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SUMÁRIO 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski pág. 03 
Direito Internacional Privado – Prof. Ahyrton Lourenço pág. 14 
Direitos Humanos – Prof. Antonio Kozikoski pág. 22 
Direito Tributário – Prof. Sérgio Karkache pág. 33 
Direito Administrativo – Prof. André Barbieri pág. 36 
Direito Processual Civil – Prof. Guilherme Corrêa pág. 46 
Direito do Trabalho – Profa. Rafaela Sionek pág. 56 
Direito Empresarial – Prof. Guilherme Corrêa pág. 61 
Direito do Consumidor – Prof. Ahyrton Lourenço pág. 70 
Direito Penal – Prof. Guilherme Rittel pág. 80 
Filosofia do Direito – Prof. Dênis Carvalho pág. 90 
Estatuto da Criança e do Adolescente – Prof. Wisley Santos pág. 91 
Direito Processual Penal – Prof. Wisley Santos pág. 98 
Direito Civil: Família e Sucessões – Prof. Gustavo Eidt pág. 113 
Direito Civil: Parte Geral e Reais – Prof. Cristiano Dionísio pág. 116 
Direito Civil: Especial – Prof. Leonardo Agostini pág. 119 
Direito Processual do Trabalho – Prof. Bruno Klippel pág. 125 
Estatuto e Ética – Prof. Valter Otaviano pág. 144 
Direito Ambiental – Prof. Valter Otaviano pág. 154 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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1. NACIONALIDADE 
 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde 
que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de 
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade 
moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil 
há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, 
de 1994) 
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo 
nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 
1999) 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva 
ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício 
de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
 
2. DIREITOS POLÍTICOS 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto 
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; 
 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser 
reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 16, de 1997) 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição. 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato consideradavida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo 
ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o 
autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se 
dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do 
art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
3. PODER LEGISLATIVO 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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3.1. Estatuto dos Congressistas 
 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001) 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos 
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não 
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos 
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo 
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após 
a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo 
improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre 
as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
 
3.2. Medidas provisórias 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá 
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia 
de seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e 
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer 
outro ativo financeiro; 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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III – reservada a lei complementar; 
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente 
de sanção ou veto do Presidente da República. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto 
os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício 
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em 
que foi editada. 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão 
eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta 
dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o 
Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas 
decorrentes. 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, 
suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito 
das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus 
pressupostos constitucionais. 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias 
contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, 
em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se 
ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver 
tramitando. 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida 
provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a 
sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas 
provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão 
separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que 
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias 
após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas 
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão 
por ela regidas. 
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida 
provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou 
vetado o projeto. 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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3.3. Emendas constitucionais 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, 
de estado de defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos 
votos dos respectivos membros. 
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto,universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
4. PODER EXECUTIVO 
 
4.1. Responsabilidade do Presidente da República 
 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público 
e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as 
normas de processo e julgamento. 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da 
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos 
crimes de responsabilidade. 
§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo 
Supremo Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado 
Federal. 
§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver 
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular 
prosseguimento do processo. 
§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o 
Presidente da República não estará sujeito a prisão. 
§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
5. PODER JUDICIÁRIO 
 
5.1. Garantias e impedimentos 
 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal 
a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada 
em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
 
5.2. Súmula vinculante 
 
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, 
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões 
sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na 
imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e 
municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma 
estabelecida em lei 
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas 
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou 
entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e 
relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou 
cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a 
ação direta de inconstitucionalidade. 
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou 
que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, 
julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial 
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da 
súmula, conforme o caso. 
 
5.3. CNJ 
 
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros 
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: 
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; 
III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; 
IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal 
Federal; V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 
Direito Constitucional – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do 
Trabalho; 
IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da 
República; 
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da 
República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição 
estadual; 
XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; 
XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela 
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, 
nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a 
escolha ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do 
Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, 
além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: 
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da 
Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua 
competência, ou recomendar providências; 
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar,de ofício ou mediante provocação, 
a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder 
Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da 
competência do Tribunal de Contas da União; 
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder 
Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos 
prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder 
público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos 
tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a 
remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos 
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, 
assegurada ampla defesa; 
 
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IV representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração 
pública ou de abuso de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
 
V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e 
membros de tribunais julgados há menos de um ano; 
VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças 
prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; 
VII elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre 
a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve 
integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao 
Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. 
 
6. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
6.1. Controle difuso 
 
 Qualquer juiz ou tribunal. 
 A pedido de qualquer um. 
 Incidentalmente a um caso concreto. 
 Não há ação específica para seu ajuizamento. 
 Os efeitos são inter partes e ex tunc. 
 O Senado Federal pode suspender a execução da lei declarada inconstitucional 
pelo STF. 
 Cláusula de reserva de plenário: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta 
de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os 
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público. 
 
6.2. Controle concentrado: ADI, ADC, ADPF e ADO 
 
 Foro: STF 
 Objeto: 
 ADI: lei ou ano normativo federal ou estadual 
 ADC: lei ou ato normativo federal 
 ADPF: ato do poder público que viole preceito fundamental. 
 ADO: omissão inconstitucional. 
 Legitimados 
 
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Legitimados Universais Legitimados Especiais 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos 
Deputados; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com 
representação no Congresso 
Nacional; 
IV a Mesa de Assembleia Legislativa 
ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
V o Governador de Estado ou do 
Distrito Federal; 
IX - confederação sindical ou 
entidade de classe de âmbito 
nacional. 
 
