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Aula_8_-_Obrigacoes_Tributaria_-_Sujeitos

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FATEB 
 
FACULDADE DE TELÊMACO BORBA 
Credenciada pela Portaria 875 de 23/06/2000 – DOU de 27/06/2000 
CNPJ 00.904.138/0001-15 
 
 
 
 1 
DIREITO TRIBUTÁRIO II – AULA 08 
 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
1. SUJEITO ATIVO DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA 
 
O sujeito ativo da relação tributária tem seu embrião formado na 
Constituição Federal. A divisão da competência trazida por seu texto nomeia a pessoa 
competente para a instituição e cobrança da exação. 
 
Assim, quando a redação da Carta Magna atribui à União a competência 
para instituir o imposto sobre a renda, determina, ao mesmo tempo, que este ente federativo 
será quem exercerá o direito subjetivo de exigir o crédito tributário nascido junto com a 
obrigação, ou seja, o sujeito ativo da relação jurídico tributária. 
 
Neste mesmo caminho está o artigo 119 do Código Tributário Nacional, 
quando afirma ser o sujeito ativo da obrigação a pessoa jurídica de direito público titular da 
competência para exigir o seu cumprimento. 
 
Ademais, a obrigação tributária pode ser principal ou acessória (art. 113 – 
CTN). Por esse foco, tem-se o sujeito ativo da obrigação principal e o sujeito ativo da 
obrigação acessória. 
 
Nos dizeres de Luciano Amaro, à vista do conceito legal de sujeito ativo da 
obrigação, sua determinação se faz mediante a identificação da pessoa que pode exigir o 
cumprimento da obrigação1. 
 
Tal raciocínio prevalece para os tributos de natureza fiscal. Para os 
parafiscais, como as contribuições de interesse das categorias profissionais, há o 
desmembramento da figura do ente que institui o tributo daquele que é sujeito ativo da 
obrigação, ou seja, que possui o direito subjetivo de exigir o objeto da obrigação. 
 
A contribuição para a Ordem dos Advogados do Brasil foi instituída pela 
União, conforme determina sua competência o art. 149 da CF/88. Contudo, é a OAB quem 
possui o direito subjetivo de cobrar a exação. Assim, figura no pólo ativo da relação jurídica 
tributária. 
 
As pessoas que a lei põe na condição de credores de obrigações tributárias 
nas situações comentadas, embora não tenham competência tributária (isto é, não possuam 
a aptidão constitucional de criar tributos), detêm capacidade tributária ativa, isto é, são 
habilitadas a figurar no pólo ativo de obrigações tributárias2. 
 
 
1 AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 11. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, pp. 292. 
2
 Ibidem; 
FATEB 
 
FACULDADE DE TELÊMACO BORBA 
Credenciada pela Portaria 875 de 23/06/2000 – DOU de 27/06/2000 
CNPJ 00.904.138/0001-15 
 
 
 
 2 
Portanto, podem figurar no pólo ativo da relação jurídica tributária tanto a 
pessoa jurídica de direito público que possui a competência de instituir o tributo como àquela 
em que a lei atribui a competência para exigir o cumprimento da obrigação tributária. 
 
 
2. DO SUJEITO PASSIVO DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Como estudado alhures, a obrigação tributária é composta de dois pólos, em 
que entre eles está um objeto pretendido. De um lado está o sujeito ativo, o qual possui o 
direito subjetivo de exigir esse objeto, e do outro, o sujeito passivo, com o dever de prestá-lo. 
 
O Código Tributário Nacional classificou a obrigação como sendo principal 
ou acessória. Assim, a primeira surge com a ocorrência do fato gerador e tem como objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, extinguindo-se juntamente com o crédito 
dela decorrente. A segunda decorre da legislação tributária e tem como objeto as 
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
 
Consecutivamente, tem-se o sujeito passivo da obrigação principal e o da 
acessória. Nas linhas do art. 121 do CTN, sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa 
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Já o da obrigação acessória é a 
pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto (art. 122 – CTN). 
 
O artigo 121 ainda divide o conceito de sujeito passivo da obrigação principal 
em contribuinte e responsável. Será o primeiro quando o sujeito tenha relação pessoal e 
direta com a situação que constitua o respectivo fato jurídico tributário. Constituirá o 
segundo, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de 
disposição expressa de lei. 
 
Assim, parte-se do princípio de que o sujeito passivo da obrigação principal 
seja o gênero do qual derivam duas espécies, o contribuinte e o responsável. 
 
