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RESPIRAÇÃO Prof. MsC Nelson Kian CONCEITO A função primária da respiração consiste em suprir o corpo com oxigênio para a atividade metabólica, e para a remoção do dióxido de carbono. O sistema respiratório, põe o oxigênio atmosférico em contato com a membrana de trocas gasosas dos pulmões, o alvéolo. Então, o oxigênio é transportado por todo o corpo, via sistema cardiovascular. MECANISMOS REGULATÓRIOS Ø Centro respiratório - controla a respiração, e se localiza bilateralmente na ponte e bulbo (propicia o controle de freqüência e profundidade da respiração) em resposta às necessidades metabólicas. Ø Nervos motores - controlam os músculos respiratórios. Ø Quimiorreceptores centrais - localizados no centro respiratório são sensíveis às mudanças nos níveis de concentração de dióxido de carbono e hidrogênio no sangue arterial. Uma elevação nos níveis de dióxido de carbono, ou de íons de hidrogênio, estimulará a respiração. Ø Quimiorreceptores periféricos - estão localizados na bifurcação das artérias carótidas (corpos carotídeos) e no arco da aorta (corpos aórticos); são sensíveis à pressão parcial de oxigênio (PaO2) no sangue arterial. Quando há queda na PaO2 ou diante de níveis de oxigênio muito reduzidos, elevará a freqüência respiratória. Ø Reflexo de Hering-Breuer - mecanismo protetor de estiramento; sensíveis ao estiramento situados ao longo das paredes dos pulmões monitoram a quantidade de ar que está ingressando. Quando excessivamente estirados esses receptores enviam impulsos ao centro respiratório, para a inibição de inspiração adicional. Os impulsos cessam ao final da expiração, de modo que outra inspiração possa ser iniciada. Ø Movimentos das articulações e da musculatura – exercícios, sendo vigorosamente influenciada pelo controle cortical voluntário. FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPIRAÇÃO v FR de um recém-nascido - 30 a 60/ minuto; v Crianças - entre 25 a 30/minuto. v Fase adulta - sentre 16 e 20/minuto. v Nas populações idosas, a freqüência respiratória aumenta, devido à redução na elasticidade dos pulmões e à queda na eficiência das trocas gasosas. 1.IDADE v Os homens geralmente têm uma capacidade vital (volume máximo de ar inspirado após uma expiração forçada, ou volume máximo de ar expirado após uma inspiração forçada) maior que as mulheres; v Adultos - capacidade maior que adolescentes e crianças. 2.CONSTITUIÇÃO FÍSICA v Indivíduos altos e magros geralmente possuem uma capacidade vitais maior que indivíduos robustos ou obesos. 3.ESTATURA v A freqüência e profundidade respiratórias aumentarão, como resultado do aumento no consumo do oxigênio, e da produção de dióxido de carbono. 4.EXERCÍCIO v Os dois fatores influenciantes são a compressão contra a superfície de sustentação, e o aumento no volume do sangue intratorácico. Ambos limitarão a expansão pulmonar normal. 5.POSIÇÃO DO CORPO Além, destes fatores, a respiração também pode ser afetada pela ingestão de medicamentos, certos estados patológicos, e pelo estado emocional do paciente. PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO v É o número de incursões completas no espaço de tempo de um minuto. Inspirações ou expirações devem ser contadas, mas não ambas. • Eupnéia - freqüência respiratória normal (adulto – 16 a 20/min) • Bradipnéia - quando a freqüência respiratória está diminuída. • Taquipnéico - quando a freqüência respiratória está elevada 1.FREQÜÊNCIA v É avaliada pela observação dos movimentos torácicos. Ela é descrita usualmente como profunda ou superficial, dependendo da quantidade de ar trocado ser maior ou menor que o normal. Nas respirações profundas, é trocado um grande volume de ar, nas superficiais pequenas, com mínima expansão pulmonar ou movimento do gradil costal. 2.PROFUNDIDADE v Refere-se à regularidade das inspirações e expirações. Normalmente, há um intervalo de tempo regular entre as respirações. O ritmo é descrito como regular ou irregular. 3.RITMO v Refere-se aos desvios da respiração tranqüila, repousada, e não forçada. Dois importantes desvios que alteram o caráter da respiração são a quantidade de esforço exigida, e som produzido durante a respiração. 4.CARATER v É determinado pelo segmento do tronco que predominar durante os movimentos respiratórios: - Tipo torácico ou costal - Tipo toracoabdominal - Abdominal ou diafragmático 5.PADRÕES VENTILATÓRIOS PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO v Está sob controle voluntário (cortical); v É recomendável que as respirações sejam observadas imediatamente após a tomada do pulso; v Idealmente a respiração deve ser avaliada com o tórax exposto – caso não seja possível, coloque o braço do paciente transversalmente ao peito. a) Lave as mãos. b) Reúna o equipamento. • um relógio na mão auxiliar. • Folha de anotações e caneta ou lápis para o registro dos dados coletados. c) Procedimentos: • Assegure-se do conforto do paciente. • Exponha, se possível, a área do peito do paciente; • Conte as respirações (inspirações ou expirações, mas não ambas) durante 30 segundos, e multiplique por 2; caso seja observado qualquer irregularidade, conte durante 60 segundos. • Observe a profundidade, ritmo, caráter e padrão da respiração. • Registre os resultados.
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