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FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS I FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS I Graduação FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS I A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FILOSOFIA Tem gente exagerada que diz que foi por milagre que a Filosofia surgiu. Não é bem assim! Muita coisa aconteceu, muitos fatores contribuíram, talvez uma dose de sorte. Como isso aconteceu? Por quê? Vamos saber isso estudando. OBJETIVOS DA UNIDADE: • Formar a noção sobre o surgimento da Filosofia e como ela evoluiu ao longo de sua história. Perceber como ela sempre esteve ligada a situações e problemas de uma época que desafiaram a reflexão filosófica e os pensadores do período. PLANO DA UNIDADE: • A passagem do mito à filosofia. • Divisões da história da filosofia. Bons Estudos! U N ID A D E 2 UNIDADE 2 - A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FILOSOFIA 2.1 - A PASSAGEM DO MITO À FILOSOFIA a) As questões fundamentais dos primeiros filósofos Observe as gravuras seguintes: Temos um bebê. Ele mal consegue andar, não fala, nem escreve, sequer come sozinho. Na outra temos um adulto, que pode até gerar um filho, pode prover seu próprio sustento, dançar, pular, comemorar. São muito diferentes entre si, nos corpos, nos jeitos, nas necessidades, em inumeráveis aspectos, mas trata-se da mesma pessoa. O mesmo raciocínio aplica-se à semente e à árvore, pois são seres aparentemente tão diferentes entre si, mas um é o outro. A semente é a futura árvore, pois posta no solo, transforma-se em árvore. Não se passa de um estado para o outro instantaneamente, há um longo processo de transformação, dificilmente o acompanhamos em nós mesmos ou em seres que transformam-se lentamente (daí porque grande parte dos alunos primários já fizeram a experiência de plantar um grão de feijão num pedacinho de algodão, sua transformação é rápida e fácil de acompanhar - você já pensou se pedissem para plantar uma semente de manga?). Há muito tempo atrás, mais precisamente na Grécia Antiga, por volta do século VII a.C., alguns homens começaram a parar para observar melhor a natureza e acabaram espantados e admirados. Assim como as coisas, os seres podem se transformar tanto? Apesar dessa transformação, como continuam os mesmos? Por que tudo se transforma? Muitas foram as explicações e o filósofo Parmênides chegou a dizer que nada se transforma de verdade, toda mudança é ilusão dos sentidos do corpo humano! De lá para cá as respostas sofreram profundas alterações. Entrou a ciência para dar sua visão. De vez em quando uma nova resposta gerava uma crise (o homem evoluiu do macaco?), às vezes aceitavam-nas calados (A terra é o centro do universo), mas jamais parou-se de perguntar. Desde que esses gregos começaram a perguntar, nossa civilização ocidental, ora mais, ora menos, experimentou uma inquietude intelectual que jamais cessou, como se um monte de formigas andassem sem parar dentro de nossas cabeças. b) Os mitos gregos Por que começou na Grécia? Poderia começar em muitos outros lugares, mas começou lá, por volta do ano 600 a.C. Durante muito tempo, quando se procuravam heróis para tudo, disseram: foi por um milagre, o “milagre grego”, que ela nasceu. Só poderia ter nascido por lá, porque lá havia homens especialmente inteligentes, reunidos num mesmo período. Bobagem! Exageram, às vezes, um pouco, não? Existiram pessoas geniais? Claro, existiram, mas sozinho isso não explica o surgimento da filosofia. Os gregos, como muitos outros povos da terra, tinham suas características comuns com outros povos e suas particulares. FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS I Em comum, possuíam deuses como outros povos, a base agrária da economia, ricos e pobres, um governante, leis, território, etc. Particulares, sua religião era mais branda (não acreditavam em céu e inferno, pecados. Valorizavam mais os homens que os deuses, nos cultos não era preciso a pureza de coração - apenas cumprir os ritos, simples práticas. Não havia classe sacerdotal importante). O território grego é acidentado, muitas montanhas, baías, abismos, além de ser seco - ruim para a agricultura. A Grécia Antiga não formava uma unidade política, cada cidade era como se fosse um país, por isso não tinham exércitos permanentes importantes, nem condições de conquistar outros territórios. Quando a situação aperta - fome, injustiça, guerras - eles se vêem