: o verbo auxiliar fica no presente do indicativo (eu tenho, tu tens, ele tem, etc).
Eu tenho cantado
Tu tens cantado
Ele tem cantado
Nós temos cantado
Vós tendes cantado
Eles têm cantado
Antes que você pergunte: o verbo “ter” possui acento diferencial ao ser conjugado no plural. Portanto, devemos escrever “eles têm” (com acento) e “ele tem” (sem acento).
Pretérito mais-que-perfeito: o verbo auxiliar fica no pretérito imperfeito (eu tinha, tu tinhas, ele tinha, etc).
Eu tinha cantado
Tu tinhas cantado
Ele tinha cantado
Nós tínhamos cantado
Vós tínheis cantado
Eles tinham cantado
Antes que você pergunte: o verbo auxiliar do pretérito perfeito composto é conjugado no presentee o verbo auxiliar do pretérito mais-que-perfeito composto é conjugado no pretérito imperfeitomesmo.
Futuro do Presente: o verbo auxiliar fica conjugado no futuro do presente (eu terei, tu terás, ele terá, etc).
Eu terei cantado
Tu terás cantado
Ele terá cantado
Nós teremos cantado
Vós tereis cantado
Eles terão cantado
Futuro do Pretérito: o verbo auxiliar fica conjugado no futuro do pretérito (eu teria, tu terias, ele teria, etc).
Eu teria cantado
Tu terias cantado
Ele teria cantado
Nós teríamos cantado
Vós teríeis cantado
Eles teriam cantado
Tempos Compostos do Modo Subjuntivo
Pretérito Perfeito: o verbo auxiliar é conjugado no presente do subjuntivo (talvez eu tenha, talvez tu tenhas, etc).
Talvez eu tenha cantado
Talvez tu tenhas cantado
Talvez ele tenha cantado
Talvez nós tenhamos cantado
Talvez vós tenhais cantado
Talvez eles tenham cantado
Pretérito mais-que-perfeito: o verbo auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito (talvez eu tivesse, talvez tu tivesses, etc).
Talvez eu tivesse cantado
Talvez tu tivesses cantado
Talvez ele tivesse cantado
Talvez nós tivéssemos cantado
Talvez vós tivésseis cantado
Talvez eles tivessem cantado
Futuro: o verbo auxiliar é conjugado no futuro do subjuntivo (se eu tiver, se tu tiveres, etc).
Se eu tiver cantado
Se tu tiveres cantado
Se ele tiver cantado
Se nós tivermos cantado
Se vós tiverdes cantado
Se eles tiverem cantado
Classes Gramaticais – Verbo (Parte 6): Tipos de Verbos
Seu objetivo: Entender a classificação dos verbos (verbos regulares, verbos irregulares, verbos anômalos e verbos defectivos).
Verbos Regulares: são aqueles que seguem rigorosamente o modelo de conjugação, sem sofrerem alterações no radical.
Exemplo:
Eu canto
Tu cantas
Ele canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles cantam
Observe que o verbo cantar é um verbo regular porque segue o padrão de conjugação.
Outros exemplos: nadar, vender, viajar, escrever, digitar, lembrar.
Verbos Irregulares: são aqueles que não seguem o modelo de conjugação, podendo sofrer alterações no radical ou nas desinências. Porém, eles ainda guardam características do verbo original.
Exemplo: verbo “haver”
Eu hei
Tu hás
Ele há
Nós havemos
Vós haveis
Eles hão
O verbo “haver”, de segunda conjugação (terminado em ER), não segue rigorosamente o modelo de conjugação dos verbos regulares. Se o verbo “haver” fosse regular, nós deveríamos dizer “eu havo”, “tu haves”, “ele have”, etc.
Outros Exemplos: estar, ver, vir, ter, pôr, crer, rir, sorrir, medir, caber, fazer, dizer, saber, trazer, poder, valer.
Verbos Anômalos: são aqueles que possuem conjugações completamente diferentes do verbo original.
Exemplo: verbo “ser”
Eu sou
Tu és
Ele é
Nós somos
Vós sois
Eles são
Observe a conjugação da segunda e da terceira pessoa do singular: “tu és” e “ele é”. “És” e “é” são bem diferentes da palavra “ser”.
Agora, veja o pretérito perfeito:
Eu fui
Tu foste
Ele foi
Nós fomos
Vós fostes
Eles foram
Note que, agora, as conjugações do verbo “ser” começam com a letra “f” e não com a letra “s”, se diferenciando totalmente do verbo original.
Outro Exemplo: verbo “ir”.
Eu vou (presente), eu fui (pretérito perfeito), eu ia (pretérito imperfeito), etc.
Verbos Defectivos: são aqueles que não possuem todas as pessoas em sua conjugação.
Exemplo: verbo colorir
Eu -
Tu colores
Ele colore
Nós colorimos
Vós coloris
Eles colorem
Observe que o verbo “colorir” não tem conjugação na primeira pessoa (não existe “eu coloro”). Portanto, o verbo “colorir” é defectivo.
Outros Exemplos: abolir, banir, colorir, demolir, exaurir, explodir, extorquir, falir, acontecer, suceder, ocorrer, doer.
Verbos Impessoais: são aqueles que não especificam pessoas (eu, tu, ele, nós, vós, eles), ou seja: não possuem algo ou alguém realizando a ação verbal.
São verbos impessoais:
1) aqueles que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, ventar, relampear, trovejar, etc).
2) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou existência. Exemplos: “estou esperando aqui há mais de uma hora” (tempo decorrido), “havia vinte pessoas na fila” (existência).
3) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. Exemplo: “estou esperando aqui faz mais de uma hora”.
4) Verbo BASTAR  e CHEGAR com o sentido do verbo PARAR. Exemplos: “Chega de palhaçada”, “basta de palhaça”.
Verbos de Ligação: são aqueles que não indicam ação, mas sim estado ou mudança de estado, ligando algo ou alguém à sua característica. Exemplo: “eu sou bonito”. “Ser bonito” não é uma ação, mas sim um estado, uma característica. Portanto, o verbo “ser” é um verbo de ligação que faz a ligação entre “eu” e “bonito”, sua característica.