 
3. DO CONTRIBUINTE 
 
O inciso I, do art. 121, define como contribuinte aquele que possui relação 
pessoal e direita com a situação que constitua o respectivo fato jurídico tributário. Assim, 
trata-se da pessoa que realiza o fato gerador da obrigação tributária principal. 
 
Sua relação direta com a situação que constitui o respectivo fato nos permite 
identificá-lo pela descrição da materialidade do fato jurídico tributário. Assim, o critério 
material do imposto sobre a renda é “adquirir renda”, sendo que a pessoa que executa essa 
ação será, sem sobra de dúvidas, o contribuinte da exação. Da mesma forma, “prestar 
serviços” conduz ao prestador de serviços; “importar” leva ao importador de produtos 
estrangeiros etc. 
 
FATEB 
 
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Credenciada pela Portaria 875 de 23/06/2000 – DOU de 27/06/2000 
CNPJ 00.904.138/0001-15 
 
 
 
 3 
Ao falar em relação pessoal, o que se pretendeu foi sublinhar a presença do 
contribuinte na situação que constitui o fato gerador. Ele deve participar pessoalmente do 
acontecimento fático que realiza o fato gerador. 
 
Outra forma de identificar o contribuinte seria através de seu conceito 
jurídico-formal. A lei, ao definir os critérios material, temporal, espacial, quantitativo e 
obrigacional, também apresenta o critério pessoal. Assim, é contribuinte quem a lei 
identificar como tal, observados os parâmetros que decorrem da Constituição e do próprio 
CTN. 
 
Na leitura do art. 146, CF/88, busca-se o conceito jurídico-formal na seara da 
lei complementar, por ser esta a legislação competente para determinar o contribuinte da 
relação com o sujeito ativo. 
 
Tanto a descrição da materialidade do fato jurídico tributário como o conceito 
jurídico-formal trazido pela legislação tributária competente, facilitam na identificação do 
contribuinte. 
 
 
4. DO RESPONSÁVEL PELA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL 
 
O inciso II, art. 121, CTN, expõe que o responsável será aquele que, sem 
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
Pouco diz esse artigo, pois, como visto, a figura do contribuinte também pode decorrer de 
seu conceito jurídico-formal, ou seja, da previsão de lei. Portanto, necessita de delimitação 
conceitual e mais informações que diferenciem ambas as espécies. 
 
Um ponto positivo é que a eleição do contribuinte e do responsável será 
determinada por previsão expressa da lei. Através das expressões “é responsável” ou “é 
contribuinte”, a legislação tributária definirá por suas linhas tanto um como outro. Ademais, 
essa medida ocorre de forma expressa em respeito ao princípio constitucional da legalidade. 
 
Assim, o responsável é um terceiro eleito como devedor da obrigação 
tributária, desde que tenha algum vínculo com a obrigação tributária ou fato jurídico 
tributário. O responsável ocupa o pólo passivo da relação jurídica no lugar do contribuinte, 
possuindo responsabilidade atribuída por lei e, independente de sua vontade, torna-se o 
personagem a contracenar com o Fisco. 
 
A boa doutrina costuma classificar a relação jurídica com foco no pólo 
passivo como sujeição passiva direta ou indireta. Aquela constitui-se da relação entre a 
administração tributáriae o contribuinte. Esta é ocupada pela figura do responsável, ou seja, 
um terceiro eleito pela lei para ocupar o pólo passivo no lugar ou ao lado do contribuinte. 
 
Pode-se dizer que o responsável é o sujeito passivo indireto da relação 
jurídica e o contribuinte o sujeito passivo direto. 
 
A importância do responsável para o direito tributário traduz-se por muitos 
benefícios. Após definir o fato gerador e, naturalmente, localizar a pessoa que deveria 
FATEB 
 
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 4 
ocupar o pólo passivo da obrigação tributária na condição de contribuinte, o legislador pode 
ignorar esse personagem e eleger como sujeito passivo outra pessoa (que tenha relação 
com o fato gerador)3. 
 
A eleição do responsável para figurar no pólo passivo da relação jurídica 
tributária ocorre em virtude de razões de conveniência ou necessidade. 
 