 
 
 Procedimento: 
 ADI: Inicial > Informações pelo órgão ou autoridade responsável pela edição 
do ato normativo questionado > defesa pelo AGU > parecer pelo PGR e 
julgamento 
 ADC: Inicial > parecer pelo PGR > Julgamento 
 ADPF: Inicial > Informações pelo órgão ou autoridade responsável pela 
edição do ato questionado > parecer pelo PGR > Julgamento 
 ADO: Inicial > Informações pelo órgão ou autoridade responsável pela 
edição do ato normativo questionado > defesa pelo AGU (facultativa) > 
parecer pelo PGR e julgamento 
 
 Julgamento 
 ADI: efeitos vinculantes, erga omnes, ex tunc 
 ADC: efeitos vinculantes, erga omnes, ex tunc 
 
OBS: Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e 
tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 
dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu 
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
 
 ADPF: anulação do ato impugnado ou fixação de interpretação compatível 
com o parâmetro. 
 
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 ADO (Art. 103, parágrafo 2, CF): § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por 
omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência 
ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se 
tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
 Generalidades 
 Não há prazo decadencial/prescricional para o ajuizamento 
 O indeferimento liminar da ação é combatido por agravo 
 Nenhuma admite desistência 
 Todas admitem cautelar. 
 Todas admitem o amicus curiae 
 Nenhuma admite intervenção de terceiros 
 A decisão final é irrecorrível, salvo embargos de declaração 
 A decisão final é insuscetível de ação rescisória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Surgimento do Direito Internacional Público 
 
O DIP surge na Idade Média, fruto de inúmeros fatores sociais, políticos e econômicos, sendo que 
na Antiguidade não existia um DIP propriamente dito e sim apenas um Direito que se aplicava às 
relações entre cidades vizinhas, de língua comum, de mesma raça e religião, mas não existia um 
direito comum nem igualdade ente as partes. 
 
O marco do surgimento do DIP, como ciência autônoma e sistematizada, foi no século XVII, a 
partir do Tratado de Westfália de 1648, qual colocou fim à Guerra dos Trinta Anos. A Guerra dos 
Trinta Anos foi um conflito sangrento entre católicos e protestantes entre 1618 a 1648. A Paz de 
Westfália é considerada o divisor de águas do Direito Internacional Público, bem como marcou o 
surgimento do Estado Moderno, que passa a ser o ator mais importante do DIP. 
 
Fontes do Direito Internacional Público 
 
As fontes do Direito Internacional Público estão localizadas no artigo 38 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça: 
 
a) Fontes Primárias 
- Convenções internacionais 
- Costume internacional 
- Princípios gerais de direito 
 
b) Meios auxiliares 
- Doutrina internacional 
- Jurisprudência internacional 
- Equidade 
 
c) Novas Fontes – As novas fontes não estão previstas no art. 38 do ECIJ, mas são consideradas 
fontes do DIP 
- Atos Unilaterais 
- Decisões das Organizações Internacionais 
 
- Analogia 
- Soft Law 
 
 
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Estado Soberano 
 
O Estado, para ser considerado como tal, nos termos da Convenção Interamericana sobre 
Direitos e Deveres dos Estados, firmada em Montevidéu, em 1933, necessita possuir, 
teoricamente, um agrupamento humano estabelecido permanentemente em um território 
determinado e sob um governo independente. 
 
 
Atenção: Santa Sé – Ente ou Estado Soberano sui generis (possui Personalidade 
internacional Anômala) 
 
1) Nacionalidade 
 
Brasileiros natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que 
estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja 
a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados 
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
 
Brasileiros Naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países 
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há 
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira. 
 
A lei não pode fazer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, mas a Constituição pode e 
faz, além dos cargos privativos (art. 12, § 3º da CR/88), a propriedade de empresa jornalística e 
de radiodifusão sonora e de sons e imagens, bem como a responsabilidade editorial e as 
 
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atividades de seleção e direção da programação veiculada, são privativas de brasileiros natos ou 
naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e 
que tenham sede no País, sendo que, pelo menos 70% do capital total e do capital votante dessas 
empresas deve pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 
dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da 
programação. 
 
Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de 
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. 
 
Perda da nacionalidade: 
 
Para brasileiros naturalizados: 
Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional; 
 
Para brasileiros natos e naturalizados: 
Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
- Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
- Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
 
2) Condição jurídica do estrangeiro 
 
Vistos: 
Para ingresso no Brasil são concedidos aos estrangeiros os seguintes vistos de entrada: 
a) Trânsito; 
b) Turista; 
c) Temporário; 
d) Permanente; 
e) Cortesia; 
f) Oficial; 
g) Diplomático. 
 
 
 
 
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Ainda existem na legislação brasileira algumas formas de exclusão do estrangeiro: 
 
2.1 Impedimento de Entrada – quando a autoridade não permite que o estrangeiro ingresse no 
país, sendo o Visto apenas expectativa de direito de entrada. 
 
2.2 Deportação – exclusão compulsória do território nacional do estrangeiro nos casos de entrada 
ou estada irregular – em regra não há qualquer punição internacional para a deportação, mas a lei 
brasileira condiciona a sua posterior entrada ao ressarcimento atualizado ao Tesouro Nacional 
dos custos de sua deportação e eventual multa. 
 
2.3 Expulsão – Determinação por decreto do Presidente da República para que o estrangeiro saia 
do território nacional, por ter praticado, entre outros casos, como vadiagem, mendicância etc., 
atentado contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou 
moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à 
conveniência e aos interesses nacionais. 
A pessoa expulsa somente poderá entrar novamente no Brasil depois da revogação do Decreto de 
Expulsão. 
Não pode ocorrer a expulsão se implicar extradição não admitida pela lei brasileira; quando o 
estrangeiro tiver Cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de 
direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 5 (cinco) anos; ou, se tiver filho 
brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente. 
 
2.4 Extradição – O procedimento de extradição consiste, em síntese, na entrega do estrangeiro 
(atenção às hipóteses de extradição de brasileiro naturalizado) para outro Estado Soberano 
solicitante, quando o estrangeiro tenha cometido crime comum no território do Estado Solicitante, 
para que ele seja processado e julgado criminalmente lá ou cumprir pena. 
 STF análise da legalidade da Extradição 
 Presidente da República – Ato de extradição (discricionário), devendo o Estado Solicitante 
retirar o extraditando no prazo de 60 dias. 
2.5 Entrega (ing. “surrender”) – procedimento, em síntese, de entrega do estrangeiro à uma 
Organização Internacional, como Tribunal Penal Internacional. 
 
