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CCJ0019-WL-B-AMRP-01-Teoria da Constituição - Constitucionalismo-01

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AULA 1 – DIREITO CONSTITUCIONAL I 
PROFESSOR: RAFAEL IORIO 
 
TEMA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CONSTITUCIONALISMO. 
CONCEITOS, ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES. 
 
Teoria da Constituição 
 
Conceito de Direito Constitucional 
 
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público responsável pelo estudo 
da organização do Poder Político, do Estado, da estrutura do Estado e dos 
Direitos Fundamentais que controlam o exercício e o abuso deste Poder. 
 
Constitucionalismo 
 
Movimento jusfilosófico surgido no século XVIII com as revoluções liberais 
burguesas baseado na crença de que o poder político deve estar submetido à 
supremacia da lei, de uma Lei Maior, a Constituição escrita. 
 
Constituição 
 
Conceito de Constituição 
 
A Constituição, segundo José Afonso da Silva, “consiste num sistema de 
normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regulam a forma do Estado, a 
forma de seu governo, o modo de aquisição e exercício do Poder, o 
estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua atuação”. 
Sendo assim, a Constituição é a norma jurídica suprema e basilar que estrutura 
juridicamente os limites de atuação e exercício de toda a nossa sociedade 
política. 
 
Conceito Material 
 
A Constituição material significa a reunião de todas as regras, estejam ou não 
estabelecidas em um único texto, que abordem a estrutura do Estado, a 
organização, as formas de atuação e limitação do Poder Político. Refere-se ao 
que nós chamamos de normas materialmente constitucionais. 
 
Conceito Formal 
 
Constituição formal é a Constituição escrita, definindo-se como o conjunto de 
normas reunidas em um documento denominado Constituição e elaborado pelo 
Poder Constituinte Originário ou de Fato. 
Para facilitar a sua compreensão, a Constituição formal é o conjunto de todas 
as normas que estão escritas na Constituição, sejam ou não de conteúdo 
tipicamente constitucional, como por exemplo, as normas previstas nos arts. 
180 e 242, § 2o da CRFB/88. Por esta razão, temos normas materialmente 
constitucionais e formalmente constitucionais. 
 
Tipologia Constitucional 
 
Pode-se classificar as constituições das seguintes maneiras. 
 
Quanto à Forma 
 
Quanto à forma as Constituições podem ser classificadas de duas maneiras: 
Constituição escrita, ou seja, àquela codificada em um documento escrito; e a 
Constituição não escrita ou consuetudinária ou costumeira, que pode ser 
definida como o conjunto de leis, costumes e jurisprudências esparsos no 
tempo, em um determinado ordenamento jurídico, que tratem de tudo aquilo 
que seja considerado constitucional (forma de governo, estrutura do estado, 
direitos fundamentais etc). 
Os constitucionalistas apontam como um grande exemplo deste tipo de 
Constituição a chamada “Constituição Inglesa”. Na verdade, a Inglaterra não 
possui um documento denominado Constituição, como é o caso do Brasil, e 
sim, um conjunto de normas feitas em diversos momentos da história pelo 
Parlamento inglês que tratam do que chamamos de normas materialmente 
constitucionais, ou seja, àquelas que abordam a estrutura e organização do 
Estado. 
 
Quanto ao modo de elaboração 
 
Quanto ao modo de elaboração as constituições podem ser classificadas em 
duas espécies: dogmáticas e históricas. 
A constituição dogmática é aquela que se origina de forma escrita e 
sistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios e idéias incontestáveis 
existentes no momento de sua elaboração. 
Já a constituição histórica, também denominada costumeira, é a que se origina 
através de uma evolução de idéias no tempo, produto dos usos e costumes de 
determinada sociedade, baseada na tradição de um povo. São constituições 
compostas de vários documentos e juridicamente não-escritas. 
 
Quanto à origem 
 
Quanto à origem há três formas de classificação: 
Diz-se promulgada, popular ou democrática a Constituição que é elaborada 
através de uma Assembléia Nacional Constituinte, composta de representantes 
eleitos pelo povo para esta finalidade. Uma vez concluída a Constituição esta 
Assembléia se dissolve. 
Quando a Constituição é outorgada, não há participação do povo em sua 
elaboração, posto ser ela imposta ao povo, sendo produto exclusivo do 
Governante que por si só, ou por terceira pessoa, impõe à sociedade um novo 
ordenamento jurídico e político. 
No Brasil as Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas e, 
as de 1824, 1937 e 1967 foram outorgadas. 
Em relação a “Constituição de 1969” não a inserimos no rol das Constituições 
outorgadas, visto que formalmente ela foi uma emenda, Emenda Constitucional 
n. 1 à Constituição de 1967. 
A terceira forma é a Constituição Bonapartista que se carateriza por ser uma 
Constituição outorgada, na qual o ditador para dar-lhe uma feição legítima 
convoca um referendo popular para aprová-la. 
 
