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Direito das coisas

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�CIVIL IV – Direito das Coisas
INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS
Do art.1.196 ao 1.224 do CC/02
INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS 
CONCEITO: Maria Helena Diniz afirma que “Direito das Coisas vem a ser um conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens materiais e imateriais suscetíveis de apropriação pelo homem” �.
Pode-se extrair do referido conceito, que Direito das Coisas é o complexo de normas que regulam relações jurídicas entre os homens face às coisas, com as quais se estabelecem relações de domínio (posse e propriedade). 
Entretanto, existem coisas que não podem ser objeto de apropriação pelo homem, por exemplo, a água do mar, o ar atmosférico, e a luz solar e etc. 
As normas atinentes a este ramo do Direito então previstas no Livro III, Parte Especial do Novo Código Civil Brasileiro. 
Nas palavras de Lafayette, citado por Carlos Roberto Gonçalves, direito das coisas “resume-se em regular o poder dos homens, no aspecto jurídico, sobre a natureza física, nas suas varias manifestações, mais precisamente sobre os bens e suas utilizações econômica”.�
NATUREZA JURÍDICA: é uma relação de senhorio, um poder imediato e direto sobre a coisa, pois seu titular não precisa da participação de ninguém para exercer seu direito. Vislumbramos dois elementos nessa relação, o interno que é o poder sobre a coisa (senhorio) e o externo é o poder que torna o direito sobre a coisa oponível á todos.
DIVAGAÇÕES DOUTRINÁRIAS
Qual a diferença entre propriedade e domínio? Domínio é o vocábulo que se refere na maioria das vezes às coisas materiais. Propriedade é o termo que engloba tanto as coisas materiais como também as imateriais. Entretanto nosso Código Civil as trata como sinônimas.
Antigamente ressaltava-se o aspecto privado e individualista da propriedade, inclusive, ela compreendia, além da superfície, o subsolo e o espaço aéreo. Contudo, as transformações do Direito, especificamente do Direito Civil, modificaram essa ótica do direito de propriedade. O homem não pode mais utilizar a coisa da maneira que lhe aprouver, pois a lei vigente impõe limites ao exercício desse direito.
Por exemplo, o Código de Minas (Dec. n.º 24.642/34) fez separação entre o solo e o subsolo, pois o bem imóvel não incorporado ao subsolo pertence à União. Evidentemente, fica assegurada ao proprietário do solo a participação nos resultados advindos da exploração econômica.
O direito de construir também sofreu algumas transformações. Existem normas de caráter Nacional (Leis Federais) que regulamentam o direito de construir e apesar de algumas estarem ultrapassadas, ainda estão em vigor. No âmbito municipal temos Código de Obras que estão mais atualizados, embora não possam revogar Leis Federais
Não podemos esquecer jamais de mencionar a função social da propriedade, descrita no artigo 170, inciso III da Constituição Federal. Conforme esse princípio a propriedade deve servir de instrumento para a geração de riquezas, trabalho e renda, mas não só para o proprietário, pois a propriedade deve funcionar como mecanismo de realização do bem comum.
Podemos afirmar que os Direitos Autorais, ou seja, a propriedade literária, científica e artística se enquadra nos Direitos Reais?
A assertiva é verdadeira, contudo, dá-se a esse direito um tratamento diferenciado, tendo em vista ser um direito imaterial, qualificado inclusive, como direito da personalidade.
1.2 DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS 
Quando estudamos Direito das Obrigações foi necessário fazer a distinção entre direito reais e pessoais, desta vez, nos propomos a fazê-la novamente, entretanto nosso foco se direciona aos direitos reais.
DIREITO PESSOAL: é aquele que se tem relação à determinada pessoa, por exemplo, a relação empregatícia.
Garante ao credor a faculdade de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação. Neste caso, o sujeito passivo é determinado ou determinável. Os direitos pessoais são transitórios, se extinguindo pelo cumprimento ou outras formas.
O Direito das obrigações, também chamado de Direito Pessoal, é um conjunto de normas que regem as relações jurídicas de ordem patrimonial, onde um sujeito tem o dever de prestar e o outro tem o direito de exigir essa prestação, ou seja, um deve fazer algo e o outro deve receber esse algo. 
DIREITO REAL: é o direito que traduz o poder jurídico de uma pessoa sobre uma coisa, submetendo-a em todos (propriedade) ou em alguns aspectos (usufruto, servidão e etc.).
Recai sobre a coisa, direta e imediatamente e vincula seu titular, podendo ser exercido contra todos, tendo efeito erga omnes. Assim, no direito real o sujeito passivo é indeterminado, podendo ser qualquer pessoa que venha dificultar ou impedir o titular de exercer seu direito sobre a coisa.