3) Território delimitado 
 
Domínio Marítimo 
O domínio marítimo compreende as águas interiores, o mar territorial, a zona contígua, a zona 
econômica exclusiva e a plataforma continental. 
 
 
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- Convenção sobre Direito do Mar de Montego Bay – 1982 
- Lei 8.617/93: 
 
Domínio Aéreo 
O território aéreo é espaço aéreo correspondente ao território até a altura determinada pelas 
necessidades de segurança do país, neste incluindo o espaço aéreo das águas territoriais 
adjacentes (Mar Territorial). 
 
O Estado é o senhor absoluto desse espaço, o Estado subjacente só o libera à aviação de outros 
países mediante a celebração de tratados ou permissões avulsas, ou seja, não é permitido no 
Domínio Aéreo o Direito de Passagem inocente, como ocorre no Domínio Marítimo (Mar 
Territorial). 
 
Organizações Internacionais 
 
As Organizações Internacionais (OI’s) são associações de Estados ou de outras organizações, 
voluntárias, estabelecidas por tratados, que possuem ordenamento jurídico interno próprio e 
personalidade legal distinta da que possuem os Estados-membros, sendo dotadas deórgãos e 
institutos próprios, através dos quais realizam as finalidades a que se destinam. 
 
1) Nações Unidas 
Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada pela Carta das Nações Unidas, dia 24 de 
Outubro de 1945, em São Francisco, Califórnia, finalizada a Segunda Guerra Mundial, tendo como 
objetivo unir todas as nações do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base nos 
princípios de justiça, dignidade humana e bem-estar de todos. A estrutura básica da ONU é 
composta por 06 órgãos especiais: 
 
 Assembleia Geral 
 Conselho de Segurança 
 Conselho Econômico e Social 
 Conselho de Tutela 
 Secretaria 
 Corte Internacional de Justiça. 
 
Tratados Internacionais 
 
Convenção de Viena sobre Direitos dos Tratados (1969): “tratado” significa um acordo 
internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste 
 
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de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja a sua 
denominação específica. 
 
Tratados Internacionais e a Legislação Brasileira 
 
 
 
 
Fases de Elaboração de um Tratado 
 
 
 
Adesão 
 
Quando um Estado que não participou das negociações do tratado e muito menos assinou, mas 
deseja dele fazer parte, poderá escolher o caminho da adesão ou aceitação que juridicamente 
possui mesma natureza jurídica da ratificação. 
 
 
Reserva 
 
É uma declaração unilateral de vontade, qualquer que seja a sua redação ou denominação, feita 
por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo 
 
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de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse 
Estado. 
 
Vícios do Consentimento 
 
 Erro 
 Dolo 
 Corrupção do Representante do Estado 
 Coação exercida sobre o Representante do Estado 
 Coação de um Estado decorrente de ameaça ou emprego da força 
 Adoção de um tratado em inobservância às Regras de Jus Cogens 
 
Efeitos dos Tratados sobre as partes e sobre terceiros 
 
A CV-69 assevera que um tratado não cria obrigações nem direitos para um terceiro Estado 
sem o seu consentimento, porém, existem exceções: 
 
1ª Exceção: Aceitação expressa de obrigação – Tratados que criam obrigações para terceiros 
Estados 
 
2ª Exceção: Consentimento expresso ou tácito de aquisição de direitos – tratados que criam 
direitos para terceiros Estados 
 
As obrigações que nasceram para um terceiro Estado, devido à aceitação expressa (na forma da 
1ª Exceção), só poderá ser revogada ou modificada com o consentimento das partes no tratado e 
do terceiro Estado, salvo se ficar estabelecido que elas haviam acordado diversamente. 
 
Qualquer direito que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos da 2ª exceção, não poderá 
ser revogado ou modificado pelas partes, se ficar estabelecido ter havido a intenção de que o 
direito não fosse revogável ou sujeito a modificação sem o consentimento do terceiro Estado. 
 
Extinção dos Tratados 
 
 Ab-rogação 
 Denúncia 
 Mudança Circunstanciais e Impossibilidade Superveniente (Teoria da Imprevisão) 
 Rompimento das Relações Diplomáticas* 
 Expiração do termo Pactuado 
 
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 Execução Integral do Objeto 
 Superveniência de Tratado Posterior 
 Inexecução do Tratado por uma das Partes 
 Prescrição Liberatória 
 Jus Cogens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos Humanos – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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1. DIREITOS DO HOMEM, DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
Direitos do homem Direitos humanos Direitos fundamentais 
 Inatos 
 Jusnaturalismo/direito 
natural 
 Substancialmente 
idênticos aos direitos do 
homem 
 Previstos em tratados 
ou convenções 
internacionais 
 Aqueles que o Direito 
vigente num 
determinado país 
qualifica como tal 
 Proteção no Direito 
Nacional 
(Constituição) 
 
2. HISTÓRICO 
 Antecedentes remotos 
 Cristianismo 
 Magna Charta LIbertatum (1215) 
 Habeas Corpus Act (1679): este inspirou a criação de outros mecanismos de 
proteção, como o juicio de amparo na América Latina 
 Declaração de Direitos de 1689 (Bill of rights 
 Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (1789) 
 
OBS: No artigo 16 da DDHC consta que a “sociedade em que não esteja 
assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos 
poderes não tem Constituição”. 
 
 Antecedentes modernos: marcam o surgimento de uma preocupação internacional 
com os direitos humanos através da criação de ligas, de tratados específicos e de 
sistemas de efetiva proteção. A importância dessa nova política foi a superação de um 
conceito absoluto de soberania, no qual o Estado não admitia a ingerência de outro 
Estado ou Organismo internacional, e passa a ficar condicionado a observância de um 
padrão ético mínimo de conduta. 
 