Outros Exemplos: estar, parecer, permanecer, ficar, continuar, andar.
Verbos Auxiliares: são aqueles que, ao lado de outro verbo, formam os tempos compostos e as locuções verbais e indicam o tempo, o número e a pessoa.
Verbos Principais: são aqueles que ficam ao lado dos verbos auxiliares e são expressos em uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).
Exemplo: Vou correr atrás do ônibus. A locução verbal “vou correr” é formada pelo verbo auxiliar (“vou”), que indica o tempo, o número e a pessoa, e é formada pelo verbo principal (“correr”), que está no infinitivo (uma das três formas nominais).
Antes que você pergunte: as locuções verbais são expressões formadas por um verbo auxiliar e por um verbo principal. Os tempos compostos são as locuções verbais construídas pelos verbos auxiliares TER e HAVER. 
Classes Gramaticais – Advérbio
Seu objetivo: Entender o conceito de advérbio, as suas circunstâncias, os seus graus e compreender oque é locução adverbial.
Você aprendeu que o adjetivo altera o significado de um substantivo, dando uma característica a ele. Exemplo: “carro bonito”. Os advérbios fazem a mesma coisa, porém eles caracterizam os verbos, os adjetivos e os advérbios.
Advérbio: é a palavra que altera o sentido dos verbos e também dos adjetivos e dos próprios advérbios.
Exemplo 1: Ele fala certo, ele fala errado, ele fala devagar, ele fala rápido: todas as palavras negritadas são advérbios que alteram o sentido do verbo “falar”, indicando uma característica ao verbo.
Exemplo 2: Ela é muito linda. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o sentido do adjetivo “linda”.
Exemplo 3: Ele jogou bem. A palavra “bem” é um advérbio que indica uma característica do verbo “jogar”.
Exemplo 4: Ele jogou muito bem. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o sentido do advérbio “bem”.
Conclusão: advérbios alteram o sentido de verbos, de adjetivos e até mesmo dos próprios advérbios.
Circunstâncias dos Advérbios
Lugar: ele está aqui. Outros exemplos: lá, aí.
Tempo: Ontem nós saímos. Outros exemplos: agora, já, tarde, amanhã, jamais, nunca.
Modo: Ele fala de modo correto. Outros exemplos: depressa, alto, baixo, errado, tranquilo.
Intensidade: Está muito calor. Outros exemplos: pouco, demais, bastante, bem.
Dúvida: Talvez eu compre. Outros exemplos: possivelmente, provavelmente.
Negação: Não farei isso.
Afirmação: Certamente farei isso.
Advérbios Interrogativos
Lugar: Onde ele está?
Tempo: Quando ele foi?
Modo: Como ele foi?
Causa: Por que ele foi? Ele foi por quê?
Valor: Quanto custa a camisa?
Antes que você pergunte: devemos escrever o advérbio “por que” no início das perguntas (por queele está aqui?) ou nas perguntas indiretas (diga-me por que ele está aqui), enquanto que o advérbio “por quê” deve ser usado ao final das perguntas ( ele está aqui por quê?) ou isolado numa pergunta (Ele está aqui? Por quê?). A palavra “porque” é uma conjunção explicativa (ele está aqui porque ele quer falar com você) e a palavra “porquê” é um substantivo que deve aparecer com um artigo (não sei o porquê de ele estar aqui).  
Antes que você pergunte: “onde” é diferente de “aonde”. A palavra “aonde” expressa movimento (aonde você está indo?), enquanto que “onde” não expressa movimento, mas sim posição fixa (onde você está?).
Graus do Advérbio
Comparativo: comparação entre dois seres
Comparativo de Superioridade: João gritou mais alto do que Paulo.
Comparativo de Inferioridade: Paulo gritou menos alto do que João
Comparativo de Igualdade: José gritou tão alto quanto João
Superlativo: não compara. É em relação a algo ou alguém específico.
Superlativo Sintético: João gritou altíssimo.
Superlativo Analítico: João gritou muito alto
Antes que você pergunte: veja que a diferença entre o sintético e o analítico é que no sintético nós usamos apenas uma palavra (altíssimo), enquanto que no analítico nós usamos mais de uma (muito alto).
Locução Adverbial: ocorre quando duas ou mais palavras passam a funcionar como um advérbio.
Exemplo: Ele saiu às pressas. A expressão “às pressas” indica uma circunstância ao verbo “sair”, funcionando como um advérbio. Portanto, “às pressas” é uma locução adverbial.
Outros Exemplos:
Conversaram sobre futebol (assunto)
Morreu de causas naturais (causa)
Saiu com a mãe (companhia)
Andou mais rápido (intensidade)
Passeou pela cidade (lugar)
Cortou-se com a tesoura (instrumento)
Conceitos Básicos de Sintaxe (para entender o roteiro sobre Classes Gramaticais)
Antes de continuarmos o nosso roteiro de estudo sobre Classes Gramaticais, nós precisamos entender alguns conceitos básicos de Sintaxe para podermos compreender os próximos assuntos. A explicação será gradual, por etapas:
Etapa 1: Frase é qualquer tipo de mensagem que tenha sentido e Oração é qualquer frase que tenha verbo. Portanto, “Ai meu Deus” é uma frase (não tem verbo), mas “eu fui ao cinema” é uma oração (é uma frase com verbo). 
Etapa 2: O sujeito de uma oração é o termo que expressa a ação do verbo. Exemplo: “Joãocomprou um carro”. Quem fez a ação de comprar um carro? Resposta: João. Logo, João é o sujeito.
Etapa 3: Além do sujeito e do verbo, as orações geralmente precisam de um complemento. Exemplo: “Paulo vendeu”. Essa oração está incompleta, ou seja: ela precisa de um complemento. Podemos dizer: “Paulo vendeu a casa”. Pronto: o termo “a casa” é o complemento da oração.