 
Quanto à estabilidade 
 
Quanto a este critério estamos preocupados em saber do processo legislativo 
para alteração das normas constitucionais. Sendo assim, a doutrina nos aponta 
que as constituições podem ser de cinco tipos: 
1) Imutáveis – não contém a possibilidade de reforma de suas normas. 
2) Super rígidas – esta é uma classificação que alguns doutrinadores dão à 
Constituição de 1988, visto que esta Constituição possui um núcleo duro em 
seu art. 60, parágrafo 4º, conhecido como cláusulas pétreas, que exigem um 
processo legislativo ainda mais rígido ou dificultoso para alteração destas 
normas estabelecidas como pétreas, pois não poderão ser abolidas ou 
restringidas, podendo somente sofrer alterações para serem ampliadas. 
3) Rígidas – são as constituições que estabelecem que qualquer alteração 
de suas normas deverá passar por um processo legislativo mais dificultoso 
do que o processo legislativo ordinário. Em nossa Constituição esse 
processo encontra-se no art. 60. 
4) Semi-rígidas ou Semi-flexíveis – são aquelas que estabelecem para 
alteração de um determinado grupo de suas normas um processo legislativo 
mais árduo e para reforma do outro grupo de suas normas um processo 
legislativo ordinário ou simples. Por exemplo: Constituição Imperial de 1824. 
5) Flexíveis – são àquelas constituições que estabelecem para alteração de 
suas normas o mesmo processo legislativo previsto para as leis ordinárias. 
 
Quanto à Extensão 
 
Quanto a este critério estamos preocupados em analisar o tamanho da 
Constituição. Sendo assim, as constituições podem ser: 
 
1) Analíticas – quando possuem uma grande quantidade de artigos, que 
descrevem diversos assuntos ou, 
2) Sintéticas – quando possuem poucos artigos que estabelecem princípios 
e normas gerais da estrutura do Estado. Por exemplo: Constituição Norte-
americana de 1787 e a Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1891. 
 
Quanto à Ideologia 
 
Quanto à ideologia, a doutrina leva em conta a que sistema de produção 
econômica está atrelada a Constituição. Elas podem ser de dois tipos: 
 
1) Ortodoxas – são aquelas atreladas a um única ideologia, por exemplo a 
Constituição da República da antiga URSS de 1977, que estabelecia o modelo 
socialista; 
2) Heterodoxas ou Ecléticas – são aquelas que estabelecem mais de uma 
ideologia, como a Constituição de 1988, que possui valores capitalistas como a 
livre iniciativa e, valores socialistas, como a valorização do trabalho (art. 170 da 
CRFB/88). 
 
Quanto à Finalidade 
 
Quanto à finalidade a Constituição pode ser de três tipos: 
 
1) de garantia – os grandes exemplos são as Constituições liberais 
burguesas que estabelecem liberdades públicas ou os chamados Direitos 
Fundamentais de 1ª geração como mecanismos de controle do poder estatal, 
como a Constituição Norte- americana de 1787. 
2) de balanço – como grande exemplos podemos citar a Constituição do 
México de 1917 e a Constituição da Repúblicade Weimar de 1919, onde 
encontramos direitos sociais como também liberdade públicas, ou seja, direitos 
fundamentais individuais e direitos fundamentais sociais. Elas recebem esse 
nome porque procuram equilibrar os anseios burgueses e proletários; 
3) dirigente – são aquelas que além de estabelecer direitos individuais e 
sociais que o Estado deveria alcançar, prevêem normas conhecidas como 
programáticas (tipo de normas de eficácia limitada) que procuram fixar metas, 
programas, políticas públicas, como valores a serem perseguidos pelo ente 
estatal. Por exemplo: saúde para todos, moradia para todos. Como exemplo 
deste tipo de constituição temos a Constituição Brasileira de 1988 e a 
Portuguesa de 1976. 
 
Classificação da Constituição Brasileira de 1988 
 
A Constituição de 1988 é classificada da seguinte forma: formal, escrita, 
dogmática, promulgada, super rígida, analítica, heterodoxa e dirigente.

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