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Instalações Prediais Hidrossanitárias FURG

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Universidade Federal do Rio Grande - FURG - Escola de Engenharia - Curso: Engenharia Civil - 
Disciplina: Instalações Prediais Hidrossanitárias - Prof. Tarcisio Barcellos Bellinaso 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG 
ESCOLA DE ENGENHARIA 
DEPARTAMENTO DE FÍSICA 
SETOR DE HIDRÁULICA E SANEAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de aula 
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Instalações Prediais Hidrossanitárias 
Curso: Engenharia Civil 
Professor: Tarcisio Barcellos Bellinaso 
Última atualização: 16/Março/2010. 
Universidade Federal do Rio Grande - FURG - Escola de Engenharia - Curso de Engenharia 
Civil - Disciplina: Instalações Prediais Hidrossanitárias - Prof. Tarcisio Barcellos Bellinaso 
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PROGRAMA - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
1 - Normalização dos Produtos 
2 - Instalações Prediais de Água Fria 
3 - Instalações Prediais de Esgoto Sanitário 
4 - Instalações Prediais de Águas Pluviais 
5 - Instalações Prediais de Combate a Incêndio 
6 - Instalações Prediais de Gás 
7 - Instalações Prediais de Água Quente 
8 - Tecnologia dos Materiais de Instalações Hidráulicas e Sanitárias 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 5° edição. Rio de Janeiro: 
Livros Técnicos e Científicos Editora - LTC, 1991. 465p. 
 
Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 2° edição. São 
Paulo: Pini, 1987. 96p. 
 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
 
MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. 3° edição. 
Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora - LTC, 1996. 739p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande - FURG - Escola de Engenharia - Curso de Engenharia 
Civil - Disciplina: Instalações Prediais Hidrossanitárias - Prof. Tarcisio Barcellos Bellinaso 
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1 - NORMALIZAÇÃO DOS PRODUTOS 
 
1.1 - A Normalização como fator de progresso 
 
Basicamente, podemos dizer que as normas técnicas têm por finalidade 
regulamentar a qualidade, a produção, o emprego, o projeto e instalação dos 
materiais. 
A normalização é importante porque proporciona: 
● Economia de esforço humano, matéria-prima e energia. 
● Proteção dos interesses dos consumidores e produtores. 
● Segurança de pessoas e bens. 
● Uniformidade de linguagem. 
 
1.2 - Outras entidades 
 
No Brasil, a normalização cabe à ABNT. Em outros países, a título de exemplo, 
também existem entidades próprias. Na Alemanha o DIN, na Argentina o IRAM, nos 
Estados Unidos a ASTM. 
 
1.3 - Tipos de normas 
 
A ABNT adota os seguintes tipos de normas: 
NB - Procedimento: fixa as condições para a execução de cálculos, projetos, 
obras, serviços, etc. 
EB - Especificação: fixa as condições para a aceitação e recebimento de 
materiais e produtos. 
Simplificando, poderíamos dizer que os materiais ou produtos devem ser 
fornecidos seguindo as prescrições das EBs e, devem ser aplicados seguindo as 
orientações das NBs. 
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Por exemplo, os tubos de PVC para instalações prediais de água fria, são 
produzidas de acordo com a norma ABNT EB-892/77 e devem ser aplicados ou 
instalados, segundo os critérios fixados pela NB-92/80. 
 
1.4 - Outros tipos 
 
A ABNT adota, além das EBs e NBs, outros tipos de normas, dos quais podemos 
citar de forma sucinta. São eles: 
Padronização (PB), Método de Ensaio (MB), Terminologia (TB), Simbologia 
(SB) e Classificação (CB). 
 
1.5 - Relação de normas técnicas 
 
LINHA ROSCÁVEL/SOLDÁVEL: 
1. EB-892 (NBR 5648) - Especificação: Tubos e Conexões de PVC Rígido para 
Instalações Prediais de Água Fria. 
2. NB-92 (NBR 5626) - Procedimento: Instalações Prediais de Água Fria. 
LINHA ESGOTO PREDIAL: 
1. EB-608 (NBR 5688) - Especificação: Tubos e Conexões de PVC Rígido para 
Esgoto Predial e Ventilação. 
2. NB-19 (NBR 8160) - Procedimento: Instalações Prediais de Esgotos 
Sanitários. 
3. NB-41 (NBR 7229) - Procedimento: Construção e Instalação de Fossas 
Sépticas e Disposição dos Efluentes Finais. 
LINHA PLUVIAL: 
1. NB-611 - Procedimento: Instalações Prediais de Águas Pluviais. 
LINHA ELETRODUTOS: 
1. EB-744 (NBR 6150) - Especificação: Eletrodutos de PVC Rígido. 
2. NBR 5410 – Procedimento: Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 
 
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2 - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
 
2.1 - Generalidades 
 
As instruções deste capítulo serão baseadas na Norma Técnica da ABNT NBR-
5626 e NB-92/80, de Instalações Prediais de Água Fria. 
Um projeto completo de instalações hidráulicas compreende: 
a) Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas (perspectivas), com 
dimensionamento e traçado dos condutos; 
b) Memorial descritivo, justificativas e de cálculo; 
c) Especificações do material (PVC, CPVC, Cobre, Manilha de Grês, PEAD p/ 
Sistemas de Abastecimento de Água); 
PVC: Cloreto de Polivinila, CPVC: Policloreto de vinila clorado. 
d) Normas Técnicas para sua aplicação; 
e) Orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços 
unitário e global da obra. 
 
Para elaboração do projeto 
a) São imprescindíveis as plantas completas de arquitetura do prédio; 
b) Entendimentos indispensáveis com o autor do projeto e o calculista estrutural; 
c) Conseguir a solução mais estética dentro da melhor técnica e economia; 
d) Deve ficar clara a localização dos reservatórios, da rede de abastecimento do 
prédio, das bombas e dos diversos pontos de consumo; 
e) A escala do projeto mais usual é a de 1:50, podendo, em alguns casos, ser de 
1:100; porém, os detalhes devem ser feitos em escalas de 1:20 ou 1:25. 
 
 
 
 
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6 
 
2.2 - Terminologia (NBR 5626) 
 
a) Ramal predial 
Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação 
predial (Ver figura 1). 
b) Alimentador predial 
Tubulação compreendida entre o ramal predial e a válvula de flutuador do 
reservatório. 
c) Aparelho sanitário 
Aparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber dejetos 
(material fecal). Também pode ser chamado de Vaso Sanitário ou Bacia Sanitária. 
d) Barrilete ou Colar 
Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as 
colunas de distribuição. 
e) Caixa de descarga 
Dispositivo colocado acima (descarga com corda), acoplado (vaso sanitário c/ 
caixa acoplada) ou integrado (embutidona parede) às bacias sanitárias ou mictórios, 
destinados a reservação de água para suas limpezas. 
f) Coluna de distribuição 
Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais (CAF1, CAF2, 
CAQ1, CAQ2). 
g) Diâmetro Nominal (DN) 
Número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e que corresponde 
aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto. 
h) Peça de utilização 
Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água. Ex: 
torneira, ducha higiênica, chuveiro (c/ haste), etc. 
i) Ponto de utilização 
Extremidade de jusante do sub-ramal. 
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j) Ramal 
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-
ramais. 
k) Rede predial de distribuição 
Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais 
e sub-ramais. 
l) Registro de fecho 
Registro instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da passagem de 
água. 
m) Registro de utilização 
Registro instalado no sub-ramal, ou no ponto de utilização, destinado ao 
fechamento ou regulagem da vazão da água a ser utilizada. Ex: Registro de pressão 
(Chuveiro), Registro de bidê. 
n) Reservatório inferior 
Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, 
destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória. 
o) Reservatório superior 
Reservatório ligado ao alimentador predial ou à tubulação de recalque, destinado 
a alimentar a rede predial de distribuição. 
p) Sub-ramal 
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho 
sanitário. 
q) Válvula de descarga 
Válvula de acionamento manual ou automático, instalado no sub-ramal de 
alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinado a permitir a utilização da 
água para suas limpezas. 
r) Válvula redutora de pressão 
Válvula que mantém a jusante uma pressão estabelecida, qualquer que seja a 
pressão dinâmica à montante. 
 
