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CCJ0014-WL-B-PP-Aula 04-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Guido 
Cavalcanti
[Sem título] > Aulas > Direito Civil > Direito Civil II > 
Aula 04
Roteiro de aula: 
Qual a diferença entre fato e ato?
A obrigação nasce sempre de um ato, que dão surgimento à obrigação.
No direito Romano e medieval, entendia-se que as obrigações podiam nascer dos contratos, dos quase contratos, 
 dos delitos, dos quase delitos.
Em uma visão moderna, Silvio Rodrigues entende que as obrigações:
“sempre têm por fonte a lei, sendo que nalguns casos, embora esta apareça como fonte mediata, outros elementos 
despontam como causadores imediatos do vínculo. Assim, a vontade humana ou o ato ilícito.”
Então poderíamos classificar:
a) As que tem por fonte imediata a vontade humana (ex. contratos, ou manifestações unilaterais)
b) As que tem por fonte imediata o ato ilícito (ex. danos injustos causados, gerando dever de reparar)
c) As que tem por fonte imediata a lei. (ex. obrigação de alimentar)
Temos ainda que fazer ressalva à sentença, que alguns vêm entendendo como fonte de obrigações. Mas talvez a
corrente majoritária não considere a sentença como fonte de obrigação, mas sim como um reconhecimento de uma 
situação jurídica e um consequente dever jurídico.
Pesquisar o site
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Também fazer ressalva que o enriquecimento sem causa (art. 884 a 886) e o abuso de direito (art 187) são 
equiparados a atos ilícitos.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
Classificar é realmente importante, pois de uma classificação correta, surge consequências jurídicas específicas.
Em primeiro lugar temos que entender que podemos ter, de uma maneira mais geral, assim como foi visto na parte 
geral do código, a existência dos elementos acidentais dos negócios jurídicos (condição, termo, encargo). Portanto, 
podemos ter:
a)obrigações condicionais 
b)obrigações a termo
c)obrigações com encargo
Nosso atual código dividiu as obrigações em modalidades que levavam em conta a prestação a ser realizada. Assim 
temos: 
A) Obrigação de dar: deve transferir ao credor alguma coisa ou quantia, como no caso da compra e venda. 
B) Obrigação de fazer: o devedor deve praticar ou não determinado ato em favor do credor. 
C) Obrigação de não fazer: O devedor deve se abster de realizar algo.
Óbvio que isso não é estanque e geralmente as obrigações podem envolver um dar e um fazer. 
As obrigações de dar e fazer são chamadas de positivas. A obrigação de não fazer é chamada de negativa. 
As obrigações também pode ser entendidas como simples ou conjuntas.
a) Obrigações simples: a prestação é de um único ato ou numa só coisa.
b) Obrigações conjuntas: vários atos deverão ser realizados. Só há quitação ao final de todos eles.
Existem também:
a) Obrigações instantâneas: ela se exaurem num só ato. Ex. obrigo-me a entregar um objeto.
b) Obrigações periódicas: elas se repetem automaticamente, pois assim as partes desejaram, em função da 
facilidade. Ex. obrigação de pagamento de serviço de internet. 
Quanto ao sujeito, podem haver:
a) Obrigações únicas: Onde só haverá um credor ou um devedor.
b) Obrigações múltiplas: vários credores ou vários devedores.
Dentro das obrigações múltiplas, a relação que os devedores ou credores têm entre si podem variar:
a) Conjuntas: em que cada titular só responde, ou só tem direito à respectiva quota-parte da prestação
b) Solidárias: cada credor pode exigir a dívida por inteiro, enquanto cada devedor pode ser obrigado a efetuar o 
pagamento por inteiro. 
Do ponto de vista do objeto sob o qual a obrigação versa, podemos entender que esse objeto é:
a) Divisível: se o objeto permite parcelamento, sem perca de substancia, sem destruição ou por sua natureza. Ex. 
dívida de dinheiro. Dívida de sacas de milho.
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b) Indivisível: se o objeto não permite parcelamento, sem sua destruição, sem perca de substancia ou da razão do 
próprio negócio: ex. obrigação de entregar um cavalo.