Etapa 4: Duas orações ou mais formam um período. Exemplo: “João acordou cedo, arrumou a cama e tomou café”. Esse é um período composto por três orações porque existem três verbos (acordou, arrumou, tomou) até o ponto-final. Cada oração é composta por um verbo e é por isso que ao contarmos o número de verbos nós estamos contando o número de orações. Primeira oração: “João acordou cedo”. Segunda oração: “arrumou a cama”. Terceira oração: “ tomou café”. 
Agora, se você entendeu essas etapas, então você está pronto para continuar o roteiro de estudo Classes Gramaticais.
Classes Gramaticais – Pronome
Seu objetivo: Entender o que é e quais são os tipos de pronomes.
Pronome: é a palavra que substitui outras palavras.
Exemplo: Paulo quebrou o pé. Ele quebrou o pé. A palavra “ele” é um pronome que substitui Paulo, um substantivo próprio. 
Tipos de Pronomes (Resumo)
Existem vários tipos de pronomes. Vamos ver a classificação completa dos pronomes e seus exemplos para, então, explicá-los com mais detalhes.
Pronomes Pessoais Retos: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
Pronomes Pessoais Oblíquos: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, o, a, os, as, lhe, lhes.
Pronomes Possessivos: meu, minha, teu, tua, seu, vosso, vossa, etc.
Pronomes Demonstrativos: aquele, aquela, isso, isto, este, esse, etc.
Pronomes Indefinidos: algum, alguém, tudo, nada, nenhum, ninguém, pouco, muito, etc.
Pronomes Relativos: cujo, cuja, o qual, que, quem, onde, como, quanto, quando.
Pronomes Interrogativos: que?, quem?, quanto?, qual?
Também existem as formas pronominais de tratamento, que são formas de nos referirmos a alguém de acordo com os seus atributos ou cargo ocupado: Vossa Alteza, Vossa Majestade, Senhor, etc.
Explicações
Pronomes Pessoais: para entender de verdade o que é Pronome Pessoal, você precisa entender os conceitos básicos de Sintaxe (sujeito, verbo, complemento).
Pronome Pessoal Reto: os pronomes pessoais retos são aqueles que funcionam como sujeitosdas orações, ou seja: são aqueles que conjugam os verbos (eu, tu, ele, nós, vós, eles). Exemplo: “João foi à praia”. Posso substituir o sujeito (“João”, um substantivo) por um pronome pessoal reto: “ele foi à praia”.
Pronome Pessoal Oblíquo: os pronomes pessoais oblíquos funcionam como complementos das orações. São eles: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, o, a, os, as, lhe, lhes. Exemplo: “Eu entreguei o relatório a ele”. A expressão “a ele” é um complemento da oração e pode ser substituído por um pronome pessoal oblíquo: “Eu lhe entreguei o relatório”.
Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo: quando o pronome pessoal oblíquo é complemento e também é sujeito, ele passa a ser chamado de pronome oblíquo reflexivo, ou seja: o sujeito realiza e recebe a ação ao mesmo tempo. Exemplo: “Ana se vestiu” (Ana vestiu Ana), “Eu me cortei” (Eu cortei a mim mesmo).
Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo Recíproco: quando algo ou alguém realiza a ação para algo ou alguém de modo recíproco, então nós usamos o pronome oblíquo reflexivo recíproco. Exemplo: “Eu e Ana nos casamos” (Eu me casei com Ana e Ana se casou comigo), “Eles se cumprimentaram” (um cumprimentou o outro).
Pronomes Possessivos: como o nome indica, os pronomes possessivos são aqueles que expressam posse (meu, minha, etc).
Pronomes Demonstrativos: são aqueles usados para se referir a algo ou alguém no espaço (aquele, aquela, isto, isso, etc). Esses pronomes também podem se combinarcom preposições.Exemplos: “de” + “isso” = “disso”, “em” + “aquele” = “naquele”.
Pronomes Indefinidos: são os pronomes vagos, que não definem e não especificam nenhuma ideia. Exemplos: algum, alguns, alguma, algumas, alguém, algo, bastante, bastantes, cada, demais, mais, menos, muito, muita, muitos, muitas, nenhum, nenhuns, nenhuma, outro, outra, outros, outras, poucos, poucas, quanto, quanta, quantos, quantas, que, quem, tanto, tanta, tantos, tantas, todo, todos, toda, todas, tudo, um, uma, uns, umas, vários, várias.
Pronome Indefinido X Advérbio
Não confunda pronome indefinido com advérbio. A principal diferença entre os dois é que o advérbio é uma palavra invariável (fixa, não varia, não se flexiona), enquanto que o pronome indefinido é variável (pode se flexionar, pode variar, pode ir para o plural).
Exemplo:
Nós estamos muito confiantes. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o verbo “estar”. Perceba que o advérbio é invariável, é fixo (não podemos falar “estamos muitos confiantes”).
Nós compramos muitos presentes. A palavra “muitos” é um pronome indefinido que tem o mesmo sentido de “vários”. É indefinido porque não sabemos, ao certo, quantos presentes foram comprados. Foram dez? Foram vinte? Foram trinta? Quantos foram?
Pronomes Relativos: são os pronomes que ajudam a evitar a repetição de palavras ou de expressões. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, que, onde e outros termos que podem ser substituídos por eles.
Exemplo: Ao invés de escrever “Pedro pintou o quarto. O quarto tem carpete”, podemos empregar um pronome relativo e evitar a repetição da palavra “quarto”: “Pedro pintou o quarto que tem carpete”.
Pronomes Interrogativos: são os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto usados para fazer perguntas diretas (com ?) ou indiretas (sem ?). Exemplo: O que você quis dizer? (pergunta direta). Diga-me o que você quis dizer (pergunta indireta).
Formas Pronominais de Tratamento: você, senhor, senhora, Vossa Alteza (príncipes), Vossa Eminência (cardeais), Vossa Majestade (reis, imperadores), Vossa Onipotência (Deus), Vossa Santidade (papa), Vossa Magnificência (reitores), Vossa Excelência (pessoas com altos cargos, ministros, Presidente da República, bispos e arcebispos).
