Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Farmácia Disciplina: Farmacocinética e Farmacodinâmica Fundamental Professor: Carlos Mansour Nomes: Thais Aguiar Rayane Freitas Julia Vasconcellos Fármacos Antibacterianos β-Lactâmicos: Ampicilina e Cefazolina Mecanismo molecular de ação: Os antibióticos β-lactâmicos interferem na síntese de peptideoglicana da parede celular bacteriana. Após fixar-se sobre os sítios de ligação sobre a bactéria (que podem ser de até seis tipos, conhecidos como proteínas de ligação da penicilina), tais fármacos inibem a enzima de transpeptidação que atua na ligacao cruzada das cadeias peptídicas ligadas ao eixo principal do peptideoglicana. A ação bactericida final consiste na inativação de um inibidor das enzimas autolíticas na parede celular, resultando em lise da bactéria. Alguns microorganismos possuem enzimas autolíticas deficientes e são inibidas, porem não sofrem lise, estes são considerados “tolerantes”. Dados farmacocinéticos: Ampicilina Cefazolina Tempo de meia-vida 1-2 horas 2 horas Volume de distribuição Clearance 80% 95% Ligação a proteínas plasmáticas 28% 93-96% Biodisponibilidade 40% (via oral) 100% (IV) Classificação biofarmacêutica Dose 2-12 g (diária) 2-8 g Intervalo de dose 6 horas 6-8 horas Via de administração Oral IV ou IM Uso terapêutico: A ampicilina é utilizada para o tratamento de infecções por organismos não produtores de betalactamases, como: estreptococos, pneumococos, estafilococos, Listeria e meningococos. Seu espectro abrange algumas cepas de bactérias aeróbias Gram negativas, como H. influenzae (tratamento de infecções não graves), Salmonella (tratamento de febre tifóide), Shigella, e E. coli (tratamento de gastrenterites), Enterobacter e Klebsiella. Atualmente, indica-se ampicilina em infecções urinárias (alta concentração renal e urinária), em exacerbações de bronquite crônica e infecções do ouvido médio. Emprego de ampicilina em situações que têm benzilpenicilina como primeira escolha é hábito difundido devido à comodidade da via oral. Trata-se de conduta questionável, pois a eficácia microbiológica é geralmente menor e alguns efeitos adversos tendem a ser mais frequentes. O desenvolvimento de resistência, devido a uso intenso e continuado, diminuiu acentuadamente a eficácia inicial. A cefazolina é uma das cefalosporinas mais ativas contra cocos aeróbicos Gram-positivos (exceto enterococos). Atua contra os Staphylococcus aureus produtores de penicilinase. A E. coli, o Proteus mirabilis e a Klebsiella pneumoniae são usualmente sensíveis, mas as outras enterobacteriáceas, a Pseudomonas aeruginosa e o Haemophilus influenza são resistentes. Apesar de ter alguma atividade contra Neisseria gonorrhoeae, existem alternativas mais eficazes. Não pode ser usada em meningites, pois não penetram a barreira hematoencefálica. O tempo de meia-vida longo confere a este fármaco níveis plasmáticos mais elevados e permite empregar intervalos de dose maiores.
Compartilhar