obrigados a encontrar soluções, mas quais? Eles são tão fraquinhos, sem importância, sem força. Aí usam a criatividade: viajam por mar e começam a estabelecer em regiões estrangeiras, uma espécie de filial das cidades gregas: as colônias. Nelas são desenvolvidas atividades mercantis, pois os gregos são bons artesãos e produzem vinho, azeite e outros produtos, em menor escala. Chegam de mansinho, vão criando laços com os povos dos locais. Aprendem com eles e melhoram o aprendido. Por exemplo: eles vêem os egípcios mumificando os corpos do faraó e transformam esse conhecimento numa ciência: a medicina. De fato, lá existiam muitos pensadores geniais, mas sem as práticas de outros povos, sem o contato com sua cultura, quem sabe se conseguiriam inventar a filosofia? Outro fator importante para a invenção da filosofia foram os mitos gregos. Já falei acima um pouco sobre a religião grega. Vou falar agora um pouco sobre o mito. Se eu te perguntasse o significado de mito religioso, talvez te viesse à cabeça uma noção muito comum: trata-se de algo fantasioso, inexistente, feito para dominar os mais ingênuos. O mito grego não é bem isso. Muitos autores, Nietzsche, por exemplo, defendem os mitos e acham-nos injustamente censurados pelos que não os compreendem e acusam-lhes de ilógico, mas é feito por não poderem dominá-lo pela lógica. Isso se aplica muito bem aos mitos gregos. Os mitos não eram apenas narrativas estúpidas sobre o mundo, eram muito mais. Um mito era capaz de explicar muitas coisas, principalmente sobre o próprio ser humano. Era uma narrativa sobre a origem das coisas, feita por alguém capaz de intuir, de perceber algo que escapa à maioria das pessoas. O mito grego possuía um elevado grau de inteligência em si mesmo, não era um relato boboca. É claro, isso vai ajudar demais a Filosofia a nascer, pois a religião grega não se opôs ao pensamento, ao contrário, estimulou-o. c) A admiração e o espanto Como os mitos falavam sobre a origem das coisas da natureza, os primeiros filósofos também começaram a desenvolver estudos sobre esse Intuir: Ter uma intuição. Intui- ção: Conhecer uma coisa de forma clara e imediata (na hora), sem precisar explicações mais detalhadas. UNIDADE 2 - A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FILOSOFIA assunto. Aí aconteceu uma surpresa: eles começaram a ficar espantados com a própria natureza, caíram em algo chamado por Platão de “admiração”. A filosofia nasce, segundo esse autor, da admiração. Para você entender essa idéia de admiração talvez eu precise falar antes de seu contrário. Repare nos problemas de nossa vida diária: o preço das passagens, a data das provas, uma roupa que preciso comprar para ir a algum lugar, o que vou comer, ou até as últimas novidades da moda, das “badalações”, das notícias. Aprendemos sobre todas essas coisas. Desde pequeninos nos dizem o certo e o errado, o possível e o impossível, o valioso e o sem valor. O mundo torna-se algo comum, corriqueiro, natural, normal. Se não sei tudo sobre o mundo, pelo menos sei tudo sobre minha vida e as coisas a minha volta. Por isso, se um filósofo vem e coloca uma questão do tipo: é possível o mundo existir? Nos resta apenas vê-lo como um louco. Mas quem será de fato o louco dessa história? O problema é nos acostumarmos com o mundo e com nós mesmos, tudo se torna banal, óbvio, esperado, ou de modo mais simplificado,adquirimos hábitos. O mundo não é mais um enigma, algo misterioso, um desafio que desejamos desvendar. Ao contrário, ele torna-se repetitivo, costumeiro, sem graça. Não agimos como as crianças. Para elas tudo é novidade, tudo desperta a atenção e a curiosidade. Justamente por isso a infância é a fase da vida na qual temos mais capacidade para aprender - uma criança, em meio a outras, pode, por exemplo, aprender vários idiomas nessa fase. Portanto, o contrário do hábito é a admiração. O que significa admirar-se? Significa notar com surpresa e prazer uma nova realidade dentro daquela já conhecida, muito mais complexa, rica, profunda. Isto é admirável, é realmente espantoso; tudo estava lá e não notávamos, tudo estava lá e não nos dávamos conta. Admirar significa espantar-se com os mecanismos invisíveis que fazem as coisas serem o que elas são. As pessoas nascem, crescem, ficam velhas e morrem - o ciclo normal da vida. Para o filósofo não causa admiração uma pessoa viver 130 anos, mas porque esse ciclo acontece, como é triste e belo ao mesmo tempo. Ele pára para ver essas coisas. Para