Você x Tu
A palavra “você” é um pronome de tratamento, enquanto que “tu” é um pronome pessoal reto. Assim como as demais formas de tratamento, ao usarmos “você” nós devemos conjugar o verbo na terceira pessoa do singular (ele) e ao usarmos “vocês” nós devemos conjugar o verbo na terceira pessoa do plural (eles). Exemplo: Tu comes alface. Você (ele) come alface. 
Classes Gramaticais – Preposição
Seu objetivo: Entender o que são preposições.
Para entender preposições e conjunções você precisa entender alguns conceitos básicos de Sintaxe (sujeito, verbo, complemento).
Preposição: é a palavra que liga os termos que estão dentro de uma oração.
Conjunção: é a palavra que liga orações entre si.
Exemplo: “Eu gosto de brócolis”. A palavra “de” é uma preposição que liga o verbo “gosto” ao substantivo “brócolis”.
Preposições Essenciais: são as palavras que só atuam como preposições. Exemplos: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, por, para, sem, sob, sobre, trás.
Preposições Acidentais: são palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como preposições. Exemplos: durante, salvo, segundo, como, senão, exceto, fora, visto.
Locuções Prepositivas: duas ou mais palavras que funcionam como uma preposição. Exemplos:acerca de, acima de, em cima de, por cima de, por trás de, embaixo de, em frente a, ao lado de, a respeito de, graças a, perto de, por causa de.
Regência Verbal: alguns verbos exigem preposições para se ligarem a outras palavras. Exemplo: “Eu gosto de laranja”. O verbo “gostar” exige a preposição “de” para ligá-lo a outra palavra. Não posso falar “eu gosto laranja”.
Combinação: as preposições podem se juntar com outras classes gramaticais. A preposição “a” pode, por exemplo, se combinar com o artigo “o”, formando “ao”. Exemplo: “Vou a + o teatro = vou ao teatro”.
Contração: ocorre quando uma preposição, ao se juntar com outra palavra, acaba se alterando. Exemplo: “gosto de + a laranja = gosto da laranja”. A união da preposição “de” com o artigo “a” alterou a preposição “de” para “da” (a letra “e” sumiu, dando lugar para a letra “a”).
Antes que você pergunte: a crase é a união de uma preposição “a” com o artigo “a” e essa união é representada pelo acento grave (à). Isso também pode acontecer entre a preposição “a” e pronomes demonstrativos (àquele, àquela). 
Classes Gramaticais – Conjunção
Seu objetivo: Entender o que são conjunções e compreender os seus tipos.
Para entender as conjunções você precisa entender alguns conceitos básicos de Sintaxe.
Conjunção: é a palavra que liga orações entre si.
Exemplo: “Eu gosto de brócolis e eu também gosto de alface”. A palavra “e” liga duas orações: a primeira é “eu gosto de brócolis” e a segunda é “eu também gosto de alface”. Portanto, a palavra “e” é uma conjunção.
Conjunção Coordenativa: é aquela que liga orações coordenadas, ou seja, orações que são independentes entre si. Exemplo: “Acordei e levantei da cama”. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
Aditiva: expressa a ideia de acréscimo ou de adição de eventos. Exemplos: e, nem, tampouco.
Adversativa: expressa oposição, contradição, adversidade. Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto.
Alternativa: expressa uma ideia de alternância ou de opção. Exemplos: ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer.
Conclusiva: expressa ideia de conclusão. Exemplos: portanto, então, logo, assim.
Explicativa: mostra uma explicação. Exemplos: porque, pois, visto que, tendo em vista, dado que, uma vez que, porquanto, como, que.
Conjunção Subordinativa: é aquela que liga orações subordinadas, ou seja: uma oração (subordinada) depende da outra (principal). As conjunções subordinativas podem ser: causais, concessivas, condicionais, conformativas, temporais, consecutivas, finais, proporcionais, comparativas, integrantes.
Causal: a conjunção causal introduz a oração que explica a causa (o motivo, a razão) da ideia da oração principal.
Exemplo: “Como não havia estudado, João não foi bem na prova”. A conjunção “como” introduz a oração “não havia estudado”, que é o motivo de João não ter ido bem na prova (oração principal).
Outras conjunções causais: visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que.
Concessiva: a conjunção concessiva introduz a oração que expressa a ideia de que algum obstáculo não é capaz de impedir ou modificar a ideia da oração principal.
Exemplo: “Embora João não tenha estudado para a prova, ele conseguiu tirar uma boa nota”. A conjunção “embora” introduz uma oração que não altera nem impede a ideia da oração principal, ou seja: o fato de João não estudar (oração introduzida pela conjunção) não impediu que ele tirasse uma boa nota (oração principal).
Outras conjunções concessivas: ainda, apesar, mesmo que, por mais que, conquanto.
Condicional: a conjunção condicional expressa uma ideia de condição.
Exemplo: “Se você não estudar, você vai tirar uma nota ruim”.
Outras conjunções condicionais: caso, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que.
Conformativa: expressa conformidade.
Exemplo: “Conforme eu disse, você foi mal na prova porque não estudou”.
Outras conjunções conformativas: segundo, consoante, como.
Temporal: a conjunção expressa tempo.
Exemplo: “Eu mal cheguei ao escritório e ela veio reclamar”.
Outras conjunções temporais: assim que, logo que, desde, apenas, quando, enquanto, depois que, todas as vezes que, sempre que.
Consecutiva: a conjunção consecutiva expressa uma consequência.
Exemplo: “Comeu tanto que passou mal”.
Outras conjunções consecutivas: de forma que, tal...que, tão...que, tanto...que, tamanho...que.
Final: a conjunção finalexpressa finalidade.
Exemplo: “Estou estudando para me sair bem na prova”.
Outras conjunções finais: a fim de, para que.
Proporcional: a conjunção proporcional expressa proporção.
Exemplo: “À medida que eu estudava, mais eu aprendia”.
Outras conjunções proporcionais: à proporção que, ao passo que, quanto mais...mais, quanto menos... menos, quanto menos... mais, quanto mais...menos.