Há situações de necessidade em que a única via possível para tornar eficaz 
a incidência do tributo é a eleição do terceiro responsável. Noutros casos, são razões de 
conveniência, para simplificar a arrecadação ou para garantir sua eficácia, que determinam a 
eleição do terceiro como responsável. Imagine-se, por exemplo, a retenção do imposto de 
renda na fonte, realizada pelas empresas em relação à folha de pagamento de seus 
empregados. Tal procedimento torna a arrecadação mais conveniente para o Erário Público, 
pois é mais fácil cobrar de uma empresa com 500 empregados do que fiscalizá-los 
individualmente. Por outro lado, a renda sobre rendimentos de não residentes no País, a lei 
escolhe a fonte pagadora como responsável para viabilizar a arrecadação. Se não existisse 
esse terceiro, ficaria difícil fiscalizar ou até mesmo exigir a exação com o contribuinte 
morando em outro país. 
 
Portanto, sujeição passiva trazida pelo CTN abarca tanto o contribuinte 
como o responsável. Deste último pode-se extrair várias formas que expressam a 
responsabilidade de um terceiro na relação jurídica tributária. Antes de abordarmos o tema, 
outros itens importantes devem ser avaliados em primeira mão. É o caso da solidariedade 
passiva, o domicílio do contribuinte e a capacidade tributária. 
 
 
5. SOLIDARIEDADE PASSIVA NA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA 
 
O artigo 124 do CTN estabelece o rol das pessoas que são solidárias pela 
obrigação tributária e figuram no pólo passivo dessa relação. Segundo o dispositivo, são 
solidariamente obrigadas: I) as pessoas que tenham interesse comum na situação que 
constitua o fato gerador da obrigação principal; e b) as pessoas expressamente designadas 
por lei. 
 
Diferentemente do CC, o qual estabelece em seu artigo 264 que há 
solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor ou mais de um 
devedor, cada um com direito à divida toda ou obrigação em relação a ela, a solidariedade 
trazida pelo CTN corresponde a obrigatoriedade pela dívida toda. 
 
A prescrição do CTN no art. 124 estipula duas formas de solidariedade: a) 
solidariedade natural; e b) solidariedade legal. 
 
No primeiro mencionado, tem-se como exemplo o caso de dois irmãos que 
são co-proprietários pro indiviso de um trato de terra. Ambos são co-devedores do imposto 
territorial rural (ITR). 
 
 
3
 Ibidem; 
FATEB 
 
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CNPJ 00.904.138/0001-15 
 
 
 
 5 
No segundo, trata-se da solidariedade instituída por lei, em que algumas 
vezes inclui pessoas que não realizaram o fato jurídico tributário da obrigação, contudo que 
possuam interesse comum na situação que constitua o fato gerador. A lei trará de forma 
expressa quem é solidário. 
 
Consecutivamente, o parágrafo único bane do CTN o instituto civil do 
benefício de ordem. Este garante ao co-devedor o direito de requerer que sejam executados, 
em primeiro plano, os bens do devedor principal. Assim, seus bens somente serão atingidos 
após o esgotamento do patrimônio do primeiro e ainda permanecendo um restante para a 
satisfação do débito, buscar-se-ia os bens do co-obrigado. No CTN, o Fisco tem a 
prerrogativa de escolher o devedor mais solvente, pois prevalece a satisfação do crédito 
tributário em favor dos entes tributantes4. 
 
A solidariedade traz alguns efeitos em matéria fiscal. O artigo 125 do CTN 
elenca os efeitos trazidos por esse instituto. São eles: 
 
a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se 
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a 
solidariedade quanto aos demais pelo saldo; 
c) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, 
favorece ou prejudica aos demais. 
 
No primeiro item, se um co-obrigado pagar o montante total do tributo põe 
termo a relação jurídica tributária e libera os demais co-obrigados da respectiva obrigação. 
De retorno, poderá cobrar a parte que cabível de cada co-obrigado em regresso. 
 
A isenção ou remissão dada referente a um determinado tributo exonera 
todos os obrigados das relações antes estabelecidas entre contribuintes e fisco. Nesse 
momento, observa-se não somente um co-obrigado, mas o pólo passivo inteiro da relação é 
que é exonerado. Contudo, se forem outorgadas especialmente a um co-obrigado de uma 
relação não será aproveitada pelos outros, remanescendo a solidariedade do saldo restante 
para os demais. 
 
Se a prescrição for interrompida em favor ou contra um co-obrigado, tanto 
poderá favorecer quanto prejudicar os demais. Como exemplo, na execução fiscal anterior a 
LC 118/2005, a interrupção da prescrição ocorria com a citação pessoal do devedor. Se 
caso um dos obrigados fosse citado, a interrupção prejudicava aos demais, os quais não 
poderiam alegar prescrição da exigibilidade do crédito. 
 