 Surgimento do Direito Humanitário (1864): Primeira Convenção de Genebra 
(Batalha de Solferino – 1859). 
 Liga das Nações Unidas (1919): antecessora da ONU, surgiu após o fim da 
Primeira Guerra Mundial com uma proposta encabeçada pelos países vencedores 
de criar um acordo permanente de paz. 
 
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 Organização Internacional do Trabalho (OIT): criada pelo Tratado de Versalhes, 
trabalho na defesa de um mínimo de direitos para os trabalhadores, especialmente 
com a proteção do trabalho infantil e da mulher. 
 Organização das Nações Unidas (1946): sucessora da Liga das Nações Unidas. 
 Declaração Universal de Direitos do Homem (1948): vai estabelecer uma série 
de direitos após o final da Segunda Guerra Mundial. 
 
3. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 
a) Historicidade: surgem lentamente com o passar do tempo. 
 Gerações ou dimensões 
 
1ª Geração 
2ª Geração 
(Constituições 
do México - 1917 
e de Weimar – 
1919) 
3ª Geração 
4 Geração 5° Geração 
Estado Liberal Estado social 
Estado 
Democrático e 
Social 
Norberto 
Bobbio: 
manipulação 
genética 
 
Paulo 
Bonavides: 
democracia 
Paulo 
Bonavides 
paz 
Direitos 
individuais 
(civis e 
políticos) 
Sociais, 
econômicos e 
culturais 
Direitos difusos 
e coletivos 
Direitos 
negativos 
Direitos positivos 
Direitos políticose/ou negativos 
Liberdade Igualdade Fraternidade 
Mundo: 1787 
Brasil: 1824 
Mundo: México, 
1917 e Alemanha 
1919 
Brasil: 1946 
Brasil: 1988 
 
 
 Não há hierarquia entre as gerações! 
 A historicidade distancia os direitos humanos do direito natural, pois se surgem 
gradativamente, não estavam preconcebidos. 
 A historicidade caminha no sentido de ampliar, não diminuir. 
 
 
Direitos Humanos – Prof. Antonio Kozikoski 
 
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b) Universalidade: os direitos humanos pertencem a todos (inatos). E não é possível 
fazer restrições baseadas em discriminações negativas. 
c) Inalienabilidade: não têm conteúdo econômico-patrimonial 
d) Indisponibilidade ou irrenunciabilidade: o indivíduo não pode renunciar a 
proteção à sua dignidade. 
 Arremesso de anões: 
e) Imprescritibilidade 
 Imprescritibilidade dos direitos humanos é diferente da imprescritibilidade de 
pretensão indenizatória em virtude de violação a direitos humanos 
f) Limitabilidade ou relatividade 
 Não se pode abrir mão de direitos humanos, de maneira voluntário ou forçada, 
a ponto de sacrificar a dignidade da pessoa humana. 
g) Indivisibilidade 
 Não há hierarquia entre os direitos humanos 
 Todos contam com a mesma hierarquia 
h) Independência 
 
4. SISTEMA UNIVERSAL/GLOBAL DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS 
 
4.1. Conjunto normativo 
 
4.1.1. Carta das Nações Unidas (24/10/1945) 
 
 Formalizou a criação da ONU 
 Vai dispor sobre os principais órgãos da ONU: AGONU, Conselho de Segurança, 
Conselho Econômico e Social, Conselho de Tutela, Tribunal Internacional de Justiça 
(ou Corte, como se fala no Brasil) e um Secretariado. 
 
 
4.1.2. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 
 
 Feita após a II Guerra 
 O Brasil foi o primeiro país a aderir a DUDH (por isso é o país que abre todas as 
reuniões da ONU) 
 Formalmente não é um tratado, é uma resolução 
 Função normogenética. 
 Coloca o indivíduo como sujeito de direito no plano internacional. 
 Universal e Indivisivel 
 
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 Direitos de primeira e segunda dimensão, já que os de terceira ainda não existiam: 
dessa forma, não há previsão de direitos como o do meio ambiente ou de proteção ao 
genoma. 
 Direito de mudar de nacionalidade 
 Direito de participar do governo de seu próprio país 
 Garante expressamente a gratuidade da educação fundamental 
 Reconhece deveres para os indivíduos 
 Não reconhece o direito de unidade sindical 
 Jus cogens. 
 
4.1.3. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966) 
 
 Direitos de primeira geração. 
 Aplicação imediata. 
 
4.1.4. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966) 
 
 Direitos de segunda geração 
 Aplicação progressiva. 
 
OBS: Ambos são da mesma data, o que se justifica em virtude da Guerra Fria. 
Isso levou a comunidade internacional a afirmar que a indivisibilidade. No 
entanto, a Conferência de Viena (1993) reafirmou a indivisibilidade dos 
direitos humanos! 
 
OBS2: Envio de relatórios sobre medidas adotadas e progressos alcançados 
 
OBS3: Hoje, os três instrumentos normativos integram a Carta Internacional dos 
Direitos Humanos. 
 
OBS4: Não há hierarquia entre estes tratados nessa versão contemporânea! 
 
4.1.5. Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
Racial (1965) 
 
 Proíbe a discriminação racial. 
 Proíbe qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência fundada na raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica 
 
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 Permite a discriminação positiva (caráter provisório, e não definitivo) e a distinção entre 
estrangeiros e nacionais 
 Limita a liberdade de expressão, já que condena as propagandas que incitem a 
discriminação racial. 
 