as pessoas habituadas, viver em sociedade é algo normal; para um filósofo é algo admirável. Como podem as pessoas, tão diferentes nas condições econômicas, no querer, nos objetivos, viverem juntas? Por que elas querem isso? Talvez, não. “Admiração e espanto significam: tomarmos distância do nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento, olhando- o como se nunca o tivéssemos visto antes, como se não tivéssemos tido família, amigos, professores, livros e outros meios de comunicação que nos tivessem dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é, por que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar também o que somos, por que somos e como somos.”6 (Chauí) FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS I Alguns autores, atualmente, questionam o começo da Filosofia pela admiração. Segundo eles, a filosofia, antes de qualquer coisa, problematiza a realidade. Aí estaria seu papel fundamental, aí ela teria começado. Os gregos sempre acreditaram na disponibilidade do mundo para ser estudado. O ser humano teria totais capacidades para conhecê-lo, jamais duvidaram disso. Desse modo, não seria incorreto afirmar o começo da filosofia pela admiração, posto acreditarem na possibilidade de compreensão do mundo pelo intelecto. Por outro lado, não há dúvida, o admirar o mundo foi também em decorrência e ocasião dos problemas levantados nesse momento. Admiravam-se ainda do quanto não compreendiam o mundo, ou seja, da própria ignorância. 2.2 DIVISÕES DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA Até aqui só se falou, praticamente, no começo do filosofar. Agora vou contar para você o que aconteceu daí para frente. Certamente, isso será feito de forma muito breve, sem o devido aprofundamento. Também importa lembrar a injustiça das classificações, pois nem sempre um pensador pode ser rotulado dentro de uma corrente ou época. Às vezes ele pode estar à frente de seu tempo, outras vezes colocamos um autor numa época adiantada, mas ele está ligado aos problemas antigos. Enfim, divide-se a História da Filosofia em períodos apenas para facilitar o estudo. Depois de sua invenção na Grécia, como já foi dito, os estudos filosóficos prosseguiram na história, num primeiro momento em menor quantidade e depois num volume cada vez maior de estudo, sempre enfrentando e refletindo sobre os problemas da época. Os períodos são: História da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. a) Filosofia Antiga (do final do século VII a.C. ao século II d.C.) O período antigo compreende a filosofia grega e romana. Alguns autores incluem filosofias orientais aqui, como a chinesa e a hindu, mas são muito baseadas em religiosidade, não constituem uma explicação sistemática. Por isso, nem todos as consideram filosofias propriamente dita. Os principais passos da filosofia aqui foram: separação entre o pensamento racional e a mitologia, o estudo da natureza, da política, da ética e do ser humano. Subdivide-se nos períodos: Pré-socrático, Socrático ou Sistemático e Helenístico. PERÍODO DURAÇÃO TEMAS ESTUDADOS PELA FILOSOFIA Pré-socrát i co VII a V a.C. Estuda o mundo externo, a natureza, as transformações das coisas. Socrático ou sistemático IV a III a.C. Organizando todo pensamento, feito anteriormente, inclui o ser humano, a ética, a política e as técnicas como objetos do saber filósofico. Por fim, acabachegando à conclusão de que TUDO pode ser objeto do conheci- mento filosófico, desde que as idéias tenham fundamentação racional adequada e respeitem as regras do pensamento. Heleníst ico III a.C a IV d.C Estuda bastante questões morais e práticas, mas também discutem questões concernentes ao mundo místico. UNIDADE 2 - A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FILOSOFIA Autores contemporâneos dessa época: • Pré-Socráticos: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Heráclito de Éfeso, Parmênides de Eléia, Pitágoras de Samos, Demócrito de Abdera. • Socráticos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Também há um grupo não muito unido oposto a Sócrates, os sofistas. • Helenísitico: Epicuro, Zenão de Cítio, Diógenes, Pirron, Filon de Alexandria, Plotino, Cícero, Sêneca, Marco Aurélio. b) Filosofia Medieval (do século II a XV) Já estamos na época do cristianismo. O cristianismo tem grande interesse em converter os pagãos, mas como poderiam ter sucesso do modo como iniciaram? Uma religião vinda da Palestina, região desprezada pelos romanos e com um líder que