OBS: É possível exercer direito real sobre coisa própria ou alheia.
Em conformidade com o entendimento de Guilhermo Allende, citado por Carlos Roberto Gonçalves, não há um critério seguro para distinguir direitos reais e pessoais, entretanto, é possível o estabelecimento de algumas características distintivas.
Segundo o autor, “Direito das coisas é absoluto, patrimonial, cujas normas são substancialmente de ordem pública, estabelecida entre pessoas (sujeito ativo) e uma coisa determinado (objeto) uma relação imediata de prévia publicidade obriga a sociedade (obrigação negativa), nascendo, para a hipótese de violência, uma ação real que outorga para os seus titulares as vantagens inerentes ao jus persequendi e ao jus praeferendi”�
	DIREITOS REAIS
	DIREITOS PESSOAIS
	Normas de natureza cogente.
Normas de ordem publica.
Exercido de forma direta, sem a intervenção de quem quer que seja.
	 Normas de natureza facultativa
Normas disponíveis. Que permitem o livre exercício da autonomia da vontade.
Exercido mediante intervenção da vontade
JURISPRUDÊNCIA 
	EMENTA:  EMBARGOS A EXECUCAO. DIVIDA LIQUIDA, CERTA E EXIGIVEL, POR CONFISSAO, COM IMOVEL PENHORADO E HIPOTECADO. INOCORRENCIA DE EXECUCAO PROPOSTA CONTRA AS PESSOAS FISICAS DOS REPRESENTANTES DAS EMPRESAS ENVOLVIDAS NO NEGOCIO JURIDICO. NAS DIVIDAS GARANTIDAS POR PENHOR, ANTICRESE OU HIPOTECA, A COISA DADA EM GARANTIA FICA SUJEITA POR VINCULO REAL, AO CUMPRIMENTO DA OBRIGACAO (ARTIGO 755 DO CODIGO CIVIL). GARANTE E DEVEDOR PRINCIPAL. QUEM HIPOTECOU OS SEUS IMOVEIS EM GARANTIA DE DIVIDA DE TERCEIROS, NAO PODE INVOCAR A EXCECAO DE ORDEM OU BENEFICIO DE EXCUSSAO. NAO HA DE QUE SE CONFUNDIR O DIREITO REAL DE GARANTIA, NA HIPOTECA (ARTIGO 674, IX, DO CODIGO CIVIL) COM O DIREITO PESSOAL DE GARANTIA, NA FIANCA (ARTIGO 1481 DO CODIGO CIVIL). NULIDADE DA HIPOTECA NAO CONFIGURADA, EIS QUE LEGALMENTE REPRESENTADAS AS PARTES. COBRANCA DE JUROS E CORRECAO MONETARIA AVENCADOS NO CONTRATO. INEXISTENCIA DE JUROS ONZENARIOS. PAGAMENTO APONTADO PELO DEVEDOR, POR DOCUMENTO UNILATERAL E DEVIDAMENTE ESCLARECIDOS PELA EXEQUENTE. DERAM PROVIMENTO A PRIMEIRA APELACAO E NEGARAM-NO A SEGUNDA. UNANIME. (Apelação Cível Nº 28433, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Alçada do RS, Relator: Antônio Augusto Fernandes, Julgado em 19/08/1982) 
RESUMO DA AULA
Direito das Coisas vem a ser um conjunto de que regem as relações jurídicas concernentes aos bens materiais e imateriais suscetíveis de apropriação pelo homem.
Entretanto, existem coisas que não podem ser objeto de apropriação pelo homem, por exemplo, a água do mar, o ar atmosférico, e a luz solar e etc. 
Resume-se em regular o poder dos homens, no aspecto jurídico, sobre a natureza física, nas suas varias manifestações, mais precisamente sobre os bens e suas utilizações econômica.
A Natureza jurídica é uma reação de senhorio, na qual existe um poder direto e imediato sobre a coisa, esta relação é oponível a todos. 
Nosso Código Civil as trata o domínio e a propriedade como vocábulos sinônimos 
Atualmente a propriedade perdeu seu caráter exclusivamente individualista, pois além da não que regulam o seu exercício (p. ex.: leis federais relativas ao direito de construir) existe a funçãosocial da propriedade.
Pode-se afirmar que os Direitos Autorais, ou seja, a propriedade literária, científica e artística se enquadra no objeto dos Direitos Reais.
Enquanto o Direito Pessoal é aquele que se tem relação à determinada pessoa, o Direito real traduz o poder jurídico de uma pessoa sobre uma coisa.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito das coisas. 20. Ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2004.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Volume IV, São Paulo: Atlas,  2005.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo: Saraiva, 2008.
� DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito das coisas. 20. Ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 3.
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo:Saraiva, 2008. p. 2.
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 11.

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