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2.3 - Dados para o projeto 
 
2.3.1 - Conceitos 
a) Sistemas de abastecimento 
É mais usual ser a rede de distribuição predial alimentada por distribuidor 
público, porém poderá ser feita por fonte particular (nascentes, poços, etc). 
 
b) Instalação predial de água fria 
A instalação predial de água fria é o conjunto de tubulações, equipamentos, 
reservatórios e dispositivos, existentes a partir do ramal predial, destinado ao 
abastecimento dos pontos de utilização de água no prédio, em quantidade suficiente, 
mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento. 
 
Figura 1 - Ramal predial, Instalação predial de água, Alimentador predial e 
Rede predial de distribuição. 
 
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Figura 2 - Ramal predial e Alimentador predial e seus componentes. 
 
c) Rede predial de distribuição 
A rede predial de distribuição é o conjunto de tubulações, compreendido pelos 
barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes 
elementos. 
 
2.3.2 - Alimentação da rede predial de distribuição ou Sistemas de 
distribuição 
a) Sistema de distribuição direta 
A alimentação da rede de distribuição é feita diretamente da rede pública de 
abastecimento (sem reservatório) (Figura 3). 
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Figura 3 - Sistema de distribuição direta (Creder, 1991, p. 7). 
 
b) Sistema de distribuição indireta (sem bombeamento ou por gravidade) 
A alimentação da rede de distribuição é feita através de reservatório superior 
(Figura 4). 
 
Figura 4 - Sistema de distribuição indireta (por gravidade ou sem bombeamento). 
(Creder, 1991, p. 8). 
 
c) Sistema de distribuição indireta (com bombeamento) 
A alimentação da rede de distribuição é feita a partir de reservatório superior, o 
qual é alimentado por bombeamento, através de um reservatório inferior (Figura 5). 
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Figura 5 - Sistema de distribuição indireta (com bombeamento). 
(Creder, 1991, p. 8). 
 
d) Sistema de distribuição misto 
A alimentação da rede de distribuição é feita, parte diretamente pela rede 
pública de abastecimento e parte pelo reservatório superior (Figuras 6 e 7). 
 
Figura 6 - Sistema de distribuição misto. 
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Figura 7 - Representação esquemática de um Sistema de distribuição misto. 
 
Observações importantes: (Creder, 1991, p. 7 e 8). 
a) No Sistema de distribuição direta 
Situação: Quando a pressão (10 m.c.a) da rede pública é suficiente; 
Então: sem necessidade de reservatório, desde que haja continuidade do 
abastecimento, isto é, não pode haver interrupção do abastecimento de água, e todos 
os pontos da residência têm que ser abastecidos. Usa-se o Sistema de distribuição 
direta. 
b) No Sistema de distribuição indireta (sem bombeamento e por gravidade) 
Situação: a pressão é suficiente, mas sem continuidade, isto é, pode haver 
interrupção no abastecimento de água; 
Então: há necessidade de prevermos um reservatório superior e a alimentação do 
prédio será descendente (cima p/ baixo). É o caso comum em residências de até dois 
pavimentos. 
 
 
 
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c) No Sistema de distribuição indireta (com bombeamento) 
Além da pressão insuficiente da rede de abastecimento, há descontinuidade, 
somos forçados a ter dois reservatórios, um inferior e outro superior, além da 
necessidade de bombeamento. 
A distribuição será descendente (cima p/ baixo). É o caso mais usual em grandes 
edifícios, onde se exigem grandes reservatórios de acumulação (cisternas), sendo 
imprescindíveis às bombas de recalque. 
 
2.4 - Consumo predial (Creder, 1991, p. 9). 
 
Determinaçãodo consumo residencial diário (Creder, 1991, p. 9). 
Exemplo: 
Características da edificação: 
a) Edifício de 10 pavimentos 
b) 2 apartamentos/pavimento 
c) Cada apto possui 3 dormitórios, sendo: 
02 dormitórios → A = 15 m² → 
01 dormitório → A = 10 m² → 
 
Observação importante: 
● Dormitórios maior que 12 m² = considera-se 3 pessoas. 
● Dormitórios menor que 12 m² = considera-se 2 pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 1.2 - Consumo predial. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 10). 
Prédio Consumo (litros) 
Alojamentos provisórios 80 per capita 
Casas populares ou rurais 120 per capita 
Residências 150 per capita 
Apartamentos 200 per capita 
Hotéis (s/ cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspede 
Hospitais 250 por leito 
Escolas - internatos 150 per capita 
Escolas - externatos 50 per capita 
Quartéis 150 per capita 
Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita 
Escritórios 50 per capita 
Cinemas e teatros 2 por lugar 
Templos 2 por lugar 
Restaurantes e similares 25 por refeição 
Garagens 50 por automóvel 
Lavanderias 30 por Kg de roupa seca 
Mercados 5 por m² de área 
Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida 
Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida 
Fábricas em geral (uso pessoal) 70 por operário 
Postos de serviço p/ automóvel 150 por veículo 
Cavalariças 100 por cavalo 
Jardins 1,5 por m² 
 
2.5 - Capacidade dos reservatórios (Creder, 1991, p. 10). 
 
Dimensionamento dos reservatórios (Creder, 1991, p. 10). 
Considerações importantes: 
→ O reservatório inferior (RI) deve armazenar 3/5 do consumo, ou seja, 0,6 ou 
60% da capacidade (Sugestão da Norma Técnica); 
→ O reservatório superior (RS) deve armazenar 2/5 do consumo, ou seja, 0,4 ou 
40% da capacidade (Sugestão da Norma Técnica); 
→ Devemos prever também a reserva de incêndio, estimado em 15 a 20% do 
consumo diário (Método Creder, 1991, p. 10). 
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15 
Então: 
A capacidade do RI > RS. 
RS: 40% 
RI: 60% 
Exemplos: 
a) Dimensionar as capacidades do reservatório inferior (RI) e reservatório 
superior (RS) da vazão calculada. Desconsiderar a reserva de incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Dimensionar as capacidades dos RI e RS da vazão calculada. Considerar a 
reserva de incêndio de 20% (Método Creder). 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício prático 
 
Dimensionar o reservatório inferior e superior de um edifício de apartamentos de 
10 pavimentos, com 04 apartamentos por pavimento, tendo cada apartamento 03 
dormitórios sociais com menos de 12 m² e um dormitório de empregada com menos 
de 12 m², mais o apartamento do zelador. Considerar a reserva de incêndio de 20%. 
Qual a capacidade dos reservatórios superior e inferior pelo Método de Creder. 
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2.5.1 - Reserva de incêndio (Conforme NBR 13714/2000) 
 
A NBR 13714/2000 classifica os sistemas hidráulicos de combate à incêndios 
em três categorias denominadas: 
a) Sistema “Tipo 1”; 
b) Sistema “Tipo 2”; 
c) Sistema “Tipo 3”. 
Conforme o tipo de sistema exigido, a reserva de água destinada para combate à 
incêndio será diferente. Por exemplo, um edifício de apartamentos com altura de 20 
m (> 12m) exigiria um Sistema Tipo 1 (c/ mangueira de diâmetro interno 25mm e 
esguicho regulável) com uma reserva de incêndio suficiente para que duas saídas 
pudessem fornecer 80 l/min durante 60 min (Sistema Mangotinho), isto é: 
 
 
 
Versões anteriores desta Norma preconizavam, para o mesmo prédio, o Sistema 
de Hidrante (mangueira de diâmetro 40 mm e esguicho de jato compacto de 16 mm) 
com duas saídas funcionando simultaneamente e fornecendo 250 l/min durante 30 
min, cada um deles. Neste caso, teremos: 
 
 
 
Nota: Talvez pelo fato do Sistema de Mangotinhos ser de custo mais elevado, o 
seu emprego não tem sido muito difundido e em muitas localidades o Corpo de 
Bombeiros tem tolerado ou, até mesmo exigido, o emprego do segundo sistema 
(Sistema de Hidrante). 
 