morreu crucificado - o que era abominável para a época; com a afirmação de que Cristo ressuscitara, algo impensável para pessoas cultas. O cristianismo precisa de uma apresentação mais adequada e aproximar as verdades cristãs da filosofia foi vista como uma das grandes possibilidades do cristianismo ser ouvido pelos gregos e romanos. O grande tema dessa época, ao lado de outras, situa-se na possibilidade ou não de conciliar a filosofia com a fé. Também procuram-se provas da existência de Deus, da imortalidade da alma, relações entre alma e corpo, verdade da razão e verdades da fé (dogmas). Subdivide-se em Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica (séc. IX ao XV) Autores: • Patrística: Clemente, Orígenes, João Crisóstomo, Eusébio de Cesaréia, Agostinho, Gregório Magno, Isidoro de Sevilha. • Escolástica: Boécio, João Scoto Erígena, Bernardo de Chartres, Joaquim de Fiore, Anselmo de Cantuária, Pedro Abelardo, São Boaventura, Alberto Magno, Tomás de Aquino, Duns Scoto, Guilherme de Ockham, entre outros. c) Filosofia Moderna (do séc. XVI ao XVIII) Esse período caracteriza-se pela separação entre fé e razão. O ser humano é colocado como centro das atenções, há uma confiança enorme nos poderes da razão, na capacidade do homem construir seu próprio futuro. As raízes dessa época já estão presentes no período da Renascença. Autores: Descartes, John Locke, David Hume, Blaise Pascal, Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Kant. d) Filosofia Contemporânea (do séc. XIX até hoje) Estamos nele, é difícil caracterizá-lo. Mas é marcado por acontecimentos animadores e trágicos. Os pensadores ficaram empolgados com os tempos novos quando um número FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS I assombroso de descobertas e inventos apareceu - uso da eletricidade, anestesia, automóvel, avião, produção em massa de bens, etc. Não demorou muito também para grandes decepções: as guerras mundiais, bombas atômicas, injustiças sociais, poluição, campos de concentração, etc. A filosofia do nosso tempo foi marcada pelo otimismo em pensadores como Fichte, Hegel e Augusto Comte. Eles exaltavam a liberdade, a natureza, a história, a ciência. Mas conheceu momentos de amargura e desconfiança: Schopenhauer, Marx,Freud, Kerkegaard, Nietzsche. Eles negaram sentido à vida humana, criticaram a sociedade capitalista, a vaidade de achar que tudo pode ser controlado pela nossa consciência, a moral hipócrita e fizeram o ser humano ficar rebaixado. Também temos em alguns autores a busca por uma solução de conciliação entre a liberdade individual e a vida em sociedade: Karl-Otto Appel, Habermas, Jean Baudrillard. Muitos outros autores pertencem ao nosso tempo: Sartre, Gramsci, Althusser, Heidegger, Levinas, Bobbio, Derrida, Deleuze, etc. Bem, esta breve apresentação do surgimento e evolução da filosofia ao longo da história não esgota o assunto. Vimos pouco da História da Filosofia, mas quem sabe tenha servido para dar uma idéia do caminho trilhado por essa grande invenção? Tomara que sim! LEITURA COMPLEMENTAR Aprofunde seus conhecimentos lendo: GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia São Paulo: COMPANHIA DAS LETRAS, 2001. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Ser, Saber e Fazer. 8. ed. reformulada. São Paulo: Saraiva, 2005. É HORA DE SE AVALIAR! Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois acesse o nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e enviei suas respostas. Interaja conosco! Até aqui tivemos uma espécie de “cartão de visitas” da Filosofia, isto é, uma apresentação do que ela é, como é, porque é. Da próxima unidade em diante, entraremos em reflexões sobre os fundamentos das ciências sociais e humanas, propriamente. Espero você lá, até breve. UNIDADE 2 - A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FILOSOFIA NOTAS 5 CHAUÏ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003.13ª ed. pg.24 6 Chauí, op.cit. pg. 18 7 GAARDE, op. cit. Pg 40 8 CORDI, Cassiano, SANTOS, Antônio R., BÓRIO, Elizabeth et alii. Para Filosofar. São Paulo: Scipione,1995 pg. 11 9 DUMONT, Jean-Paul. Elementos de história da Filosofia Antiga. Brasília:UNB, 2004. Pg. 379 10 PADOVANI, Humberto, CASTAGNOLA, Luís. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1962. Pg.169 11 HRYNIEWICZ. Severo. Para Filosofar - Introdução e História da Filosofia. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1998. Pg. 352.
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