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005 DA AQUISI 1

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�PAGE �42�
�CIVIL IV – Direito das Coisas
DA AQUISIÇAO DA PROPRIEDADE
Do art. 1.238 ao 1.259 do CC/02
5.AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
5.1.INTRODUÇÃO
Identificamos na sistemática do estudo desenvolvido, a mesma seqüência utilizada pelo Código Civil atual, de modo que após o estudo geral sobre a propriedade (conceito, fundamentos, pressupostos, meios de defesa, legitimidade, ações possíveis, restrições e etc.), passaremos a estudar as formas de aquisição da propriedade.
Igualmente como estabelece o CC-02, trataremos inicialmente da aquisição da propriedade imóvel e suas modalidades e posteriormente da aquisição da propriedade móvel, haja vista a seqüência desenvolvida pelo próprio Código, em função das especificidades de cada tipo de bem.
O Código Civil faz diferenciação entre o tratamento dado aos bens móveis e imóveis, bem como, sua forma de aquisição e transferência, vide artigos 79, 82 e 1.227. do referido Diploma.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
Art. 1247 – Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único – cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa fé, ou do título do terceiro adquirente.
Vale dizer, que apesar da histórica valorização dos bens imóveis, os bens móveis demonstraram bastante relevância, principalmente após a revolução industrial e o conseqüente aumento do consumo de bens como automóveis, eletrodomésticos, títulos públicos e outros. �
5.2.MODOS DE AQUISIÇÃO 
Conforme o Código de 1916, os modos de aquisição da propriedade imóvel eram rigorosamente: a transcrição do título de transferência e aquisição do imóvel; a acessão; a usucapião e o direito hereditário. Todavia, o CC-02 (art.1245) não enumera as hipóteses de aquisição da propriedade Imóvel, mas regula apenas a usucapião, o registro do título e a acessão.
O direito hereditário, não está previsto no capítulo atinente à aquisição da propriedade imóvel, porém continua como modo de aquisição da propriedade imóvel, conforme se visualiza nos artigos 80, II, 108 e 1.784 do Novo Código Civil, in verbis.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II – o direito à sucessão aberta. 
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Conforme o artigo supracitado, a transferência ocorre no exato momento da abertura da sucessão, ou seja, no momento da morte, contudo, o inventário continua sendo necessário para se regularizar a transmissão.
Da mesma forma ocorre com a usucapião, pois a partir do momento que os requisitos legais estão configurados (coisa suscetível de usucapir; posse prolongada no tempo; não oposição do antigo proprietário, boa-fé e justo título, em alguns casos), a transferência já acontece e ação de usucapião tem a precipuamente finalidade de apenas declarar a aquisição da propriedade.
A aquisição da propriedade pode ser originária ou derivada:
A) ORIGINÁRIA: Dá-se quando o individuo faz seu o bem sem que lhe tenha sido transmitido por alguém: acessão ou usucapião.�
B) DERIVADA: “Resulta de uma relação negocial entre o anterior proprietário e adquirente, havendo, pois, uma transmissão do domínio em razão da manifestação de vontade, como no registro do título translativo e na tradição�.
Apesar do aparente contra-senso a respeito da usucapião - como modalidade de aquisição originária- identificamos que de fato o usucapiente não adquire o bem de outrem, haja vista que o direito do antigo proprietário não mais existia, de forma que não existe uma relação negocial entre o anterior proprietário e adquirente.
Note-se que ao adquirir a propriedade de forma originária, esta não permanece gravada por qualquer que seja a limitação ou vício. Diferentemente da aquisição derivada, na qual, possivelmente os ônus com os quais o bem está gravado são conservados.
Outro modo aquisitivo da propriedade imóvel é o registro do título translativo no Cartório de Registro de Imóveis. Ressalte-se, porém, que a aquisição do bem móvel, pode se dá pela ocupação, tradição, confusão, adjudicação e outros.
JURISPRUDÊNCIA 
EMENTA:  APELAÇÃO CÍVEL. CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. LOCATÁRIO. ILEGITIMIDADE ATIVA. O IPTU tem como fato gerador a propriedade do imóvel (art. 156, I, CF). Adquire-se a propriedade imóvel pelo usucapião (arts. 1.238 a 1.244, CCB/2002), pelo registro do título translativo no Registro de Imóveis (arts. 1.245 a 1.247, CCB/2002) ou pela acessão (arts. 1.248 a 1.259, CCB/2002). A circunstância de o locatário, por liberalidade, garantir o débito em cobrança executiva, não tem o condão de legitimá-lo para agir em nome dos executados. Dentro do conceito de `possuidor a qualquer título¿ a que alude o art. 34 do CTN incluem-se, tão-somente, as formas de aquisição da posse ad usucapionem, não se incluindo o locatário, que detém a posse indireta do imóvel. Ademais, o art. 123 do CTN veda a oposição contra a Fazenda Pública de convenções particulares que modifiquem a definição legal do sujeito passivo da obrigação tributária. Precedentes do STJ. APELO DESPROVIDO. 
(Apelação Cível Nº 70014798136, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Adão Sérgio do Nascimento Cassiano, Julgado em 07/03/2007) 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito das coisas. 20. Ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2004.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo: Saraiva, 2008.
          
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 230.
� DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito das coisas. 20. Ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2004.
� Op. cit. GONÇALVES, 2008. p. 230.
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