 
 
 
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2.6 - Consumo Máximo Provável (Creder, 1991, p. 11). 
 
A expressão abaixo dá uma idéia da vazão provável em função dos “pesos” 
atribuídos às peças de utilização. 
∑= PCQ 
Onde: 
Q - vazão em ℓ/s; 
C - coeficiente de descarga = 0,30 ℓ/s; 
∑ P - soma dos pesos de todas as peças de utilização. 
De posse desses dados, organiza-se um ábaco que forneça as vazões em função 
dos pesos. Conhecido às vazões, pode fazer um pré-dimensionamento dos 
encanamentos pela “capacidade de descarga dos canos”, de acordo com o ábaco da 
Figura 1.5a. (Creder, 1991, p. 13). 
Tabela 1.3 - Pesos e vazões das peças de utilização. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 11). 
Peças de utilização Vazão (l/s) Peso 
Bacia sanitária com caixa de descarga 0,15 0,30 
Bacia sanitária com válvula de descarga 1,90 40,0 
Banheira 0,30 1,0 
Bebedouro 0,05 0,1 
Bidê 0,10 0,1 
Chuveiro 0,20 0,5 
Lavatório 0,20 0,5 
Máquina de lavar prato ou roupa 0,30 1,0 
Mictório auto-aspirante 0,50 2,8 
Mictório de descarga contínua, por metro ou por 
aparelho 0,075 0,2 
Mictório de descarga descontínua 0,15 0,3 
Pia de despejo 0,30 1,0 
Pia de cozinha 0,25 0,7 
Tanque de lavar roupa 0,30 1,0 
 
 
 
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Tabela 1.4 - Dimensões das tubulações de P.V.C. 
(Fonte: Apostila SOUZA, J.F.A.). 
Dimensões Bitola Soldáveis Roscáveis 
DN Ref DE (mm) 
e 
(mm) 
Di 
(mm) 
DE 
(mm) 
e 
(mm) 
Di 
(mm) 
15 ½” 20 1,5 17,0 21,0 2,6 15,8 
20 ¾” 25 1,7 21,6 26,5 2,9 20,7 
25 1” 32 2,1 27,8 33,2 3,5 26,2 
32 1 ¼” 40 2,4 35,2 42,0 3,7 34,6 
40 1 ½” 50 3,0 44,0 48,0 4,4 39,2 
50 2” 60 3,3 53,4 60,0 4,7 50,6 
60 2 ½” 75 4,2 66,6 75,5 4,7 66,1 
75 3” 85 4,7 75,6 88,3 4,8 78,7 
100 4” 110 6,1 97,8 113,1 5,0 103,1 
Observação: Todos os cálculos de perda de carga que se fizerem necessários no 
dimensionamento da instalação de água fria, serão feitos com base na fórmula de 
Fair-Whipple-Hsiao, onde o diâmetro a considerar é o Di conforme item A.2.1 da 
NBR 5626/1998. 
 
Tabela 1.5 - Faixas de uso da bitola de válvulas de descarga HYDRA. 
(Fonte: Apostila SOUZA, J.F.A.). 
Bitola da válvula nº Altura da coluna d’água (m) 
1 ½” - 2,5 a 6 
1 ¼” 1 6 a 18 
1 ¼” 2 18 a 33 
1 ¼” 3 33 a 51 
Observação: Salientamos a necessidade de observância das faixasde uso para cada 
tipo de válvula, quando da instalação das mesmas, para um funcionamento perfeito. 
Para que não haja dúvida, cada modelo de válvula de 1 ¼” recebe uma etiqueta na 
tampa, identificando quanto ao número e uso. Em caso de a válvula Hydra de 1 ¼” 
ser instalada com o número errado em relação à coluna d’água, basta uma simples 
troca de êmbolo. Essa troca poderá ser efetuada pela Assistência Técnica ou técnico 
capacitado. 
 
 
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19 
 
Figura 8 - Diâmetros e vazões em função dos pesos. 
Figura 1.5a. Instalações de água fria. Ábaco para cálculo das tubulações. 
(Creder, 1991, p. 13). 
 
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20 
Exemplo: 
Dimensionar um encanamento (ramal) que alimenta um banheiro, com as 
seguintes peças: 01 vaso sanitário com válvula de descarga, 01 lavatório, 01 bidê, 01 
banheira e 01 chuveiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra situação para dimensionamento do ramal e inclusive os sub-ramais: 
Representação esquemática - Consumo Máximo Provável 
 
 
 
 
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21 
Outra situação para dimensionamento de ramal e sub-ramais: 
Representação esquemática - Consumo Máximo Provável 
 
 
2.6.1 - Pré-Dimensionamento das Colunas de Água Fria (CAF) 
Ábaco (Creder, 1991, p.13). 
Tendo a seguinte situação ou característica da edificação. 
● Prédio com 12 andares. 
● Com reservatório inferior (RI) e reservatório superior (RS). O RS é duplo, isto 
é, é dividido em A e B. 
● Considerar uma CAF para o banheiro e uma CAF para cozinha e área de 
serviço. 
Exercício Prático 
01 banheiro 01 Chuveiro 01 Cozinha 01 Pia de cozinha 
 01 Lavatório 01 MLL (Louça) 
 01 Bidê 
 01 VSVD 01 Área de Serviço 01 Tanque 
 01 Banheira 01 MLR (Roupa) 
 
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23 
Exercício prático 
Determinar os diâmetros das tubulações do ramal e sub-ramais da instalação de 
água fria a seguir: 
 
Figura 9 - Estereograma de uma instalação de água fria. 
 
2.6.2 - Ventilação da Coluna (CAF) 
 
A Norma NB-92/80 nos diz que, nos casos de instalações que contenham 
válvulas de descarga, a coluna de distribuição ou a coluna de água fria (CAF) 
deverá ser ventilada. 
Essa ventilação deverá: 
– Ser ligada à coluna, após o registro de passagem (registro de gaveta) existente 
(Figura 9). 
– Ter a sua extremidade superior livre, acima do nível máximo d’água do 
reservatório (Figura 9). 
Ter o diâmetro igual ou superior ao da coluna (CAF) (Figura 9). 
Observação importante: 
Para o caso do exemplo anterior, o diâmetro do da ventilação da coluna deverá 
ser, no mínimo, de 40 mm. 
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24 
 
Figura 10 - Detalhe das ligações no reservatório e ventilação da coluna. 
 
2.6.3 - Por que Ventilar a Coluna? 
 
Caso não haja ventilação na coluna, podem ocorrer os seguintes problemas: 
1°) Seria a possibilidade de contaminação da instalação devida ao fenômeno 
chamado de retrosifonagem (pressões negativas na rede, que causam a entrada de 
germes através do sub-ramal do vaso sanitário, bidê ou banheira). 
2°) Nas tubulações, sempre ocorrem bolhas de ar, que normalmente 
acompanham o fluxo de água, causando a diminuição das vazões das tubulações. 
Se existir a ventilação na coluna (CAF), essas bolhas serão expulsas, 
melhorando o desempenho final das peças de utilização. 
3°) Em caso de esvaziamento da rede por falta d’água, pode ocorrer acúmulo de 
ar e, quando volta ou retorna a mesma (água) a encher, o ar fica “preso”, dificultando 
a passagem da água. Nesse caso, a ventilação da coluna permitirá a expulsão do ar 
acumulado. 
Para melhorar ainda mais o desempenho, instale o barrilete com um pequeno 
caimento no sentido do fluxo de água e evite formar sifões nas instalações (Figura 
11). 
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25 
 
Figura 11 - Exemplo de como evitar sifões nas Instalações de Água Fria. 
 