Comparativa: a conjunção comparativa estabelece uma comparação.
Exemplo: “Mandarim é mais difícil do que inglês”.
Outras conjunções comparativas: como, assim como, tal que, tanto quanto, tal qual, tanto como, que nem.
Integrante: a conjunção integrante introduz orações subordinadas (que completam o sentido da oração principal), introduzindo orações que equivalem a substantivos. Portanto, um macete é pensar que as conjunções integrantes introduzem orações que podem ser substituídas pela palavra ISSO. Existem duas conjunções integrantes: SE e QUE.
Exemplo: “Espero que você viaje bem”. Podemos substituir a oração introduzida pela conjunção por ISSO. Fica assim: “Espero isso”. 
Análise Sintática (parte 1) – Frase, Oração e Período
Seu objetivo: entender as diferenças entre frase, oração e período.
Frase: é qualquer enunciado que transmita alguma mensagem, isto é, que tenha algum sentido.Exemplos: “Ai meu Deus”, “Comprei um carro”, “Socorro!”, “Nós vamos viajar para Brasília”, “Anoiteceu”.
Oração: é o nome dado à frase que possui um verbo (ou uma locução verbal). Exemplos: “Compreium carro”, “Nós vamos viajar para Brasília”.
Período: é formado por uma ou mais orações até aparecer o primeiro ponto-final. O período será classificado como simples se for formado apenas por uma oração e ele será classificado como composto se tiver duas ou mais orações até o ponto-final.
Exemplo 1: “Eu fui ao cinema” é um período simples (composto por apenas uma oração).
Exemplo 2: “Eu fui ao cinema, depois eu voltei para casa e fui dormir” é um período composto que tem três orações. Se cada oração possui um verbo, então basta contar o número de verbos (ou de locuções verbais) para saber o número de orações (“fui”, “voltei”, “fui dormir”).  
Análise Sintática (parte 2) – Sujeito
Seu objetivo: entender o que é sujeito e também os tipos de sujeito.
Sujeito: é o responsável pela ação descrita pelo verbo da oração.
Exemplo 1: “Eu dancei ontem”. Quem realizou a ação de dançar? Resposta: eu. Portanto, o pronome “eu” é o sujeito da oração.
Exemplo 2: “João e Maria viajaram para longe”. Quem realizou a ação de viajar para longe? Resposta: “João e Maria”. Portanto, “João e Maria” é o sujeito da oração.
Exemplo 3: “O dono do Fusca azul está pedindo ajuda”. Quem realizou a ação de pedir ajuda? Resposta: “o dono do Fusca azul”. Portanto, “o dono do Fusca azul” é o sujeito da oração.
Exemplo 4: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”. Quem foi que ouviu o brado retumbante de um povo heroico? Resposta: as margens do Ipiranga. Portanto, “as margens do Ipiranga” é o sujeito da oração.
Núcleo do Sujeito: é a principal palavra do sujeito (aquela que guarda todo o seu significado).
Exemplo 1: O sujeito da oração “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda” é “o dono do Fusca azul” e o núcleo desse sujeito é “dono”. As outras palavras apenas são características do “dono” (doFusca azul). O núcleo é aquela palavra capaz de substituir o sujeito inteiro. Não podemos entender que “o Fusca está pedindo ajuda” nem que “o azul está pedindo ajuda”, mas podemos entender que “o dono está pedindo ajuda”. Portanto, “dono” é o núcleo do sujeito.
Exemplo 2: Se o sujeito for “João e Maria”, então o sujeito possui dois núcleos: “João” e “Maria”, já que ambos são centrais e decisivos para o significado do sujeito.
Exemplo 3: Na oração “os atores profissionais e algumas pessoas da plateia pediram silêncio”, o sujeito é “os atores profissionais e algumas pessoas da plateia”. Esse sujeito tem dois núcleos:atores e pessoas.  As outras palavras apenas os caracterizam.
Classificação dos Sujeitos: o sujeito pode ser classificado em: simples, composto, implícito, indeterminado, inexistente.
Sujeito Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. Exemplos: “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda”, “João está perdido”, “a plateia aplaudiu forte”.
Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Exemplos: “Paulo e Ana estão perdidos”, “o apresentador e os telespectadores estão ansiosos pela chegada do convidado”.
Sujeito Implícito: é aquele que foi omitido da oração, mas pode ser encontrado pela conjugação do verbo. Exemplo: “Comprei um par de camisas”. Quem comprou um par de camisas? Resposta: “eu”, porque o pronome “eu” é o único que conjuga o verbo “comprar” como “comprei”.
Outros nomes para o sujeito implícito: sujeito desinencial, sujeito oculto, sujeito elíptico, sujeito subentendido (é tudo a mesma coisa, não se preocupe).
Observação: se o verbo estiver conjugado na 3ª pessoa do plural (disseram, viram, falaram, dançaram, etc) e o sujeito não aparecer, então o sujeito não será classificado como implícito, mas sim como indeterminado (veremos mais adiante).
O sujeito simples, o sujeito composto e o sujeito oculto são sujeitos determinados, já que eles existem e podem ser identificados.
Sujeito Indeterminado: é aquele que existe, mas não pode ser identificado. Ele ocorre em dois casos:
1) Verbos conjugados na terceira pessoa do plural. Exemplo: “Falaram mal de você”. Quem é que falou mal de você? Resposta: não sabemos. O sujeito existe, mas não pode ser identificado porque o verbo “falar” está conjugado na terceira pessoa e o sujeito que o conjuga não aparece na oração.
Antes que você pergunte: Não é pelo fato de aparecer o verbo conjugado na 3ª pessoa do plural que o sujeito será sempre indeterminado. Não esqueça que o sujeito não pode aparecer (apenas o verbo aparece). Exemplo: “Os vizinhos falaram mal de você”. O sujeito é “os vizinhos”, mesmo o verbo estando conjugado na 3ª pessoa. Para o sujeito ser indeterminado, o sujeito não pode aparecer com o verbo (somente o verbo aparece). Exemplo: “falaram mal de você” (sujeito indeterminado). 
