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2013 - Apostila 03 - Fatores Astronômicos

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
1 
 
DISCIPLINA AGROMETEOROLOGIADISCIPLINA AGROMETEOROLOGIADISCIPLINA AGROMETEOROLOGIADISCIPLINA AGROMETEOROLOGIA 
 
APOSTILA 3APOSTILA 3APOSTILA 3APOSTILA 3 
FATORES ASTRONÔMICOSFATORES ASTRONÔMICOSFATORES ASTRONÔMICOSFATORES ASTRONÔMICOS 
 
3 3 3 3 ---- INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO 
 
Dentre todos os elementos de clima, a Radiação Solar exerce um papel de destaque 
por se tratar da origem dos demais fenômenos meteorológicos. 
 
Embora as estrelas, a lua e o núcleo da terra emitam energia para a superfície do 
solo, praticamente toda a energia empregada nos processos físico-químicos porvém do 
Sol, sede de um contínuo processo termo-nuclear, representando mais de 99% da 
energia envolvida. Essa energia se propaga pelo espaço na forma de ondas 
eletromagnéticas e chega ao topo da atmosféra numa superfície imaginária 
perpendicular ao feixe de radiação com valor aproximado de 1,97 cal.cm-2.min-1, 
denominado CONSTANTE SOLARCONSTANTE SOLARCONSTANTE SOLARCONSTANTE SOLAR, sujeito a uma variação de mais ou menos 3,5% 
devido a órbita elíptica descrita pela terra que faz com que a mesma se encontre ora 
no Periélio, a 3 de janeiro à distância de 147.000.000 Km, ora no Afélio a 4 de julho a 
152.000.000 Km; a quantidade que atinge a superfície da terra depende ainda de 
outros fatores como a própria intensidade de radiação, a posição relativa Sol-Terra e 
a transparência do envoltório gasoso que circunda a terra, chamado ar atmosférico. 
 
Emitida em todas as direções, parte desta energia alcança a terra sem sofrer 
interrupção na forma de Radiação Direta (QD)Radiação Direta (QD)Radiação Direta (QD)Radiação Direta (QD) ao passo que outra parte, emitida em 
todas as direções, após sofrer difusão pelos constintuintes atmosféficos, chega à 
superfície do solo sob a forma de Radiação Difusa (Qd)Radiação Difusa (Qd)Radiação Difusa (Qd)Radiação Difusa (Qd); essas duas formas de radiação 
chegam unidas na forma de Radiação Global (QG)Radiação Global (QG)Radiação Global (QG)Radiação Global (QG). 
 
A atmosfera terrestre absorve uma considerável porção dos raios solares, atenuando 
a radiação não só em razão dos constituintes atmosféricos como da própria absorção 
seletiva de certos comprimentos de onda que são absorvidos mais que outros. 
 
A radiação difusa (QdQdQdQd) constitui uma fonte de calor da maior importância para a 
superfície da terra, especialmente nas altas latitudes onde, nos meses de inverno a 
radiação solar global (QGQGQGQG) fica bastante reduzida. A radiação difusa é a responsável 
pela realização da fotossíntese no interior de uma planta, onde é difícil a penetração 
da radiação direta (QDQDQDQD). 
 
Os gases que constituem o ar atmosférico e as particulas em suspensão extinguem a 
luz por dois mecanismos: 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
2 
 
 AbsorçãoAbsorçãoAbsorçãoAbsorção: pela qual a anergia incidente passa para a estrutura molecular do 
ar; 
 EspalhamentoEspalhamentoEspalhamentoEspalhamento: pelo qual as moléculas de médias e pequenas partículas 
difundem uma parte da radiação incidente. 
 
Um outro fator que contribui para a redução da radiação solar incidente é a cobertura 
de nuvens: Altos Cirrus absorvem pouco; nuvens médias têm alguma influência e 
Baixos Stratus a reduzem mais fortemente. A turbidez atmosférica é uma outra 
condição que reduz a transparência à radiação especialmente na faixa do visivel. 
Poeira, grãos de pólen, vapor d’água e todo o material em suspensão são elementos 
que contribuem para afetar a trubidez atmosférica. 
 