2.7 - Consumo Máximo Possível 
 
Toda a tubulação das instalações predial de água fria é direcionada para 
funcionar como condutos forçados. 
Então, existem dois métodos para dimensionar ramais e sub-ramais: 
1) Consumo Máximo Provável (já visto) → Utiliza-se os pesos das peças de 
utilização e pelo ábaco. 
2) Consumo Máximo Possível (veremos) → Utiliza-se o diâmetro da canalização 
dos sub-ramais (pol) e pela seção equivalente (n° de canos de ½” com a mesma 
capacidade). 
Como funciona isto? 
Exemplos: 
a) Dimensionar um ramal para atender às seguintes peças de utilização, 
imaginando que são de uso simultâneo, em instalação de serviço de residência. 
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26 
 
 
 
b) Dimensionar um ramal pelo método do Consumo Máximo Possível, para 
atender às seguintes peças de utilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 1.8 - Diâmetros dos Sub-Ramais (Mínimos). 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 20). 
Peças de utilização Diâmetros (DN mm e Ref. pol.). 
Aquecedor de baixa pressão 20 ¾” 
Aquecedor de alta pressão 15 ½” 
Bacia sanitária com caixa de descarga 15 ½”Bacia sanitária com válvula de descarga∗ 32 1 ¼” 
Bacia sanitária com válvula de descarga∗ 40 1 ½” 
Banheira 15-20 ½” - ¾” 
Bebedouro 15 ½” 
Bidê 15 ½” 
Chuveiro 20 ¾” 
Filtro de pressão 15 ½” 
Lavatório 15 ½” 
Máquina de lavar pratos ou roupa 20 ¾” 
Mictório auto-aspirante 20 ¾” 
Mictório de descarga descontínua 15 ½” 
Pia de despejo 20 ¾” 
Pia de cozinha 15 ½” 
Tanque de lavar roupa 20 ¾” 
∗ Para válvulas de descarga, o diâmetro do sub-ramal fica na dependência da pressão 
disponível. Por exemplo, a DECA recomenda que para residências de até 2 
pavimentos, utiliza-se a válvula Hydra de 1 ½”. Para as residências de 3 ou mais 
pavimentos, e para edifícios, deve-se observar a tabela 1.5 pg. 18 desta apostila. 
As recomendações da DOCOL podem ser observadas da seguinte forma: 
VDRI 484 ∅∅∅∅ 1 ½” →→→→ 1,5 a 15 m.c.a. = casas térreas, sobrados e os últimos 3 
pavimentos de edifícios. 
VDRI 484AP ∅∅∅∅ 1 ¼” →→→→ 10 a 40 m.c.a = edifícios exceto os 3 últimos pavimentos. 
 
Tabela 1.9 - Diâmetros dos Ramais - Seções Equivalentes. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 20). 
Diâmetro dos 
canos (pol). ½” ¾” 1” 1 ¼” 1 ½” 2” 2 ½” 3” 4” 
Nº de canos 
de ½” com a 
mesma 
capacidade 
1 2,9 6,2 10,9 17,4 37,8 65,5 110,5 189 
 
 
 
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28 
2.8 - Dimensionamento do Barrilete (Creder, 1991, p. 33). 
 
Chama-se Barrilete ou Colar a tubulação que interliga as duas metades da caixa 
d’água e de onde partem as colunas de água. 
Podem ser do tipo ramificado e do tipo concentrado. 
 
Figura 12 - Representação esquemática do barrilete ramificado. 
 
Figura 13 - Representação esquemática de um barrilete concentrado. 
 
O Barrilete concentrado tem a vantagem de concentrar o registro de todas as 
colunas em uma única região (em geral, na cobertura ou no playground), porém exige 
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29 
espaço amplo. Normalmente, os barriletes concentrados são fechados por porta com 
chave, e só uma pessoa credenciada tem acesso a eles (porteiro, zelador, etc). 
O tipo ramificado tem o inconveniente de espalhar muito os registros das 
colunas, porém é uma solução muito mais econômica. 
O Barrilete pode ser dimensionado segundo dois métodos: 
1°) Método de Hunter 
a) É fixada a perda de carga (J) em 8%, e calculamos a vazão como se cada 
metade da caixa d’água atendesse à metade das colunas; 
b) Conhecendo J e Q, entrar no ábaco de Fair-Whipple-Hsiao - Fig. 1.9 (Creder, 
1991, p. 23) e determinar o diâmetro D. 
 
2°) Método das Seções Equivalentes 
Este método, às vezes, conduz a diâmetros um pouco exagerados. 
Exemplo - Método de Hunter 
 
 
 
 
 
 
 
 
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30 
Exercício 
Dimensionar um barrilete concentrado de um reservatório duplo pelo método de 
Hunter com as seguintes características e vazões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 
 
Figura 14 - Isométrico geral de um sistema elevatório de um edifício. 
 
 
 
 
 
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32 
 
Figura 15 - Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de cobre e PVC. 
(Creder, 1991, p. 23). 
 
 
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33 
 
Figura 16 - Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de aço galvanizado e ferro 
fundido. (Creder, 1991, p. 22). 
 
 
 
 
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2.9 - Dimensionamento de Encanamentos de Recalque (Creder, 1991, p. 34). 
 
Chama-se recalque o encanamento que vai da bomba ao reservatório superior. 
Pela NB-92/80, NBR 5626, a capacidade horária mínima da bomba é de 15% do 
consumo diário. Como dado prático, podemos tomar 20%, o que obriga a bomba a 
funcionar durante 5 horas, para recalcar o consumo diário. 
O dimensionamento do recalque baseia-se na fórmula de Forchheimer: 
4
..3,1 XQD = 
Onde: 
D - é o diâmetro, em metros; 
Q - é a vazão, em m³/s; 
X = 
horas
cionamentohorasdefun
24
 
Esta fórmula originou o Ábaco da Fig. 1.16. 
 
Figura 17 - Ábaco para a determinação do diâmetro econômico (Forchheimer). 
(Creder, 1991, p. 35). 
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35 
Exemplo: 
Dimensionar a tubulação de recalque de um reservatório superior onde será 
bombeado o consumo diário de 68.160 litros. A hora de funcionamento diário é de 5 
horas. 
 
 
 
 
 
 
 
2.10 - Pressão nas Instalações (Prediais de Água Fria) 
 
Nas instalações prediais, devemos considerar dois tipos de pressão: 
─ a pressão estática; e a; 
─ a pressão de serviço. 
Com relação à pressão estática, a Norma Técnica diz o seguinte: 
“Em uma instalação predial de água fria, em qualquer ponto, a pressão 
estática máxima não deve superar a 40 m.c.a”. 
Isto significa que a diferença entre o nível máximo do reservatório superior e o 
ponto mais baixo da instalação predial não deve ser maior do que 40 metros. 
Então: pergunta-se: 
Como podemos, então, resolver o problema, caso tenhamos um edifício com 
mais de 40 metros de altura? 
Resposta: A solução para isto deve ser prevista pelo engenheiro projetista, 
adotando um ou mais reservatórios intermediários, de tal forma que as pressões 
estáticas máximas não superem os 40 m.c.a. previstos na Norma Técnica. 
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Figura 18 - Reservatório intermediário alimentando andares inferiores. 
 
Uma outra solução, também possível de se adotar é o uso de válvulas redutoras 
de pressão (ou de quebra de pressão), as quais substituem a utilização dos 
reservatórios intermediários. 
 
Figura 19 - Uso de válvulas redutoras de pressão substituindo reservatórios 
intermediários. 
 