2) Verbos conjugados na terceira pessoa do singular acompanhados do “SE” (antes ou depois do verbo). Exemplos: “precisa-se de cozinheiros”, “aluga-se”, “aqui se vive bem”. Em todos esses exemplos, os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular (ele precisa, ele aluga, ele vive) e estão acompanhados do SE, indeterminando o sujeito das orações. Portanto, em cada uma dessas orações o sujeito é indeterminado.
Observação: nesses casos, o pronome “SE” é chamado de índice de indeterminação do sujeito.
Sujeito Inexistente: o sujeito não existe na oração, provocando a oração sem sujeito. Isso acontece nos seguintes casos:
1) O sujeito é inexistente quando o verbo expressa fenômenos da natureza. Exemplos: “Anoiteceu ontem”, “está chovendo muito”, “nevará amanhã”, “ventou muito durante a noite”.
Antes que você pergunte: se esse tipo de verbo for usado em outro sentido (ao invés do sentido original), então poderemos determinar o sujeito. Exemplo: “Choveram relatórios em minha mesa”. O sentido da palavra “chover” foi alterado (não caiu água em cima da mesa, mas sim relatórios). Então, o sujeito é “relatórios” (relatórios choveram em minha mesa). Sujeito simples.
2) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que eu estou na fila”. O sujeito da primeira oração (Faz duas horas) é inexistente.
3) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou então indicando existência. Exemplo 1: “Estou na fila há duas horas” (o sujeito da oração “há duas horas” é inexistente). Exemplo 2: “Há vinte alunos na sala”. O verbo “haver” tem o mesmo sentido de “existir”. Por isso, o sujeito é inexistente (oração sem sujeito).
Esses verbos são chamados de verbos impessoais (eles provocam a oração sem sujeito). 
Análise Sintática(parte 3) – Vozes Verbais
Seu objetivo: aprender a trabalhar com uma oração em suas diferentes vozes.
Vozes Verbais: é a forma com que o verbo se relaciona ao seu sujeito quanto à passividade ou atividade. A oração pode estar em três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva, sendo que a reflexiva também pode se transformar na voz reflexiva recíproca.
Voz Ativa: ocorre quando o sujeito pratica ativamente a ação expressa pelo verbo.
Exemplo: “João fez o trabalho de matemática”. O sujeito (eu) realiza a ação de fazer o trabalho de matemática.
Voz Passiva: ocorre quando o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo.
Exemplo: “O trabalho foi feito por João”. Dessa vez, o sujeito é “o trabalho” e ele recebe a ação expressa pelo verbo (“foi feito”). A expressão “por João” é chamada de “agente da passiva”, porque João se transforma no sujeito se a oração passar para a voz ativa (“João fez o trabalho”).
A voz passiva será do tipo analítica se ela não usar o pronome “se”. Exemplo: “casas estão sendo vendidas”.
A voz passiva será do tipo sintética se ela usar o pronome “se”. Exemplo: “vendem-se casas” ou “casas se vendem”. Nesse caso, o pronome “se” é chamado de pronome apassivador.
Observação: não confunda pronome apassivador com o índice de indeterminação do sujeito. O pronome apassivador ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do plural(vendem-se casas), enquanto que o índice de indeterminação do sujeito ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do singular (vende-se casas). No primeiro caso (vendem-se casas), o sujeito é “casas” e ele está na voz passiva (é sujeito paciente). No segundo caso (vende-se casas), o sujeito é indeterminado (como você viu aqui, nos tipos de sujeitos).  
                                                                                                                                
Voz Reflexiva: ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo, ou seja: o sujeito faz algo para ele mesmo.
Exemplo: Paulo se machucou com a faca. Nesse caso, Paulo é o sujeito e ele faz a ação de machucar e recebe essa ação, sendo machucado por ele mesmo.
Voz Reflexiva Recíproca: ocorre quando algo ou alguém realiza e recebe a ação um para o outro, de modo recíproco.
Exemplo: "Paulo e Letícia se casaram". Nesse caso, Paulo se casa com Letícia e Letícia se casa com Paulo, ou seja: o casamento é algo recíproco (um se casa com o outro). 
Análise Sintática (parte 4) – Objeto e Transitividade Verbal
Seu objetivo: entender os tipos de objetos (direto e indireto) e compreender a transitividade verbal.
Já vimos que o sujeito é o responsável por realizar a ação verbal. Porém, isso geralmente não é o suficiente para construir uma oração, porque o sentido do verbo pode ficar incompleto.
Na oração “João comprou”, o sujeito é “João” e o verbo é “comprou”. Porém, a oração não está completa porque o sentido do verbo está incompleto. Para completar o sentido do verbo, nós precisamos explicar o que João comprou. 
Então nós precisamos de um complemento verbal, que poderia ser: “João comprou um tênis”. Pronto: agora a oração está com o seu sentido completo graças à expressão “um tênis”, que está completando o sentido do verbo “comprar”. Essa expressão é chamada de Objeto.
Objeto: é o termo da oração que completa o sentido do verbo e pode ser classificado em: objeto direto e objeto indireto.
Objeto Direto: ocorre quando não existe nenhuma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Roberto vendeu o carro”, “Eles limparam o quarto”.
Objeto Indireto: ocorre quando existe uma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Laura gosta de maçã”, “Fernando foi ao cinema”.
Antes que você pergunte: “ao” é a união da preposição “a” com o artigo “o”. Logo, o objeto é indireto por causa da preposição "a" (que se une ao artigo "o"). A preposição “a” também pode se unir com o artigo “a”, formando a crase (à). Se eu falar que "Laura gosta da laranja", a preposição "de"se juntou com o artigo "a", formando "da". As preposições podem se combinar com outras palavras. 
Transitividade Verbal: é a análise da transitividade dos verbos. Os verbos podem ser: transitivos diretos, transitivos indiretos, transitivos diretos e indiretos ou intransitivos.
Verbo Transitivo Direto: é aquele que exige um objeto direto. Exemplo: “Compramos o livro”.
Verbo Transitivo Indireto: é aquele que exige um objeto indireto. Exemplo: “Eu gosto de filmes de ação”.