4.2. Órgãos de proteção 
 
 De nada adianta haver a proteção material, substancial, dos direitos humanos se não 
houver um conjunto de órgãos com atribuição específica de protegê-los havendo 
necessidade. Assim, os principais órgãos a serem vistos são os seguintes: 
 
4.2.1. Organização das Nações Unidas 
 
 Foi inspirada pela Declaração das Nações Unidas (01/01/1942). 
 Objetivos (Art. 1º Carta das Nações Unidas) 
 Manter a paz e a segurança internacionais. 
 Desenvolver as relações de amizade entre as nações. 
 Realizar a cooperação internacional. 
 Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução 
desses objetivos comuns 
 Princípios que regem a ONU (Art. 2º da Carta das Nações Unidas) 
 Igualdade entre os Estados. 
 Boa-fé (essencial para o cumprimento das obrigações internacionais) 
 Solução pacífica dos conflitos 
 Não utilização da força 
 Órgãos principais (Art. 7º da Carta das Nações Unidas): uma Assembleia Geral, um 
Conselho de Segurança, um Conselho Económico e Social, um Conselho de Tutela, 
um Tribunal Internacional de Justiça e um secretariado. 
 
 
 
4.2.2. Assembleia Geral da ONU 
 
 Órgão deliberativo integrante da ONU que agrega todos os países da ONU (mais de 
190) (Art. 9º, 10. Carta das Nações Unidas) 
 
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 Reúne-se ordinariamente de forma anual e extraordinariamente a pedido do Secretário 
Geral, do Conselho de Segurança da ONU ou da maioria dos membros das Nações 
Unidas (Art. 20, Carta das Nações Unidas). 
 Funções: pode (i) discutir qualquer assunto relacionado a ONU, além de fazer (ii) 
recomendações aos seus membros ou ao Conselho de Segurança e (iii) expedir atos 
normativos. 
4.2.3. Conselho de Segurança da ONU 
 
 Sua função e manter a paz e a segurança internacional (art. 24, Carta das Nações 
Unidas). 
 Formado por 15 membros, sendo que a República da China, a França, a URSS – atual 
Rússia –, o Reino Unido e os Estados Unidos são permanentes e ou outros dez são 
eleitos pela AGONU para um período de 2 anos (Art. 23.1, Carta das Nações Unidas), 
sendo que estes devem atender uma proporcionalidade equitativa territorial 
 As deliberações são tomadas por 9 votos, incluindo todos os votos dos permanentes 
que têm, portanto, poder de veto (Art. 27, Carta das Nações Unidas). 
 Os países que não sejam parte do Conselho de Segurança da ONU ou que não sejam 
parte da própria ONU poderão ser chamados a participar das reuniões que lhe digam 
respeito, sem direito a voto, contudo (Art, 23, Carta das Nações Unidas). 
 O Conselho de Segurança é pautado pelo princípio da solução pacífica dos conflitos 
(tem que fazer negociações, inquéritos, mediação, conciliação, arbitragem, etc.). 
 Em caso de ameaça a paz, o Conselho poderá determinar providências a serem 
tomadas. Estas inicialmente passam por embargos econômicos, de telecomunicações 
e relaçõesdiplomáticas (Art. 41, Carta das Nações Unidas) e, se forem as mesmas 
ineficazes, podem ser determinadas intervenções aéreas, navais ou terrestres (Art. 42, 
Carta das Nações Unidas), as quais são realizadas por países que se disponham a 
colaborar (Arts. 43.1 e 44Carta das Nações Unidas.). 
 As ações são determinadas pelo Conselho de Segurança auxiliado por uma Comissão 
de Estado-Maior criada para tal fim (Art. 47, Carta das Nações Unidas) 
 
 
 
 
4.2.4. Conselho Econômico e Social 
 
 Formado por 54 membros eleitos pela AGONU (Art. 61.1, Carta das Nações Unidas). 
 Faz estudos e relatórios na área de sua atuação e faz recomendações a AGONU. 
 
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4.2.5. Tribunal de Justiça Internacional (Corte de Justiça Internacional ou Tribunal de Haia) 
 
 Função: analisar os desrespeitos aos direitos humanos praticados pelos Estados que 
integram a ONU (Art. 92, Carta das Nações Unidas). 
 Dele podem fazer parte os países que ainda não são integrantes das Nações Unidas 
(Art. 93.2, Carta das Nações Unidas). 
 Suas decisões são vinculantes para os Estados, e caso estes deixem de cumpri-las, o 
Estado prejudicado poderá recorrer para o Conselho de Segurança da ONU (Art. 95, 
Carta das Nações Unidas 
 Não se confunde com o TPI! Vamos fazer um quadro comparativo! 
 
TJI TPI 
Situado em Haia Situado em Haia 
Julga Estados, e não pessoas Julga Indivíduos 
Não tem competência criminal Tem competência criminal 
É órgão da ONU É órgão internacional com 
personalidade própria (não é da ONU), 
criado por tratado internacional 
(Estatuto de Roma) 
 
5. SISTEMA AMERICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
5.1. Conjuntos normativos 
 
5.1.1. Pacto de São José da Costa Rica – Convenção Americana de Direitos Humanos 
(1969) 
 
 Direitos assegurados 
 Personalidade jurídica (Art. 3°) 
 Vida (Art. 4°): em geral, assegurada desde a concepção 
 
OBS: Pena de morte apenas para crimes gravíssimos. Ainda, não pode ser 
restabelecida nos países que a aboliram e nem aplicada a crimes políticos, 
conexos ou a mulher grávida e para o menor de 18 anos ou maiores de 
70 anos 
 
 Integridade pessoa (Art. 5°) 
 
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 Proibição de escravidão (Art. 6°) 
 Direito à liberdade pessoal (Art. 7°) 
 
OBS: Acabou com a prisão civil do depositário infiel na medida em que autorizou 
somente a prisão do devedor de alimentos no artigo 7.7 (7. Ninguém deve 
ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade 
judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação 
alimentar). 
 
 Garantias judiciais (Art. 8) 
 
OBS: Duplo grau de jurisdição está assegurado. 
 
 Suspensão de garantias: o Pacto admite a suspensão das garantias durante guerra, 
perigo público ou outra emergência, mas desde que por tempo determinado (Art. 27). 
Não podem ser suspensos os direitos previstos no artigo 3 (direito ao reconhecimento 
da personalidade jurídica), 4 (direito à vida), 5 (direito à integridade pessoal), 6 
(proibição da escravidão e da servidão), 9 (princípio da legalidade e da retroatividade), 
12 (liberdade de consciência e religião), 17 (proteção da família), 18 (direito ao nome), 
19 (direitos da criança), 20 (direito à nacionalidade) e 23 (direitos políticos), nem das 
garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos. 
 