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Observação: 
a) No caso das Figuras 18 e 19, a tubulação de recalque deverá ser da linha 
“PBS classe 20”. Recomenda-se uma válvula de retenção (VR) no meio da linha de 
recalque (Figura 18 e 19), a fim de aliviar o impacto na ocasião do desligamento da 
bomba. 
No que diz respeito às pressões de serviço (que são as pressões máximas a que 
se pode submeter um tubo, conexão, válvula ou outro dispositivo, quando em uso 
normal), a NB-92/80 diz o seguinte: 
“O fechamento de qualquer peça de utilização, não pode provocar 
sobrepressão (Golpe de Ariete) em qualquer ponto da instalação, maior que 20 
m.c.a., acima da pressão estática neste mesmo ponto”. 
Isto quer dizer que a pressão de serviço não deve ser superada em 60 m.c.a., 
pois é o resultado da máxima pressão estática, 40 m.c.a., somada à máxima 
sobrepressão (Golpe de Ariete) 20 m.c.a. 
Considera-se este tópico da Norma Técnica muito importante, pois, são 
conhecidos casos em que as instalações prediais foram executadas com válvulas de 
descarga inadequadas causadoras de sobrepressões (Golpes de Ariete), com 
valores de até sete vezes a pressão estática. Isto é, 7 x 40 m.c.a. = 280 m.c.a. 
 
Observação importante: 
Alguns profissionais, que executam instalação em prédios com grandes alturas, 
utilizam, às vezes, tubos metálicos, pensando que os mesmos são “mais fortes” e 
resistem a maiores pressões. 
Na realidade, a Norma Técnica não faz distinção sobre qual ou quais os 
materiais que devem compor as tubulações das instalações. Dessa forma, a pressão 
estática máxima de 40 m.c.a., deve ser obedecida em qualquer caso, 
independentemente dos materiais dos tubos. Tanto faz se forem de PVC, cobre ou 
ferro. 
 
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2.10 - Golpe de Ariete 
 
2.10.1 - Histórico 
 
Existe um fenômeno em hidráulica conhecido de Golpe de Ariete. A origem do 
nome Golpe de Ariete provém de uma antiga arma de guerra, formada por um 
tronco, com uma peça de bronze semelhante a uma cabeça de carneiro numa das 
extremidades, que era usada para golpear portas e muralhas, para arrombá-las. 
 
Figura 20 - Arma de guerra, formada por um tronco, com uma peça de bronze 
semelhante a uma cabeça de carneiro. 
 
2.10.2 - O Golpe de Ariete em Hidráulica 
 
Nas instalações hidráulicas ocorre um fenômeno semelhante quando a água, ao 
descer com velocidade elevada pela tubulação, é bruscamente interrompida, ficando 
os equipamentos da instalação sujeitos a golpes de grande intensidade (elevação de 
pressão). 
Explicando: se um líquido, ao passar por uma calha, tiver sua corrente 
bruscamente interrompida, seu nível subirá rapidamente, passando a escorrer pelos 
lados. 
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Se tal fenômeno for observado dentro de um tubo, o líquido, não tendo por onde 
sair provocará um aumento de pressão contra as paredes do tubo, causando sérias 
conseqüências na instalação. 
 
Figura 21 - Válvula de descarga fechada 
 
 
Figura 22 - Válvula aberta. Figura 23 - Fechamento rápido da 
válvula. 
 
 
Considerações importantes: 
 
a) Já existem algumas marcas de válvulas de descarga que possuem dispositivos 
antigolpes de ariete, os quais fazem com que o fechamento da válvula se torne 
mais suave, amenizando quase que totalmente os efeitos desse fenômeno. 
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b) As caixas de descarga de embutir e acopladas, são sempre preferíveis em 
prédios residenciais porque: 
─ consomem menos água; 
─ não fazem barulho; 
─ e não provocam golpes de ariete. 
Além disso, as tubulações de alimentação das caixas, por serem de bitolas 
menores do que as que alimentam as válvulas, proporcionam economia no custo das 
instalações. 
c) Nas instalações prediais, alguns tipos de válvulas de descarga e registros de 
fechamento rápido provocam o efeito do Golpe de Ariete, que tem como principal 
conseqüência, danos nos equipamentos da instalação = prejuízos. 
d) Na utilização de válvulas de descarga, tubos e conexões em prédios de mais 
de dois andares, sempre lembrar dos problemas de Golpe de Ariete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS 
 
3.1 - Generalidades 
 
As instruções deste capítulo serão baseadas na Norma Técnica da ABNT NBR-
8160 e NB-19/80, de Instalações Prediais de Esgotos Sanitários. 
 
3.2 - Conceitos (NBR 8160) 
 
3.2.1 - Aparelhos Sanitários, Sifões e Ralos 
 
a) Aparelhos Sanitários são aparelhos que ligados à instalação predial, 
destinam-se ao uso da água para fins higiênicos. 
 
Figura 1 - Banheira, Lavatório, Bidê e Vaso Sanitário. 
 
b) Sifões ou Desconectores são dispositivos que contém uma camada líquida 
chamada de fecho hídrico, destinada a vedar a passagem dos gases contidos nos 
esgotos. Ex: Caixa sifonada, vaso sanitário, sifão para pia e lavatório, mictórios. 
 
Figura 2 - Sifão para pia e lavatório; e; caixa sifonada. 
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Observação: A NB-19/80 recomenda um mínimo de 5cm para a altura dos 
fechos hídricos dos sifões ou desconectores. 
 
c) Caixa Sifonada caixa dotada de fecho hídrico destinada a receber efluentes 
da instalação secundária de esgotos (Creder, 1991, p. 233). 
 
 
Figura 3 - Caixa Sifonada. Figura 4 - Componentes da caixa sifonada. 
 
d) Ralos são caixas dotados de grelha na parte superior, destinados a receber as 
águas de chuveiros ou lavagem de pisos. Quando contém sifão, denominam-se ralos 
sifonados. Ex: Ralo Sifonado Cônico, Ralo Sifonado Cilíndrico e Ralo Seco Cônico. 
 
Figura 5 - Ralo Sifonado Cônico,Ralo Sifonado Cilíndrico e Ralo Seco Cônico. 
 
3.2.2 - Instalação Primária e Secundária de Esgotos 
 
a) Instalação Primária de Esgotos é o conjunto de tubulações e dispositivos 
que contém gases provenientes do coletor público ou da fossa séptica. 
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43 
 
Figura 6 - Retorno de gases devido à inexistência de sifão na caixa sifonada. 
 
b) Instalação Secundária de Esgotos é o conjunto de tubulações e dispositivos 
onde não há acesso os gases referidos anteriormente. Nesse caso a passagem dos 
gases é bloqueada pelos fechos hídricos dos sifões ou desconectores. 
 
Figura 7 - Instalação Primária e Secundária de Esgotos. 
 
 
 
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3.2.3 - Ramal de Descarga, Ramal de Esgoto, Tubo de Queda e Subcoletores 
 
a) Ramal de descarga é a tubulação que recebe diretamente os efluentes dos 
aparelhos sanitários (Figura 8). 
b) Ramal de esgoto recebe os efluentes dos ramais de descarga (Figura 8). 
c) Tubo de queda é a tubulação vertical, existente nos prédios de dois ou mais 
andares, e que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de descarga 
(Figura 8). 
d) Subcoletor é a tubulação horizontal que recebe os efluentes de um ou mais 
tubos de queda ou de ramais de esgoto (Figura 8). 
 
Figura 8 - Ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda e subcoletor. 
 
3.2.4 - Tubo Ventilador, Coluna de Ventilação e Ramal de Ventilação 
 
Tubo ventilador é o tubo destinado a possibilitar o escoamento de ar da 
atmosfera para o interior da instalação de esgotos e vice-versa, com a finalidade de 
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protegê-la contra possíveis rupturas dos fechos hídricos dos sifões ou desconectores 
(caixas sifonadas, vasos sanitários, mictórios). 
O tubo ventilador, quando se desenvolve por um ou mais andares, denomina-se 
coluna de ventilação (Figura 9). 
A extremidade superior da coluna de ventilação, nesse caso, deve ser aberta à 
atmosfera e ultrapassar o telhado, em no mínimo 30 cm. 
 
Figura 9 - Coluna de ventilação e Ramal de ventilação. 
 