3.1 3.1 3.1 3.1 –––– IMPORTÂNCIA DOS CONSTITUINTES ATMOSFÉRICOS IMPORTÂNCIA DOS CONSTITUINTES ATMOSFÉRICOS IMPORTÂNCIA DOS CONSTITUINTES ATMOSFÉRICOS IMPORTÂNCIA DOS CONSTITUINTES ATMOSFÉRICOS 
 
Embora todos os constituintes tenham importância específica no desenvolvimento da 
vida na superfície da terra, o Oxigênio, o Ozônio, o Vapor d’água e o Gás Carbônico 
têm para nós um destaque particular: 
 
aaaa)))) OXIGÊNIOOXIGÊNIOOXIGÊNIOOXIGÊNIO: A sua importância está ligada diretamente à manunteção da vida 
atuando na queima das substâncias orgânicas alimentares fornecendo assim à 
energia requerida a realização das funções vitais. 
 
bbbb)))) OZÔNIOOZÔNIOOZÔNIOOZÔNIO: Encontrado em maiores concentrações na faixa compreendida entre 20 e 
30Km de altura; a despeito de sua pequena quantidade age como um filtro 
retendo os menores comprimentos de onda da faixa de rarararadiação ultravioletadiação ultravioletadiação ultravioletadiação ultravioleta, 
porencialmente letais, deixando passar apenas aqueles comprometidos na 
formação dos ossos, na transformação da protovitamina D em vitamina, na 
esterilização do meio ambiente, etc… 
 
O Ozônio se forma continuamente por ação da radiação ultravioleta a partir do 
oxigênio natural, ao mesmo tempo em que é destruído voltando à forma de oxigênio; 
são duas reações que ocorrem de forma equilibrada procurando manter constante a 
concentração do ozônio na ozonosféra. 
 
Algumas substâncias estranhas, entretanto, estão acelerando o processo de 
destruição, como os óxidos de nitrogênio de origens industrial e automotiva e mais 
recentemente, os freons que tem exercido um papel fundamental nesse processo de 
destruição porque, sendo quimicamente inertes, são de difícil destruição e insolúveis 
em água, não podendo ser arrastados pelas chuvas. 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
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LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
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Dr. em Agrometeorologia 
3 
O problema se agrava mais ainda para a camada de ozônio, tornando-se difícil de ser 
resolvido em curtíssimo prazo, porque a subida dos freons até a estratosféra é muito 
lenta, de modo que ainda há muito freon a chegar o que, admitem os cientistas, 
cessando o seu emprego no mundo, lavaria cerca de 40 anos para que os mesmo 
desaparecessem. 
 
cccc)))) VAPOR D’ÁGUAVAPOR D’ÁGUAVAPOR D’ÁGUAVAPOR D’ÁGUA: O vapor d’água é encontrado em maiores concentrações próximo 
à superfície da terra, podendo chegar até 4% em volume; é fudamental no 
desenvolvimento da vida no nosso meio e a sua inexistência implicaria no 
desaparecimento de nuvens, orvalho, chuva, etc.. uma vez que êsses produtos 
resultam da condensação do mesmo; o vapor d’água é também um dos mais fortes 
armazenadores de radiação infravermelharadiação infravermelharadiação infravermelharadiação infravermelha. 
 
dddd)))) GÁS CARBÔNICOGÁS CARBÔNICOGÁS CARBÔNICOGÁS CARBÔNICO: Juntamente com o vapor d’água, o CO2 atua como um forte 
absorvedor da radiação calorífica; a quantidade desse gás na atmosfera é 
praticamente constante, e sua importância está no fato de, quando associado às 
substâncias minerais extraídas do meio pelo verde, proporciona a elaboração de 
substâncias orgânicas como açucares, porteínas, gorduras, etc.. na presença de luz 
intensa através do processo da FOTOSSÍNTESEFOTOSSÍNTESEFOTOSSÍNTESEFOTOSSÍNTESE. 
 
Devido a presença destes diferentes constituintes na atmosfera, a radiação que chega 
na superfície é muito menor do que a chega no topo da mesma (constante solarconstante solarconstante solarconstante solar). Além 
da influência da atmosfera na atenuação da Radiação solar, a própria superfície da 
terra também age como um fator importante no Balançoda radiação. 
 
Do total de radiação que chega no topo da atmosfera, cerca de 31%31%31%31% é refletido pelas 
nuvens e 4%4%4%4% pela superfície da terra. Do restante que não é refletido, 18%18%18%18% é 
absorvido pela atmosfera, 23%23%23%23% é absorvido pela superfície da terra de forma direta 
(radiação diretaradiação diretaradiação diretaradiação direta) e 24%24%24%24% é absorvido de forma indireta (radiação difusaradiação difusaradiação difusaradiação difusa) pela terra. 
 