4.1. Órgãos de proteção 
 
4.1.1. Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
 
 Responsabiliza Estados, e não pessoas 
 
 Não tem função jurisdicional! 
 
 7 membros (e não juízes) para mandato de 4 anos, admitida uma reeleição (Art. 35 e 
36). 
 
 Funções e atribuições: função principal é promover a observância e a defesa dos 
direitos humanos (Art. 41). Mas além disso deve: 
a) estimular a consciência dos direitos humanos nos povos da América; 
b) formular recomendações aos governos dos Estados-membros, quando considerar 
conveniente, no sentido de que adotem medidas progressivas em prol dos direitos 
 
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humanos no âmbito de suas leis internas e seus preceitos constitucionais, bem 
como disposições apropriadas para promover o devido respeito a esses direitos; 
c) preparar estudos ou relatórios que considerar convenientes para o desempenho de 
suas funções; 
d) solicitar aos governos dos Estados-membros que lhe proporcionem informações 
sobre as medidas que adotarem em matéria de direitos humanos; 
e) atender às consultas que, por meio da Secretaria Geral da Organização dos 
Estados Americanos, lhe formularem os Estados-membros sobre questões 
relacionadas com os direitos humanos e, dentro de suas possibilidades, prestar-
lhes o assessoramento que lhes solicitarem; 
f) atuar com respeito às petições e outras comunicações, no exercício de sua 
autoridade, de conformidade com o disposto nos artigos 44 a 51 desta Convenção; 
e 
g) apresentar um relatório anual à Assembléia Geral da Organização dos Estados 
Americanos. 
 
OBS: Além disso, a Comissão recebe queixas com denúncias a direitos humanos 
(Art. 44). 
 
OBS2: De certo modo pode ser dito que a Comissão tem a função de promoção, 
proteção (inclusive com medidas cautelares) conciliação e 
monitoramento dos direitos humanos: pode expedir recomendações (Ex: 
determinada localidade está com excesso de presos. Diante disso, pode a 
Comissão expedir uma recomendação para que o Estado tome uma 
providência). Também pode a Comissão solicitar ao Estado medidas de 
natureza cautelar (em 2009 são Paulo verificou-se numa instituição de 
prisão de jovens a tortura. Cautelarmente a Comissão solicitou 
providências). Também pode fazer visitações in loco. Pode investigar um 
fato específico, como a violação de direitos das mulheres ou fatos genéricos. 
Após, pode ele elaborar um relatório que serve de embasamento para uma 
recomendação, por exemplo. 
 
 Competência para receber petições que contenham denúncias ou queixas de 
violação a direitos humanos (Art. 44) 
 Legitimados: (i) Indivíduos; (ii) Grupos de indivíduos; (iii) Entidade Não-
Governamental reconhecida em pelo menos um dos Estados da OEA. 
 
 
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OBS: Estados também podem declarar que reconhecem a competência da 
Comissão para apreciar denúncias contra si formuladas por outros 
Estados. Mas isso é facultativo e será manifestado no momento de 
adesão ao Pacto ou em outro momento (Art. 45) 
 
OBS2: A legislação brasileira reconhece o direito de a Defensoria Pública o 
direito de pleitear junto a esses órgãos. Assim, a DPE pode defender 
um indivíduo nessa instância. Trata-se da Lei Complementar 
132/2009. 
 
 Requisitos para o processamento das petições: (i) que hajam sido interpostose esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo com os princípios 
de Direito Internacional geralmente reconhecidos; (ii) que seja apresentada 
dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido prejudicado 
em seus direitos tenha sido notificado da decisão definitiva; (iii) que a matéria da 
petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de solução 
internacional; e (iv) que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome, a 
nacionalidade, a profissão, o domicílio e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do 
representante legal da entidade que submeter a petição. 
 
 Particularidades 
 O Brasil fez uma reserva: as inspeções (visitas in loco) feitas pela Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos depende de anuência expressa do Estado 
brasileiro. 
 
4.1.2. Corte Interamericana de Direitos Humanos: 
 
 Formada por 7 Juízes para um mandato de seis anos admitida uma reeleição (não 
pode haver dois da mesma nacionalidade) (Art. 52-54) 
 
 Função de contencioso (jurisdicional) e de consulta (sendo que na consulta pode 
considerar qualquer tratado internacional). 
 Legitimados 
(i) Estados. 
(ii) Comissão. 
 
OBS: O indivíduo pode acionar a corte em casos de serem prejudicadas em 
virtude de uma situação em debate pela Corte. Ou seja, se o Brasil está 
 
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sendo acusado de algo na Corte, e isso pode prejudicar alguém, esta 
pessoa pode acionar a Corte numa espécie de cautelar. 
 
 Condenações: 
 Restauração do status quo ante e/ou; 
 Reparação do dano por meio de indenização (caso do hospital psiquiátrico e 
da Lei de Anistia 
 Condenação executada pela Vara Federal de primeiro grau. 
 Decisão é irrecorrível 
 Não precisa ser homologada pelo STJ (Art. 105, Inciso I, “i”, CF): não 
precisa porque não é uma sentença estrangeira, mas sim uma sentença 
internacional (entendimento majoritário sem precedente jurisprudencial). 
 Casos julgados pela Corte envolvendo o Brasil: 
 Caso Escher (2009): grampos inautorizados. 
 Caso Sétimo Garibaldi (2009): homicídio de um sem terra – indenização 
para os familiares de U$ 200.000,00. 
 Caso Gomes Lund (Guerrilha do Araguaia – 2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Tributário – Prof. Sérgio Karkache 
 
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NOVIDADES 
 
Emenda 75 – inseriu mais uma imunidade genérica ao artigo 150, VI, “e”, em favor de fonogramas 
e videofonogramas de música brasileira. 
 