O ramal de ventilação é o trecho de uma tubulação de ventilação que interliga o 
ramal de esgoto a uma coluna de ventilação (Figura 9 e 10). 
 
Figura 10 - Ramal de ventilação e ramal de esgoto. 
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3.2.5 - Caixas de Distribuição e Caixas de Inspeção 
 
a) Caixas de Inspeção são caixas destinadas a permitir a inspeção, limpeza e 
desobstrução das tubulações. 
 
Figura 11 - Caixa de Inspeção. 
Observação importante: 
Nos casos de colunas (trechos verticais) ou linhas horizontais suspensas (sub-
solos), ou mesmo junto aos pés de coluna, pode-se utilizar, para inspeção e limpeza, o 
tê de inspeção (Figura 12). 
Também, na mesma figura, a curva 87° 30’ branca, com bolsas, para pé-de-
coluna. Esta peça é dimensionada com uma maior espessura de parede, para resistir a 
eventuais golpes de objetos que possam caiar e chocar-se com as curvas pé-de-
coluna. 
 
Figura 12 - Tubo de queda, Tê de inspeção e Curva 87° 30’ curta para pé-de-coluna. 
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47 
b) Caixas de Distribuição são as caixas destinadas a receber o esgoto, por 
exemplo, da fossa séptica, e distribuí-lo proporcionalmente às valas de filtração 
(Sistema de Irrigação Sub-Superficial). 
 
Figura 13 - Fossa séptica, caixa de distribuição e sistema de irrigação sub-superficial. 
 
3.3 - Dimensionamento das Instalações Prediais de Esgotos Sanitários 
 
A Norma que fixa as exigências mínimas, pelas quais devem, ser projetadas e 
executadas as instalações prediais de esgotos sanitários, é a NB-19/80 (NBR 8160). 
 
3.3.1 - Como dimensionar? 
a) Ramais de descarga 
O dimensionamento dos ramais de descarga é feito através da Unidade Hunter 
de Contribuição (UHC) dos aparelhos sanitários (tabela 3.1 pg. 241). 
 
Exemplo prático 
1) Para um edifício com 04 pavimentos, projetar e dimensionar as tubulações de 
esgoto com seus respectivos diâmetros, UHC e identificando, conforme esquema 
abaixo, o seguinte: 
a) Ramais de Descarga; 
b) Ramal de Esgoto; 
c) Tubo de Queda (TQ); 
d) Ramal de Ventilação (RV); 
e) Coluna de Ventilação (CV); 
f) Subcoletores (Utilizar declividade 1%); 
g) Caixa Sifonada, Ralo Sifonado ou Ralo Seco. 
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48 
Observações importantes: 
a) Para o lavatório utilizar a UHC referente a lavatório de residência; 
b) Para o chuveiro utilizar a UHC referente a chuveiro de residência. 
 
 
 
 
 
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49 
Tabela 3.1 - Unidade Hunter de Contribuição dos Aparelhos Sanitários e 
 Diâmetro Nominal dos Ramais de Descarga. (Adaptado de Creder, 1991, p. 241). 
Aparelho 
Número de 
Unidade Hunter 
de Contribuição 
Diâmetro Nominal 
do Ramal de 
Descarga - DN 
Banheira de residência 3 40 
Banheira de uso geral 4 40 
Banheira hidroterápica - fluxo contínuo 6 75 
Banheira de emergência (hospital) 4 40 
Banheira infantil (hospital) 2 40 
Bacia de assento (hidroterápica) 2 40 
Bebedouro 0,5 30 
Bidê 2 30 
Chuveiro de residência 2 40 
Chuveiro coletivo 4 40 
Chuveiro hidroterápico 4 75 
Chuveiro hidroterápico tipo tubular 4 75 
Ducha escocesa 6 75 
Ducha perineal 2 30 
Lavador de comadre 6 100 
Lavatório de residência 1 30 
Lavatório geral 2 40 
Lavatório quarto de enfermeira 1 30 
Lavabo cirúrgico 3 40 
Lava pernas (hidroterápico) 3 50 
Lava braços (hidroterápico) 3 50 
Lava pés (hidroterápico) 2 50 
Mictório - válvula de descarga 6 75 
Mictório - caixa de descarga 5 50 
Mictório - descarga automática 2 40 
Pia de residência 3 40 
Pia de serviço (despejo) 5 75 
Pia de laboratório 2 40 
Pia de lavagem de instrumentos (hospital) 2 40 
Pia de cozinha industrial - preparação 3 40 
Pia de cozinha industrial - lavagemde panelas 4 50 
Tanque de lavar roupa 3 40 
Máquinas de lavar pratos 4 75 
Máquina de lavar roupa até 30 Kg 10 75 
Máquina de lavar roupa até 30 Kg até 60 Kg 12 100 
Máquina de lavar roupa acima de 60 Kg 14 150 
Vaso sanitário 6 100 
Nota: O diâmetro nominal indicado nesta Tabela é relacionado com o número de Unidades Hunter de Contribuição é 
considerado como mínimo. Ref: Tabela. 1 da NB-19/1983. 
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Tabela 3.3 - Dimensionamento de Coletores Prediais e Subcoletores. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 243). 
Número Máximo de Unidades Hunter de Contribuição Diâmetro Nominal 
do Tubo - DN 
Declividades Mínimas (%) 
 0,5 1 2 4 
100 - 180 216 250 
150 - 700 840 1.000 
200 1.400 1.600 1.920 2.300 
250 2.500 2.900 3.500 4.200 
300 3.900 4.600 5.600 6.700 
400 7.000 8.300 10.000 12.000 
Ref: Tabela 3 da NB-19/1983. 
 
Tabela 3.4 - Dimensionamento de Tubos de Queda. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 243). 
Número Máximo de Unidades Hunter de Contribuição 
Prédio com mais de 3 pavimentos Diâmetro Nominal do Tubo – DN Prédio de até 3 pavimentos em 1 pavimento em todo o tubo 
30 2 1 2 
40 4 2 8 
50 10 6 24 
75 30 16 70 
100 240 90 500 
150 960 350 1.900 
200 2.200 600 3.600 
250 3.800 1.000 5.600 
300 6.000 1.500 8.400 
Nota: Deve ser usado o diâmetro mínimo DN 100 para as tubulações que recebem 
despejos de vasos sanitários. Ref: Tabela 4 da NB-19/1983. 
 
Tabela 3.5 - Dimensionamento de Ramais de Esgoto. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 244). 
Diâmetro Nominal 
do tubo - DN 
Número Máximo de Unidades 
Hunter de Contribuição 
30 1 
40 3 
50 6 
75 20 
100 160 
150 620 
Ref: Tabela 5 da NB-19/1983. 
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51 
Tabela 3.7 - Dimensionamento de Ramais de Ventilação. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 244). 
Grupo de Aparelhos Sem Vasos 
Sanitários 
Grupo de Aparelhos Com Vasos 
Sanitários 
Número de 
Unidades Hunter 
de Contribuição 
Diâmetro Nominal 
do Ramal de 
Ventilação - DN 
Número de 
Unidades Hunter 
de Contribuição 
Diâmetro Nominal 
do Ramal de 
Ventilação - DN 
até 2 30 até 17 50 
3 a 12 40 18 a 60 75 
13 a 18 50 - - 
19 a 36 75 - - 
Ref: Tabela 8 da NB-19/1983. 
Tabela 3.8 - Dimensionamento de Colunas e Barriletes de Ventilação. 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 245). 
 
 
 
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52 
Considerações importantes 
1 - Ventilação 
a) A ventilação em uma instalação de esgotos é extremamente importante, uma 
vez que impede o rompimento dos fechos hídricos dos sifões, além de permitir a 
saída dos gases dos esgotos para a atmosfera. 
b) Para que a ventilação funcione com eficiência, à distância de qualquer sifão 
ou desconector (sifões da pia de cozinha, caixas sifonadas e vasos sanitários), até a 
ligação do tubo ventilador (ramal de ventilação) que o serve, deverá ser de, no 
máximo, 1,80 metros. 
 
