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Dir Constitucional Aula extra 04 EC 88

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Aula Extra 04
Direito Constitucional p/ TJDFT - Analista Judiciário (Área Judiciária e Oficial de
Justiça)
Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale
 
Direito Constitucional – 
Nádia e Ricardo 
 
! ! ! !
EMENDA CONSTITUCIONAL nº 88 
A Emenda Constitucional nº 88/2015 ficou conhecida como “PEC 
da Bengala”, pois muda as regras para aposentadoria 
compulsória previstas no art. 40, CF/88. 
Nessa emenda constitucional, há 2 (duas) novidades muito 
importantes. A primeira novidade é uma regra de aplicação 
genérica, a todos os servidores públicos federais, estaduais e 
municipais. A segunda novidade é uma regra específica, que se 
aplica apena aos Ministros do STF, Ministros dos Tribunais 
Superiores e Ministros do TCU. 
 
1 - Aposentadoria Compulsória de Servidores Públicos: 
Até a edição da EC nº 88/2015, os servidores públicos federais, 
estaduais e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente 
aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra alternativa 
senão a aposentadoria compulsória. 
Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada 
e passou a prever que os servidores públicos serão aposentados 
compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 
(setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei 
complementar. 
Pela nova redação do texto constitucional, os servidores públicos 
poderão continuar se aposentando compulsoriamente aos 70 
(setenta) anos. Porém, abre-se também a possibilidade para que, 
após editada lei complementar regulamentadora, a 
aposentadoria compulsória dos servidores públicos ocorra aos 75 
(setenta e cinco) anos de idade. 
A EC nº 88/2015 não restringiu, portanto, o direito dos servidores 
públicos à aposentadoria compulsória. Ela não impôs que a 
aposentadoria ocorra anos mais tarde. Nada disso. O que a EC nº 
88/2015 previu foi apenas a possibilidade de que os servidores 
públicos que assim o quiserem sejam aposentados 
compulsoriamente aos 75 anos de idade. Para isso, todavia, é 
necessária a edição de lei complementar. 
Por tudo isso, é possível afirmar que o art. 40, § 1º, II, pode ser 
dividido em duas partes: 
a) Os servidores públicos poderão se aposentar 
compulsoriamente aos 70 anos de idade. Trata-se de norma 
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Direito Constitucional – 
Nádia e Ricardo 
 
! ! ! !
de eficácia plena, pois independe de regulamentação, já 
estando apta a produzir todos os seus efeitos. Basta que o 
servidor públicos faça 70 anos e já poderá pleitear a 
aposentadoria compulsória. 
b) Os servidores públicos poderão se aposentar 
compulsoriamente aos 75 anos de idade, na forma de lei 
complementar. Trata-se de norma de eficácia limitada, 
pois depende de regulamentação para que possa produzir 
todos os seus efeitos. Até que seja editada a mencionada lei 
complementar, os servidores públicos deverão continuar se 
aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade. 
 
2 - Aposentadoria Compulsória dos Ministros do STF, 
Ministros dos Tribunais Superiores e Ministros do TCU: 
A EC nº 88/2015 inseriu um novo dispositivo no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o qual trata 
da aposentadoria compulsória dos Ministros do STF, Ministros 
dos Tribunais Superiores e Ministros do TCU. 
Segundo o art. 100, ADCT, enquanto não entrar em vigor a lei 
complementar mencionada no art. 40, , § 1º, II, os Ministros do 
STF, Ministros dos Tribunais Superiores e Ministros do TCU irão se 
aposentar compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos 
de idade. Trata-se de regra de aplicação automática, independente 
de edição de qualquer norma regulamentadora. 
É relevante destacar que o art. 100, ADCT, estabelece que a 
aposentadoria compulsória desses Ministros está sujeita à 
observância do art. 52, CF/88. Essa regra foi interpretada no 
sentido de que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do 
TCU, caso desejem se aposentar após os 70 (setenta) anos, devem 
se submeter à nova sabatina pelo Senado Federal. 
No âmbito da ADI nº 5316, que questiona a constitucionalidade da 
Emenda Constitucional nº 88/2015, o STF decidiu que “a exigência 
de nova sabatina para permanência de ministros no cargo viola 
o princípio da separação dos Poderes, cláusula pétrea da 
Constituição Federal, e compromete a independência e a liberdade 
dos magistrados, que não podem ter sua atuação avaliada por outro 
Poder, depois de anos de investidura no cargo”. Assim, em medida 
cautelar na ADI nº 5316, o STF suspendeu os efeitos da expressão 
“nas condições do artigo 52 da Constituição Federal”, que consta da 
redação da EC nº 88/2015. 
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Direito Constitucional – 
Nádia e Ricardo 
 
! ! ! !
QUADRO COMPARATIVO 
Texto Original Texto após a EC nº 88/2015 
 Art. 1º - O art. 40 da 
Constituição Federal passa a 
vigorar com a seguinte 
alteração: 
Art. 40 (…) 
§ 1º (…) 
II - compulsoriamente, aos 
setenta anos de idade, com 
proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição; 
Art. 40 (…) 
§ 1º (…) 
II - compulsoriamente, com 
proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, aos 70 
(setenta) anos de idade, ou aos 
75 (setenta e cinco) anos de 
idade, na forma de lei 
complementar; 
 Art. 2º O Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias 
passa a vigorar acrescido do 
seguinte art. 100: 
Art. 100 - Até que entre em 
vigor a lei complementar de que 
trata o inciso II do § 1º do art. 
40 da Constituição Federal, os 
Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, dos Tribunais 
Superiores e do Tribunal de 
Contas da União aposentar-se-
ão, compulsoriamente, aos 75 
(setenta e cinco) anos de idade, 
nas condições do art. 52 da 
Constituição Federal. 
 
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