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� PAGE \* MERGEFORMAT �4� DP IV – 7º SEMESTRE Dos crimes contra o Patrimônio RECEPTAÇÃO Dos aspectos jurídicos e legalidade: Art. 180, CP . Receptação: Art. 180, CP. (conduta): adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte; . Análise do núcleo do tipo: (crime simples), é constituído de dois blocos, com duas condutas autonomamente puníveis: Primeira: receptação própria = é formada pela aplicação alternativa dos verbos: adquirir (obter, comprar), receber (aceitar em pagamento ou simplesmente aceitar), transportar (levar de um lugar para outro), conduzir (guiar) tornar-se condutor], ocultar (encobrir ou disfarçar), tendo por objeto material coisa produto de crime; . Não importa o número de condutas praticadas pelo agente que ele responderá por crime único. Segunda: receptação imprópria = é formada pela associação da conduta de influir (inspirar ou insuflar), alguém de boa-fé a adquirir (obter ou comprar), receber (aceitar em pagamento ou aceitar), ou ocultar (encobrir ou disfarçar), coisa produto de crime; . Igualmente, ocorre uma única receptação; . Agente que pratica conduta dos dois blocos fundamentais do tipo, estará cometendo dois delitos, ex: “o agente adquire coisa produto de crime e depois ainda influencia para que terceiro de boa-fé também o faça”; . O simples ajuste para compra é mero ato preparatório impunível; . Sujeito ativo e passivo: Ativo, qualquer pessoa; . Passivo, necessita ser o proprietário ou possuir da coisa produto do crime; . Elemento subjetivo: É o dolo. A forma culposa possui previsão específica no § 3º. Pena: detenção de 1 mês a 1 ano ou multa ou ambas as penas; . Bens públicos: pena (caput), em dobro. . Receptação qualificada, § 1º, do art. 180, CP; (no exercício de atividade comercial ou industrial); . Reclusão de 3 anos a 8 anos, e multa . Perdão judicial: Agente primário, pouca gravidade do fato, culpa levíssima e coisa de valor irrisório; . Sentença, entendimento do STJ: “declaratória de extinção de punibilidade”; . APPI = proposta no local em que se consumou a receptação ou, havendo conexão, diante da regra do art. 76, III, do CPP, no local em que se apura o crime antecedente; . DISPOSIÇÕES GERAIS: Art. 181, CP. . Isenção de penas = (i) em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; (ii) em prejuízo de ascendente ou descendente; Imunidade penal: não é possível instauração de IP; . Exemplo: art. 155, 156, 161, 162, 163, 164, 168, 169, 171, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179 e 180. . Delito cometido durante o noivado, com posterior casamento: “Não afasta ao crime”; . Corte de Cassação de Roma [HOEPPNER DUTRA], salienta que a razão da impunidade depende da subsistência do vínculo conjugal ou do parentesco no momento da consumação do crime; . Crime cometido durante casamento depois constatado nulo: BASILEU GARCIA, ensina: “a imunidade absoluta não ocorre se se trata de casamento nulo, não contraído de boa-fé por nenhum dos cônjuges; é aceitável a imunidade se ambos os cônjuges o tiveram contraído de boa-fé; e será admitida, ainda, se um dos cônjuges o tiver contraído de boa-fé, mas agora restrita a este a imunidade”; . Art. 182, do CP: Somente de procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo de: (i) do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; (ii) de irmão legítimo ou ilegítimo; (ver novo CC) (iii) de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita; Não se aplica o dispositivo nos dois artigos anteriores [180 e 181]: Crime de roubo, extorsão ou emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; Ao estranho que participa do crime; Crime contra idoso, idade = ou > de 60 anos.
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