Figura 14 - Comprimento máximo dos sifões ao ramal de ventilação. 
 
2 - Subcoletores 
Os subcoletores deverão possuir um diâmetro (mínimo) de DN 100mm, para 
uma declividade mínima de 1%, intercalados por caixas de inspeção ou conexões que 
possuem dispositivos para tal finalidade. Ex: tubo radial operculado com inspeção. 
 
Figura 15 - Tubo radial operculado com inspeção. 
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53 
Esses elementos de inspeção devem ser previstos sempre que houver mudança 
de direção do subcoletor, ou quando houver a interligação de outras tubulações ao 
subcoletor. 
 
Figura 16 - Subcoletores, caixas de inspeção e caixa de gordura. 
 
3 - Caixas de Inspeção 
Verificar as dimensões mínimas e máxima (profundidade) da caixa de inspeção, 
assim como as formas: 
a) Redonda; e; 
b) Quadrada. 
 
Figura 17 - Caixas de inspeção. 
 
 
 
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54 
 
4 - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS 
 
4.1 - Águas Pluviais 
A palavra PLUVIAL vem do latim “Pluvium” que significa chuva. Por isso se 
diz que as águas pluviais são aquelas águas que se originam a partir das 
precipitações ou chuvas. 
 
Figura 1 - Abrigos construídos pelo homem para se proteger das chuvas. 
 
4.2 - Porque coletar as Águas Pluviais 
A utilização de sistemas para coleta das águas de chuva permite ao homem 
diversas vantagens: 
─ Em uma residência, o sistema de coleta das águas de chuva permitirá um 
melhor escoamento dessas águas, evitando alagamentos, erosão do solo e outros 
problemas. 
 
Figura 2 - Alagamentos nas edificações devido às chuvas. 
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55 
─ Em regiões de seca, pode-se utilizar a água da chuva para o consumo 
doméstico, coletando-se e armazenando-se a mesma em cisternas ou em açudes. 
 
Figura 3 - Armazenamento das águas das chuvas em açudes. 
 
4.3 - Telhado, Água, Beiral e Platibanda 
 
O telhado é à parte de uma construção que tem por finalidade proteger as áreas 
construídas contra a ação do tempo (chuva, neve, calor e frio). 
 
Figura 4 - Telhado com finalidade de proteção contra a ação do tempo. 
 
Água é a área do telhado composta de uma superfície plana e que conduz para 
uma mesma direção as águas das chuvas. 
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56 
 
Figura 5 - Telhado com uma Água. 
 
O Beiral é a beirada do telhado ou o prolongamento deste telhado com a 
finalidade de proteger as construções do efeito da água da chuva (paredes, esquadrias, 
pintura, etc). 
 
Figura 6 - Beiral em uma edificação. 
 
A Platibanda é uma pequena murada utilizada para esconder o telhado das 
construções. 
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Figura 7 - Exemplo de uma Platibanda. 
 
4.4 - Caixa de Areia, Calhas e Condutores 
 
A caixa de areia é uma caixa, normalmente enterrada, utilizada para recolher 
detritos (areia, folhas, terra) contidos nas tubulações de águas pluviais, além de 
permitir a inspeção e limpeza do sistema. 
Esses detritos depositam-se no fundo da caixa, o que permite a sua retirada 
periódica. 
 
Figura 8 - Caixa de Areia, Condutor Vertical, Condutor Horizontal e Grade. 
 
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58 
As calhas são canais que recolhem as águas dos telhados, terraços, entre 
outros, encaminhando a um condutor-tubo de descida. 
Essas calhas, quando instaladas nos beirais de telhados, denominam-se calhas de 
beiral. 
 
Figura 9 - Calha de PVC (plástico). 
Condutores são tubulações destinadas a recolher as águas de calhas, coberturas, 
terraços e conduzi-las até a parte inferior dos edifícios, isto é, (dentro de uma caixa de 
areia ou não). 
 
Figura 10 - Condutor vertical de PVC (plástico). 
4.5 - Considerações importantes 
 
─ O sistema de esgotamento das águas pluviais deve ser completamente 
separado dos esgotos domésticos, evitando-se com isso a penetração dos gases dos 
esgotos primários no interior da habitação (Creder, 1991, p. 285). 
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59 
─ A água da chuva é um dos elementos mais danosos para a durabilidade e boa 
aparência das construções, cabendo ao instalador projetar o escoamento das mesmas, 
de modo a se realizar pelo mais curto trajeto e no menor tempo possível. 
─ Os códigos de obras dos municípios, em geral, proíbem o caimento livre da 
água dos telhados de prédios de mais de um pavimento, bem como o caimento em 
terrenos vizinhos, daí a necessidade de serem conduzidos aos condutores de Águas 
Pluviais (A.P.), que as dirigem às caixas de areia, no térreo, e daí aos coletores 
públicos de águas pluviais ou sarjetas dos logradouros públicos. 
 
4.6 - Projeto de Esgotamento das Águas Pluviais 
 
O projeto de esgotamento das águas pluviais deve obedecer às prescrições da 
NB-611 (Projeto) que rege as Instalações Prediais de Águas Pluviais. 
Esta norma aplica-se a drenagem de águas pluviais em cobertura e demais áreas 
associadas ao edifício, tais como terraços, pátios, quintais e similares. 
Esta norma (NB-611) não se aplica aos casos onde as vazões de projeto e as 
características de área exijam a utilização de boca de lobo e galerias pluviais. 
 
4.7 - Fatores Meteorológicos 
 
Para se determinar à intensidade pluviométrica (i) para fins de projeto, deve ser 
fixada a duração da precipitação (D) e do período de retorno (Tr) adequado, com base 
em dados pluviométricos locais. 
A Norma NB-611 fixa os períodos de retornos seguintes, de acordo com as 
características da área a ser drenada: 
Tr → 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados; 
Tr → 5 anos, para coberturas e/ou terraços; 
Tr → 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos 
não pode ser tolerado. 
A duração da precipitação (D) deve ser fixada em 5 minutos. 
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60 
4.8 - Vazão de Projeto 
 
A vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula: 
60
.AiQ = 
Onde: 
Q → é a vazão de projeto, em litros/min; 
i → é a intensidade pluviométrica, em mm/h; 
A → é a área de contribuição, em m². 
 
Áreas de contribuição 
a) Superfície plana horizontal b) Superfície plana inclinada 
 
 
Tabela 3.11 - Chuvas Intensas no Brasil (Duração - 5 minutos). 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 288). 
Intensidade Pluviométrica (mm/h) 
Período de Retorno (anos) Local 
1 5 25 
Bagé 126 204 234 
Belém 138 157 185 
Belo Horizonte 132 227 230 
Fernando de Noronha 110 120 140 
Florianópolis 114 120 144 
Fortaleza 120 156 180 
Goiânia 120 178 192 
João Pessoa 115 140 163 
Maceió 102 122 174 
Manaus 138 180 198 
Niterói (RJ) 130 183 250 
Porto Alegre 118 146 167 
Rio de Janeiro (Jardim Botânico) 122 167 227 
São Paulo (Santana) 122 172 191 
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61 
4.9 - Calhas 
 
O dimensionamento das calhas pode ser feito pela fórmula de Manning-
Strickler: 
2
1
3
2
... dR
n
SKQ
H
= 
Onde: 
Q → é a vazão de projeto, em litros/min; 
S → é a área da seção molhada, em m²; 
n → é o coeficiente de rugosidade (Creder, 1991, p. 289, tabela 3.13). 
P
SR
H
=
 → é o raio hidráulico, em m; 
P → é o perímetro molhado, em m; 
d → é a declividade da calha, em m/m; e; 
K → 60.000 (coeficiente). 
 
