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Economia aberta Instrumentos de PM Metas de Inflação Economia Monetária Profa. Cristina F. B. Reis Janeiro, 2014 SUMÁRIO • PM em economia aberta no Modelo Mundell Fleming • Instrumentos de PM • Metas de Inflação – Críticas novo-keynesiana e sraffiana às diferentes abordagens Entrega da lista de exercícios Economia aberta PM Expansiva econ. fechada • Monetaristas: curto prazo: aumenta produto e preços, longo prazo: inócua. Efeito existe enquanto dura a ilusão monetária • Keynesianos: impotente na versão fiscalista, com IS vertical, pois pressupõe que a sensibilidade do investimento aos juros é muito baixa. Também impotente na situação de armadilha da liquidez, com LM horizontal. • Novos-clássicos: não tem efeito sobre o produto por causa das expectativas racionais, apenas eleva preços. Choque pode ter efeito brevíssimo se política for de surpresa • Pós-keynesianos: PM não afeta diretamente o produto da circulação industrial, mas indiretamente através do vazamento de moeda de circulação financeira para a industrial => eficácia depende de expectativas e incerteza, dos agente bancários e não-bancários. PM Expansiva econ. aberta • Mercados de câmbio e monetário – Variação de reservas = Saldo do BP – Saldo do BP = Transações correntes + Entrada líquida de K • Câmbio fixo: reservas se formam para compensar desequilíbrio de oferta e demanda de divisas. BC interfere no mercado de câmbio • Câmbio flexível puro: variação de reservas é zero • Sempre que o BC compra/ vende reservas, interferindo no mercado de câmbio, afetará tbm a liquidez da economia e, portanto, o mercado monetário. Conceitos econ. aberta Regimes cambiais: • Numa economia aberta, existe um novo ativo: moeda estrangeira • Mercado de câmbio: troca entre moeda doméstica e estrangeira, o preço é a taxa de câmbio - Definição internacional: moeda doméstica/ moeda estrangeira (R$/ US$) Desvalorização: taxa de câmbio se eleva Valorização: taxa de câmbio se reduz • Regime cambial: definido pela regra para a formação da taxa de câmbio Conceitos econ. aberta Regime flexível: • Oferta e demanda de divisas definido pelo mercado • Hipótese simplificadora: demanda de divisa se dá somente para transações do BP e não para reserva de valor • BC não intervém no mercado de câmbio, desequilíbrios do BP não se traduzem em variações de reservas E DUSD, OUSD OUSD DUSD Conceitos econ. aberta Regime fixo: • Paridade determinada por uma decisão do governo, que mantém o nível demandado à taxa de câmbio fixada operando na oferta (comprando e vendendo divisas) • Reservas são necessárias, governo precisa desenvolver mecanismos para intervir no BP • Exemplos: padrão-ouro, currency board (conselho da moeda), união monetária Conceitos econ. aberta Regimes intermediários: • Bretton Woods: fixo ajustável. Podia se operar desvalorizações caso houvesse desajustes no BP, desde que não superasse 10% e fosse autorizado pelo FMI • Crawling peg: fixo ajustável, com minidevalorizações constantes (Brasil: 1996 a 1999) • Bandas de flutuação: flexível controlado em zonas-alvo • Flutuação suja: sem metas, qdo o governo intervém para evitar volatilidade excessiva PM Expansiva econ. aberta • Mundell-Fleming: é o IS-LM ampliado considerando o balanço de pagamentos • Câmbio Fixo • Câmbio Flexível Proposição: No longo prazo o banco central pode escolher a taxa de inflação, a taxa de juros nominal e de câmbio nominal, mas não pode afetar as variáveis reais (produto, taxa de câmbio e de juros real). A escolha do regime cambial não afeta as variáveis reais no lp. PM Expansiva econ. aberta • Mundell-Fleming: – Reta BP : transações do BP em equilíbrio externo (ou do mercado de câmbio). – Economia aberta sem mobilidade de capitais: BP =TC – Economia aberta com mobilidade perfeita de capitais – Economia aberta com mobilidade finita de capitais – Economia grande x pequena Conceitos econ. aberta Economia aberta sem mobilidade de capitais: BP =TC – Câmbio fixo: – BP vertical pois não é afetado pela taxa de juros: não há movimento de capitais – PM expansionista: LM desloca para direita => juros inferior, déficit no BP (ponto de equilíbrio à direita da reta BP), governo vende divisa para sanar pressão para desvalorização, contração monetária => PM inócua i Y LM1 IS LM2 BP Conceitos econ. aberta Economia aberta sem mobilidade de capitais: BP =TC – Câmbio flutuante: – BP vertical pois não é afetado pela taxa de juros: não há movimento de capitais – PM expansionista: LM desloca para direita => juros inferior, déficit no BP (ponto de equilíbrio à direita da reta BP), desvalorização, estímulo a X e inibe M, BP e IS deslocam para a direita i Y LM1 IS1 LM2 BP1 BP2 IS2 Conceitos econ. aberta Economia aberta com mobilidade perfeita de capitais: câmbio fixo – Retorno da aplicação em títulos de diferentes países é totalmente dado ao nível da economia internacional, BP horizontal – PM expansionista: i interno cai, sai capitais, BP em déficit, governo tem que vender reservas, cai a base monetária, LM volta: PM inócua – Trindade impossível: PM autônoma, câmbio fixo, perfeita mobilidade K i Y LM1 IS LM2 BP Conceitos econ. aberta Economia aberta com mobilidade perfeita de capitais: câmbio flutuante – Retorno da aplicação em títulos de diferentes países é totalmente dado ao nível da economia internacional, BP horizontal – PM expansionista: i interno cai, sai capitais, desvalorização cambial, elevam exportações líquidas, IS desloca. PM totalmente eficaz i Y LM1 IS1 LM2 BP IS2 Conceitos econ. aberta Economia aberta com mobilidade finita de capitais: câmbio fixo – BP positivamente inclinado: títulos domésticos e estrangeiros não são substitutos perfeitos, então i não necessariamente será igual ao internacional. – Inclinações das curvas é que fazem diferenças nos resultados das visões de cada escola i Y LM1 IS1 LM2 BP IS2 Conceitos econ. aberta Economia grande x pequena – Uma pequena economia aberta é aquela que não afeta os preços dos bens e serviços internacionais nem as taxas de juros internacionais. Mas as decisões do banco central afetam a taxa de câmbio da economia. – Taxa de juros interna não é externa mais risco (paridade descoberta) – Desvalorizações afetam preços externos e impacto na TC é maior ainda. Críticas às teorias monetárias Crítica novo- keynesiana “Rumo a um novo paradigma de política monetária apresenta um tratamento pioneiro de tópicos críticos sobre o assunto. Ao contrário da teoria monetária prevalecente, esse livro se concentra não no papel da moeda como facilitador de transações, mas no papel do crédito como facilitador de atividades econômicas de maneira mais geral. O “novo paradigma” enfatiza a demanda e a oferta de fundos de empréstimo, que exige, por sua vez, a compreensão das imperfeições da informação e do papel dos bancos”. (STIGLITZ & GREENWALD, 2003) Crítica novo- keynesiana NK parte, mas supera o modelo de racionamento de crédito (STIGLITZ & WEISS, 1981) – Foco no crédito enquanto mecanismo de transmissão da política monetária (Bernanke & Blinder 1988, Bernanke e Gertler 1995), que são marginalizados na análise IS/LM –Modelo B&B incorpora o mecanismo de crédito por meio de empréstimosbancários • Empréstimos e títulos não são substitutos perfeitos: por conta de problemas com informações, diferença de liquidez ou elevado custo de transação de papéis no mercado aberto. • Três ativos: moeda, títulos e empréstimos. Crítica novo- keynesiana –Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) • A demanda por empréstimos (Ld) tem uma relação negativa com a taxa de juros sobre os empréstimos (r ), positiva com a taxa de juros sobre os títulos (i) e positiva com o produto (y): Ld = L(r ,i, y) • A oferta de empréstimos ( s L ) tem sua gênese num balancete simplificado dos bancos, no qual o ativo é formado por reservas (R), títulos (Bd ) e empréstimos (Ls ), enquanto o passivo é formado apenas por depósitos (D) Crítica novo- keynesiana –Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) • O mercado monetário é definido por uma curva LM convencional, e o de bens por uma IS • A curva CC é o lócus geométrico do equilíbrio no mercado de crédito e no mercado de bens • Estática comparativa : – Resultados semelhantes ao modelo IS-LM tradicional, quanto aos efeitos de choques no dispêndio e na demanda por moeda. – A novidade é o efeito que ocorre por modificação nas reservas bancárias => Um aumento nas reservas bancárias pode levar a uma elevação na taxa de juros, nesse modelo com crédito. Graficamente, esse aumento nas reservas bancárias irá deslocar para a direita as curvas LM e CC (commodities e crédito); mas, pelo formato das curvas, o novo equilíbrio ocorre com um maior nível de produto e um maior nível de taxa de juros sobre títulos. Economicamente, o canal do crédito faz a política monetária mais expansionista do que no modelo IS-LM convencional. Crítica novo- keynesiana Crítica novo- keynesiana –Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) • Resultado alternativo para a transmissão da política monetária por causa da ênfase nos empréstimos bancários. • Expansão de M aumenta os depósitos e os empréstimos. • O aumento do crédito bancário faz com que haja crescimento do consumo e do investimento, levando a uma expansão do produto e da renda. • A taxa de juros sobre os títulos deve vai para um nível maior devido ao aumento da demanda por moeda, impulsionado pela elevação do produto, • A taxa de juros sobre os empréstimos tende a ficar menor, pela ampliação dos recursos disponíveis para o crédito bancário. Crítica novo- keynesiana –Modelo B&B (ver FONSECA & CURADO, 2012) • NK criticam ainda que os efeitos de alterações na taxa de juros sobre as variáveis reais da economia são omitidos no modelo IS-LM, chamando essas omissões de “caixa preta”. • Parte do entendimento é atribuída a particularidades de atuação do mercado financeiro, pois a concessão e a tomada de crédito sofrem os efeitos da informação assimétrica, principalmente os relacionados à seleção adversa e ao risco moral. => falhas de mercado. • Dois canais de transmissão monetária derivados da informação assimétrica nos mercados de crédito: o canal de empréstimos bancários (bank lending channel - Bernanke e Blinder (1988)) e o canal do balanço, que funciona por meio dos efeitos sobre os balanços patrimoniais das firmas e dos indivíduos (balance sheet channel). 6. Instrumentos de PM Introdução • PM é efetivada principalmente pelo Banco Central • A aplicação de cada um deles depende da abordagem teórica referencial adotada • Por que? • Ora, como vimos, não há consenso sobre: – Visão da moeda – Trade-off inflação e desemprego (KEYNESIANOS) – Taxa natural de desemprego (MONETARISTAS) Introdução • Estrutura analítica (CARVALHO et al): –Objetivos –Metas – Instrumentos Objetivos • Estabilidade de preços • Alto nível de emprego • Crescimento econômico • Estabilidade da taxa de câmbio • Prevenção de falências bancárias • Saúde do sistema financeiro • Confiança dos investidores nacionais e estrangeiros Exemplo “PM-MAIS” (FMI, Global Financial Stability Report, 2013, p.99). • “Central banks in key advanced economies adopted a series of unconventional monetary policies with two broad goals. The first was to restore the functioning of financial markets and intermediation. The second was to provide further monetary policy accommodation at the zero lower bound of policy interest rates. These two goals are clearly related, as both ultimately aim to ensure macroeconomic stability. But each relies on different instruments: the first on targeted liquidity provision and private asset purchases, and the second on forward guidance and bond purchases”. Objetivos Metas • De três ordens: – Intermediárias: no curto/ médio prazo, antes do efeito final se concretizar • Banco Central em geral visa taxa de juros de longo prazo e agregados monetários • Funcionam como indicadores – Operacionais: sobre as variáveis-alvo • Determinação da taxa de juros de curto prazo • Reservas agregadas – Finais Metas • O controle da taxa de juros e das reservas bancárias é mutuamente exclusivo em um dado momento do tempo Metas • Meta de juros: se governo faz PF expansionista, aumenta demanda de moeda, governo aumenta oferta para manter a taxa de juros Metas • Meta de oferta de moeda: ela é vertical, então expansões da demanda de moeda levam à variações nos juros Instrumentos • “Os instrumentos são meios e métodos na operacionalização da política monetária que afetam diretamente as variáveis operacionais, com vistas a alcançar metas intermediárias desejadas”. (CARVALHO ET AL) • Em geral é necessário estimar impactos, para isso precisa de dados como o multiplicador monetário Instrumentos • Instrumentos clássicos – Recolhimento compulsório – Redesconto de liquidez – Operações de mercado aberto Instrumentos • Recolhimento do compulsório: depósito (reservas bancárias) dos bancos junto ao Banco Central (em termos percentuais) – em espécie ou títulos indicados pelo BC, ao longo do período de movimentação • Funções: – Fornecer liquidez para sistema bancário (dirimir riscos de default) – Controle de crédito – Estabelecer demanda por reservas bancárias • Tendência mundial: diminuição do compulsório pois reduz competitividade bancária Instrumentos FONTE: BCB, 2013, p. 4 Instrumentos • Recolhimento do compulsório: • No Brasil, estão em vigor as seguintes modalidades de depósitos compulsórios: – Recolhimento compulsório sobre Recursos à Vista – Recolhimento compulsório sobre Recursos a Prazo – Encaixe Obrigatório sobre Recursos de Depósitos de Poupança4; – Recolhimento compulsório sobre Recursos de Depósitos e de Garantias Realizadas; – Exigibilidade Adicional sobre Depósitos (recursos a prazo e depósitos de poupança) – Recolhim.compulsório sobre Posição Vendida de Câmbio. Instrumentos FONTE: BCB, 2013, p. 6 Instrumentos FONTE: BCB, 2013, p. 7 Instrumentos FONTE: BCB, 2013, p. 7 Instrumentos Recolhimento do compulsório: • Na ocasião da crise, o sistema bancário brasileiro encontrava-se bem capitalizado e sem exposição aos papéis lastreados em hipotecas subprime do mercado imobiliário norte-americano. • As medidas para mitigar os efeitos da crise sobre o sistema bancário doméstico visaram compensar a diminuição da liquidez nos mercados financeiros, tanto no país, como no exterior. • Inicialmente, foram liberados recursos recolhidos relativamente à Exigibilidade Adicional, ao que se seguiua liberação de valores do Compulsório sobre Recursos a Prazo. • Tais recursos ficaram “empoçados” nos grandes bancos. A estratégia então adotada foi a de liberação seletiva de recursos, que deveriam ser direcionados à aquisição de ativos ou à realização de depósitos de/em bancos pequenos e médios. Instrumentos FONTE: BCB, 2013, p. 10. Instrumentos FONTE: BCB, 2013, p. 11. Instrumentos Redesconto ou assistência financeira de liquidez • Empréstimos na forma de crédito em reservas bancárias concedidos pelo Banco Central aos bancos • Formas: – Empréstimos com garantias: crédito rotativo com garantias – Redesconto: desconto de títulos elegíveis, definidos pelo BC, à taxas previamente definidas para essas transações • Certos bancos fornecem diferentes linhas de financiamento de assistência à liquidez, com teto e piso • Iniciativa das instituições bancárias – demanda determina o resultado em termos de quantidade, BC fixa a taxa de juros (em geral) • Válvula de segurança à disposição dos bancos para solucionar gerenciamento de liquidez, especialmente do compulsório, em termos de fluxo de caixa individual (pois o da liquidez em geral se faz via operações de mercado aberto). Instrumentos Redesconto ou assistência financeira de liquidez • Pequena em montante, mas papel qualitativo de segurar demanda de moeda importante: sinaliza direção de PM – Taxa alta de redesconto afasta empréstimos dos bancos junto ao BC e diminui a oferta de liquidez, viés altista na taxa interbancária (e vice-versa) • Pode funcionar como um estabilizador automático, ditando banda da taxa de juros. Para isso é necessário: – Limites de saques das instituições bancárias – Taxa de juros deve ser menor do que a dos leilões primários de títulos do BC (evitar arbitragem) • Redesconto seletivo: do BC ao setor privado indiretamente, normalmente sob a forma de refinanciamento de operações bancárias de longo prazo. Instrumentos Operações de mercado aberto • Na prática, o principal instrumento para gerenciar liquidez => opera diretamente sobre reservas bancárias • É o que mais evolui no mundo todo • Evitar a volatilidade de taxa de juros de curto prazo e do câmbio • Leilões diários, BC opera com títulos próprios, do governo ou privados • Tbm sinaliza objetivo para taxa de juros básica • Operações compromissadas: para reduzir volatilidade do mercado de reservas Instrumentos Operações de mercado aberto • VER CARTILHA BCB http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/FAQ%206- Gest%C3%A3o%20da%20Divida%20Mobili%C3%A1ria%20e %20Opera%C3%A7%C3%B5es%20de%20Mercado%20Aber to.pdf 7. Regime de metas de inflação Revisão: Novo Consenso Curva de Phillips em economia aberta: • RECOMENDAÇÃO NORMATIVA : regras. – Taylor: regra pra taxa de juros • Relaciona a taxa de juros básica a desvios da inflação presente (ou esperada) em relação à meta inflacionária; desvio do produto efetivo em relação ao potencial e o nível da taxa de juros real de equilíbrio, ou seja, quando o produto efetivo está no mesmo nível do potencial. • É a resposta da Autoridade Monetária (AM) para, através da manipulação da taxa nominal de juros, influir sobre a taxa real de juros e controlar o nível do produto e a inflação. Novo Consenso Regra de Taylor: Novo Consenso Curva de Phillips em economia aberta: – Regra de Taylor: solução do modelo • A meta não afeta o produto potencial • Produto efetivo não afeta o potencial (não há histerese), apenas a taxa de inflação => relação positiva entre hiato do produto potencial e taxa de inflação • A taxa de cambio real é neutra no longo prazo: não afeta nem a inflação nem o produto de longo prazo • Um diferencial de juros positivo pode causar uma apreciação da taxa nominal de cambio no curto prazo, porem como as expectativas cambiais são exógenas e dependem da inflação esperada de longo prazo do pais, a taxa de cambio acaba realizando um movimento inverso de depreciação no futuro Novo Consenso Curva de Phillips em economia aberta: – Regra de Taylor: solução do modelo • Os choques da curva de Phillips tem media 0 no longo prazo, pois os choques externos acabam se anulando; • Existe apenas uma taxa natural de juros, atingida pela meta no longo prazo • A autoridade monetária consegue atingir a meta de inflacao alterando a taxa real de juros, pela via do hiato do produto; • Longo prazo: produto é o potencial, taxa real de juros é a natural, inflação = meta. VER: SUMMA, 2010. Novo Consenso Curva de Phillips em economia aberta: – Taylor: regra pra taxa de juros, defesa: • Defasagem reduz ineficiência de política • Alinha expectativas • reduz a incerteza, melhorando a previsão dos agentes sobre o estado da economia • forma de instruir os formuladores de política em o que fazer para atingir os seus objetivos; • facilita a compreensão do público sobre as medidas tomadas pelo Banco Central • Facilita que se fiscalize a ação da autoridade monetária. Regime de Metas de Inflação • Estabelece uma meta de crescimento para um índice de preço, anunciado no início de um determinado período. • A meta é estabelecida pelo governo e/ou parlamento e deve ser perseguida pelo Banco Central Exemplos de países que adotaram • Nova Zelândia (1990) • Canadá (1991) • Reino Unido (1992) • Finlândia (1993) • Suécia (1993) • Austrália (1993) • Chile (1991) • Colômbia, México, Brasil (1999) Regime de Metas de Inflação: pressupostos • Fracasso do regime de metas monetárias (Friedman): impossibilidade de previsão do comportamento da demanda por moeda num sistema financeiro caracterizado por inovações financeiras e mobilidade de capitais; • Política monetária é ineficaz para afetar as variáveis reais da economia de forma duradoura. • O objetivo de política monetária é a inflação baixa e estável. Regime de Metas de Inflação e credibilidade • A credibilidade é fundamental para a condução da política monetária. Assim, dentro do regime de metas de inflação é fundamental a comunicação com o público, sobretudo no que tange à prestação de contas e à transparência. • Assim, o Banco Central publica relatórios periódicos de inflação. Quando as metas não são alcançadas, o BC explica as razões (ver carta2004.pdf) • Defende-se a adoção de um Banco Central independente para que se proporcione uma maior credibilidade. 61 O caso brasileiro • A meta de inflação foi instituída no Brasil em 2 de junho de 1999. Contexto da crise da segunda metade de 1998. • São propostas pelo Ministro da Fazenda, mas decididas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), constituído pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do BC. • Índice de preços: IPCA (IBGE) Metas de Inflação do Brasil Regime de Metas no Brasil • VER CARTILHA BCB http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/FAQ%2010- Regime%20de%20Metas%20para%20a%20Infla%C3%A7% C3%A3o%20no%20Brasil.pdf Referências ALMEIDA, T. Uma analise critica ao modelo do “Novo Consenso”, Dissertação de mestrado apresentada ao IE-UFRJ, 2009. BCB (2013) “Depósitos Compulsórios”, “Gestão da Dívida Mobiliária e Operações de mercado aberto” e “Regime de metas para a inflação no Brasil” com informações até março de 2013. Série Perguntas mais frequentes. Diretoria de Política Econômica, Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais. CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política.Ed. Campus, 2001. Caps. 12 a 15. LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 7. FMI. Global Financial Stability Report, abril 2013. http://www.imf.org/External/Pubs/FT/GFSR/2013/01/pdf/text.pdf BERNANKE, B.; BLINDER, A. Credit, money and aggregate demand. American Economic Review, Nashville, v. 78, n. 2, p. 435-439, May 1988. LICHA, A. “TEORIA DA POLÍTICA MONETÁRIA .Uma abordagem a nível intermediário”. Notas de aulas, IE/UFRJ. http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/teoria_da_politica_monetaria.pdf FONSECA. M.; CURADO, M (2012). “Mecanismos de transmissão da política monetária: a visão das diferentes escolas de pensamento”. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 33, n. 2, p. 423-452, nov. 2012. SUMMA, R. (2010). Um modelo alternativo ao “novo consenso” para economia aberta. Tese de doutorado apresentada ao IE-UFRJ, 2010. PRÓXIMA AULA Padrões financeiros internacionais Entrega dos trabalhos
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