Quanto a maneira de execução, podemos ter obrigações: 
a) Simples: quando aparecem sem qualquer cláusula restritiva.
b) Conjuntivas: quando a obrigação vier ligada a alguma adição. Ex. pagarei um cavalo E um boi
c) Alternativas: quando a obrigação vier ligada com alguma alternativa: ex. Pagarei um cavalo OU um boi
d) Facultativas: quando a obrigação já foi acertada com alguma faculdade específica. Ex. pagarei um cavalo, 
todavia, poderá ser entregue um boi caso aconteça isso, isso ou aquilo.
Ainda diante das obrigações, podemos ter diferentes consequências diante da inadimplência, se talvez a obrigação 
foi combinada como: 
a) Uma obrigação de MEIO: O devedor se obrigou a realizar o melhor possível, de acordo com suas melhores 
intenções e técnicas, mas não se obrigou a qualquer resultado específico. Ex.,Advogado que aceita defender uma 
causa, mas não promete vitória na ação.
b) Uma Obrigação de resultado: O devedor se obrigou especificamente a um resultado. Ex. Pintura de um quadro. 
O credor tem direito a um quadro inteiro e completo. 
Essa questão pode gerar muitas discussões, assim como as discussões sobre erros em operações plásticas. O 
maios importante é perceber que hoje vivemos sob a égide da boa fé objetiva. Devemos observar principalmente a 
expectativa que uma parte gera na outra.
Dentro da obrigação de dar, podemos antever duas modalidades muito famosas:
a) Obrigação de dar coisa certa: 
b) Obrigação de dar coisa incerta
Mas antes precisamos entender um conceito muito importante. No Direito Brasileiro, o Direito das obrigações está 
apartado das Direito Real. Uma coisa é a obrigação de dar; outra coisa é a entrega daquele objeto, que acaba 
gerando propriedade. 
A obrigação de dar na verdade não é a entrega em sim, mas sim um compromisso de entregar a coisa. A obrigação 
de dar gera apenas um direito à coisa e não a propriedade em si. A propriedade entre nós, só ocorre com a tradição 
(coisas móveis) ou transcrição em cartório (coisa imóvel)
Outros sistemas (Frances, italiano) a obrigação de dar, gera a propriedade em si. Essa não foi a postura brasileira. 
Qual é a melhor? Tarefa de casa. 
Superado esse problema, podemos perceber que a obrigação de dar pode assumir duas modalidades:
a) Dar coisa certa: Será a coisa determinada, perfeitamente caracterizada e individualizada. O credor de coisa 
certa merece receber exatamente o objeto que foi acertado. P.ex., se eu acertei 100 reais, dia 3, mereço receber 
exatamente esse valor, no dia combinado. Nem mais, nem menos e também não sou obrigado a parcelar. Ex. se 
acertamos que eu receberia o carro com placa xxx, mereço receber exatamente aquele carro, mesmo que outro me 
seja ofertado, com mesmas condições (ou até melhores) não sou obrigado a receber.
b) Dar coisa incerta: tem por objeto a entrega de uma quantidade de certo gênero e não de uma coisa 
especificada. Ex. toneladas de trigo. Como afirma o art. 243, a coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e 
quantidade. 
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Questões:
Prova: CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ - Advogado
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; 
No Direito Civil, podem ser classificadas as obrigações sob ótica diversa. Assim, quanto ao modo de execução, 
elas podem ser consideradas:
 a) de meio
 b) instantânea
 c) condicional
 d) cumulativa
 e) modal
Prova: CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ - Advogado
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; 
Mévio contratacom Caio o empréstimo de um valor correspondente a R$ 10.000,00 (dez mil reais), que poderá 
ser pago em moeda nacional corrente ou através da transferência de um bem, do mesmo valor, à escolha do 
devedor. Nesse caso, estamos diante da seguinte obrigação:
 a) alternativa
 b) condicional
 c) cumulativa
 d) simples
 e) instantânea
Antonio obrigou-se a entregar a Benedito, Carlos, Dario e Ernesto um determinado touro reprodutor, avaliado 
em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, o 
animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. Nesse caso, a obrigação é
 a) de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as partes com ausência de culpa do devedor, ante o 
perecimento do objeto.
 b) indivisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor.
 c) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor.
 d) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos credores, em 
lugar do objeto perecido.
 e) de dar coisa certa, indivisível, devendo o devedor entregar a indenização a todos os credores.
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