Um outro efeito causado devido a presença destes constituintes, é o EFEITO EFEITO EFEITO EFEITO 
GREENHOUSEGREENHOUSEGREENHOUSEGREENHOUSE, o qual pode ser entendido como sendo a habilidade que a atmosfera 
tem de ser transparente para a radiação de ondas curtasondas curtasondas curtasondas curtas e opaca para a radiação de 
ondas longasondas longasondas longasondas longas. Isso gera um aquecimento excessivo da atmosfera, devido a estes 
constituintes funcionarem como um tampão (estufaestufaestufaestufa), impedindo assim que a radiação 
emitida pela terra (onda longaonda longaonda longaonda longa) saia para a atmosfera. 
 
 
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UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
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Figura 1 – Balanço Global de Radiação 
 
3.2 3.2 3.2 3.2 ---- REFLEXÃO DA RADIAÇÃO DE ONDAS CURTAS REFLEXÃO DA RADIAÇÃO DE ONDAS CURTAS REFLEXÃO DA RADIAÇÃO DE ONDAS CURTAS REFLEXÃO DA RADIAÇÃO DE ONDAS CURTAS –––– ALBÊDO ALBÊDO ALBÊDO ALBÊDO 
 
Ao atingir a superfície da terra, uma considerável porção da radiação solar incidente 
na faixa de 0,3µµµµ a 0,4µµµµ é refletida de volta para o espaço. Essa reflexão, que varia com 
a estação do anoestação do anoestação do anoestação do ano, com a naturezaa naturezaa naturezaa natureza, a rugosidadea rugosidadea rugosidadea rugosidade e a cor da superfíciecor da superfíciecor da superfíciecor da superfície e com o ângulo de ângulo de ângulo de ângulo de 
elevação do solelevação do solelevação do solelevação do sol é denominada de albêdoalbêdoalbêdoalbêdo e, quanto menor for o seu valor, melhor 
armazenador de energia será a superfície. 
 
O termo albêdo é usado para destacar a reflexão dos raios solares, 
independentemente do comprimento de onda da radiação e algumas vezes para 
descrever somente a ref;exão da porção visível; para evitar confusão, vamos nos 
referir a partir de agora como a porção refletida da região domínio do visível de 
“albedo visível”. 
Albêdo Visível (Albêdo Visível (Albêdo Visível (Albêdo Visível (αααα)))) – é a razão entre o raio refletido e o raio incidente da região 
domínio do visível, ou seja, é o coeficiente de reflexão de uma superfície dentro desta 
faixa; nos dá idéia de quanto de radiação total que é refletida. 
 
 
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Figura 2 – Albedo segundo o tipo de superfície 
 
3.3 3.3 3.3 3.3 –––– ESPECTRO DE RADIAÇÃO ESPECTRO DE RADIAÇÃO ESPECTRO DE RADIAÇÃO ESPECTRO DE RADIAÇÃO 
 
O espectro solar consiste no arranjo do feixe de energia solar (como as ondas 
componentes são dispostas na ordem de seus comprimentos de onda). Quase toda a 
radiação solar emitida está na faixa de 300 a 4000nm. O espectro de radiação que 
chega até nós corresponde ao de um corpo negro. 
 
CORPO NEGROCORPO NEGROCORPO NEGROCORPO NEGRO: Todo corpo que irradia e absorve na intensidade máxima possível 
para todos os comprimentos de onda é denominado de corpo negro; qualquer outro 
que não apresente o mesmo comportamento é denominado de corpo cinzacorpo cinzacorpo cinzacorpo cinza. É o corpo 
imaginário que absorve totalmente a radiação eletromagnética de todos os 
comprimentos que incidem sobre ele. 
 
A emissão do corpo negro se dá dentro de uma faixa de comprimento de onda, sendo 
que o total de energia emitida depende da temperatura do corpo e é dado pela lei de 
Stefan Boltzman. 
 