Verbo Transitivo Direto e Indireto: é aquele que exige dois objetos (um objeto direto e um objeto indireto). Exemplo: “Entreguei o relatório ao chefe”. O verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, pois ele exige um objeto direto (o relatório) e um objeto indireto (ao chefe).
Observação: os objetos podem ser representados por pronomes (que são as palavras que substituem outras palavras). Ao invés de falar que “eu entreguei o relatório ao chefe”, eu posso dizer “eu entreguei-lhe os relatórios”. O pronome “lhe” equivale “ao chefe”. Logo, “ao “João” (da primeira oração) e “lhe” (segunda oração) são objetos indiretos.
Verbo Intransitivo: é aquele que não precisa de nenhum objeto para fazer a oração ter sentido. Exemplo: “Arnaldo morreu”. 
Análise Sintática (parte 5) – Complemento Nominal
Seu objetivo: entender o que é que é complemento nominal.
Vimos que o objeto é o termo que completa o sentido dos verbos e é, portanto, um complemento verbal. Agora, nós vamos ver outro tipo de complemento, que é o complemento nominal.
Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos adjetivos e dos advérbios.
Veja o seguinte exemplo: “Eu tenho interesse”. Temos aí o sujeito (“eu”), o verbo (“tenho”) e o objeto direto (“interesse”). Porém, mesmo com o objeto completando o sentido do verbo, a oração continua incompleta. Fica uma pergunta no ar: interesse em quê?
A solução é completar o sentido da palavra “interesse” com algum tipo de complemento. Como “interesse” é um substantivo abstrato, o complemento será chamado de complemento nominal. Poderíamos, então, dizer: “Eu tenho interesse em Língua Portuguesa”. A expressão “em Língua Portuguesa” completa o sentido de um substantivo abstrato (“interesse”). Portanto, “em Língua Portuguesa” é um complemento nominal.
Observação: o complemento nominal sempre será acompanhado de uma preposição. No exemplo anterior, a preposição usada foi “em”.
Exemplo 1: “Eu tenho necessidade de dinheiro”. A expressão “de dinheiro” é o complemento nominal que completa o sentido da palavra “necessidade” (substantivo abstrato), que por sua vez completa o sentido do verbo “ter” (verbo transitivo direto).
Exemplo 2: “Sou contrário ao regulamento”. A expressão “ao regulamento” é o complemento nominal que completa o sentido da palavra “contrário” (adjetivo), que por sua vez completa o sentido do verbo “ser”.
Exemplo 3: “Moramos perto da empresa”. A expressão “da empresa” é o complemento nominal que completa o sentido da palavra “perto” (advérbio), que por sua vez completa o sentido do verbo “morar”. 
Análise Sintática (parte 6) – Adjunto Adnominal e Adverbial
Seu objetivo: entender o que é um adjunto adnominal e o que é um adjunto adverbial.
Adjunto: é um termo acessório da oração, ou seja, é um termo que “enfeita” a oração e se for retirado dela ele não vai fazer falta a ponto de atrapalhar o sentido da oração.
Observe a seguinte oração: O homem comprou um livro.
Com tudo o que você estudou até aqui, você sabe que o sujeito da oração é “o homem”, o verbo “comprar” é transitivo direto e “um livro” é o objeto direto.
Agora, veja: “O homem careca comprou um livro”.
Observe que eu acrescentei a palavra “careca”, que caracteriza o substantivo “homem”. A palavra “careca” não faz falta na oração (você não deixa de entender o sentido da oração se tirar “careca”). Logo, “careca” é um adjunto (é um termo acessório).  Como “careca” é uma palavra que está ligada a um substantivo (homem), então “careca”é um adjunto adnominal.
Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo.
Tudo o que estiver ligado ao substantivo e atuando como termo acessório será um adjunto adnominal. Portanto, na oração “o homem careca comprou um livro”, nós temos três adjuntos adnominais: “o”, “careca” e “um”. O artigo “o” e o adjetivo “careca” estão ligados ao substantivo “homem”, enquanto que o artigo “um” está ligado ao substantivo “livro”.
Exemplo 1: Na oração “O vendedor caiu na escada velha”, os adjuntos adnominais são: “o” (ligado ao substantivo “vendedor”) e “velha” (ligada ao substantivo “escada”).
Exemplo 2: Na oração “O vendedor de galinhas caiu na escada velha e torta”, os adjuntos adnominais são: “o”, “de”, “galinhas” (ligados ao “vendedor”) e “velha”, “e”, “torta” (ligados à escada).
Observação: para provar que os adjuntos são termos acessórios (ou seja: apenas enfeitam a oração), observe que se eu retirá-los da oração ela continuará tendo sentido: “Vendedor caiu na escada”. Você não sabe que a escada é velha e torta e também não sabe que o vendedor vende galinhas, mas você entende a ideia principal da oração: você entende que o vendedor caiu na escada e é isso que importa. Os adjuntos apenas “enfeitam” a oração, dando alguns detalhes. Esse mecanismo é muito comum em manchetes de jornal (para economizar palavras). Exemplos: “Homem assalta banco”, “Mulher é sequestrada”, “Criança cai no buraco”, etc (só tragédia).
Agora, veja esta oração: “O homem rapidamente comprou um livro”.
Observe, mais uma vez, que a palavra “rapidamente” é um adjunto, ou seja, é um termo acessório. Se você tirá-lo da oração, você continua entendendo a mensagem da oração (o homem comprou o livro). Porém, ao contrário do adjunto adnominal, a palavra “rapidamente” não está ligada ao “homem”, mas sim ao verbo “comprar” (“rapidamente” é um advérbio). Portanto, a palavra “rapidamente” é o adjunto adverbial da oração.
Adjunto Adverbial: é o termo acessório que se liga a um verbo, a um adjetivo ou a um advérbio.
Os adjuntos adverbiais expressam diversas circunstâncias. Veja alguns exemplos:
Modo: O homem rapidamente comprou um livro.
Finalidade: O homem comprou um livro para estudar.