A solidariedade passiva encontra sua matéria regida pelos artigos 124 e 125 
do CTN e possui as características conforme foram realizadas as exposições acima. 
 
 
 
4
 COLELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 10ª ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Forense, 
2009, pp. 630. 
FATEB 
 
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Credenciada pela Portaria 875 de 23/06/2000 – DOU de 27/06/2000 
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6. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO DO SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL 
 
O Código Tributário Nacional traz matéria sobre o domicílio tributário do 
sujeito passivo da obrigação principal. Como espécie de sujeito passivo da obrigação 
principal tem-se o contribuinte e o responsável, conforme foi discorrido alhures. 
 
Em regra geral, o domicílio tributário é indicado pelo contribuinte ou pelo 
responsável. Na falta de eleição considera-se como tal: 
 
I – quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta 
incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; 
II – quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o 
lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de 
cada estabelecimento; 
III – quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas 
repartições no território da entidade tributante. 
 
O art. 127 mencionado acima trouxe um leque de opções para que o 
legislador possa utilizar no momento de estabelecer o domicílio do sujeito passivo. A 
disposição de cada inciso aplica-se a pessoas diferentes, e a cada classificação pode-se 
extrair essas opções. 
 
No inciso primeiro, sendo o sujeito passivo pessoa natural, quando não fixar 
de plano seu domicílio tributário, poderá o legislador utilizar-se de sua residênciahabitual. 
Caso esta seja desconhecida ou incerta, utilizará do centro habitual de sua atividade 
econômica. A atividade econômica aqui consiste no trabalho do sujeito passivo ou a 
atividade econômica que ele desenvolve, desde que não constituído em pessoa jurídica de 
direito público ou privado. 
 
No segundo, traz a sede da pessoa jurídica de direito privado como 
domicílio tributário. Caso existam filiais ou sucursais, tem-se que levar em conta os atos ou 
fatos que derem origem à obrigação, neste caso será o local de cada estabelecimento. 
 
Por último, tratando-se de pessoa jurídica de direito público, será o domicílio 
tributário qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. Sendo o ente 
tributante o Município, será a repartição que se encontra em seu território, e assim 
sucessivamente. 
 
O parágrafo primeiro complementa e amplia a abrangência do domicílio 
tributário ao dispor que quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos 
incisos deste artigo, considera-se como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o 
lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à 
obrigação. 
 
Ainda, o parágrafo segundo do referido artigo concede à autoridade 
administrativa tributante o direito de recusar o domicílio tributário informado pelo sujeito 
passivo da obrigação principal, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a 
fiscalização do tributo. 
FATEB 
 
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 7 
Como define Sacha Calmon, a matéria da definição do domicílio tributário 
cabe à lei ordinária, sendo que o rol trazido pelo artigo 127 do CTN é catálogo informativo e 
licenciador, não mais do que isso. 
 
 
7. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA 
 
A capacidade tributária passiva conceitua-se como a aptidão para ser sujeito 
passivo de obrigações tributária, principal ou acessória. 
 
O Artigo 126 estabelece que a capacidade tributária passiva independe: 
 
I – da capacidade civil das pessoas naturais; 
 
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação 
ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da 
administração direta de sues bens ou negócios; 
 
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que 
configure uma unidade econômica ou profissional. 
 
Mesmo sendo a pessoa física incapaz de praticar alguns atos, será sujeito 
passivo da relação jurídica tributária, tendo seu representante legal exercitar os atos 
necessários ao cumprimento das obrigações fiscais. Estando privada de atos de atividades 
comerciais, a realização de tais atos atrai a incidência do tributo, não prejudicando a 
capacidade tributária passiva. 
 
No caso de sociedade de fato ou irregular, a ocorrência de suas atividades 
poderá ensejar no surgimento da obrigação tributária, logo, na exigibilidade de tributo. 
 
A capacidade tributária ativa ocorre da definição da lei e está vinculada à 
competência do sujeito ativo de exigir o tributo, conforme disposição do artigo 119 do CTN. 
 
 
QUESTÕES 
 
1. Como ocorre a determinação do sujeito ativo da relação jurídica tributária? 
2. Quem é o sujeito passivo da obrigação tributária? Como se dividem em relação à 
obrigação tributária? 
3. Fale sobre o contribuinte e o responsável. Mencione os artigos. 
4. Como ocorre a solidariedade tributária? Quais seus efeitos? 
5. Discorra sobre o domicílio tributário. 
6. Diferencie a capacidade tributária da sujeição passiva direta ou indireta.

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