E =E =E =E = σσσσ Ta 4 
 
Onde σσσσ = CTE de Stefan-Boltzman (5,67 x 10-8 W.m-2.K-4) 
 
O corpo negro é um radiador perfeito. O Sol ;e considerado um corpo negro e o seu 
fluxo máximo ocorre no comprimento de ondA de 0,483µ, sendo que a maioria da 
energia irradiada está no intervalo entre 0,3µ e 0,2µ. 
 
As radiações abaixo do comprimento de onda 0,36µ são denominados de ultravioleta ultravioleta ultravioleta ultravioleta 
(UV)(UV)(UV)(UV) e acima de 0,76µ, infravermelha(IR)infravermelha(IR)infravermelha(IR)infravermelha(IR); no intervalo entre esses dois limites situa-
se a REGIÃO DOMÍNIO DO VISÍVELREGIÃO DOMÍNIO DO VISÍVELREGIÃO DOMÍNIO DO VISÍVELREGIÃO DOMÍNIO DO VISÍVEL considerada pela maioria como a radiação 
fotossintéticamfotossintéticamfotossintéticamfotossintéticamente ativaente ativaente ativaente ativa. 
 
 
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Figura 3 – Espectro da radiação Solar 
 
No espectro solar observamos algumas faixas de comprimento de onda absorvidos 
diferencialmente: 
 A quase completa ausência de radiações de comprimento de onda menoresmenoresmenoresmenores que 
0,30,30,30,3µµµµ é atribuída à presença do ozônioozônioozônioozônio da estratosfera e o do oxigêniooxigêniooxigêniooxigênio da atmosfera 
superior. 
 
 Dos outros constituintes atmosféricos, o COCOCOCO2222 absorve muito pouco na faixa de 
2,32,32,32,3µµµµ a 3,03,03,03,0µµµµ e de 4,24,24,24,2µµµµ a 4,44,44,44,4µµµµ. 
 
 O oxigêniooxigêniooxigêniooxigênio absorve também entre 0,690,690,690,69µµµµ e 0,760,760,760,76µµµµ porém em pequenas 
quantidades. A absorção mais marcante é devido ao vapor d’águavapor d’águavapor d’águavapor d’água nas faixas de 0,720,720,720,72µµµµ, 
0,810,810,810,81µµµµ, 0,930,930,930,93µµµµ, 1,131,131,131,13µµµµ, 1,371,371,371,37µµµµ, 1,391,391,391,39µµµµ e no intervalo entre 1,191,191,191,19µµµµ e 2,032,032,032,03µµµµ 
 
 
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Figura 4 – Absorção na Atmosfera 
 
De um modo geral, estando o Sol a baixas alturas, os menores comprimentos de onda 
irão sofrer maiores perdas do que as ondas longas; com o Sol no zênitezênitezênitezênite, 62% da 
radiação UV são absorvidos pela atmosfera ao passo que quando o Sol aproxima-se do 
horizonte (nascer ou pôr), cerca de 99% daquela radiação ficarão retidos na 
atmosfera. 
 
 
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3.4 3.4 3.4 3.4 –––– QUANTITATIVO DA RADIAÇÀO SOLAR GLOBAL QUANTITATIVO DA RADIAÇÀO SOLAR GLOBAL QUANTITATIVO DA RADIAÇÀO SOLAR GLOBAL QUANTITATIVO DA RADIAÇÀO SOLAR GLOBAL 
 
O quantitativo da radiação solar global vai governar todos os fenômenos que ocorrem 
na superfície do solo e pode ser conhecido por medida ou, na falta de um instrumento 
confiável, por estimativa. 
 
Qualquer instrumento de medida direta de qualquer fenômeno, desde que bem 
manejado, se sobrepõe a qualquer fórmula de estimativa; entretanto, em alguns casos 
não se dispõe de equipamento ou então a sua manutençãoé inadequada. 
 
Angstrôn porpôs uma fórmula obtida através de regressão linear, comparando 
valores de razão de radiação solar global e radiação no topo da atmosfera (QG/Qo) e 
valores de razão de insolação média annual (n/N), resultando em : 
 
QG = Qo QG = Qo QG = Qo QG = Qo [[[[a + b(n/N)a + b(n/N)a + b(n/N)a + b(n/N)]]]] 
 
na qual os coeficientes aaaa e bbbb sugeridos foram, respectivamente 0,25 e 0,55 de 
modo que, em condições de total nebulosidade, a radiação solar global (QG) seria de 
25% da radiação que chega no topo da atmosfera (Qo). 
 
