Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* DIAGNOSTICO LABORATORIAL DAS PNEUMONIAS Prof. Carlos Emilio Levy * Roteiro 1. Espectro das doenças infecciosas TRI 2. Espectro de agentes etiológicos 3. Etapas da investigação das doenças infecciosas pulmonares 4. Agentes etiológicos por faixa etaria 5.Tipos de amostras e coleta para doenças bacterianas 6. Transporte e conservação da amostra 7. Processamento da amostra. 8. Cultura 9. Interpretação dos resultados. 10. Técnicas de diagnóstico rápido * SISTEMA RESPIRATÓRIO Bronquios Pulmões e pleura * 1.- Complexidade das doenças pulmonares infecciosas 1. Bronquite por B. pertussis, M. pneumoniae,C. pneumoniae 2. Bronquiolite 3. Pneumonia aguda 3.1. adquirida na comunidade 3.2. Pneumonia por aspiração 3.3. Pneumonia no paciente imunodeprimido 3.4. Pneumonia hospitalar 3.5. Pneumonia sem ventilação mecânica 3.6. Pneumonia em pacientes com ventilação mecânica 4. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 5. Bronquiectasia 6. Abscesso pulmonar 7. Derrame pleural e empiema 8. Doença pulmonar no paciente com fibrose cística * 2.- Espectro de agentes etiológicos das doenças pulmonares infecciosas Bactérias da comunidade Bactérias hospitalares Bactérias oportunistas Micobactérias: M. tuberculosis e outras micobacterias NT Fungos: patogênicos, oportunistas, Vírus Parasitas * 3.- Etapas da investigação das doenças infecciosas pulmonares História clínica, antecedentes pessoais, fatores de risco e epidemiológicos Exame físico Imagem: RX, TC Laboratorial Microbiológico: Exame microscópico e cultura de escarro para bactérias, micobacterias, fungos. Imunológico e molecular: Pesquisa de antígenos e anticorpos * 3.- Etapas da investigação das doenças infecciosas pulmonares Laboratorial Microbiológico: Exame microscópico e cultura de escarro para bactérias, micobacterias, fungos. Imunológico e molecular: Pesquisa de antígenos e anticorpos * Do nascimento a 20 dias – S. agalactiae, Listeria, enterobacterias, CMV 3 sem a 3 meses.- Chlamydia trachomatis, VRS, Parainfluenzae vírus , S. pneumoniae, Bordetella pertussis, S. aureus. 4 meses a 4 anos – VRS, parainfluenza virus, influenza vírus, adenovírus, rhinovirus, S. pneumoniae, H. influenzae, Mycoplasma pneumoniae e Mycobacterium tuberculosis. 5 anos a 15 anos - Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia, S. pneumoniae e Mycobacterium tuberculosis. 4.- Agentes etiológicos mais comuns de ITRI por faixa etária * 5.- Tipos de amostras e métodos de coleta * 5.1- Amostras obtidas por procedimentos pouco ou não invasivos Escarro Aspirado orotraqueal Hemocultura Urina: antígenos (H. capsulatum, S. pneumoniae e L. pneumophila. * 5.1.- Amostras obtidas por procedimentos pouco ou não invasivos Soro sorologia para pesquisa de anticorpos: IF, ELISA- Vírus, Chlamydia, micoplasma, etc. pesquisa de antigenos por Biologia molecular (sondas, Hibridização, PCR) * Indicação de outras técnicas para obtenção de material para diagnóstico de pneumonia: má resposta terapêutica gravidade do quadro paciente imunossuprimido falta de produção de escarro exames realizados não conclusivos possibilidade de superinfecção * 5.2.-Amostras obtidas por procedimentos invasivos Mediante fibrobroncoscopia Lavado brônquico Escovado brônquico Lavado broncoalveolar Biópsia transbrônquica Mediante outras técnicas Aspirado transtraqueal Biópsia por punção transtorácica Biópsia de pulmão a ceu aberto Punção pleural * BRONCOSCOPIA * 6. Transporte e conservação da amostra As amostras não processadas no prazo de 1-2 horas pode resultar em perda de patógenos fastidiosos e crescimento de bactérias contaminantes conservação em geladeira quando não é possível o imediato processamento. Chlamydia e Mycoplasma – Meio de transporte * Fatores de erro Contaminação da amostra pela microbiota Má qualidade da amostra coletada, conservada e transportada Uso prévio de antimicrobianos Falta de recursos específicos para o diagnóstico * 7. Processamento da amostra. * Critério de aceitabilidade da amostra Fazer coloração de Gram do esfregaço da parte purulenta Critério de Bartlett avaliar a qualidade do escarro, considerando a proporção entre o número de células epiteliais e leucócitos. Observar pelo menos 10 campos em aumento de 100X * Avaliação da qualidade do escarro segundo Bartlett No. de Neutrófilos < 10 10-25 >25 Presença de Muco No. Células Epiteliais <10 10-25 >25 Score 0 +1 +2 +1 Score 0 -1 -2 Bartlett RC Medical Microbiology: Quality Cost and Clinical Relevance. New York, John Wiley & Sons, 1974. Solicitar nova coleta quando a soma for 0 * * Rejeição e relatório Recomenda-se que escarros não qualificados, não sejam semeados e que o fato seja reportado ao requisitante do exame. * 8. seleção dos meios de cultura para isolamento dos principais agentes de pneumonias bacterianas * Meios recomendados para a cultura de amostras do trato respiratório ágar sangue ou ágar chocolate: Haemophilus, Gram positivos; ágar MacConkey para Gram negativos; anaeróbios (abscesso pulmonar ou pneumonia aspirativa): meios pré-reduzidos; Bordetella - agar Regan-Lowe ; Legionella spp: Agar extrato de levedura com carvão (BCYE); Fungos: agar Sabouraud, BHI agar, Mycosel Mycobacterias – agar Lowenstein Jensen * ESCARRO AS CHOC MC > 25 PMN < 10 Células Epiteliais LÂMINA GRAM INCUBAÇÃO ISOLAMENTO IDENTIFICAÇÃO ANTIBIOGRAMA amostra * SEMEADURA QUANTITATIVO SEMI-QUANTITATIVO * ASPIRADO TRAQUEAL CHOC MC INCUBAÇÃO ISOLAMENTO IDENTIFICAÇÃO ANTIBIOGRAMA AS MC 0,1ml (100 μl) 0,1ml (100 μl) 1:100 1:1.000 1:10.000 INFECÇÃO = > 106 UFC/ml * LAVADO BRÔNQUIO-ALVEOLAR LÂMINA GRAM 1:100 0,9 ml (900 μl) salina 0,1ml (100 μl) AS CHOC MC 0,1ml (100 μl) 1:1000 AS CHOC MC INCUBAÇÃO ISOLAMENTO IDENTIFICAÇÃO ANTIBIOGRAMA 1:100 1 2 3 7 6 5 4 * Material brônquico : preparar lâminas em cito-centrífuga exame direto: fungos Gram: bacterioscopia e células Giemsa: protozoários, Histoplasma, orto-toluidina: P. jrovecii (P.carinii) Grocott:P. jrovecii e outros fungos Centrifugar 1.500g/15 min p/cultura para micobactérias e fungos * 9. Interpretação dos resultados. * Etapas Analisar crescimento de potenciais patógenos nos meios de cultura Correlacionar com a microscopia Isolar e Identificar Fazer TSA * Resultado e conclusões Relatar bacterioscopia do exame direto ou do centrifugado: relação células epiteliais/neutrófilos se há presença de bactérias seu padrão morfo-tintorial (forma e reação ao Gram) se há predomínio de algum tipo. Resultado da cultura Resultado do antibiograma * Pontos de corte,sensibilidade e especificidade LBA – broncoscópio/protegido 104 ufc/ml sensibilidade entre 42-95% e especificidade 45-100% Aspirado traqueal (orotraqueal) 106 ufc/ml sensibilidade de 38 a 82% e especificidade 72-85% * * Biópsias Indicado nos casos de imunocomprometidos e pacientes graves com má evolução; Vias: percutânea, por meio do fibroscópio, toracoscopia e a céu aberto. acidentes: pneumotórax e sangramento Alto valor preditivo positivo por evitar contaminação Ponto de corte para biópsia: 104 ufc/g de tecido * Derrame pleural Pneumococo 10% Bacilos gram negativos 50-70% Streptococcus pyogenes até 95% * Hemocultura amostras positivas ocorrem entre 1 a 16 % dos casos. não deve ser utilizada de forma isolada para o diagnóstico de pneumonia. esta indicada em pacientes com pneumonia (grave) que necessitam de hospitalização. * Outras técnicas Para a detecção de Chlamydia e vírus a imunofluorescência com anticorpos monoclonais e osmétodos moleculares * Técnicas rápidas provas imunocromatograficas em amostras de urina antígeno polissacárido C da parede de S. pneumoniae desde o primeiro dia da infecção; sensibilidade 90% e especificidade >70%. L.pneumophila sorogrupo 1 depois dos 3° dia de infecção; sensibilidade 97% e especificidade de 100%, * PCR Mycoplasma pneumoniae -Escarro, exudato faríngeo ou nasofaríngeo. Legionella spp.- Escarro, LBA, AT, sec. faringe, soro, urina Chlamydophila pneumoniae:Escarro, s. faringe/nasofaringe, Virus- Exudado farínge/nasofarínge, escarro * Técnicas de Microarray Detecta 18 tipos mais frequentes de vírus respiratórios para cada virus 3 sondas específicas Etapas (tempo total 8 horas): Extração de DNA e RNA da amostra clínica PCR multiplex Detecção por sondas Controle de qualidade da reação Detecção de co-infecções Adenovirus, Bocavirus, Coronavirus, Enterovirus (Echovirus) Influenza vírus A (subtipos H3N2 humano, B, e C e H1N1/2009), Metapneumovirus (subtipos A e B); vírus 1, 2, 3 e 4 Parainfluenza (subtipos A e B), Rhinovirus; Vírus Sincicial Respiratório Tipo A (RSV-A); Vírus Sincicial Respiratório tipo B (RSV-B). * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar