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Aula8_econ aberta e instrumentos de PM

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Economia aberta 
Instrumentos de PM 
Metas de Inflação 
Economia Monetária 
Profa. Cristina F. B. Reis 
 
Janeiro, 2014 
SUMÁRIO 
• PM em economia aberta no Modelo 
Mundell Fleming 
• Instrumentos de PM 
• Metas de Inflação 
– Críticas novo-keynesiana e sraffiana às 
diferentes abordagens 
 
Entrega da lista de exercícios 
Economia aberta 
PM Expansiva 
econ. fechada 
• Monetaristas: curto prazo: aumenta produto e preços, longo prazo: 
inócua. Efeito existe enquanto dura a ilusão monetária 
• Keynesianos: impotente na versão fiscalista, com IS vertical, pois 
pressupõe que a sensibilidade do investimento aos juros é muito baixa. 
Também impotente na situação de armadilha da liquidez, com LM 
horizontal. 
• Novos-clássicos: não tem efeito sobre o produto por causa das 
expectativas racionais, apenas eleva preços. Choque pode ter efeito 
brevíssimo se política for de surpresa 
• Pós-keynesianos: PM não afeta diretamente o produto da circulação 
industrial, mas indiretamente através do vazamento de moeda de 
circulação financeira para a industrial => eficácia depende de 
expectativas e incerteza, dos agente bancários e não-bancários. 
 
PM Expansiva 
econ. aberta 
• Mercados de câmbio e monetário 
– Variação de reservas = Saldo do BP 
– Saldo do BP = Transações correntes + Entrada líquida de K 
• Câmbio fixo: reservas se formam para compensar 
desequilíbrio de oferta e demanda de divisas. BC interfere 
no mercado de câmbio 
• Câmbio flexível puro: variação de reservas é zero 
• Sempre que o BC compra/ vende reservas, interferindo no 
mercado de câmbio, afetará tbm a liquidez da economia e, 
portanto, o mercado monetário. 
Conceitos 
econ. aberta 
Regimes cambiais: 
• Numa economia aberta, existe um novo ativo: moeda 
estrangeira 
• Mercado de câmbio: troca entre moeda doméstica e 
estrangeira, o preço é a taxa de câmbio - Definição internacional: 
moeda doméstica/ moeda estrangeira (R$/ US$) 
 Desvalorização: taxa de câmbio se eleva 
 Valorização: taxa de câmbio se reduz 
• Regime cambial: definido pela regra para a formação da 
taxa de câmbio 
Conceitos 
econ. aberta 
Regime flexível: 
• Oferta e demanda de divisas definido pelo mercado 
• Hipótese simplificadora: demanda de divisa se dá somente para 
transações do BP e não para reserva de valor 
• BC não intervém no mercado de câmbio, desequilíbrios do BP não se 
traduzem em variações de reservas 
E 
DUSD, OUSD 
OUSD 
DUSD 
Conceitos 
econ. aberta 
Regime fixo: 
• Paridade determinada por uma decisão do governo, que mantém o 
nível demandado à taxa de câmbio fixada operando na oferta 
(comprando e vendendo divisas) 
• Reservas são necessárias, governo precisa desenvolver mecanismos 
para intervir no BP 
• Exemplos: padrão-ouro, currency board (conselho da moeda), união 
monetária 
Conceitos 
econ. aberta 
Regimes intermediários: 
• Bretton Woods: fixo ajustável. Podia se operar desvalorizações caso 
houvesse desajustes no BP, desde que não superasse 10% e fosse 
autorizado pelo FMI 
• Crawling peg: fixo ajustável, com minidevalorizações constantes (Brasil: 
1996 a 1999) 
• Bandas de flutuação: flexível controlado em zonas-alvo 
• Flutuação suja: sem metas, qdo o governo intervém para evitar 
volatilidade excessiva 
PM Expansiva 
econ. aberta 
• Mundell-Fleming: é o IS-LM ampliado 
considerando o balanço de pagamentos 
• Câmbio Fixo 
• Câmbio Flexível 
Proposição: No longo prazo o banco central pode escolher a 
taxa de inflação, a taxa de juros nominal e de câmbio 
nominal, mas não pode afetar as variáveis reais (produto, 
taxa de câmbio e de juros real). A escolha do regime cambial 
não afeta as variáveis reais no lp. 
PM Expansiva 
econ. aberta 
• Mundell-Fleming: 
– Reta BP : transações do BP em equilíbrio externo (ou do 
mercado de câmbio). 
– Economia aberta sem mobilidade de capitais: BP =TC 
– Economia aberta com mobilidade perfeita de capitais 
– Economia aberta com mobilidade finita de capitais 
– Economia grande x pequena 
Conceitos 
econ. aberta 
Economia aberta sem mobilidade de capitais: BP =TC 
– Câmbio fixo: 
 
 
 
 
 
– BP vertical pois não é afetado pela taxa de juros: não há movimento de 
capitais 
– PM expansionista: LM desloca para direita => juros inferior, déficit no BP 
(ponto de equilíbrio à direita da reta BP), governo vende divisa para 
sanar pressão para desvalorização, contração monetária => PM inócua 
i 
Y 
LM1 
IS 
LM2 
BP 
Conceitos 
econ. aberta 
Economia aberta sem mobilidade de capitais: BP =TC 
– Câmbio flutuante: 
 
 
 
 
 
– BP vertical pois não é afetado pela taxa de juros: não há movimento de 
capitais 
– PM expansionista: LM desloca para direita => juros inferior, déficit no BP 
(ponto de equilíbrio à direita da reta BP), desvalorização, estímulo a X e 
inibe M, BP e IS deslocam para a direita 
i 
Y 
LM1 
IS1 
LM2 
BP1 BP2 
IS2 
Conceitos econ. 
aberta 
Economia aberta com mobilidade perfeita de capitais: câmbio fixo 
– Retorno da aplicação em títulos de diferentes países é totalmente dado 
ao nível da economia internacional, BP horizontal 
 
 
 
 
 
– PM expansionista: i interno cai, sai capitais, BP em déficit, governo tem 
que vender reservas, cai a base monetária, LM volta: PM inócua 
– Trindade impossível: PM autônoma, câmbio fixo, perfeita mobilidade K 
i 
Y 
LM1 
IS 
LM2 
BP 
Conceitos econ. 
aberta 
Economia aberta com mobilidade perfeita de capitais: câmbio flutuante 
– Retorno da aplicação em títulos de diferentes países é totalmente dado 
ao nível da economia internacional, BP horizontal 
 
 
 
 
 
– PM expansionista: i interno cai, sai capitais, desvalorização cambial, 
elevam exportações líquidas, IS desloca. PM totalmente eficaz 
i 
Y 
LM1 
IS1 
LM2 
BP 
IS2 
Conceitos 
econ. aberta 
Economia aberta com mobilidade finita de capitais: câmbio fixo 
– BP positivamente inclinado: títulos domésticos e estrangeiros não são 
substitutos perfeitos, então i não necessariamente será igual ao 
internacional. 
 
 
 
 
 
– Inclinações das curvas é que fazem diferenças nos resultados das visões 
de cada escola 
 
i 
Y 
LM1 
IS1 
LM2 BP 
IS2 
Conceitos 
econ. aberta 
Economia grande x pequena 
 
– Uma pequena economia aberta é aquela que não afeta os preços 
dos bens e serviços internacionais nem as taxas de juros 
internacionais. Mas as decisões do banco central afetam a taxa de 
câmbio da economia. 
– Taxa de juros interna não é externa mais risco (paridade 
descoberta) 
– Desvalorizações afetam preços externos e impacto na TC é maior 
ainda. 
Críticas às teorias 
monetárias 
 
Crítica novo-
keynesiana 
 “Rumo a um novo paradigma de política monetária 
apresenta um tratamento pioneiro de tópicos críticos 
sobre o assunto. Ao contrário da teoria monetária 
prevalecente, esse livro se concentra não no papel da 
moeda como facilitador de transações, mas no papel do 
crédito como facilitador de atividades econômicas de 
maneira mais geral. O “novo paradigma” enfatiza a 
demanda e a oferta de fundos de empréstimo, que exige, 
por sua vez, a compreensão das imperfeições da 
informação e do papel dos bancos”. (STIGLITZ & 
GREENWALD, 2003) 
Crítica novo-
keynesiana 
NK parte, mas supera o modelo de racionamento de crédito (STIGLITZ & 
WEISS, 1981) 
– Foco no crédito enquanto mecanismo de transmissão da política 
monetária (Bernanke & Blinder 1988, Bernanke e Gertler 1995), que 
são marginalizados na análise IS/LM 
–Modelo B&B incorpora o mecanismo de crédito por meio de 
empréstimosbancários 
• Empréstimos e títulos não são substitutos perfeitos: por conta de 
problemas com informações, diferença de liquidez ou elevado custo de 
transação de papéis no mercado aberto. 
• Três ativos: moeda, títulos e empréstimos. 
 
 
Crítica novo-
keynesiana 
–Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) 
• A demanda por empréstimos (Ld) tem uma relação negativa com a taxa de 
juros sobre os empréstimos (r ), positiva com a taxa de juros sobre os títulos (i) 
e positiva com o produto (y): Ld = L(r ,i, y) 
• A oferta de empréstimos ( s L ) tem sua gênese num balancete simplificado 
dos bancos, no qual o ativo é formado por reservas (R), títulos (Bd ) e 
empréstimos (Ls ), enquanto o passivo é formado apenas por depósitos (D) 
 
 
Crítica novo-
keynesiana 
–Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) 
• O mercado monetário é definido por uma curva LM convencional, e o de bens 
por uma IS 
• A curva CC é o lócus geométrico do equilíbrio no mercado de crédito e no 
mercado de bens 
• Estática comparativa : 
– Resultados semelhantes ao modelo IS-LM tradicional, quanto aos efeitos 
de choques no dispêndio e na demanda por moeda. 
– A novidade é o efeito que ocorre por modificação nas reservas bancárias 
=> Um aumento nas reservas bancárias pode levar a uma elevação na taxa 
de juros, nesse modelo com crédito. Graficamente, esse aumento nas 
reservas bancárias irá deslocar para a direita as curvas LM e CC 
(commodities e crédito); mas, pelo formato das curvas, o novo equilíbrio 
ocorre com um maior nível de produto e um maior nível de taxa de juros 
sobre títulos. Economicamente, o canal do crédito faz a política monetária 
mais expansionista do que no modelo IS-LM convencional. 
 
 
Crítica novo-
keynesiana 
Crítica novo-
keynesiana 
–Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) 
• Resultado alternativo para a transmissão da política monetária por 
causa da ênfase nos empréstimos bancários. 
• Expansão de M aumenta os depósitos e os empréstimos. 
• O aumento do crédito bancário faz com que haja crescimento do 
consumo e do investimento, levando a uma expansão do produto e 
da renda. 
• A taxa de juros sobre os títulos deve vai para um nível maior devido 
ao aumento da demanda por moeda, impulsionado pela elevação do 
produto, 
• A taxa de juros sobre os empréstimos tende a ficar menor, pela 
ampliação dos recursos disponíveis para o crédito bancário. 
Crítica novo-
keynesiana 
–Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) 
• NK criticam ainda que os efeitos de alterações na taxa de juros sobre 
as variáveis reais da economia são omitidos no modelo IS-LM, 
chamando essas omissões de “caixa preta”. 
• Parte do entendimento é atribuída a particularidades de atuação do 
mercado financeiro, pois a concessão e a tomada de crédito sofrem 
os efeitos da informação assimétrica, principalmente os relacionados 
à seleção adversa e ao risco moral. => falhas de mercado. 
• Dois canais de transmissão monetária derivados da informação 
assimétrica nos mercados de crédito: o canal de empréstimos 
bancários (bank lending channel - Bernanke e Blinder (1988)) e o 
canal do balanço, que funciona por meio dos efeitos sobre os 
balanços patrimoniais das firmas e dos indivíduos (balance sheet 
channel). 
6. Instrumentos de PM 
Introdução 
• PM é efetivada principalmente pelo Banco Central 
• A aplicação de cada um deles depende da 
abordagem teórica referencial adotada 
• Por que? 
• Ora, como vimos, não há consenso sobre: 
– Visão da moeda 
– Trade-off inflação e desemprego (KEYNESIANOS) 
– Taxa natural de desemprego (MONETARISTAS) 
 
 
 
Introdução 
• Estrutura analítica (CARVALHO et al): 
–Objetivos 
–Metas 
– Instrumentos 
Objetivos 
• Estabilidade de preços 
• Alto nível de emprego 
• Crescimento econômico 
• Estabilidade da taxa de câmbio 
• Prevenção de falências bancárias 
• Saúde do sistema financeiro 
• Confiança dos investidores nacionais e estrangeiros 
 
 
 
Exemplo 
“PM-MAIS” (FMI, Global Financial Stability Report, 2013, p.99). 
• “Central banks in key advanced economies adopted a series 
of unconventional monetary policies with two broad goals. 
The first was to restore the functioning of financial markets 
and intermediation. The second was to provide further 
monetary policy accommodation at the zero lower bound 
of policy interest rates. These two goals are clearly related, 
as both ultimately aim to ensure macroeconomic stability. 
But each relies on different instruments: the first on 
targeted liquidity provision and private asset purchases, 
and the second on forward guidance and bond purchases”. 
 
Objetivos 
Metas 
• De três ordens: 
– Intermediárias: no curto/ médio prazo, antes do efeito 
final se concretizar 
• Banco Central em geral visa taxa de juros de longo prazo e 
agregados monetários 
• Funcionam como indicadores 
– Operacionais: sobre as variáveis-alvo 
• Determinação da taxa de juros de curto prazo 
• Reservas agregadas 
– Finais 
 
 
 
Metas 
• O controle da taxa de juros e das reservas 
bancárias é mutuamente exclusivo em um dado 
momento do tempo 
 
 
 
 
Metas 
• Meta de juros: se governo faz PF expansionista, aumenta 
demanda de moeda, governo aumenta oferta para manter 
a taxa de juros 
 
 
 
 
Metas 
• Meta de oferta de moeda: ela é vertical, então expansões 
da demanda de moeda levam à variações nos juros 
 
 
 
 
Instrumentos 
• “Os instrumentos são meios e métodos na 
operacionalização da política monetária que 
afetam diretamente as variáveis operacionais, com 
vistas a alcançar metas intermediárias desejadas”. 
(CARVALHO ET AL) 
• Em geral é necessário estimar impactos, para isso 
precisa de dados como o multiplicador monetário 
 
 
 
 
Instrumentos 
• Instrumentos clássicos 
– Recolhimento compulsório 
– Redesconto de liquidez 
– Operações de mercado aberto 
 
 
 
 
Instrumentos 
• Recolhimento do compulsório: depósito (reservas 
bancárias) dos bancos junto ao Banco Central (em termos 
percentuais) – em espécie ou títulos indicados pelo BC, ao 
longo do período de movimentação 
• Funções: 
– Fornecer liquidez para sistema bancário (dirimir riscos 
de default) 
– Controle de crédito 
– Estabelecer demanda por reservas bancárias 
• Tendência mundial: diminuição do compulsório pois reduz 
competitividade bancária 
 
 
 
 
Instrumentos 
FONTE: BCB, 2013, p. 4 
Instrumentos 
• Recolhimento do compulsório: 
• No Brasil, estão em vigor as seguintes modalidades de 
depósitos compulsórios: 
– Recolhimento compulsório sobre Recursos à Vista 
– Recolhimento compulsório sobre Recursos a Prazo 
– Encaixe Obrigatório sobre Recursos de Depósitos de 
Poupança4; 
– Recolhimento compulsório sobre Recursos de Depósitos 
e de Garantias Realizadas; 
– Exigibilidade Adicional sobre Depósitos (recursos a prazo 
e depósitos de poupança) 
– Recolhim.compulsório sobre Posição Vendida de Câmbio. 
 
 
Instrumentos 
FONTE: BCB, 2013, p. 6 
Instrumentos 
FONTE: BCB, 2013, p. 7 
Instrumentos 
FONTE: BCB, 2013, p. 7 
Instrumentos 
Recolhimento do compulsório: 
• Na ocasião da crise, o sistema bancário brasileiro encontrava-se bem 
capitalizado e sem exposição aos papéis lastreados em hipotecas 
subprime do mercado imobiliário norte-americano. 
• As medidas para mitigar os efeitos da crise sobre o sistema bancário 
doméstico visaram compensar a diminuição da liquidez nos mercados 
financeiros, tanto no país, como no exterior. 
• Inicialmente, foram liberados recursos recolhidos relativamente à 
Exigibilidade Adicional, ao que se seguiua liberação de valores do 
Compulsório sobre Recursos a Prazo. 
• Tais recursos ficaram “empoçados” nos grandes bancos. A estratégia 
então adotada foi a de liberação seletiva de recursos, que deveriam 
ser direcionados à aquisição de ativos ou à realização de depósitos 
de/em bancos pequenos e médios. 
 
Instrumentos 
FONTE: BCB, 2013, p. 10. 
Instrumentos 
FONTE: BCB, 2013, p. 11. 
Instrumentos 
Redesconto ou assistência financeira de liquidez 
• Empréstimos na forma de crédito em reservas bancárias concedidos 
pelo Banco Central aos bancos 
• Formas: 
– Empréstimos com garantias: crédito rotativo com garantias 
– Redesconto: desconto de títulos elegíveis, definidos pelo BC, à taxas previamente 
definidas para essas transações 
• Certos bancos fornecem diferentes linhas de financiamento de 
assistência à liquidez, com teto e piso 
• Iniciativa das instituições bancárias – demanda determina o resultado 
em termos de quantidade, BC fixa a taxa de juros (em geral) 
• Válvula de segurança à disposição dos bancos para solucionar 
gerenciamento de liquidez, especialmente do compulsório, em termos 
de fluxo de caixa individual (pois o da liquidez em geral se faz via 
operações de mercado aberto). 
 
 
Instrumentos 
Redesconto ou assistência financeira de liquidez 
• Pequena em montante, mas papel qualitativo de segurar demanda de 
moeda importante: sinaliza direção de PM 
– Taxa alta de redesconto afasta empréstimos dos bancos junto ao BC e diminui a 
oferta de liquidez, viés altista na taxa interbancária (e vice-versa) 
• Pode funcionar como um estabilizador automático, ditando banda da 
taxa de juros. Para isso é necessário: 
– Limites de saques das instituições bancárias 
– Taxa de juros deve ser menor do que a dos leilões primários de títulos do BC (evitar 
arbitragem) 
• Redesconto seletivo: do BC ao setor privado indiretamente, 
normalmente sob a forma de refinanciamento de operações bancárias 
de longo prazo. 
 
 
Instrumentos 
Operações de mercado aberto 
• Na prática, o principal instrumento para gerenciar liquidez 
=> opera diretamente sobre reservas bancárias 
• É o que mais evolui no mundo todo 
• Evitar a volatilidade de taxa de juros de curto prazo e do 
câmbio 
• Leilões diários, BC opera com títulos próprios, do governo 
ou privados 
• Tbm sinaliza objetivo para taxa de juros básica 
• Operações compromissadas: para reduzir volatilidade do 
mercado de reservas 
 
 
Instrumentos 
Operações de mercado aberto 
• VER CARTILHA BCB 
 
http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/FAQ%206-
Gest%C3%A3o%20da%20Divida%20Mobili%C3%A1ria%20e
%20Opera%C3%A7%C3%B5es%20de%20Mercado%20Aber
to.pdf 
 
 
 
 
7. Regime de metas de 
inflação 
Revisão: Novo 
Consenso 
Curva de Phillips em economia aberta: 
• RECOMENDAÇÃO NORMATIVA : regras. 
– Taylor: regra pra taxa de juros 
• Relaciona a taxa de juros básica a desvios da inflação 
presente (ou esperada) em relação à meta inflacionária; 
desvio do produto efetivo em relação ao potencial e o 
nível da taxa de juros real de equilíbrio, ou seja, quando 
o produto efetivo está no mesmo nível do potencial. 
• É a resposta da Autoridade Monetária (AM) para, através 
da manipulação da taxa nominal de juros, influir sobre a 
taxa real de juros e controlar o nível do produto e a 
inflação. 
Novo Consenso 
Regra de Taylor: 
Novo Consenso 
Curva de Phillips em economia aberta: 
– Regra de Taylor: solução do modelo 
• A meta não afeta o produto potencial 
• Produto efetivo não afeta o potencial (não há histerese), 
apenas a taxa de inflação => relação positiva entre hiato do 
produto potencial e taxa de inflação 
• A taxa de cambio real é neutra no longo prazo: não afeta 
nem a inflação nem o produto de longo prazo 
• Um diferencial de juros positivo pode causar uma apreciação 
da taxa nominal de cambio no curto prazo, porem como as 
expectativas cambiais são exógenas e dependem da inflação 
esperada de longo prazo do pais, a taxa de cambio acaba 
realizando um movimento inverso de depreciação no futuro 
Novo Consenso 
Curva de Phillips em economia aberta: 
– Regra de Taylor: solução do modelo 
• Os choques da curva de Phillips tem media 0 no longo 
prazo, pois os choques externos acabam se anulando; 
• Existe apenas uma taxa natural de juros, atingida pela meta 
no longo prazo 
• A autoridade monetária consegue atingir a meta de inflacao 
alterando a taxa real de juros, pela via do hiato do produto; 
• Longo prazo: produto é o potencial, taxa real de juros é a 
natural, inflação = meta. 
 
 VER: SUMMA, 2010. 
Novo Consenso 
Curva de Phillips em economia aberta: 
– Taylor: regra pra taxa de juros, defesa: 
• Defasagem reduz ineficiência de política 
• Alinha expectativas 
• reduz a incerteza, melhorando a previsão dos agentes sobre 
o estado da economia 
• forma de instruir os formuladores de política em o que 
fazer para atingir os seus objetivos; 
• facilita a compreensão do público sobre as medidas 
tomadas pelo Banco Central 
• Facilita que se fiscalize a ação da autoridade monetária. 
Regime de Metas de 
Inflação 
• Estabelece uma meta de crescimento para 
um índice de preço, anunciado no início de 
um determinado período. 
• A meta é estabelecida pelo governo e/ou 
parlamento e deve ser perseguida pelo 
Banco Central 
Exemplos de países que 
adotaram 
• Nova Zelândia (1990) 
• Canadá (1991) 
• Reino Unido (1992) 
• Finlândia (1993) 
• Suécia (1993) 
• Austrália (1993) 
• Chile (1991) 
• Colômbia, México, Brasil (1999) 
Regime de Metas de Inflação: 
pressupostos 
• Fracasso do regime de metas monetárias 
(Friedman): impossibilidade de previsão do 
comportamento da demanda por moeda num 
sistema financeiro caracterizado por inovações 
financeiras e mobilidade de capitais; 
• Política monetária é ineficaz para afetar as 
variáveis reais da economia de forma 
duradoura. 
• O objetivo de política monetária é a inflação 
baixa e estável. 
Regime de Metas de Inflação e 
credibilidade 
• A credibilidade é fundamental para a condução da 
política monetária. Assim, dentro do regime de 
metas de inflação é fundamental a comunicação 
com o público, sobretudo no que tange à prestação 
de contas e à transparência. 
• Assim, o Banco Central publica relatórios 
periódicos de inflação. Quando as metas não são 
alcançadas, o BC explica as razões (ver 
carta2004.pdf) 
• Defende-se a adoção de um Banco Central 
independente para que se proporcione uma maior 
credibilidade. 
61 
O caso brasileiro 
• A meta de inflação foi instituída no Brasil em 2 
de junho de 1999. Contexto da crise da 
segunda metade de 1998. 
• São propostas pelo Ministro da Fazenda, mas 
decididas pelo Conselho Monetário Nacional 
(CMN), constituído pelos ministros da Fazenda 
e do Planejamento e pelo presidente do BC. 
• Índice de preços: IPCA (IBGE) 
Metas de Inflação do 
Brasil 
Regime de 
Metas no Brasil 
 
• VER CARTILHA BCB 
 
http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/FAQ%2010-
Regime%20de%20Metas%20para%20a%20Infla%C3%A7%
C3%A3o%20no%20Brasil.pdf 
 
 
 
 
 
Referências 
ALMEIDA, T. Uma analise critica ao modelo do “Novo Consenso”, Dissertação de mestrado apresentada ao 
IE-UFRJ, 2009. 
BCB (2013) “Depósitos Compulsórios”, “Gestão da Dívida Mobiliária e Operações de mercado aberto” e 
“Regime de metas para a inflação no Brasil” com informações até março de 2013. Série Perguntas mais 
frequentes. Diretoria de Política Econômica, Departamento de Relacionamento com Investidores e 
Estudos Especiais. 
CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política.Ed. Campus, 2001. Caps. 12 a 15. 
LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 7. 
FMI. Global Financial Stability Report, abril 2013. 
http://www.imf.org/External/Pubs/FT/GFSR/2013/01/pdf/text.pdf 
BERNANKE, B.; BLINDER, A. Credit, money and aggregate demand. American Economic Review, Nashville, v. 
78, n. 2, p. 435-439, May 1988. 
LICHA, A. “TEORIA DA POLÍTICA MONETÁRIA .Uma abordagem a nível intermediário”. Notas de aulas, 
IE/UFRJ. http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/teoria_da_politica_monetaria.pdf 
FONSECA. M.; CURADO, M (2012). “Mecanismos de transmissão da política monetária: a visão das diferentes 
escolas de pensamento”. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 33, n. 2, p. 423-452, nov. 2012. 
SUMMA, R. (2010). Um modelo alternativo ao “novo consenso” para economia aberta. Tese de doutorado 
apresentada ao IE-UFRJ, 2010. 
PRÓXIMA AULA 
Padrões financeiros internacionais 
 
Entrega dos trabalhos

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