Emenda 84 – Alterou o percentual de repartição de receitas, no imposto de renda e IPI, obrigando 
a União a repassar 49% (e não mais 48%). Os Municípios passam a receber, via Fundo de 
Participação, 24,5% ao todo. 
 
Emenda 87 – Altera o ICMS incidente sobre operações que destinem bens e serviços a 
consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado. 
 
“PEGADINHAS” 
CF DIZ “IMPOSTOS”: art. 145, §1º; 146, III, “a”; 147; 150, VI e §5º; 155, §3º. 
CF DIZ “TRIBUTOS”: art. 150, I a V; 151, I e III; 152. 
LEI COMPLEMENTAR: A CF diz expressamente. Casos no art. 146; 146-A; 148; 153, VII; 154, I; 
ITCMD Exterior; 155, §2º, XII (ICMS); 156 (ISS); 161 (Repartições). 
LEI ORDINÁRIA: Quando a CF não diz nada, normalmente cabe Lei ordinária (ou MP), sobretudo 
nos casos do CTN, art. 97. 
SE A CF DIZ “LEI”: Consultar posição do STF se ele entende que é Lei Complementar ou 
ordinária. 
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS 
Legalidade: Lei exceto: alíquotas II, IE, IPI, IOF, CIDE Combustíveis; Isenções ICMS; Fora reserva 
legal. 
Anterioridade: Só para aumento; ano seguinte à publicação e 90 dias depois, exceto: 1) Nenhuma 
(II, IE, IOF, IEG; EC guerra/calamidade); 2) Só exercício (IR, BC do IPTU/IPVA); 3) Só 90: IPI, 
Seguridade, CIDE-C, ICMS 155§4. 
Irretroatividade: Tributos; Vigência. Exceções: CTN, art. 106. 
Outras: Isonomia; Não-confisco; Liberdade de trafego (tributos inter-E-M exceto pedágio); 
Uniformidade Geográfica; Vedação à Isenção Heterônoma. 
 
 
Direito Tributário – Prof. Sérgio Karkache 
 
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IMUNIDADES 
Genéricas: Recíproca (U, E, DF, M e Autarquias/FP); Religiosa; Institucional (Partidos/Fundações; 
Sindicais trabalhadores, Educação/Assistência SFL+Lei); Livro etc; “Música BR” (CD/DVD). 
fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
Extravagantes: Exportações (IPI, ICMS, Sociais, CIDES); Pequena Gleba Rural (ITR); Ouro 
“Financeiro” (todos exceto IOF); ICMS interestaduais petróleo/energia; Princípio da Exclusividade 
(CF155§3); ITBI (CF156); Reforma agrária (CF184§5); Seguridade (Beneficentes AS); Taxas 
(CF5º). 
IMUNIDADE X ISENÇÃO: 
Imunidade: na CF, não é revogável (em regra), limitação ao poder de tributar. Isenção: instituída 
por Lei (em regra), é revogável (em regra); benefício fiscal. 
CONCEITOS 
Obrigação: Nasce no FG; Principal (pagar tributo ou “multa”) e Acessória; FG previsto em Lei na 
principal e na legislação na acessória. 
Crédito: “Nasce” da obrigação principal; Constitui-se pelo lançamento; Autônomo frente a 
obrigação; Sujeito a suspensão, extinção, exclusão (CTN, art. 151, 156, 175). 
Suspende: moratória, parcelamento, depósito integral, reclamações/rec adm; “liminares” (JUD). 
Extingue: pagamento, compensação, transação, remissão, consignação em pagamento; 
conversão do depósito em renda; pgto homologado; decisão transitada em julgado; decisão adm 
definitiva; dação em pgto (imóveis); prescrição; decadência. 
Exclusão: Isenção e anistia 
Formas de lançamento: Declaração, Homologação, Ofício. 
Prescrição: 5 anos a partir da constituição definitiva. Interrupção (CTN174§único); Suspensão 
(CTN151). Para execução na Justiça. Interrompe para todos na solidariedade. Contribuinte tem 
que guardar documentos fiscais até a prescrição. 
Decadência: 5 anos. 4 “dies a quo”: fato gerador (homologação); 1/jan seguinte; 1ª notificação da 
investigação; decisão anulatória formal. Para lançar o tributo. 
 
Direito Tributário – Prof. Sérgio Karkache 
 
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Responsabilidade Tributária: Substituição (progressiva ou regressiva); Transferência: 1) Titulares 
(Bens/PF/PJ/sucessão de fato/Estabelecimentos); 2) Terceiros: solidária (134); pessoal (135); 3) 
Infrações: em regra independe da intenção do agente, exceções 137. 
Nos Bens: quem paga é o comprador, salvo se: 1) tiver prova de quitação no título; 2) comprar em 
hasta pública. 
Pessoa Física: do de cujus transfere para o espólio, do espólio transfere para os sucessores e 
meeiro, nos limites do que cada um destes receber (“forças da herança”).Pessoa Jurídica: resultantes da fusão, transformação, etc. Respondem. 
Fundo de Comércio: comprador paga integralmente, se vendedor cessou atividades; 
subsidiariamente ao vendedor, se ele continua trabalhando. 
Sucessão empresarial de fato: dívida acompanha sócio que continua o negócio em outro lugar ou 
situação. 
Terceiros Solidária: terceiro responde se impossível exigir do devedor e se participou do fato 
gerador. 
Terceiros pessoal: terceiro responde se cometeu infração, ou excedeu poderes. 
Denúncia espontânea: Se pagar antes do Fisco investigar, não paga multa. Não vale parcelar e 
quando contribuinte confessa (ex. Declaração). 
Privilégios: 
Regra Geral: 1º) Trabalhista/Acidente-Trabalho; 2º) Tributário... 
Falências: 1º) Extraconcursais (remunerações; quantias; despesas; custas sucumbência; AJ 
válidos e Tributos); 2º) Concursais: TRAB/AC < 150SM; GARANTIA REAL; TRIBUTÁRIO; CC964; 
CC965; QUIROGRAFÁRIOS; MULTAS; SUBORDINADOS. 
Tributários: 1º) União; 2º) Estados/DF/TF; 3º) Municípios. Dentro de cada um: Imputações (CTN, 
art. 163: OP-ST; CM-TX-IM; > PRESCR.; <$). 
 