Companhia: O homem comprou um livro com a mulher.
Lugar: O homem comprou um livro na livraria.
Dúvida: O homem provavelmente comprou um livro.
Afirmação: O homem certamente comprou um livro.
Tempo: O homem comprou um livro ontem.
Assunto: O homem comprou um livro sobre política.
Meio: O homem foi de carro comprar um livro.
Condição: Se o homem não comprar o livro, ele levará uma bronca.
Conformidade: O homem comprou o livro conforme as recomendações.
Instrumento: O homem comprou o livro com cartão de crédito. 
Análise Sintática (parte 7) – Adjunto Adnominal X Complemento Nominal
Seu objetivo: aprender a diferenciar o Adjunto Adnominal do Complemento Nominal.
É comum termos confusão com Adjunto Adnominal e Complemento Nominal. Vamos, primeiramente, relembrar as definições de cada um:
Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos adjetivos e dos advérbios.
Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo.
1ª Diferença: termo acessório x complemento
Observe que o adjunto adnominal é um termo acessório (que enfeita a oração) que se liga a um substantivo (concreto ou abstrato), enquanto que o complemento nominal é um termo que completa o sentido do substantivo abstrato. Portanto, o adjunto adnominal apenas “enfeita” a oração e pode ser omitido sem dar problema de sentido, enquanto que o complemento nominal é fundamental para a oração (a oração não pode ficar sem o complemento nominal, já que ele completa o seu sentido).
Exemplo 1: “Vendemos cadeiras de madeira”. A expressão “de madeira” é um termo que está ligado à palavra “cadeiras”, um substantivo concreto. Porém, nós podemos ignorar “de madeira” sem interferir no sentido da oração e ficamos com: “vendemos cadeiras”. Portanto, “de madeira” é um termo acessório (pode ser excluído da oração) e, por isso, é um adjunto adnominal.
Exemplo 2: “Temos certeza da vitória”. A expressão “da vitória” é um termo que está ligado à palavra “certeza”, um substantivo abstrato. Se essa expressão for ignorada da oração, ficamos com: “temos certeza”. A oração ficou incompleta (é preciso dizer o que se tem certeza). Portanto, “da vitória” é um termo que completa o sentido da palavra “certeza” e, portanto, não pode ser ignorada. Logo, “de vitória” não é adjunto, mas sim é um complemento. Portanto “de vitória” é um Complemento Nominal.
2ª Diferença: concreto x abstrato
O complemento nominal completa o sentido de substantivos abstratos. Portanto, se o substantivo for concreto, então o termo ligado a ele só poderá ser um adjunto adnominal.
Exemplo: Comprei um relógio de prata. Como “relógio” é um substantivo concreto, então a expressão “de prata” não pode ser complemento nominal. Logo, “de prata” é um adjunto adnominal.
Se essas diferenças não ajudarem a indicar se o termo é um complemento ou um adjunto, então teste a terceira diferença:
3ª Diferença: passivo x ativo
O complemento nominal é passivo, enquanto que o adjunto adnominal é ativo. 
Exemplo 1: A invenção do avião surpreendeu o mundo inteiro. Sabemos que o avião foi inventado (recebeu a ação: é passivo). O avião não inventou nada, mas sim foi inventado. Então, “do avião” é um complemento nominal (expressa passividade, recebimento de ação).
Exemplo 2: A invenção de Santos Dumont surpreendeu o mundo inteiro. Santos Dumont inventou (realizou a ação). Então, “de Santos Dumont” é um adjunto adnominal (expressa ação).
Exemplo 3: A organização dos relatórios é importante. Qual é o certo: “os relatórios organizam” (ativo) ou “os relatórios são organizados” (passivo)? Resposta: “os relatórios são organizados” (passivo). Portanto, “dos relatórios” é um complemento nominal.
Exemplo 4: Maria tem amor de mãe. Qual é o certo: “a mãe ama” (ativo) ou “a mãe é amada” (passivo)? Resposta: “a mãe ama” (amor “de mãe” significa que a mãe ama, não que a mãe é amada). Logo, pelo caráter ativo, “de mãe” é um adjunto adnominal
Análise Sintática (parte 8) – Predicativo
Seu objetivo: entender o que é um predicativo e também os seus tipos.
Antes de entender o que é predicativo, você precisa entender o que é um verbo de ligação.
Verbo de Ligação: é o verbo que não expressa ação, mas sim um estado (uma característica) ou então uma mudança de estado. Exemplos: ser, estar, continuar, permanecer.
Exemplo1 : “Eu sou bonito”. “Ser bonito” não é ação, mas sim é um estado. Ninguém pratica a ação de “ser bonito”. Portanto, o verbo “ser” é um verbo de ligação
Exemplo 2: “Sandra continua cansada”. A palavra “continua” também está expressando um estado: o estado de “cansaço”. Veja que os verbos de ligação geralmente podem ser substituídos pelos verbos “ser” ou “estar” sem deixar a oração estranha. Veja: “Sandra está cansada”, “Sandra é cansada”.  
Predicativo: é o complemento que aparece depois do verbo de ligação e, por conta disso, atribui um estado, uma característica ou uma qualidade ao sujeito ou ao objeto.
Exemplo 1: “Eu sou bonito”. A palavra “bonito” não é objeto direto, mas sim é um predicativo, porque ele está aparecendo depois do verbo “ser”, que é um verbo de ligação. Portanto, “bonito” está atribuindo uma característica ao sujeito (eu).
Observação: Se depois do sujeito viesse um verbo que não fosse de ligação, então o complemento seria um objeto. Exemplo: “Eu comprei um sapato”. O termo “um sapato” é objeto e o verbo “comprar” é transitivo direto.
Exemplo 2: “Sandra continua cansada”. A palavra “cansada” está atribuindo um estado ou uma característica ao sujeito (Sandra) por intermédio do verbo de ligação (continua). Logo, “cansada” é um predicativo.
Perceba que em cada um desses exemplos anteriores o predicativo, por intermédio de um verbo de ligação, atribuiu uma característica ao sujeito da oração

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