Tabela 3.13 - Coeficiente de Rugosidade (n) 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 289). 
1. Plástico, fibrocimento, alumínio, aço inoxidável, aço galvanizado, cobre, latão. 0,011 
2. Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida. 0,012 
3. Cerâmica e concreto não-alisado. 0,013 
4. Alvenaria de tijolos não-revestida. 0,015 
 
4.10 - Condutores Horizontais de Águas Pluviais 
 
Devem ser projetadas, sempre que possível, com declividade uniforme e do 
mínimo 0,5% (0,5 cm a cada metro). 
O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito 
para escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno do tubo. 
 
Figura 11 - Condutores horizontais de ½ D e 2/3 D. 
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62 
Na tabela 3.15, extraída da Norma NB-611, temos uma indicação do diâmetro 
interno em função da vazão. 
Tabela 3.15 - Capacidade de Condutos Horizontais de Seção Circular. 
(Vazões em l/min). 
(Adaptado de Creder, 1991, p. 292). 
n = 0,011 n = 0,012 n = 0,013 
 
Diâmetro 
Interno 
(D) 
(mm) 
0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4% 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 
1 50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76 
2 63 59 84 118 168 55 77 108 154 50 71 100 142 
3 75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226 
4 100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486 
5 125 370 521 735 1040 339 478 674 956 313 441 622 882 
6 150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430 
7 200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040 
8 250 2350 3370 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600 
9 300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110 
Nota: As vazões foram calculadas utilizando-se a fórmula de Manning-Strickler, com 
a altura de lâmina de água igual a 2/3D. 
 
Considerações importantes: 
─ Nas tubulações aparentes,devem ser previstos inspeções sempre que houver 
conexões com outra tubulação, mudança de declividade, mudança de direção ou, 
ainda, a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos. 
─ A ligação entre os condutores verticais e horizontais será sempre feita por 
curva de raio longo, com inspeção (tubo operculado), ou caixa de areia, conforme o 
tubo esteja aparente ou enterrado. 
 
 
 
 
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63 
Exercícios práticos: 
 
1) Dimensionar uma calha de águas pluviais, localizado na cidade de Porto 
Alegre, com área de contribuição de 1000 m². O material deste condutor horizontal é 
aço galvanizado com declividade de 0,5%. Adotar um período de retorno de 5 anos e 
considerar a calha trabalhando a 2/3 da seção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.11 - Condutores Verticais de Águas Pluviais 
 
Sempre que possível, devem ser projetados em uma só prumada (direção). 
Nos desvios, deve-se usar curvas de 90° de raio longo ou curvas de 45°; 
devem ser previstos peças de inspeção (tubos operculados). 
O diâmetro interno mínimo dos tubos verticais é de 70mm. O dimensionamento 
dos condutores verticais deve ser feito a partir dos seguintes dados: 
Q → vazão de projeto, em litros/min; 
L → comprimento do condutor vertical, em m (metros); 
H → altura da lâmina d’água da calha, em mm (milímetros). 
Na Figura 3.35 (Creder, 1991, p. 290), temos dois ábacos para a determinação do 
diâmetro D, em mm, para dois tipos de saída: 
a) em aresta viva; e; 
b) em funil. 
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64 
 
Figura 12/Figura 3.35 - Ábaco para determinação de diâmetros de condutos verticais. 
a) Calha com saída em aresta viva. (Creder, 1991, p. 290). 
 
Figura 13/Figura 3.35 - Ábaco para determinação de diâmetros de condutos verticais. 
b) Calha com funil de saída. (Creder, 1991, p. 290). 
 
 
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65 
2) Dimensionar as calhas, os condutores pluviais verticais (CV) e os condutores 
pluviais horizontais (CH) das caixas de areia da edificação a seguir: 
 
Dados complementares: 
A”A” = 36 m² 
B”B” = 23 m² 
A”CA” = 50 m² para cada CA (Caixa de Areia). 
Localidade: Bagé. 
Período de retorno: 5 anos. 
Material: Plástico (PVC). 
Calha trabalhando: 2/3 da seção. 
Declividade da calha: 0,5%. 
 
3) Dimensionar o condutor vertical (CV) de águas pluviais, sabendo-se que a 
altura do telhado é de 30m e que a saída é em aresta viva. 
Dados complementares: 
Área de contribuição de cada “água”: 300 m² 
Local: Fortaleza. 
Período de retorno: 25 anos. 
 
 
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Civil - Disciplina: Instalações Prediais Hidrossanitárias - Prof. Tarcisio Barcellos Bellinaso 
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4) Dimensionar as calhas, os condutores pluviais verticais (CV) e os condutores 
pluviais horizontais (CH) das caixas de areia da figura abaixo e com as seguintes 
características: 
Localidade: Bagé. 
Período de retorno: 5 anos. 
Material da calha: Plástico. 
Calha trabalhando: 2/3 da seção. 
Declividade da calha: 0,5% 
Observação: As caixas de areia devem estar o mais próximo possível dos 
condutores verticais. 
 
 
 
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5 - INSTALAÇÕES PREDIAIS CONTRA INCÊNDIO 
 
As Normas que regem as Instalações Prediais Contra Incêndio são: 
1) NBR 9.077 de Maio/1993 e trata: Saídas de Emergência em Edifícios; 
2) NBR 10.898 de Setembro/1999 e trata: Sistema de Iluminação de 
Emergência; 
3) NBR 14.100 de Maio/1998 e trata: Proteção Contra Incêndio - Símbolos 
Gráficos para Projeto. 
 
5.1 - Dos Extintores Portáteis e Sobre-Rodas 
 
A critério do Corpo de Bombeiros, os imóveis ou estabelecimentos, mesmo 
dotados de outros sistemas de prevenção, serão providos de extintores. Tais 
aparelhos devem ser apropriados à classe de incêndio a extinguir (apagar o fogo). 
 
5.1.1 - Das Classes de Incêndio 
 
A classificação de incêndio é adotada segundo o material a proteger: 
I - Classe “A” → Fogo em materiais comuns de fácil combustão (madeira, 
pano, lixo e similares). 
II - Classe “B” → Fogo em líquidos inflamáveis, óleos, graxas, vernizes e 
similares. 
III - Classe “C” → Fogo em equipamentos elétricos energizados (motores, 
aparelhos de ar condicionado, computadores, impressoras, copiadoras, televisores, 
rádios, quadros de comando e similares). 
IV – Classe “D” → Fogo em materiais piróforos (substâncias que se inflamam 
espontaneamente ao ar) e suas ligas (magnésio, potássio, alumínio e outros). 
 
 
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5.1.2 - Do Tipo e da Capacidade dos Extintores 
 
Identificando o material a proteger, o tipo e a capacidade dos extintores serão 
determinados obedecendo-se ao seguinte: 
I - O extintor tipo “Água”: será exigido para a classe “A” e terá a capacidade 
mínima de 10 litros (Dez litros). 
II - O extintor tipo “Espuma”: será exigido para as classes “A” e “B” e terá a 
capacidade mínima de 10 litros. 
III - O extintor tipo “Gás Carbônico”: será exigido para as classes “B” e “C” 
e terá a capacidade mínima de 4 Kg (Quatro quilos). 
IV - O extintor tipo “Pó Químico”: será exigido para as classes “B” e “C” e 
terá a capacidade mínima de 4 Kg. 
V - O extintor de compostos por Halogenação: (De elementos como: cloro, 
bromo, iodo e flúor) serão exigidos a critérios do Corpo de Bombeiros. 
 
Figura 1 - Extintor tipo “Água” de 10 ℓ (E) e extintor tipo “Pó Químico” de 4 Kg (D). 
 
 
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5.1.3 - Da Quantidade de Extintores 
 
A quantidade de extintores será determinada no Laudo de Exigências (ou 
documento de solicitação de correções do projeto), obedecendo, em princípio, à 
seguinte tabela: 
Risco Área Máxima a ser Protegida Por Unidade Extintora 
Distância Máxima p/ o 
Alcance do Operador 
Pequeno 250 m² 20m 
Médio 150 m² 15m 
Grande 100 m² 10m 
 
5.1.4 - Da Localização e Sinalização dos Extintores

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