Posteriormente os coeficientes acima passaram a ser encontrados em função da razão 
de insolação média annual de cada local através dos métodos gráficos de FRÉRE et FRÉRE et FRÉRE et FRÉRE et 
all.all.all.all. e de RIETVELDRIETVELDRIETVELDRIETVELD. No método de Rietveld, obtido a partir de informações de 42 
localidades, o coeficiente de correlação esteve acima de 0,8, mostrando-se mais 
consistente para valores de n/N menores que 0,4. 
 
Um outro modo de se obter os coeficientes da equação de Angstrôn é o método método método método 
analíticoanalíticoanalíticoanalítico, considerando bbbb igual a 0,52 e a a a a como função da latitude (φφφφ), obtido através 
da equação: 
 
a = 0,29 cosa = 0,29 cosa = 0,29 cosa = 0,29 cosφφφφ 
 
Na equação de Angstrôn, Qo representa a radiação no topo da atmosfera-RADIAÇÃO RADIAÇÃO RADIAÇÃO RADIAÇÃO 
EXTRA TERRESTREEXTRA TERRESTREEXTRA TERRESTREEXTRA TERRESTRE- e pode ser estimada levando em consideração a constante 
solar, a distância Terra/Sol em unidades astronômicas (RRRR), a latitude do local (φφφφ), a 
declinação solar (δδδδ) ) ) ) e o ângulo horário local do sol (hhhh) através da expressão : 
 
Qo = 916,7(senQo = 916,7(senQo = 916,7(senQo = 916,7(senφφφφ.sen.sen.sen.senδδδδ.h + cos.h + cos.h + cos.h + cosφφφφ.cos.cos.cos.cosδδδδ.senh)/R.senh)/R.senh)/R.senh)/R2222 
(cal.cm(cal.cm(cal.cm(cal.cm----2222.dia.dia.dia.dia----1111)))) 
 
ou 
 
 
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Qo = 10,64(senQo = 10,64(senQo = 10,64(senQo = 10,64(senφφφφ.sen.sen.sen.senδδδδ.h + cos.h + cos.h + cos.h + cosφφφφ.cos.cos.cos.cosδδδδ.senh)/R.senh)/R.senh)/R.senh)/R2222 
(Kwh.m(Kwh.m(Kwh.m(Kwh.m----2222)))) 
(valor total médio diário) 
 
Onde o ângulo horário local (h) no primeiro termo é dado de radianos e no segundo 
termo em graus. Os valores de Qo correspondentes ao 15° dia de cada mês 
encontram-se disponíveis no final desta unidade. 
 
 
3.5. FATORES QUE INFLUENCIAM NO TOTAL DE RADIAÇÃO SOLAR 3.5. FATORES QUE INFLUENCIAM NO TOTAL DE RADIAÇÃO SOLAR 3.5. FATORES QUE INFLUENCIAM NO TOTAL DE RADIAÇÃO SOLAR 3.5. FATORES QUE INFLUENCIAM NO TOTAL DE RADIAÇÃO SOLAR 
DISPONÍVEL À SUPERFÍCIE TERRESTRE.DISPONÍVEL À SUPERFÍCIE TERRESTRE.DISPONÍVEL À SUPERFÍCIE TERRESTRE.DISPONÍVEL À SUPERFÍCIE TERRESTRE. 
 
Define-se como constante solar o fluxo de radiação solar no limite superior da 
atmosfera terrestre que é recebido por uma superfície perpendicular a direção sol-
terra. O valor médio aceito da constante solar é de 2,0 cal.cm-2.min-1 (≅1392,0 W.m-
2). Entretanto, este valor vai se reduzindo até atingir a superfície terrestre devido: 
 
a)a)a)a) - à inclinação dos raios solares. 
 Um maior ângulo zenital, ou seja, uma maior inclinação dos raios solares ao 
atingir a superfície implica em uma menor quantidade de radiação solar incidindo 
sobre a mesma. Em conseqüência, há uma menor disponibilidade de energia para os 
diversos processos a serem realizados (evapotranspiração, aquecimento do ar e do 
solo, fotossíntese, etc.). A inclinação dos raios solares é devida as variações 
decorrentes dos movimentos da terra. 
 
b)b)b)b) - à absorção e o espalhamento de parte dos raios solares pelos constituintes da 
atmosfera. 
 
