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CCJ0014-WL-B-PP-Aula 02-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Guido 
Cavalcanti
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aula 02
Roteiro de aula:
CONCEITOS
Nosso Código escusou-se em definir obrigações. Esse foi um trabalho deixado para doutrina.
Na linguagem corrente, obrigação corresponde ao vínculo que liga um sujeito ao cumprimento de algum dever. 
Sejam normas morais, religiosas, etc. Lembre-se que aqui estamos tratando só de obrigações jurídicas.
Clóvis Beviláqua afirmou que obrigação é uma relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não 
fazer alguma coisa, em regra economicamente apreciável, em proveio de alguém que, por ato nosso ou de alguém 
conosco juridicamente relacionado, ou em virtude da lei, adquiriu o direito de exigir de nós essa ação ou omissão. 
Outra definição: relação jurídica transitória de cunho pecuniário, unindo duas (ou mais) pessoas, devendo uma (o 
devedor) realizar uma prestação á outra (o credor). 
Toda obrigação tem caráter transitório, porque essa relação nasce com finalidade de se extinguir-se. 
Toda obrigação tem uma pessoalidade. Ela deve apenas gerar efeitos entre os participantes da relação. Terceiro 
podem se defender de efeitos de uma obrigação que não participaram.
Toda obrigação tem como núcleo uma prestação. Pode ser um ato ou um conjunto de atos. Pode ser positiva ou 
negativa. 
Já que o Estado moderno não mais tolera a violência e vingança pessoal, o que garante as obrigações realizadas é o 
patrimônio alheio.
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Toda obrigação tem um cunho pecuniário. Observe que esse é o foco das obrigações Civis. Mesmo que nem sempre 
seja dinheiro, mas sempre haverá um valor econômico envolvido. 
As relações obrigacionais são infinitas, podendo ser criadas de acordo com as necessidades individuais e sociais. 
No antigo Direito Romano (ius civile) apenas havia contratos formais ou reais. O simples pacto convencional não 
provia ação na justiça. Com o tempo, começou a surgir teorias sobre contratos inominados ou simples pactos.
Mesmo na roma antiga quanto no Direito medieval, derivada de costumes germânicos, a regra era a formalidade 
dos contratos e o seu não cumprimento recaia em violência contra a pessoa do devedor. 
Com o iluminismo e seu consequente liberalismo, o pacto consensual começou a tomar força. Essa teoria já começa 
a tormar forma, mesmo que de maneira tímida já no Código Napoleônico. Estava-se entrando na era da autonomia 
privada. 
ESTRUTURA DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
Em toda obrigação, teremos uma pretensão do credor em relação ao devedor. O sistema deve funcionar de 
maneira voluntária, deixando ao Estado apenas o casos de descumprimento. 
Precisamos diferenciar prestaçãoda obrigação e objeto da obrigação. Na compra e venda de um livro, temos uma 
prestação a ser realizada: entregar o livro e também teremos um objeto, o livro em si. 
Portanto, podemos dividir a obrigação em três elementos: Sujeito, objeto e vínculo. 
SUJEITOS
A polaridade sempre é representada entre o sujeito ativo (credor) e o passivo (devedor). Ambos poderão ser 
múltiplos, mas a polaridade referida persiste. 
Devedor é a pessoa que deve praticar certa conduta, determinada atividade, em prol do credor, ou de quem este 
determinar. 
Os sujeitos da obrigação devem ser ao menos determináveis, embora possam não ser, no nascedouro da obrigação 
determinados. 
Ou seja, pode haver indeterminação provisória, mas nunca uma definitiva. Se a indeterminação absoluta 
permanecer no momento da execução, a lei faculta ao devedor um meio liberatório (consignação em pagamento)
Também iremos estudar alguns fenômenos onde as pessoas de credor e devedor se confundem: (caso de confusão. 
Art. 381)
OBJETO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
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O objeto da relação obrigacional é a prestação. Mas é necessária a distinção: Podemos falar em objeto imediato e 
objeto mediato. A prestação é o objeto imediato. O bem (sob qual versa o obrigação) é o objeto mediato. 
Esse objeto deve ser físicamenteou juridicamente possível, nos termos do art. 166, II
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
Mas observe que a prestação precisa ser possível e lícita no momento do cumprimento. Ou seja, ela pode ser 
impossível no momento do acordo, mas sempre deverá ser possível no momento da execução.
Existem diferenças óbvias entre impossibilidade física ou jurídica, mas ambas levam ao mesmo efeito: nulidade. 
A obrigação pode ser determinada ou determinável. Será determinada quando se conhecer todos os elementos 
sobre ela. Será determinável quando se deixar para um momento posterior o conhecimento sobre esses elementos. 
SLIDES: 
https://docs.google.com/presentation/d/15NGsPj6petpfWnJ8D749AiB6y0x8brdoOCW-Ms7wzAI/edit
QUESTÕES DE CONCURSO:
Prova: TRT 2R (SP) - 2011 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; 
Assinale a alternativa incorreta:
 a) São requisitos de validade do negócio jurídico ser o agente capaz, o objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável e observar forma prescrita ou não defesa em lei.
 b) Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se 
do ato, que se obrigou a não praticar.
c) Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o 
credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos. Se, por culpa do 
devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das 
duas, além da indenização por perdas e danos.
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 d) No caso da responsabilidade civil, em regra a indenização mede-se pela extensão do dano. Se da ofensa 
resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade 
de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, 
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele 
sofreu. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez..
 e) É defeso ao juiz reduzir o valor da indenização mesmo havendo excessiva desproporção entre a gravidade 
da culpa e o dano, tendo em vista ser inviável a prolação de sentença de natureza diversa da pedida.
Marina comprometeu-se com Carla a entregar-lhe determinada quantia em dinheiro quando esta terminasse o 
curso superior. Ao perceber que Carla havia entregue a monografia de conclusão do curso, Marina entregou-lhe 
o valor prometido. Um mês depois, ela descobriu que Carla ainda não havia terminado o curso.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
 a) De acordo com o STJ, Marina deverá comprovar que incidiu em erro ao efetuar o pagamento a Carla antes 
do implemento da condição.
 b) Marina terá direito à restituição do valor pago se demonstrar que Carla recebeu o dinheiro imbuída de má-
fé.
 c) Marina não terá direito à restituição do indébito porque a lei equipara o pagamento antes do implemento 
da condição ao pagamento de obrigação natural.
 d) Para Marina fazer jus à restituição do valor pago, deverá apenas demonstrar que efetuou o pagamento 
antes do implementoda condição.
 e) No caso, entende-se que, ao realizar o pagamento de forma antecipada, Marina abriu mão do implemento 
da condição.
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