Outros: Inventários e Liquidações 1º Tributário 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo – Prof. André Barbieri 
 
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Responsabilidade Civil do Estado - artigo 37, §6º, CF 
 
1. Introdução: a chamada responsabilidade civil do Estado também é conhecida como 
responsabilidade extracontratual. 
 
2. Artigo 37, §6º, CF: a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos é objetiva. A responsabilidade do 
agente público será sempre subjetiva. 
 
“Artigo 37, CF 
(...) 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa.” 
 
Cuidado! A responsabilidade subjetiva do Estado ainda é aplicada, porém de forma excepcional, 
sempre nos casos em que a omissão do Estado causar um dano ao particular. Essa 
responsabilidade subjetiva também é conhecida como culpa invisível ou culpa administrativa. 
 
3. Modalidades da responsabilidade objetiva 
Dentro da responsabilidade objetiva a regra é a modalidade do risco administrativo, ou seja, são 
admitidas as excludentes (culpa exclusiva da vítima, forma maior e culpa de terceiro). Todavia, 
quando se tratar de dano ambiental e de dano nuclear será caso de risco integral, em que não há 
excludente. 
 
4. Principais casos concretos em destaques 
a) Ato lícito: o ato lícito gera responsabilidade objetiva do Estado, porém, o particular que sofreu 
o dano terá a indenização fundamentada no princípio da igualdade. 
b) Preso foragido que, tempos depois, praticou um novo crime: o preso foragido que, tempos 
depois, praticou novo crime, não gera o dever de indenizar do Estado, uma vez que entende o 
STF que não há nexo causal. 
c) Concessionária de serviços públicos: a pessoa jurídica de direito privado prestadora de 
serviço público responde objetivamente perante os danos causados a 3º (usuários ou não 
usuários), sendo que a responsabilidade do Estado é subsidiária. 
d) Agente público: a responsabilidade do agente público é sempre subjetiva. Contudo, se ele 
exercia a função e causou o dano ao particular o Estado será responsabilizado. Porém, se o 
 
Direito Administrativo – Prof. André Barbieri 
 
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agente público não exercia a função e, ainda assim, causou um dano ao indivíduo, o Estado não 
terá qualquer responsabilidade. 
 
5. Princípio da dupla garantia 
O agente público que, no exercício da função, causar dano ao particular tem a garantia de, 
primeiramente, a ação ser proposta em face do Estado e, se este for condenado, na ação 
regressiva, deverá provar que o agente público agiu com dolo ou culpa. 
Em que pese ser tema que não está pacificado na doutrina, a posição dominante é que o 
particular tem o prazo de 5 anos para ingressar com a ação de indenização contra o Estado. Uma 
vez que o Estado foi condenado e tal sentença transitou em julgado, caberá agora uma ação de 
regresso contra o real causador do dano, vez que a Administração Pública é obrigada a mover a 
ação de regresso contra o agente. Todavia, quanto ao prazo, lembrar que, na ação regressiva, 
aplica o artigo 37, §5º, da CF, vez que é imprescritível a ação para ressarcimento dos cofres 
públicos. 
 
Serviços Públicos – Lei 8987/95 
 
1. Conceito 
a) Substrato material: comodidade ou utilidada. Serviço público é sempre prestação material. 
b) Elemento formal: prestado pelo regime de Direito Público. 
c) Elemento subjetivo: necessariamente prestada pelo Estado (direta ou indiretamente). 
 
2. Princípios 
a) Generalidade/Universalidade: serviço público deve ser prestado a maior quantidade de 
pessoas possíveis. 
 
b) Modicidade: as tarifas, na prestação dos serviços, devem ser módicas. 
Não se confunde com gratuidade. 
 
c) Atualidade/Adaptabilidade: os serviços públicos devem ser prestados com a tecnologia do 
momento. 
 
d) Cortesia: a prestação do serviço público deve ser cortês. 
 
e) Isonomia: devem ser prestados de forma insonômica a todos os cidadãos. 
 
f) Continuidade: a prestação do serviço deve ser contínua, como regra. Excepcionalmente pode 
ser interrompido nos casos de emergência, melhoria do sistema e de inadimplência. 
 
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3. Classificação dos serviços públicos 
a) Individuais/ uti singuli: são prestados a todos, porém, é possível individualizar o quanto cada 
pessoa utiliza. Ex: energia elétrica, transporte público, telefonia... São cobrados mediante taxas ou 
tarifas. 
 
b) Gerais/ uti universi: são prestados a toda coletividade, mas sem individualização do consumo 
de cada usuário. Ex: iluminação pública, limpeza pública... São cobrados mediante impostos. 
 
4. Diferenças entre a concessão e a permissão 
 
a) o contrato de permissão pode ser celebrado com pessoas jurídicas ou pessoas físicas, já a 
concessão jamais será celebrada com pessoa física. 
b) o contrato de concessão a modalidade licitatória é sempre será a concorrência, 
independentemente do valor do contrato, na permissão não há essa obrigatoriedade. 
c) a concessão requer lei específica que a autorize, a permissão não requer tal exigência. 
 
Princípios do Direito Administrativo 
 
1. Princípios constitucionais do Direito Administrativo (artigo 37, caput, da Constituição 
Federal) “L-I-M-P-E” 
 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)” 
 
a) Legalidade: a legalidade pública é restritiva, ou seja, o administrador só pode fazer o que a lei 
permitir. O administrador está subordinado à lei. Administrar é aplicar a lei de ofício. 
 
b) Impessoalidade:

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