Um outro fator que também afeta a quantidade de radiação solar que atinge a 
superfície terrestre é a transmissividade da atmosfera. Quanto maior for a sua 
transmissividade, ou seja, quanto mais a atmosfera se deixar passar pelos raios 
solares maior será a radiação solar incidente. 
 
Um valor médio utilizado para caracterizar a transmissividade da atmosfera é 
0,8 (80%). Entretanto, esta tende a apresentar valores menores sobre cidades 
litorâneas (maior presença de vapor d’água) e industriais (maior presença de Co2) e 
valores maiores sobre cidades do interior do continente. Isto faz com que ocorram, em 
cidades do interior do continente, valores de incidência de radiação solar superiores 
aos registrados em cidades litorâneas, mesmo com latitudes e condições topográficas 
semelhantes. 
 
 
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Dentre as absorções da radiação solar realizadas pelos componentes 
atmosféricos ressaltam-se: as do Co2 e do vapor d’água, na faixa do infravermelho; as 
das poeiras atmosféricas, que apresentam elevada absorção em todas as faixas; e a do 
ozônio, na faixa do ultravioleta. 
 
A difusão das ondas eletromagnéticas, na atmosfera, é realizada pelas 
moléculas dos gases e pelas impurezas. A eficiência da difusão das ondas 
eletromagnéticas é proporcional ao inverso da quarta potência do comprimento da 
onda (eficiência ~ 1 / λ4). Em conseqüência, quanto menor for o comprimento da onda 
maior será o seu espalhamento. Isto faz com que as luzes violeta e azul, que 
apresentam o menor comprimento da faixa do visível, sejam as mais difundidas, daí 
a coloração azul violeta do céu. 
 
cccc)))) - a reflexão e a absorção dos mesmos pelas nuvens; 
As nuvens apresentam elevada reflexão para com a radiação solar, sendo em 
média de 23%, podendo atingir até 90% da radiação incidente. Além da elevada 
reflexão, absorvem em média 3% da radiação solar que atingem as mesmas. Em 
consequência, quanto maior for o período em que o céu se encontra encoberto com 
nuvens, menor será a quantidade de radiação solar que será disponibilizada à 
superfície. 
 
d)d)d)d) a inclinação da superfície 
 Uma superfície com inclinação leste ou oeste têm diminuído o seu total diário 
de radiação solar incidente devido à redução do dia astronômico. Na encosta com 
inclinação leste o dia astronômico é diminuído devido ocorrer um pôr do sol 
antecipado (Figura 6.). Em oposição, na encosta com inclinação oeste o dia 
astronômico é diminuído devido ocorrer um nascer do sol retardado. 
 
 
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UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
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Figura 6 – Inclinação Leste – Oeste 
 
Uma superfície com inclinação norte ou sul na região tropical tanto pode ter o 
seu total diário de radiação solar diminuído ou aumentado, dependendo da declinação 
solar. Por exemplo: em uma cidade situada a 10°S, quando o sol estiver ao norte deste 
local uma encosta com inclinação norte receberá uma maior quantidade de radiação 
solar, em comparação com uma com inclinação sul. Em oposição, quando o sol estiver 
ao sul deste local uma superfície com inclinação sul receberá uma maior quantidade 
de radiação solar, em comparação com uma com inclinação norte. 
 
A partir dos trópicos até os pólos, o recebimento de um maior ou de um menor 
saldo diário de radiação solar passar a depender, principalmente, da orientação da 
inclinação da superfície. No hemisfério sul, as encostas com orientaçãonorte têm o 
seu saldo de radiação aumentado, ao passo que, as encostas com orientação sul têm o 
seu saldo de radiação diminuído. Em oposição, no hemisfério norte, as encostas com 
orientação sul têm o seu saldo de radiação aumentado, ao passo que, as encostas com 
orientação norte têm o seu saldo de radiação diminuído. 
 
e)e)e)e) - a duração do dia. 
 Quanto maior for a duração do dia maior tende a ser o saldo diário de radiação 
solar incidente na superfície. Assim sendo, nas estações da primavera e do verão, que 
apresentam dias com maiores durações do que o outono e o inverno, há maiores 
quantidades de radiação solar disponível à superfície. Ressalta-se, que as maiores 
quantidades de energia solar disponíveis na primavera e no verão são frutos da maior 
duração do dia e da menor inclinação com que os raios solares atingem a superfície.

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